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FICHA TÉCNICA - LEISHMANIOSE

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FICHA TÉCNICA 
Vinícius Andrade da 
Fonseca João
Nicole Moraes Barrio
Talita Menezes Blank 
Machado Netto
Isabella Barbosa Duarte 
Rafaela Almeida de Sá 
Tauro
Camila de Souza Sotto
Grabriela da Silva Duarte 
 Flávio Lustosa Caribé 
Morais
Caroline Santos Nunes
 Família: Trypanosomatidae 
Ÿ L. Tropica e L. braziliensis: Diferentemente da primeira, essas tendem a 
preferir temperaturas mais frias. Crescem e causam lesões na pele ou nas 
membranas e mucosas.
Ainda segundo a maioria dos autores e literaturas conceituadas sobre o assunto, 
foi analisado que estes mesmos insetos tendem a ser menores que os mosquitos 
que já nos são mais familiares, podendo facilmente atravessar proteções de tela 
em janelas. Ou seja, se fazem presente com mais facilidade e por isso devemos 
ter mais cuidado. Eles também tendem a possuir como reservatório mamíferos 
“pequenos”, porém é encontrada sua forma promastigota (infectiva), na saliva de 
insetos. 
Logo após penetrar a pele de um mamífero alvo (vítima), o agente agressor perde 
seus flagelos, tomando outra forma chamada amastigota, onde se prolifera 
dentro de células fagocíticas. 
 Gênero: Leishmania.
 Ordem: Kinetoplastida 
(TORTORA, G. Microbiologia. 2012)
Por fim, o que dá início novamente a este mesmo ciclo de transmissão, é o fato de 
que quando o agente agressor se encontra na forma amastigota, é ingerido 
através da alimentação dos insetos flebotomíneos, Por fim, estas amastigotas 
são então ingeridas pela alimentação de flebotomíneos 
 
 Para entender um pouco melhor sobre o agente causador da leishmaniose, é 
essencial falar sobre o que ele causa, como causa e suas classificações. A 
leishmaniose é uma doença complexa e disseminada podendo exibir formas 
clínicas graves. Os patógenos (protozoários) são cerca de 20 espécies diferentes 
que, geralmente, para simplificar o entendimento, são categorizados em 3 grupos. 
Os sinais clínicos e sintomas podem ser semelhantes ou diferentes dependendo 
da espécie e da Leishmania. Porém, a diferença entre os grupos se dá não só 
pelos sintomas e sinais clínicos que causam na vítima (mamífero infectado), mas 
também pelas diferentes espécies que cada grupo de Leishmania em específico, 
pode afetar com maior ocorrência ou menor. Assim como a Leishmania infantum 
que tem como hospedeiros humanos, cães, raposas, rato-preto, guaxinins, 
dentre outros, sendo o cão o seu principal reservatório. Também é importante 
destacar que nem todas são vistas no mesmo local geográfico. Quando se trata 
de Leishmaniose Visceral, os locais mais propensos a ter casos de L. Infantum 
são: Sul da França (Montanhas Cevenas), bacia central e ocidental do 
Mediterrâneo (Europa e África), Irã. Já as Américas Central e do Sul (México até 
norte da Argentina), são mais suscetíveis de se encontrar a L. chagasi. Por outro 
lado, quando falamos sobre Leshmaniose Tegumentar, alguns dos lugares de 
fácil suscetibilidade para a doença são: Sudoeste e centro da Ásia, África 
Equatorial e do Sul, Quênia e Namíbia. 
Ÿ Leishmania donovani: causa a Leishmaniose Visceral (LV), na qual os 
parasitas invadem os órgãos internos. 
De acordo com a literatura, há um senso comum de informação sobre como é 
transmitida a leishmaniose. Geralmente ocorre por meio da picada de insetos 
anteriormente infectados, e acredita-se que que o principal inseto são os 
flebotomíneos (somente fêmeas), possuindo 30 espécies que são facilmente 
encontradas em abundância em áreas tropicais e ao redor do Mediterrâneo. 
Reino: Protozoa 
 Filo: Sarcomastigophora
Classe: Zoomastigophorea 
AGENTE - LEISHMANIA SPP 
LEISHMANIOSE
A LEISHMANIOSE
(TAYLOR, M. Parasitologia Veterinária. 2016).
