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BRASIL COLÔNIA A presença portuguesa no brasil estendeu se, a partir de 1530, por aproximadamente 300 anos, e as linhas mestras da colonização, em termos econômicos, sociais e políticos, foram estabelecidos no séc. XVI. PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530) Ø Abandono luso: as ações lusas se limitaram a apenas algumas expedições de reconhecimento Causas do abandono luso: ü O Brasil não proporcionava mercantilismo (falta de mercado consumidor) ü Desconhecimento luso da existência de metais amoedáveis ü Altos lucros de Portugal com o monopólio da Índias ü População portuguesa escassa Expedições exploradoras: Guarda-Costas ü Objetivos: reconhecer o litoral, buscar metais amoedáveis e repelir invasores ü Resultado: encontrou-se grande quantidade de Pau-Brasil no litoral Exploração do Pau-Brasil ü Usos do produto: tingir tecidos e madeira de lei ü Estanco Real: monopólio luso da extração (concessão da exploração para Fernando de Noronha, o qual tinha o dever de construir feitorias no litoral 1502-1505) ü Rota das Cores: rota de comercio da madeira entre Brasil e Flandes ü Uso do trabalho indígena em troca de quinquilharias: escambo PERÍODO COLONIAL (1530-1822) Ø Iniciou-se o processo de colonização do Brasil a partir da implantação de uma economia açucareira. Causas: por quê Portugal mudou sua postura em relação ao Brasil? ü ‘’fumo das Índias’’ (perda do monopólio luso nas Índias) ü Derrota lusa nos Marrocos ü Ameaça estrangeira: corso francês Atividade açucareira: solução para o receio de invasões francesas. ü Açúcar produzido no Brasil era refinado e distribuído pelos holandeses (70% do lucro) ü Açúcar tinha alto valor de mercado e Portugal tinha uma experiência produtiva nas ilhas Atlânticas ü Condições geográficas favoráveis: clima, solo e grande volume de terras ü Plantation: latifúndio, monocultura, mão-de-obra escrava e produção voltada para o mercado externo ü Manufatura açucareira: engenho (casa grande e senzala), áreas de plantio, moenda (real ou trapiche), casa de purgar e fabrico do açúcar. ü Produtos e subprodutos: açucares (mascavo ou barreado), álcool (cachaça da garapa), rapadura Pacto colonial: conjunto de regras e leis que as metrópoles impunham as suas colônias ü Objetivo: colônias só comprassem e vendessem produtos de suas metrópoles ü Metrópoles compravam matéria prima barata e vendiam produtos manufaturados a preços elevados Sistema escravista: índios => africanos ü Escravidão indígena não era lucrativa ü Origem do conceito: Antiguidade Oriental (história), Teoria do Senhor e Servo (filosofia Hegel), lucros para Portugal (econômica) e Igreja Católica (‘’bula dum diversas’’ religiosa) ü Escravos adquiridos nas feitorias africanas: conflitos tribais (prisioneiros de guerra), estoque de almas nas feitorias e transporte de almas ao Brasil (navios negreiros) ü Tipos de escravos: boçais (‘’selvagem’’), ladinos (‘’dócil’’) e criolos (nascidos no Brasil) ü Tipos de trabalho: de campo, doméstico, negro de ganho e negros forros ü Formas de resistência: violência, revoltas, cultural ü Quilombos: comunidades de resistência ao sistema escravista (Palmares) Sociedade colonial: concentração de propriedade e de poder pelos senhores de engenho, a aristocracia ü Classe média inexistente ü Características: estratificação social, sociedade rural e patriarcal, elite aristocrática e escravidão ü Formação da sociedade brasileira: mestiçagem/miscigenação ü Lei do Princípio da Pureza do Sangue: exclusão social e proibição de mestiços Sistema de Capitania Hereditárias (1534-1759): sistema político executivo regional do Brasil Colonial ü Rei D. João III dividiu as terras brasileiras em 15 lotes, as quais foram doadas para fidalgos lusos ü Objetivo: caráter militar e financeiro (defesa do território e transferência das despesas da colonização) ü Como funcionava? Cada donatário recebia sua capitania em caráter vitalício e hereditário com direito a amplos poderes (políticos, fiscais, administrativos, judiciários e militares) ü Sesmaria: dentro da capitania, o donatário recebia ainda uma grande sesmaria (fazenda), a qual era sua propriedade particular. O restante das terras, o donatário deveria distribuir gratuitamente sob a forma de sesmarias a pessoas que pudessem cultiva-las. ü Carta Foral: estabelecia os detalhes fiscais do Sistema de Capitanias, ou seja, quais impostos seriam pagos aos donatários e quais a Coroa. ü Carta de Doação: regulamentava os aspectos políticos-administrativos, ou seja, estabelecia quais os poderes governamentais concedidos ao donatário (direitos e deveres) ü Capitanias de sucesso: São Vicente e Pernambuco ü Causas do fracasso do sistema: altos custos, grandes distâncias e território hostil Governo Geral (1549-1808): sistema político executivo nacional do Brasil colonial ü Causas: isolamento das capitanias de sucesso (Pernambuco e São Vicente) e descentralização ü Funções: centralizar o poder, controlar riquezas colônias e ajudas no desenvolvimento das capitanias è Thomé de Souza (1549-1553): Regimento de Thomé de Souza – adaptação das leis lusas ao Brasil ü Fundação de Salvador: primeira capital do Brasil – sede do governo ü Nomeou autoridades: capitão-mor (defesa), ouvidor-mor (justiça) e provedor-mor (impostos) ü Estruturação católica no Brasil: trouxe os primeiros jesuítas para a colônia e fundou o primeiro bispado è Duarte da Costa (1553-1558): governo marcado por crises internas, destituições e prisões ü Invasão francesa (França Antártica) na baía da Guanabara: huguenotes (protestantes calvinistas franceses) em fuga e busca do controle da Rota da Cores (pau-brasil). Se uniram aos índios (Confederação de Tamoios) ü Fracasso na tentativa de expulsão dos franceses è Mem de Sá (1558-1572): expulsão dos franceses ü Destruição da invasão francesa: Paz de Iperoig/pacificação dos Tamoios (quebra da Confederação de Tamoios) ü Fundação da Vila de São Sebastião do Rio de Janeiro ü Proibição da escravização indígena: com várias exceções obviamente – Guerra Justa (autorizada pela coroa ou em legítima defesa) ou crise. ü Incentivo de uso do trabalho escravo africano negro ü Desenvolvimento da economia açucareira ü Morte de Mem de Sá – fim do governo e divisão administrativa do Governo Geral (norte e Sul) ü Conselho Ultramarino: ordens diretas de Lisboa ao Brasil Câmaras Municipais (1532-2018): função executiva municipal. A elite agrária exercia o poder, já que era responsável pela eleição dos vereadores, que, por sua vez, eram escolhidos entre os ‘’homens-bons’’, os quais possuíam projeção social e riqueza originada da posse de latifúndios e da exploração do trabalho escravo. Ou seja, a aristocracia rural somente votava em seus próprios elementos. A primeira Câmara Municipal do Brasil foi a de São Vicente (1532). ü Arrecadar tributos ü Eram eleitos 3 ou 4 vereadores, que se revezavam no poder ü É a única organização política colonial que ainda existe atualmente Jesuítas no Brasil: Companhia de Jesus 1534 – ordem religiosa católica ü Funções: catequese do gentio (índio) e educação formal na colônia ü Missões: núcleos de trabalho dos jesuítas (noção hierárquica) ü Financiamento: redízima (1% do PIB), produção de açúcar, drogas do sertão e criação de gado ü Resultados: catástrofe demográfica indígena União Ibérica (1580 – 1640): dinastia de Habsburgo (Espanha+Portugal) ü Em 1579, Holanda declara sua independência (Guilherme de Orange) ü Dissolução informal do Tratado de Tordesilhas ü Embargo espanhol: proibição do comércio entre Portugal e Holanda (fim do comércio de açúcar brasileiro e sal português) ü Guerra dos 30 anos (1618 – 1648): protestantes (Holanda+Inglaterra+França) X católicos (Habsburgos) Invasões Holandesas: ocuparam o Nordeste por mais de 20 anos ü Contexto: União Ibérica e embargo espanhol sobre Holanda no comércio açucareiro do Brasil ü Companhia dasÍndias Ocidentais (WIC – 1621): empresa holandesa de capital misto, que tinha como funções, o controle sobre as áreas produtoras de açúcar e controle das praças lusas de comércio de escravos è 1º Invasão Holandesa (1624 – 1625): invadiram a capitania da Bahia (Salvador) ü Rápida dominação devido ao uso de grande força militar ü Reação espanhola: envio da Invencível Armada Espanhola ao