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Manejo e conservacao da vida silvestre

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DESCRIÇÃO
Introdução às bases teóricas de conservação e manejo da vida
silvestre, suas principais abordagens metodológicas e normas legais
que regem a proteção ambiental no Brasil.
PROPÓSITO
Conhecer o histórico da proteção ambiental e as principais formas
de manejo e estudo da vida silvestre.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar a conservação e o manejo da vida silvestre
MÓDULO 2
Reconhecer a ecologia de paisagens
MÓDULO 3
Identificar as estratégias de conservação e manejo da vida silvestre
INTRODUÇÃO
Estudaremos os aspectos gerais da Biologia da Conservação, seu
histórico e as principais leis que regem a proteção ambiental no
Brasil. Veremos também como a fragmentação afeta o ambiente
natural e as principais teorias e metodologias utilizadas em seu
estudo. Por último, conheceremos as principais formas de manejar a
vida silvestre e de acompanhar uma população que precisa ser
manejada.
Imagem: Shutterstock.com
MÓDULO 1
 Identificar a conservação e o manejo da vida silvestre
HISTÓRICO DA BIOLOGIA DA
CONSERVAÇÃO
Você já se perguntou por que algumas pessoas se preocupam
tanto com a natureza e outras nem tanto?
A visão que a humanidade tem da natureza mudou diversas vezes ao
longo do tempo. E essa visão afeta diretamente a forma como a
humanidade lida com as questões ambientais.
A exposição à opinião de pessoas de prestígio, o conhecimento
científico e a experiência de cada indivíduo com a natureza moldam
nossa opinião sobre ela e, consequentemente, nossas atitudes em
relação ao meio ambiente.
Os primeiros europeus a chegarem ao continente americano
hostilizavam as florestas nativas devido às ameaças, reais ou
míticas, que elas representavam. No entanto, ao longo do século XIX,
por influência do transcendentalismo romântico (Movimento filosófico
e poético do século XIX) , começou a emergir, entre alguns artistas e
intelectuais norte-americanos, uma valorização e apreciação estética
das paisagens naturais. O divino passou a ser reconhecido na
natureza selvagem e a felicidade e o bem-estar dos humanos
passaram a ser atrelados a uma vida simples e mais próxima da
natureza.
 
Foto: Shutterstock.com.
Essa significativa mudança na percepção da natureza e das
paisagens silvestres também tem raízes nos avanços das ciências
naturais nos séculos XVIII e XIX. Os trabalhos de Carl von Linné
(1707-1778), de Charles Darwin (1809-1882) e de Alfred Russel
Wallace (1823-1913) estimularam a curiosidade, o respeito e uma
responsabilidade moral pela natureza.
Foto: wellcomeimages/wikimedia Commons/CC BY 4.0.
 
Foto: Shutterstock.com.
 O Parque Nacional de Yosemite, fundado em 1890, é um dos
monumentos naturais mais visitados dos EUA.
Entre o fim do século XIX e o início do século XX, com a declaração
de independência dos Estados Unidos, intelectuais norte-
americanos justificaram a liberdade da colônia e enfatizaram as
perspectivas do jovem país, ressaltando aspectos culturais que o
distinguissem da antiga metrópole europeia. Como os norte-
americanos não possuíam um patrimônio histórico, artístico e
arquitetônico comparável ao da Europa, as paisagens naturais
selvagens deixaram de ser vistas como algo negativo e passaram a
ser defendidas como “monumentos” naturais importantes para a
afirmação da cultura e da identidade nacional norte-americanas.
Nesse período, cresceu uma visão de natureza útil, impulsionada
pelo fundador do movimento de conservação nos Estados Unidos,
Gifford Pinchot (1865-1946), que foi o primeiro chefe do Serviço
Florestal dos Estados Unidos de 1905 a 1910 e criou o termo “ética
de conservação”. Com isso, Pinchot se referia a um uso comercial
de recursos naturais orientado pelo governo, racionalmente
planejado e executado de forma sustentável. Segundo ele, o principal
fato sobre a conservação da natureza é que ela serve para o
desenvolvimento.
Em 1949, Aldo Leopold (1887-1948) iniciou um movimento de
visão mais ecológica sobre a conservação, a chamada ética
evolutivo-ecológica, segundo a qual uma coisa é correta quando
tende a preservar a integridade, a estabilidade e a beleza da
comunidade biótica; e é errada quando tende ao contrário. Leopold
foi um dos primeiros a ter uma visão não só voltada à conservação
da natureza, mas também à recuperação do que já havia sido
explorado.
Como surgiu o termo Biologia da Conservação?

 RESPOSTA
O termo Biologia da Conservação foi utilizado pela primeira vez em 1978,
realizada na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos
Wilcox e Michael E. Soulé. O que motivou o encontro foi a preocupação qu
florestas tropicais, ao desaparecimento de espécies e à redução da diversid
Tal conferência buscou preencher a lacuna entre teoria e prática, existente à 
conservação e, com isso, fez nascer a Biologia da Conservação e o conceit
biológica (Biodiversidade) .
A Biologia da Conservação é uma ciência multidisciplinar que foi
desenvolvida como resposta à crise vivida pela diversidade
biológica atualmente. Ela tem dois objetivos principais:
1
Entender os efeitos da atividade humana em espécies, comunidades
e ecossistemas;
2
Desenvolver abordagens práticas para prevenir a extinção e, se
possível, reintegrar as espécies ameaçadas ao seu ecossistema
funcional.