“Amastigotas de Leishmania possuem corpos pequenos, arredondados ou ovais, podendo medir 1,5-3,0 por 2,5-6,5 
mm, que se localizam dentro dos macrófagos e possuem um núcleo grande e um cinetoplasto em formato de 
bastonete associado a um flagelo rudimentar.” 
Quanto a sua morfologia:
Pode ocorrer de algumas formas: por cópula, transfusão sanguínea, por ectoparasitas como o carrapato-marrom 
(Rhipicephalus sanguineus), a pulga do gato (Ctenocephalides felis) e, principalmente pela picada das fêmeas 
infectadas da Lutzomyia longipalpis, mais popularmente conhecido como o famoso “mosquito-palha” ou “mosquito 
pólvora”. Primeiramente, o inseto infectado (vetor) pica o cão (ou outros hospedeiros vertebrados, como gato e o 
cavalo) e ingere a leishmania em sua forma amastigota, que está presente no animal contaminado.
Segundo a literatura reporta “após o agente ser ingerido por um inseto, ele se transforma no intestino do inseto, no 
qual o cinetoplasto situa-se na extremidade posterior do corpo, consequentemente se multiplicando rapidamente e 
quando o inseto se alimente e infectando um novo hospedeiro.”
(TAYLOR, M. Parasitologia Veterinária. 2016)
A transmissão, assim como a da Leishmaniose Visceral, também se dá através da picada de insetos transmissores 
infectados e não há transmissão de pessoa a pessoa ou animal a animal. Lembrando sempre que se faz necessário 
o ciclo do agente agressor com os mesmos vetores, reservatórios (vitimas), para que ocorra a transmissão, tanto na 
Leishmaniose Visceral quanto na Cutânea ou Mucocutânea. 
· Transmissão da Leishmaniose Visceral Canina 
· Transmissão Da Leishmaniose Cutânea e Mucocutânea 
(TAYLOR, M. Parasitologia Veterinária. 2016.)
· No Homem(humano- talvez seja melhor): 10 dias a 24 meses, com média entre 2 a 6 meses. 
· No cão: bastante variável, de 3 meses a vários anos, com média de 3 a 7 meses.
“Pode levar de muitos meses a muitos anos para que os cães infectados desenvolvam sinais clínicos, de maneira que 
a doença pode se tornar aparente apenas muito tempo depois de os cães terem deixado regiões endêmicas.”
Comumente são conhecidos por serem mamíferos vertebrados e os mais acometidos são: seres humanos, cães, 
gatos e cavalos, porém a doença também é vista em tatus, preguiças, ratos, macacos e gambás.
Os cães que desenvolvem a doença podem ser sintomáticos ou assintomáticos.
A Leishmaniose é imunomediada, tanto em cães quanto em seres humanos. Porém, cães tendem a apresentar um 
número maior de mortes. Isso se dá pelo fato de que esses animais possuem mais parasitas na pele e no pelo, o que, 
consequentemente favorece uma infestação. 
Quando ao período de incubação, é possível notar uma variação de acordo com as literaturas pesquisadas e segundo 
o ministério da saúde. Essa relatividade se aplica tanto para o período de incubação no Homem, quanto para o 
período de incubação no animal. 
TRANSMISSÃO
HOSPEDEIROS
Os sinais clínicos tanto da Leishmaniose Visceral Canina quanto da 
Leishmaniose Cutânea são diversos. Entre os sinais cutâneos (externos) 
comumente encontrados estão a descamação, alopecia (perda de pelo) e 
dermatite erosiva. Nos membros, pode ocorrer infecção (pododermatite), pele 
espessa por excesso de produção da queratina (hiperqueratose dos coxins) e 
unhas com crescimento exagerado e em formato de garras (onicogrifose). 
Feridas de difícil cicatrização nas orelhas também são comuns e servem de 
alerta para a doença. Outra particularidade da leishmaniose canina é que 
80% dos cachorros infectados apresentam problemas oculares. Presença de 
secreção persistente, piscadas excessivas e incômodo nos olhos.