Brasil e expulsão dos holandeses è 2º Invasão Holandesa (1620 – 1654): invadiram a capitania de Pernambuco (Recife) ü Fase de conquista: resistência dos senhores de engenho, pois tinham medo de perderem suas terras ü Administração de Mauricio de Nassau: investimentos econômicos (crédito para os senhores de engenho), investimentos em infraestrutura (pavimentação, construção de pontes e fundação da cidade de Maurícia) e investimentos sociais (bibliotecas, escolas, liberdade religiosa, missão artística) ü Mudança de postura da WIC no Brasil: demissão de Nassau, cobrança dos créditos feitos aos senhores de engenho, fim dos investimentos sociais è Insurreição Pernambucana (1645 – 1654): revolta nativista ü Causas: mudanças de postura da WIC no Brasil ü Participantes: senhores de engenho e população ü Objetivo: expulsão da WIC do Brasil ü 1ª fase: vitórias da WIC ü 2ª fase: vitórias dos senhores de engenho (Batalha dos Guararapes) ü Resultados: expulsão dos holandeses è Consequências: crise do açúcar no Brasil: perda do monopólio do açúcar no mercado internacional. Nos 24 anos que aqui permaneceram, os flamengos haviam adquirido todos os conhecimentos técnicos relativos ao cultivo de cana e produção de açúcar. Com isso, os holandeses passaram a cultivar cana nas Antilhas, produzindo um açúcar mais barato e de melhor qualidade. Interiorização do Brasil – Bandeiras: consistiu em expedições que partiam de São Vicente e foram ao interior em busca de produtos. è Causas: crise estrutural da economia de São Vicente nos séculos XVI e XVII ü Crise do açúcar ü Crise de abastecimento de escravos e de produtos europeus ü Agricultura de subsistência (uva, trigo e algodão) ü Uso do trabalho escravo indígena (aproximação dos Tupis e escravização de seus inimigos) Recuperação da Companhia das Índias Ocidentais no Caribe. Capturaram a ‘’frota de prata’’, a qual rendeu suficientes recursos para atacar o Brasil novamente. Restauração Portuguesa (1640): fim da União Ibérica, expulsão das tropas espanholas de Portugal e coroação de D. João IV (Dinastia dos Braganças) Trégua dos 10 anos (1640 – 1650): acordo político entre Portugal e Holanda que definia o direito da WIC de permanecer no Brasil por apenas mais 10 anos e direito de Portugal recuperar suas praças de escravos na África. è Tipos de bandeiras ü Prospecção: busca por metais amoedáveis ü Preação/aprisionamento: busca por mão de obra escrava indígena no interior ü Sertanismo de contrato: expedições contratadas para destruir tribos e quilombos ü Monções (mercado interno): expedições para o abastecimento da região das minas com produtos (uso do leito dos rios ü Entradas: campanhas oficiais financiadas pelo governo è Quilombo dos Palmares (1630 – 1694): Serra da Barriga – atual união dos Palmares no Alagoas ü Forma de resistência contra o sistema escravista ü Participantes: escravos fugitivos, negros forros, mestiços, índios tapuios e brancos degredados ü Objetivo: resistir ao sistema escravista ü Origem: fusão de 10 quilombos (União de Palmares) ü Estrutura: poderes políticos e militares centralizados, propriedade coletiva da terra, comercio de excedentes, escravidão temporária (‘’rodízio’’) ü Atingiu seu auge com 30000 habitantes ü Acordo de Recife (1676): acordo político entre Palmares e o governo luso (liberdade aos palmaremos e demarcação das terras do quilombo) ü Reação da Coroa lusa: uso da bandeira de contrato de Domingos Jorge Velho, da guerra biológica (peste de sarampo) e destruição do quilombo em 1694 ü Resistência no interior: Zumbi e Dandara ü Assassinato de Zumbi em 1695 è Guerra dos Emboabas (1708 – 1709): revolta nativista ü Localização: região das minas ü Causas: grande volume de migrantes (nordestinos) e imigrantes (portugueses) na região das minas ü Participantes: paulistas (bandeirantes) X forasteiros (emboabas) ü Objetivo: posse sobre a região das minas ü Pequenos conflitos isolados ü Capão da Traição: massacre de paulistas por emboabas ü Resultados: saída dos paulistas da região das minas e divisão de São Vicente em 2 áreas – São Paulo e Minas de Ouro Pecuária: è Nordeste: região do vale do rio São Francisco ü