 SAIBA MAIS
A Biologia de Conservação surgiu porque nenhuma das disciplinas tradicion
suficiente para tratar das diversas ameaças à diversidade biológica. A agric
gerenciamento da vida selvagem e a piscicultura ocupam-se basicamente c
para gerenciar umas poucas espécies para fins mercadológicos e recreativo
não tratam da proteção de todas as espécies encontradas nas comunidades
secundário.
A Biologia da Conservação complementa as disciplinas aplicadas, fornecen
geral para a proteção da diversidade biológica. Ela difere de outras disciplin
plano a preservação a longo prazo de todas as comunidades biológicas e, e
econômicos.

OS PRIMEIROS PARQUES
NACIONAIS
Assista a este vídeo, que conta a história da criação do primeiro
parque nacional do mundo e do primeiro parque nacional do Brasil.
CONCEITOS DE
CONSERVAÇÃO,
PRESERVAÇÃO E MANEJO
Percebe-se muitas vezes o uso das palavras conservação e
preservação como se fossem sinônimos mas, na verdade, elas
tratam de coisas diferentes.
PRESERVAÇÃO
O termo preservação do meio ambiente refere-se à proteção
integral de uma área natural, sem interferência humana. Ela se faz
necessária quando há risco de perda de biodiversidade, seja de
uma espécie, seja de um ecossistema, seja de um bioma como um
todo.
A palavra preservação surgiu a partir de uma corrente ideológica
chamada de preservacionismo, que aborda a proteção da natureza
independentemente de seu valor econômico ou utilitário, apontando o
ser humano como o causador da quebra de seu “equilíbrio”.
O preservacionismo tem caráter protetor e sugere a criação de
santuários intocáveis, que não sofram interferências relativas aos
avanços do progresso e sua consequente degradação.
O naturalista John Muir (1838-1914), considerado o maior
representante da vertente preservacionista no século XIX, defendia
que a natureza fosse mantida intocada e livre da influência negativa
dos seres humanos. Muir foi importante para o surgimento das
primeiras áreas protegidas nos Estados Unidos e fundou a ONG
Sierra Club, considerada uma das primeiras organizações a
objetivar a proteção da natureza. Considera-se, também, que o
estudioso teve papel fundamental na criação do primeiro parque
nacional do mundo, em 1872: o Parque Nacional de Yellowstone, nos
Estados Unidos.
 
Foto: Library of Congress/wikimedia Commons/ domínio público.
 John Muir.
Foto: Clément Bardot/wikimedia Commons/ CC BY-AS 4.0.
 O Parque Nacional de Yellowstone, nos EUA, foi fundado em
1872 e é o primeiro parque nacional do mundo.
CONSERVAÇÃO
A conservação ambiental é uma das correntes ideológicas mais
discutidas na esfera científica.
Em meados do século XIX, principalmente em decorrência das
mudançascausadas pela Revolução Industrial, pensadores criaram
uma corrente ideológica chamada de conservacionismo, que
contempla o amor à natureza aliado ao seu uso racional e ao manejo
criterioso feito pela espécie humana. Esse pensamento
conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos
ambientalistas e pode ser identificado como o meio-termo entre o
preservacionismo e o desenvolvimentismo.
Desenvolvimentismo
O desenvolvimentismo era caracterizado por políticas econômicas
baseadas na meta de crescimento da produção industrial e da
infraestrutura com participação ativa do Estado como base da
economia, muito comuns durante a Revolução Industrial.