Figura 1 - Cão com onicogrifose
(Fonte: Lab Vet - Leishmaniose Canina e os Desafios do Diagnóstico, Tratamento e 
Prevenção)
Figura 2 - Alopecia em cão 
A Leishmaniose Visceral canina também possui sintomas variáveis. O parasita pode prejudicar diversos órgãos 
como rins, fígado, ou mesmo estruturas do sistema digestivo. Cada lugar agredido trará uma consequência 
correspondente. Entre as mais comuns estão a êmese (vômito), diarreia, hematoquezia (fezes com sangue) e 
desidratação. Quando a medula óssea é atacada, por exemplo, a produção de células sanguíneas diminui. Isso 
pode gerar anemia e deixá-lo predisposto à novas infecções.(Fonte: Revista Veterinária - Alopecia Canina)
O cachorro ainda pode apresentar aumento dos linfonodos. Geralmente, isso ocorre pois o sistema de defesa do 
organismo age contra o ataque da leishmania. Isso acaba aumentando o volume dos gânglios linfáticos (pequenas 
glândulas pertencentes ao sistema linfático) em várias partes do corpo do animal ao mesmo tempo ou de forma 
localizada.
Por conta do envolvimento do parasita com o sistema imunológico, o cão infectado frequentemente apresenta 
indícios de outras doenças. Ou de fato, se infecta com outro agente, uma vez que o organismo foi invadido pela 
Leishmania, encontra-se imunossuprimido. Isso implica na dificuldade em diagnosticá-la instantaneamente.
Endo e Ectoparasitas também são fatores que podem levar o animal a contrair a Leishmaniose, pois o parasita 
fragiliza o sistema imune, já que na maioria das vezes são seres hematófagos (grupo de animais ou parasitas que se 
alimentam de sangue), e podem vir a transmitir outras doenças tanto por bactérias como por meio de vírus, por 
exemplo. 
"Apesar de a Leishmaniose Visceral canina apresentar tantos sintomas, há cachorros que se apresentam 
, 
assintomáticos, é importante saber que 60% dos casos são assintomáticos. Além disso, segundo o ministério da 
saúde quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos." (Informação Verbal)¹
¹ Fala da Profª e Dr.ª Thais Chucri CRMV 18336, São Judas Tadeu - Campus Unimonte. 09/11/2020
SINAIS CLÍNICOS E SINTOMAS
Como o potencial do parasita é se “camuflar” e se desenvolver dentro de células macrófagas cujo objetivo é 
exatamente acabar com esse tipo de agressor, a resposta imune pode tender a ser mais dificultosa, 
consequentemente reprimindo o tratamento da doença. 
Os macrófagos estão englobados tanto na defesa inata quanto adquirida, porém suas funções acabam por diferir 
uma da outra. Na primeira ele busca fagocitar o agente agressor e na segunda o direciona aos linfócitos T ou 
leucócitos. Com isso, é entendível que a infecção proveniente do gênero Leishmania spp traz uma especificidade 
quanto ao seu protozoário, por desenvolver um mecanismo para enganar e escapar da ação dos macrófagos, 
durante o primeiro contato do agente agressor e o hospedeiro. 
(TIZARD, Ian. Imunologia Veterinária. 2014.)
As células de memória responsáveis pela primeira barreira do organismo “linfócitos T”, são infectados pelo parasita 
na forma de “promastigotas” localizadas no tubo digestivo mosquito palha, ao serem inoculados durante a 
alimentação do mosquito junto ao animal que será infectado pela fêmea do mosquito palha.
“Estudos demonstraram que a entrada da Leishmania spp dentro de macrófagos também ocorre através de 
neutrófilos que foram recrutados como uma resposta normal à picada do inseto. Neste sentido, o neutrófilo vem 
sendo apontado como um importante responsável pela progressão da infecção por Leishmania spp, pois a hipótese 
“Cavalo de Tróia” foi levantada, propondo que os neutrófilos infectados auxiliam na entrada “silenciosa” dos 
parasitos nos macrófagos.” (van Zandbergen et al., 2004; van Zandbergen et al., 2006; Jochim & Teixeira, 2009).
(ALMEIDA, Maria Angelica Zollin. Programa de Zoonoses Região Sul. Manual de Zoonoses. 2010.)
