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BIOGEOGRAFIA 4

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Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
 
 
Biogeografia 
 
 
Unidade IV - Quais técnicas utilizar 
para compreender a distribuição da 
vida na terra. 
 
 
Autor: Paulo Lopes Rodrigues 
Revisora: Elisangela Ronconi Rodrigues 
 
 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
Introdução 
Prezados alunos, tudo bem? 
Nesta unidade, última no nosso processo de conhecimento acerca da 
biogeografia, buscaremos compreender as técnicas para a produção do 
conhecimento biogeográfico, pois é com a utilização dessas técnicas que 
conseguimos compreender a distribuição espacial das espécies e suas relações com 
o meio. 
Ainda nesta unidade discutiremos um pouco mais a fundo temas que surgem 
e necessitam ser estudados pelo viés biogeográfico, dos quais destacamos o 
ambiente urbano e as mudanças climáticas. 
O ambiente urbano é ápice da modificação humana perante a natureza, deste 
modo a biogeografia busca compreender qual o impacto dessa modificação para as 
diferentes formas de vida, além de propor soluções que mitiguem esses impactos. 
As alterações climáticas também não são um assunto novo e de exclusividade 
da biogeográfica, mas a preocupação dessas alterações e os impactos para os seres 
vivos deve ser compreendido à luz dos saberes e metodologias próprias dessa área. 
Por fim colocamos, sem a pretensão de encerrar a discussão, os desafios de 
biogeografia para o século XXI, de uma biogeografia interdisciplinar e com uma visão 
holística, que busquem auxiliar as respostas dadas perante as demandas que 
surgem nesse período. 
Assim sendo, vamos aos estudos? Boa leitura e bons estudos! 
1. Representação cartográfica em biogeografia e 
técnicas de pesquisa. 
Até o presente momento nos debruçamos a entender como os seres vivos se 
distribuem na superfície terrestre, todavia é inegável que precisamos de mecanismos 
que nos auxiliem nesse processo. Um deles, sem sombra de dúvida é a utilização da 
cartografia como ferramenta, a qual detalharemos neste capítulo. 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
Outra importante ferramenta nos estudos biogeográficos são as diferentes 
técnicas utilizadas para compreender a distribuição da flora e da fauna que também 
serão abordados nesta unidade. 
1.1. Cartografia e representação biogeográfica 
Segundo Troppmair (2002) ocorre a necessidade de elaborar cartas fito e 
zoogeográficas e/ou geoecológicas, ou seja, cartas que representam a distribuição 
das plantas, dos animais ou dos atributos naturais. 
Essas cartas fornecem importantes subsídios para compreensão da dinâmica 
daquela área, apresentando na forma de inventário os recursos ali disponíveis, 
traçando relações entre as características físicas e as formas de vida ali presentes. 
Além disso, esse tipo de mapeamento fornece dados de potencialidade econômica 
e também para o manejo sustentável e racional da área. 
Essas cartas podem ser englobadas em 5 formas, apresentados no quadro a 
seguir: 
Quadro 1: Cartas geográficas: tipos e funções. 
Tipos de Cartas Características Objetivo 
 Cartas de Inventário Levantamento de formações 
vegetais, dos elementos 
naturais e de diferentes 
espécies de plantas e animais 
que ocorrem em uma 
determinada área. 
Avaliação de 
potencialidades dos 
elementos naturais 
daquela área. 
Cartas de dinâmica 
populacional 
Representação da expansão 
(ou retração) de uma espécie 
ou de todo um ecossistema 
Avaliação da dinâmica 
daquela espécie (ou do 
ecossistema) no tempo 
sobre uma determinada 
área. 
Cartas de vulnerabilidade Busca identificar os 
parâmetros que devem ser 
respeitados para que não 
Apresentar a sensibilidade 
dentro de um ecossistema 
para seu manejo 
adequado. 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
afetem a existência da flora e 
fauna naquela localidade. 
Cartas de impactos ou de 
alterações 
Busca identificar o nível de 
interferência do ser humano 
em determinado 
ecossistema. 
Apresenta o grau de 
interferência do ser 
humano e avalia seu 
impacto. 
Cartas temáticas ou 
especiais 
Representam um 
determinado aspecto seja da 
fauna, flora ou dos 
elementos naturais 
Esses tipos de cartas 
podem apresentar 
determinada fenologia, ou 
processo migratório, ou 
seja, uma característica 
que se queira destacar. 
Fonte: Troppmair (2002), adaptado para essa obra. 
Além dos tipos das cartas já apresentados, as técnicas empregadas no 
processo de elaboração de cartas e mapas em biogeografia é diverso, porém pode 
ser agrupado em 4 (quatro) principais formas. 
O mapeamento direto sobre cartas básicas é uma dessas formas, utilizada 
principalmente para pequenas áreas, com escala que varia de 1:1000 a 1:50000, ou 
seja, 1 cm é igual a 10 metros até 500 metros. Nessa forma de mapeamento insere-
se no mapa utilizado como base os elementos biogeográficos selecionados que 
foram observados, em outras palavras, essa forma de mapeamento é feita a partir 
da observação do pesquisador. 
Outra forma de produção das cartas biogeográficas é a sua elaboração a partir 
da utilização de fotografias áreas, sendo que essa técnica é utilizada 
principalmente quando são mapeadas áreas maiores, com escala entre 1:5000 até 
1:60000, ou de difícil acesso ao pesquisador. Nesse caso, delimita-se cada formação 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
ou ecossistema, ou por cada foto, uma simbologia, que representa 25%, 50%, 75% 
ou 100% da fisionomia apresentada. 
 Já o mapeamento com utilização de imagens de radar ocorre em áreas de 
grande nebulosidade, na qual com o auxílio de fotografias aéreas ou imagens de 
satélite, se faz o processo descrito para imagens aéreas. 
Imagem 1: Exemplo de Fotografia área, Pojuca - BA. #Para cego ver: Traçado urbano da cidade de 
Pojuca na Bahia, cercado de fragmentos de 
vegetação. 
Já o processo de mapeamento que 
se utiliza de imagens de satélite é 
utilizado para áreas muito extensas, com 
escalas que variam de 1:50000 até 
1:5000000 (ou mais). No produto oriundo 
desse processo só consegue se identificar 
grandes fisionomias ecossistêmicas, a 
qual as pequenas variações não são 
consideradas devida a grande generalização. 
Como vocês já devem saber, o mapa e também a carta, não são a realidade 
em si, mas uma representação da mesma, assim sendo impossível representar a 
realidade em seu todo, mas apenas partes dela, não sendo diferente com os 
mapeamentos em biogeografia. Nos mapeamentos produzidos em estudos 
biogeográficos podemos ter alguns problemas, sendo os principais a questão 
escalar e da projeção. 
 O problema em relação a escala se dá no nível de detalhamento que 
queremos obter, na qual podemos observar em escalas grandes maior quantidade 
de informações do que em escalas pequenas. O outro problema é resultado da 
projeção, ou seja, na produção da carta deve-se optar por aquela projeção que 
mantenha áreas sem grandes deformações e também aquelas que já tenham sido 
elaboradas cartas que representam os elementos naturais como a topografia, o solo 
e o clima, permitindo assim correlações. 
 