Atividade subsidiária do açúcar: força motriz e alimento ü Uso do trabalho livre: vaqueiros e fábricas è Sul: toda a região dos Pampas Gaúchos ü Atividade subsidiária da mineração: charque e mulas ü Usos do trabalho livre (exceto na charqueada): boiadeiros e tropeiros Drogas do Sertão: è Norte: toda a região Norte – Floresta Amazônica ü Atividade extrativista para exportação ü Principais produtos: ervas medicinais, condimentos exóticos e peixes/mamíferos (boto – afrodisíaco) ü Uso do trabalho indígena: catequese ou escravidão è Companhia de Comércio do Maranhão: empresa estatal lusa (estrutura política portuguesa na região Norte) ü Fornecimento de produtos europeus baratos, compra de drogas do Sertão a preços elevados e fornecimentos de 500 escravos/ano para a região è Revolta de Beckman (1684): revolta nativista ü Localização: São Luís (MA) ü Causas: crise econômica local, criação da Cia. De Comércio do Maranhão e conflitos entre jesuítas e os comerciantes pela posse do índio ü Participantes: comerciantes e populares ü Líder: Manuel Beckman ü Objetivo: expulsar a Cia. De Comércio do Maranhão e os jesuítas ü Houve a tomada de São Luís, expulsão da Companhia e dos jesuítas e juramento de fidelidade ao rei luso ü Reação da Coroa lusa: invasão violenta da região e enforcamento de Beckman ü Resultado: fechamento da Cia. De Comércio do Maranhão Tratados de limites: elaborados entre Portugal e Espanha com uso do princípio do ‘’ultipossidetis’’ è Tratado de Madri (1750): definição das fronteiras a oeste do Brasil ü Fronteiras atuais exceto Acre e parte de Mato Grosso ü Bases: troca de Sacramento (Portugal) por 7 Povos das Missões (Espanha) ü Guerras Guaranídicas (1753 – 1756): resistência indígena, com influência jesuítica, contra a dominação portuguesa sobre 7 Povos das Missões è Tratado do Santo Ildefonso (1777): redefinição das fronteiras do Brasil ü Posse de Sacramento e 7 Povos das Missões para a Espanha è Tratado de Badajós (1801): retomada das bases fronteiriças estabelecidas no Tratado de Madri Economia mineradora: origem com a bandeira de prospecção de Barba Gato (1698) ü Tratado de Methuen (Panos e Vinhos - 1703): era um tratado de comércio pelo qual Portugal abria seus mercados aos tecidos ingleses e a Inglaterra, por sua vez, abria seus mercados aos vinhos portugueses. Gerava sempre um enorme déficit na balança comercial portuguesa. O que arcava com esse ‘’rombo’’ era o ouro brasileiro. è Ouro de aluvião: encontrado geralmente nas areias e barrancos dos rios, ou seja, na superfície. è Métodos produtivos: ü Lavras (minas): unidades produtivas relativamente grandes, que dispunham de aparelhos mais sofisticados e usavam grande número de escravos ü Faisqueiras (garimpos): unidades pequenas e móveis, trabalhadas pelos próprios interessados ou por mineradores com poucos escravos è Intendência das minas: responsável por cobrar impostos, distribuir datas e fiscalizar as minas. ü O Quinto: pagamento a Coroa de 20% do ouro encontrado ü Capitação: imposto individual (por pessoal) ü Entradas: pedágios ü Casas de fundição: o minerador entregava o ouro em pó, o qual era fundido e transformado em barras. Causou uma crise de mercado interno devido à falta de moeda ü Metas tributárias: de 1702 ate 1763, esperava se a extraçãode 30 arrobas de ouro por município, a partir de 1763, a Coroa portuguesa passou a exigir 100 arrobas por município. ü Derrama (1763): cobrança de apreensão caso não se atingisse a meta de 100 arrobas è Sociedade mineradora: ü Urbana, patriarcal, aristocrática (com aspirações burguesas) e com mobilidade social ü Origem de novos grupos sociais: negros de ganho e forros ü Uso de mão de obra escrava è Consequências: ü Deslocamento do eixo colonial do Nordeste açucareiro para o Sudeste minerador ü Novo ciclo colonial: do ouro ü Crescimento demográfico: imigrantes portugueses e migrantes nordestinos para a região das minas ü Aumento da mobilidade social ü Surgimento de uma classe média urbana letrada ü Transferência da capital do Brasil para o Rio de Janeiro (1763) ü Choque de interesses entre metrópole e população colonial, o que gerou revoltas è Revolta de Vila