“O TR-DPP é recomendado para triagem e o ELISA, para confirmação dos cães sororreagentes ou indeterminados 
no TR-DPP. Recomenda-se que o TR-DPP seja sempre executado pelos serviços de vigilância de zoonoses locais 
e, em caso de impossibilidade da realização da técnica de ELISA, encaminhar ao Laboratório Central (Lacen) 
Estadual ou ao Laboratório Municipal.”
A literatura também reporta que o parasita é capaz de reduzir a capacidade apresentadora de antigeno que os 
macrófagos executam. Fazem isso por meio de supressão da expressão do complexo de (MHC). O que 
consequentemente vai resultar na sua resistência dentro do organismo de um mamífero, provocando uma 
inflamação crônica.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses. 2016.)
“Os exames disponíveis para diagnóstico sorológico são: Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), Enzyme 
Linked ImmuNoSorbent Assay (ELISA) e os testes imunocromatográficos (testes rápidos), que expressam os níveis 
de anticorpos circulantes. O material recomendado é o soro sanguíneo ou sangue total eluído em papel de filtro.”
· Leishmaniose Visceral 
É possível confirmar o diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina através de métodos sorológicos, onde é colhido 
o sangue do paciente e levado para análise, ou parasitológicos e até mesmo moleculares. Sendo o mais simples 
pois apresenta facilmente o parasita na amostra coletada via punção de linfonodos, hepática, esplênica, de medula 
óssea e biópsia ou escarificação de pele.
O QUE OCORRE E COMO SE DÁ A RESPOSTA IMUNOLÓGICA
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO
· Leishmaniose Cutânea
No diagnóstico clínico é visível a presença de lesões de pele típicas da Leishmaniose Tegumentar Americana, o 
diagnóstico clínico se baseia em tomar conhecimento principalmente da procedência do paciente, como por 
exemplo saber se esteve em regiões endêmicas e/ou com casos de leishmaniose. Porém, mesmo com lesões 
evidentes, se faz necessário os testes laboratoriais para a confirmação do diagnostico, uma vez que as mesmas 
lesões também podem ser confundidas com lesões de causas fúngicas, ectimas e carcinomas.
O diagnóstico laboratorial inclui exames como: 
· Parasitológicos onde é adotado o método de fixação em metanol e coloração pelo Giemsa ou Leishman de 
esfregaço de material obtido por escarificação, raspado ou punção. É uma ótima opção de exame pois permite a 
análise diferenciada entre amastigotas e outras doenças, obtendo um resultado preciso. 
· Imunológicos: IDRM: teste intradérmico consiste em analisar uma hipersensibilidade celular retardada. Não é 
tão simples quanto para humanos, é dificultada pelo fato de que em animais o retorno do paciente após exame, se 
torna uma relutância. 
· Teste Sorológicos Assim como a leishmaniose visceral, a tegumentar também se utiliza de testes sorológicos, 
assim como o IFI: Imunofluorescência indireta e o ELISA: imunoenzimático. Podendo ser detectados anticorpos 
(anti-leishmania) e não utilizando os resultados separadamente como diagnostico final, mas sim complementar, já 
que os critérios podem ser confundidos com outras doenças com base também em agentes etiológicos. 
· Moleculares: Mais conhecido como PCR, é capaz de amplifica em larga escala sequencias de DNA, 
mostrando um resultado bem sensível. 
Por fim, Cada área de vigilância de zoonoses, em cada cidade, conta com um protocolo para como deve ser feita e 
armazenada a coleta do material biológico a ser analisado, uma vez que pode ser considerado de risco para a 
população. 
(Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de 
Zoonoses. 2016. Edição 1º. Editora: Ministério da Saúde. Data: 16 de Novembro. 
Página 37)
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
**Imunomoduladores: são substâncias que atuam no sistema imunológico aumentando a resposta imunológica 
orgânica contra os microrganismos.