Vamos praticar? 
 Leia o texto a seguir: 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
“A interpretação espacial da distribuição dos seres vivos e sua documentação 
cartográfica são condutas inerentes à prática biogeográfica levada a efeito pelo viés 
da Geografia. Tal orientação metodológica apresenta alguns problemas associados 
que podem ser, principalmente, de ordem escalar, classificatória, ou no que se refere 
à própria dificuldade de produzir documentos cartográficos representativosdo 
significado biogeográfico de uma determinada espacialidade” 
 
MARQUES NETO, R. A questão da escala na cartografia biogeográfica: uma proposta 
de mapeamento de biótopos em São Lourenço (MG). Caminhos de Geografia. 
Uberlândia. v. 16, n. 53. p. 201–214.2015 
 
Pelo apresentado no texto e também pelo visto até o momento na unidade, um dos 
grandes dilemas nos mapeamentos geográficos é a questão escalar. Deste modo, 
considere alternativa incorreta. 
A. O mapeamento de grandes áreas, buscando a identificação dos biomas, 
podem se utilizar de imagens de satélite, como também o mapeamento de 
maneira direta. 
B. A dificuldade do mapeamento com áreas com grande nebulosidade pode ser 
em partes superadas com o uso de radares. 
C. As fotografias aéreas no mapeamento biogeográfico além de abarcar uma 
área maior, auxilia o mapeamento de áreas de difícil acesso. 
D. O mapeamento direto é recomendado para áreas menores, permitindo maior 
nível de detalhamento. 
E. No mapeamento direto pode se incluir variáveis como o solo, declividade, 
altitude, corpos d’água, ou seja, elementos que podem ajudar na 
compreensão da distribuição dos seres vivos. 
 
 Como já vimos a questão escalar é fundamental também para os 
mapeamentos biogeográficos, deste modo, ao se fazer o mapeamento deve ser ter 
a consciência do objetivo a ser atingido, no qual quanto maior a escala, menor o nível 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
de detalhamento e vice-versa. Assim, se utilizamos a imagem de satélite, estamos 
mais preocupados em observar grandes fisionomias ambientais, o que podemos 
denominar como biomas, desconsiderando nesse momento as diferenças internas 
dessa fisionomia, o que em uma mapeamento direto essas diferenças ganham 
notoriedade, além de que o mapeamento direto não consegue abranger uma grande 
área, que é o que delimita um bioma, assim afirmativa A está incorreta. 
 Já em relação às técnicas de representação, pode-se utilizar símbolos para 
representar diferentes espécies quando se utilizam mapas em escalas grandes, na 
qual, cada símbolo representa dezenas e até centenas de indivíduos. 
Outra técnica é das hachuras para representar a intensidade de ocorrência 
de cada fenômeno ou espécie, quanto mais denso, maior a presença ou ocorrência 
daquele ser ou fenômeno. A delimitação das áreas de ocorrência pode ser feita por 
uma linha contínua, já quando se trata de uma área de transição, pode se utilizar 
uma linha pontilhada e por fim, a utilização de cores, que com a utilização da legenda, 
simplifica e facilita o entendimento do objeto retratado na carta. 
Todas essas técnicas apresentadas podem ser utilizadas nos perfis 
biogeográficos ou geoecológicos, que permite representar os elementos naturais 
com a relação dos seres vivos, compreendendo de uma leitura tanto de maneira 
vertical, como também de forma horizontal, acompanhando assim sua relação 
espacial (Troppmair, 2002). Esta forma de representar deve conter: o trecho do mapa 
topográfico onde é traçado o perfil, o perfil topográfico com as características 
ambientais, as temperaturas (média, mínima e máxima do ar), precipitação média, o 
tipo de solo, se há deficiência ou excesso de água, qual é o período favorável ou 
desfavorável para a flora e a fauna e também outros elementos que possam agregar 
melhor entendimento. 
 
Para você saber mais: 
Para você ver um exemplo de perfil biogeográfico, leia o seguinte artigo 
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/BolGeogr/article/view/12895/7367 , que fala 
do perfil biogeográfico do estado do Paraná. 
 