Conservacionismo
Fundamenta-se nas políticas de desenvolvimento sustentável, que
buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de
vida sem destruir os recursos necessários às gerações futuras.
No contexto ecológico, a conservação ambiental se refere ao ato de
manejar os recursos naturais para obter alta qualidade de vida
humana causando o menor impacto possível ao ambiente. Assim,
esse termo está intimamente ligado à ideia de desenvolvimento
sustentável.
MANEJO
Mas o que exatamente é manejo?
RESPOSTA
Manejo é um tipo de intervenção humana que ocorre de forma
ocasional ou sistemática, em cativeiro ou na natureza, visando a
manter, recuperar ou controlar populações silvestres, domésticas,
domesticadas ou asselvajadas para garantir a estabilidade dos
ecossistemas, dos processos ecológicos ou dos sistemas
produtivos.
O manejo para conservação tem como objetivo conciliar a proteção
dos ecossistemas, dos recursos naturais e de populações animais,
atendendo às necessidades econômicas, sociais e culturais das
sociedades modernas ao mesmo tempo em que as inter-relações
ecológicas e a energia do ecossistema sejam renovadas. O manejo
ambiental visa a, fundamentalmente, conseguir a melhora da
qualidade de vida humana, integrando diversas áreas de
conhecimento ligadas à preservação, ao conhecimento científico, à
administração e à política.
Um exemplo de manejo pode ser observado na exploração
predatória do palmito juçara (Euterpe edulis), que durante muitos
anos levou a espécie nativa da Mata Atlântica ao status de
“ameaçada de extinção”. Muitas famílias baseavam o próprio
sustento na exploração desse palmito, que leva a palmeira à morte
após a sua retirada. Com isso, os trabalhos de manejo foram
cruciais para a recuperação das populações devastadas e para a
manutenção do sustento das famílias, que atualmente têm na
exploração de frutos, sementes e mudas uma nova forma de
javascript:void(0)
substituírem o palmito. Além disso, pelo manejo também se mantém
a alimentação de muitos animais da Mata Atlântica.
Foto: Alex Popovkin/wikimedia Commons/CC BY 2.0.
 O palmito juçara foi protegido por meio do manejo ambiental.
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
PARA A CONSERVAÇÃO
AMBIENTAL
Imagem: Shutterstock.com
Você deve imaginar como a legislação ambiental brasileira é pouco
abrangente, já que crimes ambientais, como as queimadas no
Cerrado e na Amazônia, o tráfico de animais silvestres e a poluição
de rios e lagos ocorrem o tempo todo e raramente pessoas são
punidas.
No entanto, a legislação ambiental brasileira é considerada uma
das mais completas e apropriadas do mundo, pois além de tratar
da preservação do meio ambiente, ela aponta ações preventivas que
visam a diminuir os impactos à natureza.
Essa impressão negativa que temos da legislação ambiental, na
verdade, não está ligada propriamente à legislação, mas à sua
aplicação. Dado que existe pouca fiscalização ambiental no país,
uma escassez de funcionários públicos alocados nessa área e um
enorme lobby (Pressão de um grupo sobre políticos) , em especial
do setor agropecuário, que tenta de toda forma enfraquecer a
aplicação das leis ambientais no país.
A Constituição Brasileira de 1988, em seu art. 225, define a
importância de manter o ecossistema equilibrado por meio da
preservação e da recuperação ambiental em prol da qualidade de
vida a que todo cidadão tem direito. A legislação ambiental
compreende leis, decretos, resoluções, portarias, normas que são
aplicadas às organizações de qualquer natureza e ao cidadão
comum.
Essas leis ambientais definem normas e infrações e devem ser
conhecidas, entendidas e praticadas. Podemos destacar algumas
que são marcos nas questões relativas ao meio ambiente no Brasil:
LEI DA FAUNA (LEI N. 5.197/1967)
Essa lei proporcionou medidas de proteção à fauna silvestre. Ela
classifica como crime uso, perseguição, captura, caça profissional e
comércio de espécies da fauna silvestre, bem como de produtos
originários de sua caça, além de proibir a importação de espécies
exóticas e a caça amadora sem autorização do IBAMA (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) .
Criminaliza também a exportação de peles e couros de anfíbios e
répteis.
ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
(LEI N. 6.902/1981)
Essa lei estabelece as diretrizes para a criação das Estações
Ecológicas (ESEC) e das Áreas de Proteção Ambiental (APAs).

As Estações Ecológicas são áreas representativas de diferentes
ecossistemas do Brasil que precisam ter 90% do território inalterado
e 10% com possibilidade de alterações para fins acadêmicos.

Já as APAs compreendem propriedades privadas que podem ser
regulamentadas pelo órgão público competente em relação às
atividades econômicas realizadas com o fim de proteger o meio
ambiente.
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE (LEI N. 6.938/1981)
Essa lei dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus
fins e mecanismos de formulação e aplicação.
Ela tem como objetivo a preservação, a melhoria e a recuperação da
qualidade ambiental benéfica à vida, pretendendo garantir boas
condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da
segurança nacional e à proteção da qualidade da vida humana. Ela
também proíbe a poluição e obriga o licenciamento, além de
regulamentar a utilização adequada dos recursos ambientais.
POLÍTICA AGRÍCOLA (LEI N.
8.171/1991)
Essa lei objetiva a proteção do meio ambiente e estabelece a
obrigação de recuperar os recursos naturais para as empresas que
exploram economicamente águas represadas e para as
concessionárias de energia elétrica.
Ela define que o poder público deve disciplinar e fiscalizar o uso
racional do solo, da água, da fauna e da flora. Além disso, torna-se
obrigatória a realização de zoneamentos agroecológicos para
ordenar a ocupação de diversas atividades produtivas, o
desenvolvimento de programas de educação ambiental e o fomento
à produção de mudas de espécies nativas.
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS
HÍDRICOS (LEI N. 9.433/1997)
Essa norma institui a política e o sistema nacional de recursos
hídricos.
Ela define a água como um recurso natural limitado, provido de valor
econômico, que pode ter diversos usos, como o consumo humano, a
produção de energia, o transporte, o lançamento de esgotos, entre
outros.
Essa lei também prevê a criação do sistema nacional para coleta,
tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre
recursos hídricos e fatores que interferem em seu funcionamento.
LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (LEI N.
9.605/1998)
Essa lei trata das questões penais e administrativas no que diz
respeito às ações nocivas ao meio ambiente, concedendo aos
órgãos ambientais mecanismos para punição de infratores, como
em caso de crimes ambientais praticados por organizações.
A pessoa jurídica, autora ou coautora da infração, pode ser
penalizada, chegando à liquidação da empresa, se ela tiver sido
criada ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental. A
punição pode ser extinta caso se comprove a recuperação do dano.
SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES
DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
(LEI N. 9.985/2000)
Entre os objetivos dessa lei, estão a conservação de variedades de
espécies biológicas e dos recursos genéticos, a preservação e a
restauração da diversidade de ecossistemas naturais ea promoção
do desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais.
NOVO CÓDIGO FLORESTAL
BRASILEIRO (LEI N. 12.651/2012)
Essa lei dispõe sobre a preservação da vegetação nativa e revoga o
Código Florestal brasileiro de 1965, determinando a
responsabilidade do proprietário de ambientes protegidos, entre
eles a Área de Preservação Permanente (APP) e a Reserva Legal
(RL), em preservar e proteger todos os ecossistemas.
O Novo Código Florestal levanta pontos polêmicos entre os
interesses ruralistas e ambientalistas até os dias atuais. O principal
deles foi ter desobrigado pequenos produtores de recuperar áreas
de reserva legal que eles desmataram.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. EM RELAÇÃO ÀS LINHAS DE PENSAMENTOS
RELACIONADAS À PRESERVAÇÃO DO MEIO
AMBIENTE, É CORRETO AFIRMAR QUE:
A) a silvicultura tem como principal foco a escolha de espécies que
apresentem o maior crescimento secundário de raiz e caule no
menor intervalo de tempo.
B) a Biologia da Conservação tem como principal foco a
preservação a longo prazo de todas as comunidades biológicas; e
em segundo plano, os fatores econômicos.
C) a piscicultura estuda a produção racional de organismos
aquáticos, como peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios, répteis e
plantas aquáticas para uso do homem.
D) a agricultura tem como foco exclusivo as técnicas de produção e
aproveitamento de frutos, hortaliças, árvores, arbustos e flores.
E) a permacultura tem como principal foco o cultivo de espécies
perenes, não sujeitas à sazonalidade das estações do ano.
2. SOBRE AS DIRETRIZES DE ÁREAS DE
PROTEÇÃO AMBIENTAL E ESTAÇÕES
ECOLÓGICAS DA LEI N. 6.902/1981, NÃO É
CORRETO AFIRMAR QUE:
A) estações ecológicas são áreas representativas de diferentes
biomas do brasil.
B) áreas de proteção ambiental são propriedades que podem ser
regulamentadas pelo órgão público competente em relação às
atividades econômicas para proteger o meio ambiente.
C) estações ecológicas precisam ter 90% do território inalterado.
D) áreas de proteção ambiental são propriedades do poder público
que promovem atividades econômicas voltadas à proteção do meio
ambiente.
E) parte do território de uma estação ecológica pode ser alterado se,
e somente se, for em função de pesquisa acadêmica.
GABARITO
1. Em relação às linhas de pensamentos relacionadas à
preservação do meio ambiente, é correto afirmar que:
A alternativa "B " está correta.
 