O Milteforan possui em sua composição miltefosina 20mg/mL, e deve ser administrado 1mL para cada 10Kg de 
peso corpóreo, uma vez ao dia durante um período de 28 dias, sendo um tratamento de fácil administração por 
possuir apresentação líquida. Deve atentar-se ao cão após administração da droga, cerca de 1 hora, tempo eu que a 
droga é absorvida, pois a mesma possui efeito adverso de indução ao vômito, caso isso ocorra, deve-se administrar 
novamente para garantir a dose diária. Possui biodisponibilidade* de 94% em cães, tendo ação imunomoduladora** 
e com ampla distribuição nos tecidos, atinge sua concentração máxima entre 4 a 48 horas após administração e 
possui meia-vida de quase 160 horas para total eliminação da droga, ou seja, possui uma meia-vida lenta, tornando 
assim o tratamento mais eficaz. Considerado seguropara o fígado e rins pois sofre degradação metabólica hepática 
em colina, que é um componente natural, e consequentemente segura para os rins, por não possuir excreção renal. 
Este medicamento não deve ser administrado em animais com hipersensibilidade a miltefosina, e nem em animais 
fêmeas gestantes e lactantes.
A cura definitiva para leishmaniose visceral canina não existe. Sendo assim o tratamento diminui a carga parasitária 
diminuindo assim a infecção, e consequentemente diminuindo a transmissão da doença. Por este motivo, os 
animais em tratamento devem voltar após 4 meses para realizar novos exames, e se necessário iniciar um novo 
tratamento.
Em seus efeitos adversos podemos citar vômito, diarreia e anorexia em alguns animais, e, por este motivo, deve ser 
administrado logo após a alimentação.
É de extrema importância que seja utilizado repelentes contra o flebotomíneo nos animais em tratamento.
*Biodisponibilidade: caracteriza a velocidade em que o princípio ativo é absorvido, tornando-se disponível para 
atuação em seu sítio de ação.
Ao se tomar conhecimento do contato animal com o vetor e a contaminação pelo agente patogênico (portador do 
protozoário), o primeiro passo do médico veterinário consiste em notificar a vigilância sanitária para o 
acompanhamento e controle da zoonose. Infelizmente a leishmaniose canina não é tão sensível ao tratamento 
como a leishmaniose humana, já que apenas alguns animais são considerados 100% curados. Apenas em 2016 o 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), autorizou que no país pudesse ter um método 
terapêutico para os animais com a doença, sendo um medicamento já em circulação na Europa, chamado 
Milteforan. O tratamento por meio deste, é recomendado para cães de todas as idades, exceto lactantes e 
gestantes. Ele foi desenvolvido para tratamento de metástases cutâneas em carcinomas mamários e, em estudos 
realizados na Índia, descobriu-se a eficácia terapêutica no tratamento das leishmanioses.
PREVENÇÃO
Há estabilização do número de casos no Brasil a mais de 15 anos. Apresentando-se variações entre 3 mil e 4 mil 
pessoas infectadas a cada ano. Há casos de enfermidade por todas as regiões, sendo que 22 estados apresentam 
casos humanos e caninos. Essa estreita relação entre a infecção canina e humana é evidenciada por estudos da 
epidemiologia em áreas urbanas, que evidenciam a sobreposição entre locais com incidência de casos humanos e 
elevada soroprevalência canina. Por isso, é muito importante proteger o animal e, consequentemente, toda a família.
Há também disponível a vacinação, que deve ser feita dependendo do resultado de um prévio exame sorológico 
para descobrir se o cão já foi infectado ou não. Caso o exame prévio se mostre negativo, só então é possível vacinar 
e associar à coleira antiparasitas.
A medida mais efetiva, segundo a OMS, ainda é o uso da coleira antiparasitárias/inseticidas impregnadas com 
deltametrina 4%, que devem ser trocadas de acordo com o tempo de validade previsto na embalagem que varia de 
marca para marca. Em cães alérgicos as coleiras devem ser utilizadas com inseticidas a base de permetrina, ou 
deve ser feita a aplicação tópica e evitar passeios noturnos, dando preferência a passeios diurnos. 
 De todos os países da América Latina, no Brasil se encontra 90% dos casos de leishmaniose visceral canina. No 
começo, a doença era vista restritamente à região nordeste do país (até a década de 1980), tendo maior 
concentração de casos, porém, ela avançou para outras regiões brasileiras. Em 2015, o Paraná teve seu primeiro 
caso humano no estado, e em 2017, o estado do Amapá e Rondônia tiveram seu primeiro registro de cães afetados. 