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/BolGeogr/article/view/12895/7367
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
Outra forma de mapeamento consiste na fenologia, ou seja, no estudo do 
comportamento dos vegetais e dos animais, baseado nas observações, tanto direta 
dos elementos e fatores do clima, como também indiretas, como o ciclo vegetativo 
dos animais e das plantas. 
A partir dessa observação são construídos, segundo Troppmair (2002) os 
mapas de isofases que representam o início e o fim, ou a duração de uma fase. Pode 
se também, a partir dessas observações traçar um mapa de isocairas, com o objetivo 
de mapear as diferenças entre o comportamento padrão encontrado. Esses tipos de 
representação podem ser utilizados tanto para ecossistemas naturais quanto para 
áreas agrícolas, sendo que para essas, a fenologia é a mais utilizada. 
1.2. Técnicas de pesquisa em biogeografia 
Em relação às técnicas utilizadas na biogeografia podemos dividir em dois 
grandes grupos, aquelas destinadas ao estudo da fauna, a zoogeografia, e aquelas 
destinadas ao estudo da flora, a fitogeografia. Essas técnicas, segundo Rocha 
(2011), são direcionadas para identificar as unidades territoriais dos seres vivos. 
Ainda segundo o autor supracitado, essas técnicas devem ser as mais adequadas 
para as escalas temporais e espaciais. 
Quadro 2: Técnicas de Pesquisa em Biogeografia 
Fitogeografia Zoogeografia 
Registros históricos e relatos de ocorrência; 
 
Registros históricos e relatos de 
ocorrência; 
 
Consulta a herbários; Coleções e museus zoológicos; 
Caracterização do estado de conservação, 
degradação, recuperação, sucessão 
ecológica ou regeneração da vegetação; 
Observação visual em campo e registro, 
 
Fisionomia da vegetação; Observação e registro de sons, 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
 
Estudo florístico; Observação e análise do comportamento 
de animais, 
 
 
Fitossociologia; Captura, marcação, soltura e recaptura de 
animais; 
Observação da fenologia Armadilhas fotográficas, 
 
Visualização e registro de pegadas e trilhas 
de animais; 
 
Visualização e registro de resíduos ou 
restos de animais 
 
Visualização e registro de locais de 
repouso, refúgio, pouso, ninhos, tocas e 
abrigos de animais 
Fonte: ROCHA, 2012. 
As técnicas para zoogeografia acabam necessitando maior atenção devido a 
natureza do objeto de estudo, pois os animais se deslocam, deste modo, em certo 
ponto, exigem do pesquisador mais atenção e cuidado, isso porém não quer dizer 
que o processo de identificação de plantas seja mais simples. 
De todo o modo, ao se utilizar qualquer uma das técnicas deve ser ter claro 
qual é o objetivo que se pretende atingir. Juntamente a isso é necessário muitas 
vezes possuir o conhecimento prévio dos hábitos das espécies que se pretende 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
estudar, pois algumas técnicas podem não ser adequadas para aquela finalidade ou 
não atingiram o objetivo em sua plenitude. 
 
 
2. Definição de indicadores globais de avaliação 
ecológica. 
Como já vimos nas outras unidades, o ser humano não só modifica os 
ecossistemas, mas também os extingue, como também cria novos, como vimos nos 
agroecossistemas. 
A discussão acerca de uma nova forma de crescimento econômico que 
considere a preservação e a conservação dos recursos naturais vem ganhando cada 
vez mais força, fortalecendo assim o paradigma do desenvolvimento sustentável. 
O conceito de desenvolvimento sustentável pode ser de diversas escalas e 
níveis, por exemplo, na escala espacial ele pode ser local, regional, nacional ou 
mundial; já na escala temporal, esse tipo de desenvolvimento pode ser a curto, médio 
ou longo prazo e também pelos agentes envolvidos, podendo ser individual, de um 
grupo específico como também de toda a sociedade. 
Segundo Kemerich, Ritter e Borba (2014) a discussão sobre um modelo de 
desenvolvimento que aglutine de maneira harmônica o crescimento econômico e o 
meio ambiente, fez com que diferentes agentes, em diferentes escalas, pensassem 
nas diferentes dimensõesenvolvidas, além de fazer um profundo levantamento de 
dados e também de informações que representasse com maior clareza a realidade 
dos sistemas ambientais. 
Desse modo, partir de meados do século XX, especialmente a partir da década 
de 1960, o debate sobre o desenvolvimento sustentável ganha notoriedade, 
principalmente após grandes desastres ambientais, mesmo que o conceito de 
desenvolvimento sustentável seja anterior a essas crises (Van Bellen, 2004), sendo 
que a busca por indicadores de sustentabilidade ambiental crescerá 
demasiadamente do início dos anos 2000 para cá. 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
O surgimento dos indicadores ambientais, que segundo Malheiros, Philippi e 
Coutinho et al (2008) tem por objetivo: “o estabelecimento de uma visão de conjunto 
que exige um processo de avaliação de resultados em relação às metas de 
sustentabilidade estabelecidas, provendo às partes interessadas condições 
adequadas de acompanhamento e dando suporte ao processo decisório”. 
Deste modo podemos entender o indicador como um parâmetro que tem 
capacidade de descrever o estado do ambiente ou como o ambiente se comporta 
perante determinadas condições, assim, um indicador representa de certa forma a 
realidade, resultado de um conjunto de dados dos parâmetros selecionados. 
 
Para você saber mais: 
Indicador e índice em um primeiro momento parecem ser sinônimos, porém 
precisamos adentrar um pouco para compreender que não o são. 
O indicador pode ser entendido como uma ferramenta que permite obtenção 
de informações sobre uma realidade, podendo ser um dado individual ou agregado, 
sendo que para ser considerado um bom indicador o mesmo deve ser de simples 
entendimento, com base na quantificação estatística e seguindo uma metodologia 
própria que busque apresentar o fenômeno com precisão. Já o índice apresenta a 
situação de um fenômeno ou sistema, sendo que um índice pode ser construído 
para analisar diferentes elementos e também as relações entre si. 
Em outras palavras podemos dizer que o índice é um valor final, agregado de 
todo um procedimento, utilizando-se para isso diferentes indicadores. Assim, 
segundo Siche et al (2007), o índice é um instrumento para tomada de decisões e 
também previsão resultado de diferentes indicadores. O indicador é um parâmetro 
selecionado e considerado de maneira individual ou combinado com outros 
buscando a compreensão da realidade de um sistema. 
 