A Biologia da Conservação tem como principal foco a preservação a
longo prazo de todas as comunidades biológicas; e em segundo
plano, os fatores econômicos em oposição ao desenvolvimentismo.
2. Sobre as diretrizes de Áreas de Proteção Ambiental e
Estações Ecológicas da Lei n. 6.902/1981, não é correto afirmar
que:
A alternativa "D " está correta.
 
As APAs compreendem propriedades privadas que podem ser
regulamentadas pelo órgão público competente em relação às
atividades econômicas para proteger o meio ambiente.
MÓDULO 2
 Reconhecer a ecologia de paisagens
ECOLOGIA DE PAISAGENS E
ESTRATÉGIAS DE
CONSERVAÇÃO E MANEJO DA
VIDA SILVESTRE
A Ecologia de paisagens é uma nova área de conhecimento dentro
da Ecologia, marcada pela existência de duas principais
abordagens:
 
Imagem: shutterstock.com
GEOGRÁFICA
Privilegia o estudo da influência do homem sobre a paisagem e a
gestão do território.
 
Imagem: shutterstock.com
ECOLÓGICA
Enfatiza a importância do contexto espacial sobre os processos
ecológicos e a importância dessas relações em termos de
conservação biológica.
A Ecologia de paisagens vem promovendo uma mudança de
paradigma nos estudos sobre fragmentação e conservação de
espécies e ecossistemas, pois permite a integração da
heterogeneidade espacial e do conceito de escala na análise
ecológica, tornando esses trabalhos ainda mais aplicados para
resolução de problemas ambientais.
Um dos principais referenciais teóricos da avaliação de paisagens
fragmentadas é a teoria da biogeografia de ilhas. Isso ocorre
porque, quando aplicado a paisagens terrestres, podemos
considerar que os fragmentos de mata se assemelham a ilhas em
meio a uma matriz, que é inadequada para a sobrevivência das
espécies que vivem no fragmento e por isso pode limitar a
movimentação desses animais na paisagem.
Foto: Shutterstock.com
Tudo isso pode aumentar a chance de extinção e reduzir a
possibilidade de imigração. Sendo assim, a matriz do entorno do
fragmento agiria como um filtro seletivo, e não como barreira
absoluta para os movimentos das espécies através da paisagem, e
o tipo de vegetação na matriz determinaria a permeabilidade desse
filtro para os movimentos. E, quanto mais semelhante a vegetação
da matriz for da vegetação do fragmento, mais permeável ela será.
Dessa forma, o quanto uma paisagem facilita ou dificulta o
movimento entre fragmentos é denominado grau de conectividade.
Imagine duas paisagens. Em uma delas existem dois fragmentos de
Mata Atlântica e a matriz entre eles é uma plantação de Pinus; na
outra, a matriz entre os dois fragmentos é um pasto. A
permeabilidade da matriz de Pinus é muito maior que a da matriz de
pasto, pois a cobertura vegetal da matriz de Pinus se assemelha
muito mais com a do fragmento de mata que o pasto. Dessa forma, é
mais fácil para que os animais circulem por ela e migrem de um
fragmento para outro.
Aliado à teoria de biogeografia de ilhas, o conceito de
metapopulações é fundamental no estudo da Ecologia de
paisagens, pois são conjuntos de populações locais conectadas por
indivíduos que dispersam entre si. Ou, em uma definição mais
recente, um conjunto de populações locais dentro de uma área maior,
onde a migração de uma população local para ao menos outra é
possível. Muitas vezes, durante o processo de fragmentação,
populações de uma mesma espécie podem manter-se isoladas em
fragmentos, conectando-se com outras ocasionalmente por meio de
deslocamentos de alguns poucos indivíduos. Esse tipo de estrutura
pode levar à formação de uma metapopulação.
 
