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Unificações tardias: desenvolve nacionalismos e acentua rivalidades econômicas. › Unificação italiana › Unificação alemã Sentimento de revanche: › A perda das regiões da Alsácia-Lorena para a Alemanha, na Guerra franco-prussiana, de 1870. O ROMPIMENTO DO EQUILÍBRIO EUROPEU Com o advento da Alemanha como potência, ocorre um desequilíbrio político europeu. O crescimento econômico da Alemanha foi algo fantástico, pela rapidez e dimensão tomadas. Unificada politicamente em 1870, a Alemanha, em pouquíssimo espaço de tempo, superou a produção de aço inglesa e, no início do século XX, já podia abalar a posição hegemônica da Grã-Bretanha. Insatisfação de alguns países como Alemanha e Itália com a partilha da África , no final do século XIX. Conflitos imperialistas: › Disputa dos mercados internacionais pelos países industrializados, que não conseguiam mais escoar toda a produção de suas fábricas. › Atritos entre as grandes potências devido a questões coloniais. Nacionalismos/rivalidades: › Exacerbação dos nacionalismos europeus, manipulados pelos respectivos governos como um meio de obter a adesão popular à causa da guerra – deve-se levar em conta, ainda, o nacionalismo das populações que queriam independência. Pan–eslavismo, liderado pela Rússia contra o Império Austro-Húngaro; Pan–germanismo, liderado pela Alemanha; Revanchismo francês, devido à perda da Alsácia-Lorena, em 1870. A QUESTÃO BALCÂNICA Um dos principais focos de atrito entre as potências européias era a península Balcânica, onde se chocavam o nacionalismo da Sérvia (apoiada pela Rússia) e o expansionismo da Áustria (aliada da Alemanha). Em 1908, a Áustria anexou a região da Bósnia-Herzegovina, ferindo os interesses da Sérvia, que pretendia criar a Grande Sérvia, incorporando aquelas regiões habitadas por eslavos. Política de alianças entre os países Formação de blocos: › Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria-Hungria e › Itália. Tríplice Entente: Inglaterra (ou melhor, Grã- Bretanha), França e Rússia. Esse nome vem de Entente Cordiale (“Entendimento Cordial”) – forma como o governo francês definiu sua aproximação com a Inglaterra, de quem a França era adversária tradicional. A PAZ ARMADA Enquanto se organizavam em blocos rivais, as principais potências européias lançaram- se numa desenfreada corrida armamentista : adotaram o serviço militar obrigatório, criaram novas armas e passaram a produzir armamento e munição em quantidades cada vez maiores.A situação permaneceu nesse equilíbrio delicado por anos, e esse período foi denominado Paz Armada. Corrida armamentista O período que antecedeu a eclosão da I Guerra Mundial é conhecido pelo nome de Paz Armada (1871 – 1914), pois as grandes potências, convencidas da inevitabilidade do conflito e até mesmo desejando-o, aceleraram seus preparativos bélicos (exceto a Itália, que não estava bem certa do que iria fazer). Imperialismo Rivalidades econômicas Revanchismo francês Sistema de alianças Pan-eslavismo O ATENTADO DE SARAVEJO No dia 28 de junho de 1914, na cidade de Sarajevo, na Bósnia, o herdeiro do trono austro- húngaro, Francisco Ferdinando, foi assassinado juntamente com sua esposa. O responsável pelo atentado foi um estudante sérvio Gavrilo Princip, membro de uma organização nacionalista chamada União ou Morte, cujo braço armado era o grupo terrorista Mão negra. Esse acontecimento foi o estopim para a eclosão da guerra. A Áustria culpou a Sérvia pelo assassinato e lhe declarou guerra. A Alemanha se declarou solidária com a Áustria. Por sua vez , a Rússia apoiou a Sérvia, e, finalmente, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. Dava-se início ao grande conflito mundial. Arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa Sofia, uma hora antes do atentado em Sarajevo, em 28 de junho de 1914. Inicia-se a Guerra (28 de julho/1914) O império Austro- Húngaro declara guerra à Sérvia; A Rússia mobiliza- se contra os Austro- húngaros e alemães; Em uma semana, o que deveria ser mais um conflito balcânico transformara-se em uma guerra européia. As alianças firmadas foram um fator decisivo para que o conflito tomasse um caráter mundial. Plano Schlieffen - A Alemanha ataca a Bélgica (neutra) para chegar à França, generalizando o conflito. Com a invasão das tropas alemãs, a população belga foi obrigada a fugir do país. 1ª Fase (1914)- Guerra de movimento. › Esse período caracterizou-se por movimentos rápidos envolvendo grandes exércitos. 