Os resultados indicados pelos índices fornecem informações que podem (e 
deveriam) ser utilizadas para o planejamento, implantação e gestão de políticas 
ambientais, buscando como já dito no início do capítulo, o uso racional dos recursos 
naturais. 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
Tayra e Ribeiro (2006) associam o indicador de sustentabilidade ambiental a 
um exame de colesterol, no qual uma pessoa mesmo que esteja com níveis alto de 
colesterol, pode não apresentar nenhum sintoma, pode apresentar uma situação 
crítica num futuro próximo, ou seja, em um indicador de sustentabilidade ambiental 
apresentar uma situação crítica, mesmo que no presente, de maneira aparente, não 
se apresente essa situação, o que em um futuro próximo pode trazer graves 
consequências. 
Uma importante consideração é que os indicadores de sustentabilidade 
ambiental devem estar articulados com os parâmetros sociais e econômicos, pois é 
dessa articulação é que se pode propor soluções para os problemas indicados nos 
índices. 
Assim, os índices de sustentabilidade ambiental, segundo Quiroga-Martinez 
(2001) puderam ser identificados em três gerações, ou seja, três períodos nos quais 
os índices tinham características dominantes. 
Os de primeira geração, por exemplo, são denominados como indicadores 
clássicos, pois não incorporaram inter-relações entre os componentes do sistema, 
ou seja, ao se avaliar a poluição do ar, não se buscava relacionar sua relação com as 
queimadas ou com a saúde humana. 
Já os de segunda geração são os índices que contemplavam as quatro 
gerações, ou seja, a econômica, a social, a institucional e ambiental, porém ainda de 
maneira fragmentada, não apresentando as interconexões entre elas. 
Os índices de terceira geração são os indicadores que vinculam as diferentes 
dimensões, com caráter transversal. Esses indicadores diferenciam-se dos de 
segunda geração por não apresentarem os indicadores de maneira individualizada, 
mas as variáveis que se interconectam e apresentam estreitas relações. 
Assim a utilização dos indicadores tem por objetivo reunir as informações e 
quantificá-las, de modo que as informações sejam simplificadas, entretanto sem 
perder sua complexidade, buscando a melhor apresentação de uma determinada 
realidade. Deste modo, um indicador deve contemplar a perspectiva de 
acompanhamento do fenômeno ao longo do tempo, buscando avaliar o avanço ou 
retrocesso no ambiente estudado. 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
Os indicadores de sustentabilidade ambiental ao serem desenvolvidos devem 
estar assentados sobre algumas premissas, das quais podemos destacar as 
seguintes: 
● Comparabilidade: permitir estabelecer comparações e apontar as 
diferenças encontradas, seja no tempo, seja no espaço; 
● Equilíbrio: os indicadores devem indicar as áreas de com problemas, 
ou seja, com mau desempenho, das áreas com bom desempenho, 
mesmo que essa ainda não seja a ideal, porém é a que apresenta 
melhores condições; 
● Continuidade: os indicadores devem manter os critérios utilizados para 
efeitos de comparação, da mesma forma 
● Temporalidade: os indicadores devem ser atualizados com a 
regularidade necessária, buscando abarcar situações novas e 
desconsiderando situações que foram superadas 
● Clareza: os indicadores devem apresentar as variáveis utilizadas de 
maneira clara, sem dubiedade e/ou com omissão de informações 
Além de fornecer subsídios para tomadas de decisões, como já dito, os 
indicadores servem também para medir as consequências das atividades humanas 
sobre um dado ecossistema. Segundo Kemerich, Ritter e Borba (2014) “Através da 
utilização de indicadores ambientais deve ser possível a análise das condições, 
mudanças da qualidade ambiental, além de favorecer o entendimento das interfaces 
da sustentabilidade, bem como de tendências (...)”, ou seja, os indicadores não são e 
nem devem ser vistos como uma panaceia, ou seja, a resposta para achar o caminho 
do desenvolvimento sustentável, mas sim como um mecanismo que indica as 
fragilidades e potencialidades de uma determinada localidade. 
Além disso os indicadores têm como desafios alguns elementos, pois além 
dos custos operacionais para o desenvolvimento desses indicadores, como custo, 
forma de obtenção do dados e também a metodologia aplicada, segundo Guimarães 
e Feichas (2009), outros elementos devem ser considerados, sendo esses: Desafios 
na construção de indicadores de sustentabilidade 
1. Rompimento com a hegemonia da dimensão econômica: os 
indicadores devem pensar além da dimensão econômica, pois a 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
sustentabilidade ambiental contempla mais variáveis como a ambiental 
e a social. 
2. Possibilidade de comparabilidade: como já dito, os indicadores devem 
ser passíveis de comparabilidade, seja ela de uma mesma área, porém 
ao longo do tempo, como também de diferentes áreas em diferentes 
tempos. 
3. Possibilidade de participação: A participação social é fundamental para 
o bom desenvolvimento de um indicador, pois o mesmo deve 
contemplar os anseios da comunidade e não somente uma reaplicação 
de fórmulas e dados estatísticos. Para que a participação da 
comunidadeseja efetivada deve-se promover fóruns de debates, 
audiências públicas e também órgãos colegiados, para que essas 
demandas possam de fato serem contempladas. 