Foto: Shutterstock.com
 Matriz de Pinus.

 EXEMPLO
No momento de se estabelecer uma área de proteção composta por cinco fr
tamanhos para a conservação de uma espécie. Um desses pode parecer m
por estar mais isolado, abrigar menos indivíduos ou ser de menor tamanho.
No entanto, ao analisar a genética das populações da espécie em questão, 
outros quatro fragmentos possuem genética muito semelhante entre si, mas 
fragmento mais distante. Isso ocorre, provavelmente, devido ao fato de esse
isso ter menos trocas de indivíduos entre ele e os outros fragmentos. Dessa 
fragmento, que está mais isolado, seja incluído na área de proteção e que se
ele e os outros fragmentos para facilitar a troca gênica entre as metapopulaç
genética da população.
Quando são estabelecidas estratégias de conservação e manejo da
vida silvestre, é utilizado todo o arcabouço teórico fornecido pela
biogeografia de ilhas, pelo estudo de metapopulações e dos efeitos
de borda para definir o melhor tamanho e formato de uma área de
proteção, levando em consideração a população, a comunidade ou o
ecossistema que se pretende proteger. Tudo isso permite também o
planejamento de medidas que sejam benéficas para a conectividade
da paisagem em questão, como a formação de corredores
ecológicos.
FRAGMENTAÇÃO DA
PAISAGEM, EFEITO DE BORDA
E CORREDORES ECOLÓGICOS
O processo de fragmentação consiste na transformação de uma
paisagem natural contínua em manchas de habitat original, com
graus de isolamento distintos e condições ambientais diferenciadas
no seu entorno.
Imagem: Google Earth, fevereiro, 2021.
 Fragmentos de mata restritos a cumes de morro circundados por
matriz de pastagem no município de Guapimirim, Rio de Janeiro.
O processo de fragmentação pode ocorrer naturalmente e em
diferentes escalas no tempo.
Fragmentações decorrentes de alterações climáticas ocorrem
predominantemente em escalas temporais maiores e resultam em
grandes fragmentos de vegetação original, eventualmente
circundadospor outras formações vegetacionais, que têm suas
distribuições aumentadas, como ocorreu nos períodos de
glaciações.
Durante os períodos de glaciações, o planeta ficou mais seco e
algumas áreas de florestas reduziram seu tamanho, dando espaço a
savanas e campos. Por outro lado, em locais com maior
disponibilidade água, como baixadas e matas ciliares de rios e
lagos, as florestas permaneceram, formando fragmentos de floresta
em meio à vegetação savânica.
Já os processos de fragmentação causados pela atividade humana
tendem a originar fragmentos relativamente pequenos e podem
ocorrer tão rapidamente que as comunidades vegetais e animais
não conseguem se adaptar a essas mudanças, resultando na
extinção de populações e até mesmo de espécies. Isso pode ser
facilmente notado na Mata Atlântica brasileira, que foi extremamente
impactada pela atividade humana, em especial a agricultura e a
pecuária. Nesse processo, a paisagem florestal deu lugar a
fragmentos de mata, geralmente restritos a cumes de morros e
montanhas, circundados por pastagens, plantações ou moradias.
Os efeitos da fragmentação de habitat são controlados por dois
processos principais:
Os efeitos internos, relacionados à formação da borda;
A influência externa do habitat de matriz na dinâmica do
fragmento.
 