Rica (1720): revolta nativista ü Causas: criação das Casas de Fundição ü Participantes: elite mineradora ü Líder: Filipe dos Santos ü Objetivos: fechamento das Casas de Fundição ü Ocorreram manifestações contra o governador de Vila Rica ü Reação violenta do governo luso: prisão dos líderes e Filipe dos Santos enforcado ü Resultados: manutenção das Casas de Fundição e criação do sistema de Salvo Condutos è Crise do Ouro: o esgotamento das minas superficiais e a falta de tecnologia mineradora causou o declínio da economia mineradora no Brasil. Foi quando o governo luso estabeleceu a derrama. è Conjuração Mineira (1789): revolta emancipacionista ü Causas: crise econômica local por causa do esgotamento das minas e do estabelecimento da derrama ü Ideal iluminista inspirado na independência dos EUA ü Participantes: elite mineradora e populares ü Líder: Joaquim José da Silva Chavier (Tiradentes) ü Objetivos: proclamação da República, criação de fábricas (não se pronunciaram sobre a escravidão) ü Estopim: dia da derrama ü Houve delação de Joaquim Silvério dos Reis ü Reação da Coroa lusa: devassa na região – prisão dos líderes e prisão exemplar aplicada a Tiradentes è Conjuração Baiana (1798): revolta emancipacionista ü Local: Salvador ü Causas: crise econômica local devido a transferência da capital para o Rio de Janeiro ü Ideal iluminista inspirado na Revolução Francesa ü Participantes: populares e comerciantes ü Líder: Cipriano Barata ü Objetivos: proclamação da República, liberdade de comércio e abolição da escravidão ü Houve divulgação dos planos revolucionários por Pasquins Sediosos e delação de José da Veiga ü Reação da Coroa lusa: prisão dos 49 líderes e enforcamento de 4 Guerra dos Mascates (1710 – 1711): revolta nativista ü Localização: Pernambuco ü Causas: crise econômica local devido a decadência do açúcar e do endividamento dos Senhores de engenho com os comerciantes de Recife e emancipação de Recife frente a Olinda em 1709 ü Participantes: Sr. Engenho de Olinda X Comerciantes de Recife (mascates) ü Objetivos de Olinda: perdão de suas dívidas com os comerciantes de Recife e rebaixamento de Recife a condição de povoado ü Invasão de Recife por Olinda, que foi reprimida pelas tropas da Coroa ü Resultados: manutenção de Recife como vila e elevação dessa a sede de Pernambuco Era Pombalina (1750 – 1777): governo do Rei D. José I, o qual recebeu o Estado luso em crise estrutural e inapto para governar. Criou o cargo de 1º Ministro em Portugal e nomeou Marquês de Pombal como 1º Ministro luso. ü Despotismo esclarecido: manutenção do Estado Absolutista com a implementação de reformas liberais è Reformas Pombalinas em Portugal ü Medidas políticas: racionalização burocrática, reconstrução de Lisboa, remodelação do exército ü Medidas econômicas: incentivo para a instalação de indústrias, afastamento com as bases de Methuem ü Medidas sociais: expulsão dos jesuítas, laicização da educação e estabelecimento da censura è Reformas Pombalinas no Brasil ü Medidas políticas: revogação do sistema de capitanias hereditárias e transferência da capital para o Rio de Janeiro em 1763 (causa da Conjuração Baiana) ü Medidas econômicas: liberação para a instalação de indústrias, arrocho colonial (derrama) e renascimento agrícola (reimplantação das Cia de Comércio do Grão Pará e Maranhão e da Cia de Pernambuco e Paraíba ü Medidas sociais: proibição da escravidão indígena, expulsão dos Jesuítas (gerou um vazio educacional) e imposição do uso da Língua Portuguesa em todo o território è Viradeira (1777): retomada das bases absolutistas e mercantilistas em Portugal ü Origem: morte de D. José I em 1777 e sucessão por D. Maria I (‘’Rainha Louca’’) ü Medidas: demissão de Pombal, reaproximação com a Inglaterra e com a Igreja Católica (retorno dos Jesuítas) Governo Joanino (1808 – 1821): transferência da Corte Lusa para o Brasil è Contexto Europeu: Bloqueio Continental (1806 - Era Napoleônica) ü Napoleão proíbe o comércio entre Europa Continental e Inglaterra, mas Portugal desrespeita o acordo ü Tratado de Fontanebleau (1807): acordo político entre França e Espanha pelo direito das tropas francesas