4. Critérios de Operacionalização: em relação a esse critério ele leva em 
conta a capacidade do indicador de influenciar as decisões e mudar o 
comportamento. A dificuldade está relacionada à capacidade de 
mensurar quais variáveis podem influenciar essas atitudes. 
5. Relação entre as dimensões e as interpretações: como o conceito de 
desenvolvimento sustentável é polissêmico, admitido assim diferentes 
interpretações, essa situação reverbera no desenvolvimento de 
diferentes indicadores, ou seja, cada indicador buscará retratar uma 
situação de sustentabilidade. Não há um consenso de quais dimensões 
levam a sustentabilidade e nem o peso delas, porém a sustentabilidade, 
como já dito, é resultado de diferentes variáveis. 
Deste modo, os indicadores têm sido utilizados como mecanismo que auxilia 
na compreensão de fenômenos complexos. Observa-se que pelo exposto que os 
indicadores são uma ferramenta fundamental para compreensão de uma relação 
menos desarmônica entre ser humano e natureza, porém com desafios, como a 
quantificação e qualificação do que é sustentabilidade, considerando as diferentes 
realidades, com suas diferentes particularidades nos diferentes aspectos, sejam eles, 
sociais, econômicos, políticos, ambientais e culturais. 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
3. Biogeografia em áreas urbanas: O papel da 
Biogeografia no planejamento das paisagens 
urbanas. 
Sem sombra de dúvida os ambientes urbanos são os ecossistemas mais 
artificializados que existem. O ambiente urbano altera a dinâmica natural, impondo 
aos elementos naturais uma nova forma de organização. 
Porém ao se falar de um ecossistema artificializado podemos remeter a uma 
situação de empobrecimento nas relações entre os seres vivos e os elementos 
naturais, porém o que se tem em um ambiente urbanizado são novas formas dessas 
relações com outros níveis de complexidade, pois são necessárias ações distintas 
daquelas encontradas em ecossistemas sem grande interferência humana e 
também dos agroecossistemas, como vimos na unidade anterior. 
A compreensão dos ecossistemas urbanos ganha importância também pelo 
aumento não somente pelo aumento dos moradores na cidade, como também o 
aumento das cidades em si, sendo que pelo viés da biogeografia, a grosso modo, o 
estudo dos ecossistemas urbanos irá se debruçar sobre a influência nos padrões de 
ocupação do solo e a sua relação com a distribuição dos seres vivos (Figueiró, 2015). 
Uma das características desses ambientes é a grande capacidade de receber 
matéria e energia, essa muitas vezes de longas distâncias. 
Em relação a produção de matéria destaca-se a produção de resíduos sólidos, 
cada vez maior, o que exige áreas cada vez maiores para o descarte e essas também 
cada vez mais distantes, gastando também mais energia para o seu deslocamento. 
A isso, soma-se maior geração de gases poluentes pela decomposição desses 
elementos e também contaminação do solo pelos líquidos e também como fonte de 
poluição. Neste caso específico, soluções como a coleta seletiva, com a separação do 
material orgânico, esse destinado a compostagem do material reciclável, pode 
diminuir o tamanho de aterros e também aceleração no processo de devolução de 
matéria orgânica. 
Em relação a biota, a utilização dos corredores ecológicos em áreas urbanas 
também é uma das possibilidades para a diminuição do impacto antrópico, pois o 
ambiente urbano também é uma área com vegetação fragmentada. Os corredores 
ecológicos nas áreas urbanas podem ser utilizados como parques urbanos, servindo 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
além de interligação de áreas com vegetação mais densa, esses corredores servem 
também como habitat de diferentes espécies de plantas e animais. Para o ambiente 
urbano esses corredores agregam além da função de lazer, preservação dos corpos 
d’água, redução de ruídos e poeira e auxiliam na regulação térmica. 
Os princípios de conservação da natureza em áreas urbanas deve incluir 
algumas variáveis, como: 
● Otimização na distribuição das áreas verdes que agrupem os espaços 
verdes privados, os jardins e as hortas, evitando assim a concentração 
da cobertura em apenas algumas áreas da cidade; 
● Criação de corredores ecológicos entre as áreas verdes centrais, muitas 
vezes menores, com as áreas periféricas, essas maiores; 
● Diminuição do adensamento construtivo, preservando partes da 
superfície do terreno sem nenhum tipo de construção ou 
pavimentação; 
● Preservação das áreas verdes como áreas livres de construção; 
● Não retirada da matéria orgânica resultante da queda de folhas, galhos 
e frutas das áreas verdes, pois essas servem como base para o 
desenvolvimento de pequenos insetos e fungos, que podem alimentar 
pequenos animais, formando assim um pequeno ecossistema; 
● Evitar a utilização de plantas exóticas em áreas verdes, pois muitas 
vezes essas exigem muito cuidado e também grande investimento para 
manutenção como podas constantes e também uso de defensivos 
agrícolas. 
● As áreas destinadas aos cemitérios devem fazer parte do sistema de 
áreas verdes, além de serem áreas que contaminem o mínimo possível 
o solo e também os corpos d’água; 
● O incentivo ao uso de espécies nativas para ruas, parques, praças e 
toda e qualquer área verde; 
● Construção com telhados e fachadas verdes, além da produção de 
hortas urbanas. 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
 