Foto: Shutterstock.com
 O Mutum do Nordeste é uma espécie extinta por conta do
processo de fragmentação.
Para entendermos melhor sobre a fragmentação, temos que
conhecer alguns conceitos que permeiam esse fenômeno:
MANCHAS DE HABITAT
No processo de fragmentação, damos o nome de manchas às
áreas isoladas de determinado habitat.
Uma mancha corresponde a uma área não linear cuja aparência
difere das áreas vizinhas. As manchas podem variar em tamanho,
forma, aspecto e características da fronteira, e correspondem a
comunidades de plantas que se distinguem das outras que as
circundam.
A formação das manchas deve-se muitas vezes a perturbações que
destroem os habitat. Tais perturbações podem ter origem natural
como tornados, cheias, deslizamentos ou mesmo incêndios. As
perturbações também podem ser de origem antrópica, como a
construção de uma estrada, fogo, criação de uma pastagem etc.
Foto: Shutterstock.com
 Fragmentos florestais em áreas de pasto.
MATRIZ
A matriz é a unidade dominante da paisagem. Trata-se da principal
estrutura em que as outras estruturas da paisagem estão inseridas.
A caracterização da paisagem deve-se não só à sua estrutura, mas
também à sua constituição, assim como à distribuição espacial das
manchas.
Por exemplo, em área de Mata Atlântica desmatada para a criação
de um pasto para o gado, os fragmentos de floresta remanescentes
são manchas de habitat, já o pasto que circunda essas manchas é a
matriz.
EFEITO DE BORDA
O processo de fragmentação impõe a criação de uma borda de
floresta onde ela não existia anteriormente. Diferentemente das
zonas naturais, em que existe um gradiente natural de limites entre
dois habitat, a borda consiste em uma quebra abrupta da paisagem,
separando um habitat de outro. O efeito de borda nos fragmentos
pode ser definido como a influência do meio externo à parte mais
marginal da área florestada. Ele ocorre devido às alterações bióticas
e abióticas que estão presentes na área circundante ao fragmento,
resultando em alterações físicas e estruturais ao longo da borda.
A intensidade dos efeitos de borda está intrinsecamente relacionada
ao tamanho e à forma do fragmento. Quanto menor o fragmento, ou
mais alongado, mais intensos são os efeitos de borda, pois a razão
interior/margem é diminuída.
Uma das principais consequências do efeito de borda é a
modificação na composição de espécies na área de transição. As
condições do meio se alteram gradativamente com o avanço dos
efeitos de borda para o interior do fragmento. A parte marginal do
fragmento é onde se verifica a maior presença da ação antrópica;
ela funciona como zona de amortecimento, recebendo diretamente o
impacto dos ventos, proliferação de espécies pioneiras, cargas de
poluição e diminuição na altura das árvores. A intensidade do efeito
relaciona-se com o tipo de matriz em que está inserido o fragmento.
 
Imagem: Américo Jr.
 Ação do efeito de borda agindo ao longo do tempo em uma área
fragmentada.

 SAIBA MAIS
Em áreas onde o efeito de borda é predominante, frequentemente observa-s
abundância de espécies mais especialistas ou com áreas de vida maiores, 
riqueza ou na abundância de espécies adaptadas a ambientes alterados. Iss
pois interrompe ou afeta diversos processos ecológicos como as teias trófic
alfa, como onças, deixam de existir, permitindo que o topo da cadeia passe 
mesopredadores, como os quatis.
CORREDORES ECOLÓGICOS
Corredores ecológicos ou corredores de biodiversidade são áreas
que unem fragmentos florestais ou unidades de conservação
separados por interferência humana. O objetivo do corredor
ecológico é permitir o livre deslocamento de animais, a dispersão de
sementes e o aumento da cobertura vegetal.
Ele reduz os efeitos da fragmentação dos ecossistemas ao
promover a ligação entre diferentes áreas e permitir o fluxo gênico
entre as espécies da fauna e da flora. Esse trânsito permite a
recolonização de áreas degradadas, em um movimento que, de uma
só vez, concilia a conservação da biodiversidade e o
desenvolvimento ambiental na região.
 
Foto: IPÊ/Laury Cullen Jr/wikimedia Commons/ CC BY-SA 4.0.
 Corredor ecológico ligando dois fragmentos de cerrado em meio
a uma área de pastagem.