A doença era considerada rural, porém começou a tomar rumo a centros urbanos cada vez maiores. Com isso, a 
dispersão dela parece ter atingido toda a extensão do território brasileiro. Com registro do vetor e de casos caninos 
também no extremo sul do país. O desmatamento e a substituição da vegetação nativa por monoculturas podem 
gerar ambiente desfavoráveis para essa espécie, que entra nas cidades um ambiente propício para sua 
sobrevivência. No estado de São Paulo, por exemplo, os municípios de Araçatuba e Birigui tiveram um enfoque 
maior. Desde 1999 quando estes tiveram seus primeiros casos em seres humanos, a leishmaniose visceral 
começou a se propagar em direção ao litoral. Cerca de 27% dos municípios paulistas já registraram cães ou pessoas 
coma doença.
“De acordo com a situação epidemiológica, no caso de doação de animais é aconselhado realizar exame sorológico 
para a Leishmaniose visceral antes da doação.”
A forma mais eficaz de se combater a doença está relacionada quase sempre ao ambiente em que o animal vive. 
Deve-se, assim, buscar evitar o contato entre ele e o vetor.
A leishmaniose visceral acomete ambientes de condições higiênicas precárias, por causa do meio de reprodução de 
seus vetores. De todos 82 países em que a doença foi identificada, 90% dos casos se encontram na Índia, Sudão do 
Sul, Sudão, Brasil, Etiópia, Somália e Quênia. Em 2015, a OMS registrou 23.084 casos de pessoas infectadas com 
leishmaniose visceral no mundo.
 (MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses. 2016.)
Também é possível tomar medidas de prevenção com relação ao ambiente em que o animal vive, assim como: 
manejo e saneamento ambiental, eliminação adequada de resíduos orgânicos, eliminação de fontes de umidade, 
prezar pela limpeza frequente do ambiente, uso de telas e mosqueteiros, utilizar inseticidas ambientais centrados 
nos locais em que o animal permanece por mais tempo com base de deltametrina e cipermetrina sendo aplicados 
semestralmente e utilizar plantas repelentes de insetos como, por exemplo, a citronela.
EPIDEMIOLOGIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Disponível em: <https://www.scielosp.org/article/csp/2020.v36n2/e00221418/>. Acesso em: 4/11/2020
S I Q U E I R A , F a b r í c i o . F i g u r a 1 – L e i s h m a n i a s p p . L i v r o A b e r t o , 2 0 0 9 . D i s p o n í v e l e m : 
<http://fpslivroaberto.blogspot.com/2009/12/parasitas-leishmania-spp-e-leishmaniose.html>. Acesso em: 23/11/2020.
Figura 2 - Cão com onicogrifose. LAB Vet – Diagnóstico e Consultoria Veterinária, 2016. Disponível em: 
<https://labvet.com.br/laboratorio-veterinario/41/2/19/Leishmaniose-canina-%E2%80%93-des afios-diagnosticos,-tratamento-e-
prevencao>. Acesso em: 15/10/2020. 
Figura 3 - Cão com alopecia - Alopecia Canina. Revista Veterinária, 2017. 
Disponível em: <https://www.revistaveterinaria.com.br/alopecia-canina/>. Acesso em: 15/10/2020
GRANDA, Alana. Semana de Controle à Leishmaniose traz Alerta sobre a Doença. Agência Brasil, 2020. Disponível em: 
<https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-08/semana-de-controle-leishmaniose-traz-alerta-sobre-doenca>. Acesso 
em: 4/10/2020
FA F E S P. U m P a r a s i t a C h e g a à M e t r ó p o l e s . O b s e r v a t ó r i o d a F i o c r u z , 2 0 1 8 . D i s p o n í v e l e m : 
<http://observatorio.fiocruz.br/noticias/um-parasita-chega-metropoles>. Acesso em: 30/10/2020
FIOCRUZ. Casos de Leishmaniose Visceral Canina no Brasil Preocupam População. Gov.br, 2017. Disponível em: 
<https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1501-casos-de-leishmaniose-visceral-canina-no-brasil-preocupam-
populacao#:~:text=O%20Brasil%20responde%20por%2090,pela%20doen%C3%A7a%20e%2011%20%C3%B3bitos>. Acesso 
em: 30/10/2020
(TAYLOR, M. A; COOP, R. L; WALL, R. L. Parasitologia Veterinária. 2016. Edição 4º. Editora: Guanabara Koogan LTDA. Data: 16 de 
Novembro. Página 509.)