Para saber mais: 
Você quer saber mais sobre telhados verdes e seus benefícios? Leia o seguinte 
artigo: http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/SysScy/article/view/2250/1645 e 
veja também essa reportagem da TV Cultura sobre telhados verdes: 
https://www.youtube.com/watch?v=ebE_4nm_Kt8 
 
Os ecossistemas urbanos, segundo Andler e Tanner (2015) e Figueiró (2015) 
representam o máximo do habitat humano, pois as características ambientais foram 
moldadas para atender os interesses da sociedade humana, mediados pelo 
desenvolvimento da tecnologia. 
A cidade, deste modo, não pode ser vista somente como o oposto do 
ambiente natural, mas uma nova forma de ambiente, assim, não se pode estudar o 
ambiente urbano desassociado dos outros ambientes com menor impacto e 
influência antrópica 
 
Imagem 2: Horta urbana. Imagem 3: Arborização urbana. #Para cego ver: Na imagem à esquerda, 
no primeiro plano temos uma horta a direita e um pequeno pomar a esquerda, ao fundo a rede de 
transmissão elétrica. Na imagem da direita temos no primeiro plano casas cercadas de árvores, no 
segundo plano uma avenida, cortada por um viaduto, com prédios cercados por árvores. 
Desse modo, para se compreender a cidade como habitat humano produzido 
e escolhido por parte significativa dos seres humanos, deve se buscar compreender 
também as interações entre a natureza e a sociedade, não somente do ponto de 
http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/SysScy/article/view/2250/1645
https://www.youtube.com/watch?v=ebE_4nm_Kt8
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
vista do planejamento, buscando assim o domínio, mas uma relação pautada na 
racionalidade e na harmonia entre os seres humanos e a natureza. 
4. Mudanças climáticas atuais e alteração nos 
padrões de distribuição dos seres vivos. 
As alterações climáticas são sem sombra de dúvida uma das maiores 
discussões da ciência moderna, não sendo diferentes nos estudos em biogeografia, 
buscando a compreensão de como alteração nas características climáticas altera a 
distribuição, reprodução e a própria sobrevivênciados seres vivos. 
As mudanças verificadas nas condições climáticas alteram além da vida animal 
e vegetal, a própria espécie humana, pois altera práticas agrícolas e produção de 
alimentos e também o bem estar no ambiente urbano. Não é o objetivo aqui, 
especialmente neste capítulo, definir qual é o papel do ser humano para alteração 
da dinâmica climática, pois é uma discussão ampla e com diversos vieses, muito difícil 
de ser esgotada em poucas páginas. 
A biogeografia em um cenário de mudanças climáticas serve para 
compreender como será a distribuição dos seres vivos em áreas com alterações no 
regime de chuvas, de temperatura e também de modificação da composição dos 
gases da atmosfera. 
Todos os seres vivos possuem uma determinada faixa de tolerância, como já 
apresentado na unidade 1, porém o que se visualiza é uma alteração além dos limites 
de diferentes espécies, o que pode dificultar a capacidade de adaptação das mesmas 
perante a nova realidade que passa a ser imposta. 
A essa alteração climática soma-se a substituição da vegetação nativa por 
áreas agrícolas e urbanas, que altera também a disponibilidade de água na 
atmosfera. Essa alteração causa um desequilíbrio no ecossistema e uma 
necessidade de reorganização do ecossistema, o que pode ocasionar a perda de 
diversidade dentro desse sistema. 
Observa-se que, segundo Figueiró (2015), às grandes extinções estiveram 
associadas direta ou indiretamente as alterações climáticas. Além da capacidade 
adaptativa do ecossistema perante as alterações climáticas, o processo de 
adaptação também vai depender da qual o grau de comprometimento em que se 
encontra o ecossistema. Deste modo não basta somente a adaptação da espécie 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
perante a nova realidade climática buscando novas áreas com características do 
clima pretérito, sendo que muitas dessas espécies já vivem em áreas pequenas e 
com certo grau de isolamento. 
Assim, as alterações climáticas podem trazer diversas consequências, dentre 
as quais podemos destacar: o branqueamento e redução de corais; redução da área 
de ocorrência por perda de habitat, mudança fonológica em espécies e aves 
migratórias, redução do fitoplâncton marinho. 
Os recifes tropicais são formados por corais herméticos, encontrados até 50 
metros de profundidade nos mares e oceanos quentes e por microalgas 
denominadas como zooxantelas, 
Essas algas vivem no interior dos corais, realizando fotossíntese e liberando 
para os corais nutrientes e essas microalgas por sua vez sobrevivem do gás 
carbônico liberado pelos corais e por nutrientes como fósforo e compostos 
nitrogenados, estando assim em complexo equilíbrio. Porém quando há aumento da 
temperatura do mar além do considerado normal para aquela localidade, às algas 
produzem água oxigenada, tóxica para os corais e esses na tentativa de se 
protegerem, produzem toxinas para expulsar às algas, sendo que são essas algas as 
responsáveis pela coloração dos corais, ou seja, sem a presença delas os corais ficam 
sem cores e perdem importantes nutrientes gerados por elas, o que ocasiona o 
branqueamento e redução dos corais. A isso soma-se o aumento de gás carbônico 
dissolvido nos oceanos tende a reduzir os níveis de cálcio e íons de carbonato, o que 
pode dificultar a recuperação dos corais. 
Estima-se que cerca de 55% das plantas e 35% dos animais poderão ter sua 
área de ocorrência reduzida pela metade até 2080 (Figueiró, 2015), ou seja, essas 
espécies irão ter redução da área de ocorrência e consequentemente perda de 
habitat. Destacam-se nessa perda a África subsaariana, América Central, Amazônia e 
a Austrália. 
Já as mudanças fenológicas em espécies de aves migratórias têm forte relação 
com a temperatura, sendo essa uma variável importante para determinar os 
períodos migratórios. Com o aquecimento em áreas mais frias, as espécies tendem 
a antecipar sua chegada nos locais de procriação, o que pode diminuir as taxas de 
fecundação, ocasionando o declínio da espécie (Figueiró, 2015). Além da chegada 
precoce das aves, pode ocorrer aumento no período de permanência nos locais de 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
procriação e também de parada ao longo da rota migratória, o que pode ocasionar 
maior pressão sobre os recursos disponíveis. 
 