A VIDA DOS ANIMAIS EM
PAISAGENS FRAGMENTADAS
Neste vídeo, descrevemos a situação das diferentes espécies em
áreas fragmentadas, como elas favorecem o estabelecimento de
espécies generalistas com pequenas áreas de vida e dificultam a
manutenção de espécies especialistas e de grande área de vida.
CONSEQUÊNCIAS DA
FRAGMENTAÇÃO
A fragmentação de habitat é indicada como uma das maiores
ameaças às espécies e uma das causas de perda da diversidade
biológica mais citadas atualmente. Mudanças das condições
ambientais, como temperatura e umidade do solo e ar dentro da
floresta, podem levar a uma alteração nas taxas de crescimento de
plantas. Já o grau de isolamento e os processos de colonização e
extinção afetam a riqueza de espécies locais. Mesmo quando o grau
de isolamento é baixo, os animais que precisam migrar pela matriz
até outro fragmento estão à mercê de diversos riscos, como a
predação por aves de rapina e animais domésticos, o atropelamento
e a caça.
Foto: Shutterstock.com
 Exemplo de fragmentação de habitat.
BIOGEOGRAFIA DE ILHAS
A teoria da biogeografia de ilhas foi proposta na década de 1960,
pelos ecólogos Robert MacArthur e Edward O. Wilson, para
explicar a riqueza de espécies em ilhas.
A teoria propõe, basicamente, que a riqueza de espécies em uma
ilha é mantida em um equilíbrio entre migrações e extinções – com
espécies continuamente sendo substituídas e que, por sua vez,
dependem de dois fatores: o tamanho da ilha e seu grau de
isolamento.
Com relação ao grau de isolamento, as taxas de imigração tendem a
ser maiores em ilhas mais próximas do que em ilhas mais distantes,
pois quanto maior a proximidade, maiores as chances de espécies
colonizadoras alcançarem a ilha.
Ainda, as taxas de imigração tendem a crescer de acordo com o
tamanho da ilha, uma vez que ilhas maiores acomodam maior
diversidade de habitat e, consequentemente, mais oportunidades
para colonização.
À medida que o número de espécies residentes aumenta numa ilha,
a taxa de colonização vai decaindo, pois são maiores as chances de
que um indivíduo novo que chegue à ilha pertença a uma espécie que
já ocorre no local.
As taxas de extinção, por sua vez, tendem a aumentar quanto maior
for o número de espécies residentes na ilha, provavelmente pelo
aumento da exclusão competitiva. A extinção também tende a ser
maior em ilhas pequenas, possivelmente em razão da exclusão
competitiva ou do tamanho reduzidos daspopulações, pois
populações menores têm maior risco de serem extintas.
A imagem seguinte ajuda a compreender melhor a teoria de
MacArthur e Wilson (1967).
Imagem: Américo Jr.
A
Taxa de imigração de espécies para uma ilha em relação ao número
de espécies residentes para ilhas grandes e pequenas e para ilhas
próximas e distantes.
Imagem: Américo Jr.
B
Taxa de extinção de espécies em uma ilha em relação ao número de
espécies residentes, para ilhas grandes e pequenas.
Imagem: Américo Jr.
C
Balanço entre imigração e extinção em ilhas pequenas e grandes,
em ilhas próximas e distantes. Em cada caso, S* é a riqueza em
espécies no equilíbrio; P, próxima; D, distante; G grande; Q,
pequena.
DESENHO DE ÁREAS
PROTEGIDAS
O processo de estabelecimento de uma unidade de conservação
pode ser dividido em duas fases: a seleção ou identificação da
área e o seu desenho, ou seja, a definição de seu tamanho e
forma.
Nos últimos anos, inúmeras teorias e abordagens têm sido utilizadas
para embasar os esforços de conservação da biodiversidade.
Entretanto, ainda não podemos contar com uma teoria completa, que
possa explicar a manutenção da biodiversidade em um período
ecologicamente relevante. Isso torna a seleção e o desenho das
novas unidades de conservação um grande desafio.
A partir de 1990, o uso da distribuição das espécies como critério
para identificar áreas prioritárias à conservação ganhou força no
Brasil. Isso se deu com workshops destinados a definir áreas
prioritárias para a conservação da biodiversidade. Nesses eventos,
um grupo de pesquisadores e conservacionistas identifica uma lista
de áreas prioritárias para a conservação, tendo como base critérios
como endemismo, riqueza de espécies – raras ou ameaçadas – e
presença de fenômenos geológicos ou geoquímicos de especial
interesse.
Imagem: Shutterstock.com
Após a seleção da área prioritária de conservação, é necessário
definir o seu tamanho e forma, pois uma questão chave para o
sucesso de uma área protegida é o seu desenho. De forma que a
grande maioria dos estudos que dizem respeito ao desenho de
áreas protegidas são focados em ecossistemas e levantamentos de
espécies, baseados principalmente nos princípios da Ecologia de
paisagens, da teoria de biogeografia de ilhas e no conceito de
metapopulações.
Essas áreas da ecologia fornecem informações fundamentais para a
tomada de decisões ao se estabelecer uma área protegida, que
deve ter tamanho suficiente para sustentar populações viáveis e,
preferencialmente, ligar outras áreas importantes que estejam ou não
protegidas, agindo como corredor ecológico.

A biogeografia de ilhas fornece arcabouço teórico que justifica o
tamanho ideal de uma área de proteção que pode incluir não só uma
área contínua, mas também fragmentos de onde possam vir
espécies migrantes.

A teoria de metapopulações fornece informações sobre como
devem agir as populações dessa área e a melhor forma de manter
uma ligação entre elas.

A Ecologia de paisagens une todo esse conhecimento em uma
perspectiva maior, incluindo variáveis geográficas e climáticas e,
assim, temos o melhor desenho de uma área para ser preservada.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. SÃO CRITÉRIOS DE PRIORIDADE PARA A
SELEÇÃO DE ÁREAS PARA A CONSERVAÇÃO,
EXCETO:
A) Riqueza de espécies ameaçadas de extinção.
B) Presença de fenômenos geológicos.
C) Presença de fenômenos geoquímicos.
D) Endemismo.
E) Presença de espécies com uma alta taxa de sequestro de
carbono.
2. COMO SÃO CHAMADAS AS ÁREAS QUE UNEM
FRAGMENTOS FLORESTAIS OU UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO SEPARADOS POR INTERFERÊNCIA
HUMANA?
A) Matrizes.
B) Fragmentos.
C) Bordas.
D) Corredores ecológicos.
E) Núcleos.
GABARITO
1. São critérios de prioridade para a seleção de áreas para a
conservação, exceto:
A alternativa "E " está correta.
 
Embora a presença de espécies com alta taxa de sequestro de
carbono seja algo bom sob um ponto de vista de redução dos gases
do efeito estufa, esse não é um critério utilizado para a seleção de
áreas, pois essas plantas não são necessariamente importantes
para a conservação, e muitas delas sequer são nativas.
2. Como são chamadas as áreas que unem fragmentos
florestais ou unidades de conservação separados por
interferência humana?
A alternativa "D " está correta.
 