atravessarem o território espanhol afim de invadir Portugal ü Invasão francesa sobre Portugal e transferência da corte lusa para o Brasil - ajuda inglesa (Tratado de Methuem) è Medidas políticas: ü Abertura dos portos as Nações Amigas (1808) ü Fim do Pacto Colonial; ü Direito de comércio entre Brasil, Inglaterra e EUA ü Desapropriações urbanas (aproximação entre rei e aristocracia cafeeira); ü Construção do Jardim Botânico do Rio de Janeiro: ‘’ritual’’ de Beija-Mão - proximidade entre rei e povo è Medidas econômicas: ü Liberdade para a instalação de indústrias no Brasil ü Instalações: Banco do Brasil, Casa da Moeda e Junta Comercial ü Tratado de Navegação e Comércio: taxas para importação de 15% para produtos ingleses, 16% para produtos portugueses, 24% para produtos de outros países ü Tratado de Aliança e Amizade: apoio militar inglês em caso de invasão estrangeira è Medidas Sociais: ü Liberdade de culto aos protestantes ü Instalações: Teatro Real, Academia Real de Belas Artes, Biblioteca Real, Faculdade de Medicina (RJ e Salvador) ü Missão Francesa (1816): ... è Política externa: ü Declaração de guerra aos franceses (1808 – 1815) ü Invasão sobre as Guianas (1809 – 1815) ü Elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal (1815): Império luso-brasileiro ü Participação no Congresso de Viena (1815) para a recuperação das terras ibéricas tomadas por Napoleão ü Nomeação de Lorde Beresford para o comando de Portugal ü Invasão sobre a província Cisplatina (1815 – 1828) è Revolução Pernambucana/dos Padres (1817): revolta emancipacionista ü Localização: Pernambuco ü Causas: crise econômica local devido ao aumento dos tributos para sustentar a corte lusa no Rio de Janeiro ü Base teórica iluminista: jacobinismo ü Participantes: populares, comerciantes e intelectuais ü Objetivos: proclamação da República na região, liberdade de comércio, fim dos impostos (não se pronunciaram sobre a escravidão) ü Tomada de Recife: proclamação da República em Pernambuco ü Reação violenta do governo Joanino: bloqueio de Recife e destruição da revolta è Revolução Constitucional do Porto (1820) ü Localização: Cidade do Porto (Portugal) ü Causas: governo luso entregue ao Lorde Beresford e ideal liberal iluminista ü Participantes: advogados, maçons e deputados lusos ü Objetivos: Monarquia Constitucional, constituição nova de caráter liberal, volta da corte para Portugal e recolonização do Brasil ü Tomada do poder em Portugal e expulsão do Lorde Beresford ü Ultimato pelo retorno de D. João VI ü Resultados: retorno de D. João VI para Portugal (permanência de D. Pedro I no Brasil), fim do absolutismo em Portugal e promulgação da Constituição Portuguesa ü Consequência no Brasil: início da independência do Brasil Independênciado Brasil è Estrutura política interna: ü Partido Português (Partido Conservador): composto por comerciantes de escravos, liderado por D. Pedro I. Visavam manter o Império Luso ü Partido Brasileiro (Partido Liberal): composto pela aristocracia rural, liderado por José Bonifácio. Visavam a independência do Brasil è Processo de independência do Brasil ü Dia do Fico (09/01/1922): documento assinado por 8 mil eleitores pedindo a permanência de D. Pedro I no Brasil, o qual se transferiu para o Partido Brasileiro (Liberal) ü Reação portuguesa: abandono dos ministros portugueses aos cargos (pedido de demissão em massa) e demissão do comando militar português no Brasil ü Criação do Ministério dos Brasileiros: ministros do Partido Brasileiro nomeados por D. Pedro I. José Bonifácio nomeado chefe do Ministério ü Estabelecimento do ‘’Cumpra-se’’: todas as leis lusas para terem validade no Brasil deveriam ser aprovadas por D. Pedro I antes ü Convocação de eleições para a Assembleia Constituinte (1822): elaboração de uma nova constituição brasileira (Constituição da Mandioca) – eleita maioria do Partido Brasileiro ü Grito do Ipiranga (07/09/1822): declaração de independência ü Não houve mudanças estruturais: manutenção da escravidão, do latifúndio, da monarquia e da economia agroexportadora ü Coroação de D. Pedro I como rei do Brasil
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