Para você saber mais: 
Em 2011 foi publicado o livro “Conservação de aves migratórias neárticas no 
Brasil” organizado pelo Serviço de Pesca e Fauna dos Estados Unidos, que tem por 
intuito apresentar o local de moradia de aves que vivem em território nacional, mas 
que se reproduzem em território estadunidense. Clique no seguinte link para ter 
acesso a obra: 
https://ppbio.inpa.gov.br/sites/default/files/Livro_Aves_migratorias_nearticas_no_bra
sil_Conservation_International.pdf 
 
A redução do fitoplâncton marinho pode alterar profundamente a dinâmica 
ecossistêmica em nível global. Todo o dia cerca de 100 milhões de toneladas de 
carbono são fixadas no organismo por essas microplantas. 
As correntes marítimas e o vento misturam às águas mais frias, mais densas 
e com maior disponibilidade de nutrientes com às águas mais quentes, essas da 
superfície, criando assim um ambiente propício para o fitoplâncton, porém as 
variações de temperatura da atmosfera pode ocasionar na superfície oceânica uma 
estratificação térmica da coluna de água, ou seja, se cria uma efeito tampão na água 
do oceano, impedindo a mistura entre a água mais quente da superfície com água 
mais fria mais profunda, impedindo a circulação dos nutrientes e consequentemente 
do crescimento e reprodução do fitoplâncton. 
Como essa é a base da cadeia alimentar marítima, alteração na sua 
composição ou na sua ocorrência, altera a existência de todos os outros seres, além 
de que a diminuição do fitoplâncton reduz também a captura de gás carbônico. 
As alterações climáticas podem afetar a existência de ecossistemas que já são 
naturalmente frágeis, como aquelas de áreas de clima seco e semiárido, os quais, se 
houver um pequeno aumento da temperatura e a redução da já pequena 
quantidade de chuvas, pode transformar essas áreas em grandes desertos. As 
alterações climáticas também podem alterar as relações interespecíficas, pois altera 
https://ppbio.inpa.gov.br/sites/default/files/Livro_Aves_migratorias_nearticas_no_brasil_Conservation_International.pdf
https://ppbio.inpa.gov.br/sites/default/files/Livro_Aves_migratorias_nearticas_no_brasil_Conservation_International.pdf
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
os limites da amplitude ecológica, favorecendo algumas espécies em detrimento de 
outras. 
Os estudos acerca das alterações climáticas vêm sendo amplamente 
debatido, especialmente aqueles sobre o impacto dessas alterações para a vida no 
planeta, mesmo que muitos desses estudos ainda sejam modelos e projeções 
matemáticas com grande grau de incerteza, o que, todavia, não inviabiliza que essa 
discussão seja somada aos estudos biogeográficos. 
Ao trazer a discussão da alteração climática para a biogeografia pode-se 
discutir alternativas para preservação e conservação das diferentes formas de vida e 
também de como essas alterações modificam os elementos naturais, essenciais para 
a vida como conhecemos. Juntamente, ao se conhecer o processo de mudanças 
climáticas, podemos inferir possibilidades para melhor adaptação não somente das 
diferentes espécies de plantas e animais, mas também para o próprio ser humano. 
 
Vamos praticar? 
Leia o texto a seguir: 
“O clima depende da conservação da biodiversidade, mas também representa um 
fator determinante para a distribuição dos seres vivos no planeta. Alterações como 
o aumento de temperatura e mudanças nos padrões de chuva devem impactaro 
comportamento dos ecossistemas e espécies. 
Fonte: http://adaptaclima.mma.gov.br/biodiversidade-e-ecossistemas-no-contexto-
da-mudanca-do-clima. 
 Pelo texto apresentado e também pelo apresentado na unidade, considere as 
afirmativas a seguir: 
I. As alterações climáticas atingirão todas as espécies e ecossistemas de 
maneira semelhante. 
II. As espécies, como já ocorreu antes na história da terra, se adaptarão 
perante as alterações climáticas. 
III. Os impactos das mudanças climáticas não atingirão o ser humano de 
maneira significativa. 
http://adaptaclima.mma.gov.br/biodiversidade-e-ecossistemas-no-contexto-da-mudanca-do-clima
http://adaptaclima.mma.gov.br/biodiversidade-e-ecossistemas-no-contexto-da-mudanca-do-clima
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
IV. O grau de conservação e preservação dos ecossistemas interfere na 
capacidade de adaptação perante as condições climáticas 
Assim consideramos 
A. Somente a I correta 
B. Somente a II correta 
C. Somente a III correta 
D. Somente a IV correta 
E. Todas incorretas 
Como vimos nessa unidade, as mudanças climáticas atingirão a todos os seres 
vivos, inclusive o ser humano, porém alguns seres são mais sensíveis que outros, 
tanto por suas características morfológicas, tanto por sua relação com o ecossistema 
que habita. Soma-se a isso a conservação do ecossistema, os quais ecossistemas já 
com alto grau de deterioração apresentaram menor possibilidade de adaptação 
perante as novas condições climáticas. Deste modo, a resposta correta é a D. 
 