2ª Fase (1915-1916): essa fase foi marcada pela guerra de trincheiras › Os exércitos defendiam suas posições utilizando-se de uma extensa rede de trincheiras que eles próprios cavavam. Em 1915, a Itália, que até então se mantivera neutra, traiu a aliança que fizera com a Alemanha e sai da Tríplice Aliança passando a apoiar a Tríplice Entente. Em sua lugar, na Entente, entra o Império Otomano. Ao mesmo tempo que foi se alastrando, o conflito tornou-se cada vez mais trágico. Novas armas, como o canhão de tiro rápido, o gás venenoso, o lança- chamas, o avião e o submarino, faziam um número crescente de vítimas. 3ª Fase (1917-1918): guerra de movimento › Em 1917, primeiro ano dessa nova fase, ocorreram dois fatos decisivos para o desfecho da guerra: a entrada dos Estados Unidos no conflito e a saída da Rússia. No início de 1917, a Alemanha decidiu adotar a guerra submarina: qualquer navio encontrado em águas territoriais inimigas seria afundado. No dia 7 de maio , um submarino alemão torpedeou o navio de passageiros inglês Lusitânia na costa irlandesa, provocando a morte de 1.198 pessoas, entre as quais 128 cidadãos norte-americanos.O que serviu de pretexto para a entrada dos Estados Unidos na guerra, em 1917. Os Estados Unidos entraram na guerra ao lado da Inglaterra e da França. Esse apoio tem uma explicação simples: os americanos tinham feitos grandes investimentos nesses países e queriam assegurar o seu retorno. Outras nações também se envolveram na guerra. Turquia e Bulgária juntaram-se à Tríplice Aliança, enquanto Japão, Portugal, Romênia, Grécia, Brasil, Canadá e Argentina colocaram-se ao lado da Entente. A saída da Rússia da guerra, através do Tratado de Brest-Litovsky, está relacionada à revolução socialista ocorrida em seu território no final de 1917. A supremacia mundial dos Estados Unidos (fatores) A neutralidade durante a maior parte do conflito, fornecendo produtos e empréstimos aos países da Entente; A dependência européia pós-guerra e o conseqüente aumento de divisas. Seguindo os Estados Unidos, outros países americanos, inclusive o Brasil (que também teve seu navio Paraná afundado pelos alemães), engajaram-se no conflito ao lado da Entente. O Programa dos 14 Pontos: a tentativa de paz sem vencedores; O fim da guerra e os “Tratados de Paz”: O Kaiser Guilherme II abdica e a Alemanha, transformada numa república, assina o armistício (11 de novembro/1918). O Tratado de Versalhes: 440 artigos que humilharam a Alemanha, com indenizações, devolução de territórios, desmilitarização etc. novos países: Surgimento de Tchecoslováquia, Hungria, Polônia, Iugoslávia, entre outros, desmembrando impérios como o Austro-Húngaro. Criação da Liga das Nações (1919), sem as participações dos Estados Unidos e União Soviética. Onze milhões de mortos Fim dos impérios Russo, Austro-Húngaro, Alemão e Otomano. Surgimento de novos Estados europeus: Do desmembramento do Império Austro- Húngaro: Áustria, Hungria, Tchecoslováquia e Iugoslávia (nome oficial da “Grande Sérvia”, criado em 1931). Do desmembramento do Império Russo: URSS, Finlândia, Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia. Crise econômica generalizada, com especial gravidade na URSS, Itália e Alemanha. Surgimento dos regimes totalitários, tanto de esquerda(comunismo) como de direita (fascismo). Ascensão dos EUA à posição de maior potência mundial.
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