(ALMEIDA, Maria Angelica Zollin. Programa de Zoonoses Região Sul. Manual de Zoonoses. 2010. Volume 1. Edição 2º. Data: 16 de 
Novembro. Página 74 e 75)
(MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses. 2016. Edição 1º. Editora: Ministério da 
Saúde. Data: 16 de Novembro. Página 37)
(ALMEIDA, Maria AngelicaZollin. Programa de Zoonoses Região Sul. Manual de Zoonoses. 2010. Volume 1. Edição 2º. Data: 
16 de Novembro. Página 76 e 77)
(TAYLOR, M. A; COOP, R. L; WALL, R. L. Parasitologia Veterinária. 2016. Edição 4º. Editora: Guanabara Koogan LTDA. Data: 
16 de Novembro. Página 2422.)
(TIZARD, Ian. Imunologia Veterinária. 2014. Edição 9º. Editora: GEN Guanabara Koogan. Data: 15 de Novembro. Página 673)
(ALMEIDA, Maria Angelica Zollin. Programa de Zoonoses Região Sul. Manual de Zoonoses. 2010. Volume 1. Edição 2º. Data: 16 de 
Novembro. Página 85)
(TAYLOR, M. A; COOP, R. L; WALL, R. L. Parasitologia Veterinária. 2016. Edição 4º. Editora: Guanabara Koogan LTDA. Data: 
16 de Novembro. Página 2427.)
MOTTA, Zilá. Novos Tratamentos para Leishmaniose dão Esperança a Tutores. Metrópoles, 2020.
(TAYLOR, M. A; COOP, R. L; WALL, R. L. Parasitologia Veterinária. 2016. Edição 4º. Editora: Guanabara Koogan LTDA. Data: 
16 de Novembro. Página 2512 À 2514)
 Disponível em: <https://www.metropoles.com/colunas-blogs/e-o-bicho/novos-tratamentos-para-leishmaniose-dao-esperanca-a-
tutores >. Acesso em: 15/11/2020
COSTA, Danielle, N. C. C; CODEÇO, Cláudia, T; BERMUDI, Patrícia, M. M; RODAS, Lilian, A. C; NUNES, Cáris, M; HIRAMOTO, 
Roberto, M; TOLEZANO, José, E; NETO, Francisco, C. Controle da Leishmaniose Visceral Canina Por Eutanásia: Estimativa de 
Efeito Baseado em Inquérito e Modelagem Matemática. Scielo, 2020. 
(ALMEIDA, Maria Angelica Zollin. Programa de Zoonoses Região Sul. Manual de Zoonoses. 2010. Volume 1. Edição 2º. Data: 
16 de Novembro. Página 86 e 87)
(MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses. 2016. Edição 1º. Editora: Ministério da Saúde. 
Data: 16 de Novembro. Página 17)
(MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses. 2016. Edição 1º. Editora: Ministério da Saúde. 
Data: 16 de Novembro. Página 17)
 (MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses. 2016. Edição 1º. Editora: Ministério da 
Saúde. Data: 16 de Novembro. Página 18)
TAYLOR, M. A; COOP, R. L; WALL, R. L. Parasitologia Veterinária. 2016. Edição 4º. Editora: Guanabara Koogan LTDA. Data: 16 
de Novembro. Página 2513.)
MILTEFORAN.Vircbac,2017.Disponívelem: 
<https://br.virbac.com/products/antiparasitariosinternos/milteforan#:~:text=Solu%C3%A7%C3%A3o%20oral%20para%20o%20tr
atamento,60%20mL%20e%2090%20mL.&text=Ap%C3%B3s%20pesar%20precisamente%20o%20animal,dia%2C%20durante
%2028%20dias%20consecutivos>. Acesso em: 04/10/2020
(ALMEIDA, Maria Angelica Zollin. Programa de Zoonoses Região Sul. Manual de Zoonoses. 2010. Volume 1. Edição 2º. Data: 
16 de Novembro. Página 78)
(MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses. 2016. Edição 1º. Editora: Ministério da 
Saúde. Data: 16 de Novembro. Página 83)
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