5. Por uma agenda de pesquisas em Biogeografia 
no século XXI 
A humanidade, como já vimos nesse unidade, vem modificando a natureza ao 
longo dos anos, buscando principalmente a criação de um ambiente que atenda 
melhor às suas demandas, sendo que com o modo de desenvolvimento capitalista 
essas transformações além de serem mais intensas ganharam uma velocidade sem 
precedentes, pois além do crescimento populacional e o aumento das cidades (tanto 
em número de habitantes, como também as cidades em si, o modo de consumo 
tornou-se cada vez mais predatório e podemos também destacar como 
insustentável. 
Deste modo diversas ciências e áreas do conhecimento passaram a se 
debruçar para compreender esses impactos e também para compreender as 
transformações realizadas e intensificadas pelo ser humano nos diferentes 
ecossistemas, dentre essas áreas está a biogeografia. 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
A biogeografia possui um caráter interdisciplinar, bebendo dos 
conhecimentos de outras ciências como a geologia, geografia, biologia, ecologia, 
botânica dentro de diversas outras. 
A biogeografia, como já aprendemos, se debruça a entender a distribuição das 
diferentes formas de vida sobre o planeta, buscando compreender quais os 
elementos condicionam essa ocorrência, todavia, essa forma de compreensão, por 
muito tempo, exclui o ser humano desse processo, vendo-o como um agente 
externo e não como parte do processo, ou seja, o ser humano pode alterar formas 
de distribuição da vida no planeta, porém ele era visto somente como fomentador 
dessas modificações, são sofrendo consequências dessa alteração, o que hoje 
vemos que está correto. 
Assim, compreender a biogeografia, concorda-se com que se diz Camargo e 
Troppmair (2002) que “Biogeografia desenvolvida pelo geógrafo deve sempre levar 
em consideração, além da flora e da fauna, os aspectos espaciais e humano” e deste 
modo, a biogeografia perpassa o campo das ciências naturais e integra o campo nas 
ciências sociais, pois a biogeografia cabe também responder e explicar como a 
natureza foi incorporada e (re)construída pelas práticas sociais. 
A biogeografia que surgiu no século XX atribuiu ao ser humano um papel 
muito importante, pois a biogeografia passa também a responder por demandas 
econômicas (biogeografia econômica), ou seja, o que da natureza, especialmente da 
fauna e da flora, pode ser transformado em riqueza, quais são as potencialidades 
desses ambientes; e por demandas relacionadas também a saúde, a biogeografia 
médica, esse focada em entender a origem, a distribuição e quais elementos 
potencializados para diferentes doenças e também pragas. 
 Entretanto, a divisão da biogeografia em duas grandes áreas, como já dito 
também no decorrer das outras unidades, dificulta a compreensão plena do papel 
do ser humano nesse processo, pois muitos estudos acabam sendo direcionados, 
ou para fitogeografia, ou para zoogeografia, não sendo ainda realizados de maneira 
integrada e deste modo, acabam por não contemplar o papel do ser humano. 
Compreender o papel do ser humano, como vimos quando falamos de 
biogeografia cultural, é fundamental para os padrões como os padrões sociais 
influenciam as formas de vida, indo além somente dos critérios naturais. Deste 
modo, a biogeografia, conforme destaca Albuquerque et al (2004) deve se atentar a 
questões como: 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
● O ambiente construído, seja ele urbano e/ou industrial, como também 
o agrário, pois a interferência do ser humano e o grau de modificação 
e deterioração nessas áreas são mais intensas, soma-se a isso a 
inserção de espécies vegetais e animais que modificam todas as 
relações ali existentes. Deste modo, cabe a biogeografia não somente 
compreender quais são esses impactos, mas também quais as 
consequências para o ambiente como também para o ser humano. 
● A biogeografia deve compreender as relações de doenças e pragas não 
somente pelo caráter ambiental, compreendendo como se as doenças 
fossem apenas resultados das variáveis ambientais, desconsiderando 
os aspectos sociais, pois as doenças, principalmente as infecciosas não 
são somente resultado da temperatura ou da presença de 
microrganismos ou insetos vetores, mas muito mais da má qualidade 
sanitária, que se beneficiam dessas condições e se proliferam. 
● Como dito na unidade III, mecanismo que busquem outra forma de 
produção, que não seja a de larga escala, considerando a dinâmica 
natural e o extrativismo sustentável. 
● A preocupação com espécies exóticas, tanto no ambiente urbano e/ou 
agrícola, como naqueles com características naturais. 
● E por fim, como já dito nessa unidade, a preocupação com a criação, 
dentro do espaço urbano, de áreas verdes interligadas para 
preservação e conservação da biodiversidade. 
 Deste modo, a biogeografia precisa acompanhar as demandas de uma 
sociedade cada vez mais rápida e dinâmica, na qual, segundo Albuquerque et al 
(2004), “a noção de espaço cartesiana, traduzida em fatores como a latitude e a 
altitude, ou as características físicas e químicas para explicar a distribuição dos seres 
vivos” não são erradas, porém já não são suficientes, ou seja, os mecanismos naturais 
não podem (e nem devem) ser utilizados como única explicação para distribuição, 
ocorrência e extinção de diferentes espécies. Ainda segundo Albuquerque et al 
(2004): 
“Eventos como a aceleração da extinção de espécies animais devem ser relacionados 
com a lógica produtiva existente, onde o homem através da mediação representada 
pelo político ocupa um papel central nesse processo. A recuperação do sentimento 
de unidade entre sociedade e natureza, rompida por processos como o 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
desenvolvimento urbano e industrial, deve ser a principal meta também de todo 
biogeógrafo. Não uma unidade utópica forjada de forma inocente por muitas 
ideologias preservacionistas, mas a busca de caminhos por uma contínua 
transformação do espaço social num ambiente mais harmonioso para as pessoas e 
para com a vida em geral”. 
O desafio para a biogeografiaé grande e nem um pouco fácil de ser resolvido, 
sendo somente através do desenvolvimento de diferentes estudos e práticas que 
será possível construir uma nova biogeografia integralizadora e com visão holística, 
preparada para responder às demandas do século XXI. 
Síntese 
Chegamos ao fim de mais uma unidade e também ao fim dos nossos estudos 
acerca da biogeografia, tendo em mente é claro, que tudo que vimos e aprendemos 
ainda pode (e deve) ser aprofundado. 
Todavia acreditamos que conseguimos abordar de maneira eficiente os 
conceitos norteadores da biogeografia, fornecendo a você, estudante, os alicerces 
para o desenvolvimento de sua prática acadêmica e principalmente profissional. 
Assim, nesta unidade, abordamos os seguintes temas 
● Representação cartográfica; 
● Técnicas de pesquisa em fito e zoogeografia; 
● Indicadores de sustentabilidade; 
● Biogeografia em áreas urbanas; 
● Biogeografia e mudanças climáticas 
● Desafios da biogeografia atual. 
 
Esperamos ter contribuído da melhor maneira possível nesse processo de 
ensino e aprendizagem e que o conhecimento adquirido ao longo dessas quatro 
unidades. Boa sorte a todos e até a próxima! 
 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
 
Biogeografia - Unidade IV - Quais técnicas utilizar para compreender a distribuição da vida na terra 
 
 
Bibliografia 
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em: 26 de dezembro de 2020. 
Imagem 3: Arborização urbana. Disponível em: 
<https://images.pexels.com/photos/2272007/pexels-photo-
2272007.jpeg?auto=compress&cs=tinysrgb&dpr=2&h=650&w=940>. Acesso em: 26 
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