Corredores ecológicos ou corredores de biodiversidade são áreas
que unem fragmentos florestais ou unidades de conservação,
facilitando o fluxo gênico e a dispersão de animais e plantas entre as
manchas de habitat.
MÓDULO 3
 Identificar as estratégias de conservação e manejo da vida
silvestre
ESTRATÉGIAS DE
CONSERVAÇÃO E MANEJO DA
VIDA SILVESTRE: 
IN SITU, EX SITU E INTER SITU
CONSERVAÇÃO IN SITU
A melhor estratégia para proteção da diversidade biológica a longo
prazo é a preservação das comunidades naturais e das populações
no ambiente selvagem, conhecida como preservação in situ ou
preservação local.
Somente na natureza as espécies são capazes de continuar o
processo de adaptação evolucionária para um ambiente em
mutação dentro de suas comunidades naturais.
A conservação in situ é ideal quando a população a ser protegida
ainda é grande ou ocorre em áreas protegidas.
No Brasil, temos diversos projetos cujo foco principal é a
conservação in situ, como o Projeto Baleia Jubarte e o Projeto
Papagaio-Chauá.
 
Foto: Shutterstock.com
 O Projeto Baleia Jubarte é um exemplo de conservação in situ.ex
situ.
 
Foto: Shutterstock.com
 Os projetos de reprodução do panda-gigante em zoológicos são
ótimos exemplos de conservação ex situ.
CONSERVAÇÃO EX SITU
A conservação in situ pode não ser eficiente para pequenas
populações ou para o caso de todos os indivíduos remanescentes se
encontrarem fora das áreas protegidas.
Para grupos com menos espécimes e grandes exigências de
espaço, como os grandes vertebrados, é provável que a única
maneira de se evitar que as espécies se tornem extintas seja manter
os indivíduos em condições artificiais sob a supervisão humana.
Instalações ex situ para preservação animal incluem zoológicos,
fazendas com criação de caça, aquários e programas de criação em
cativeiro.
CONSERVAÇÃO INTER SITU
A conservação inter situ é uma estratégia intermediária que combina
elementos, tanto de conservação in situ quanto de conservação ex
situ.
Nesse modelo de conservação são feitos o monitoramento intensivo
e o manejo de populações de espécies raras e ameaçadas em
pequenas áreas protegidas. Tais populações estão ainda, de certa
forma, em nível selvagem, porém a intervenção humana pode ser
usada ocasionalmente, para evitar o declínio da população.
Um exemplo é o projeto mico-leão-dourado, em que indivíduos
reproduzidos em cativeiro foram reintroduzidos em áreas de
proteção ambiental onde a espécie estava quase extinta.
 
Foto: Shutterstock.com
 O projeto mico-leão-dourado é um exemplo de conservação inter
situ.

 SAIBA MAIS
As estratégias in situ e ex situ são complementares para a preservação e 
Indivíduos de populações ex situ podem ser periodicamente soltos na natu
conservação in situ. Pesquisas sobre populações em cativeiros podem forn
de uma espécie e sugerir novas estratégias de conservação de populações 

PROGRAMAS BEM-
SUCEDIDOS DE
CONSERVAÇÃO E MANEJO DA
VIDA SILVESTRE
Neste vídeo, apresentamos uma breve introdução aos diversos
programas de conservação e manejo da vida silvestre que foram
bem-sucedidos.
MANEJO DE HABITAT
O manejo do habitat consiste em modificações do ambiente que
visam ao seu enriquecimento ou à sua adequação a situações de
interesse. Por meio da manipulação do habitat, pode-se aumentar ou
reduzir a capacidade de suporte dos animais residentes de
determinada área, fazendo com que a população passe a flutuar
próximo às densidades desejadas. O manejo do habitat pode
implicar a recuperação da mata ciliar, oferta de um item alimentar,
colocação de barreiras físicas – como cercas vivas e alambrados –
que limitam o acessodos animais a determinada área ou a um
recurso.
Esse tipo de manejo evita a manipulação direta dos animais e pode
ser mais eficiente no controle de populações em desequilíbrio
ecológico. Um exemplo são as populações de capivaras em
algumas partes do país, que crescem muito devido à falta de um
predador natural e podem se contaminar com a febre maculosa, que
pode ser letal para humanos. O controle populacional desses
animais por abate ou esterilização costuma ser pouco eficiente, pois
as populações normalmente não são fechadas e recebem
imigrantes, além de raramente ser possível abater todos os animais.
Com a baixa populacional da espécie, há uma grande oferta de
espaço e alimento para os animais remanescentes, o que acaba
facilita sua reprodução e, em pouco tempo, o problema de
superpopulação retorna. Nesses casos, limitar o acesso desses
animais a recursos alimentares é uma estratégia eficiente, pois reduz
a capacidade de suporte da população local.
Um exemplo inverso do que acontece com as capivaras é o do
Parque Nacional da Serra da Capivara, onde foram espalhados
bebedouros e, durante o período de estiagem, são oferecidas
cevas (Alimentação para animais) em determinados pontos do
local, aumentando a capacidade de suporte do ambiente. Isso evita
que os animais tenham que expandir sua área de vida durante a
estiagem para encontrar recursos e saiam do parque, o que os faria
ficar à mercê de caçadores.
Foto: Carlos Souto/wikimedia Commons/CC BY-AS 4.0.
 O Parque Nacional da Serra da Capivara está inserido no bioma
caatinga e localiza-se no estado do Piauí.
A disponibilidade de recursos num ambiente não está restrita à
oferta de água e de comida. Abrigos e locais para a nidificação são
essenciais para a manutenção da população de certas espécies. Um
exemplo disso é a arara-azul, que necessita de ocos de árvores
antigas para fazer seus ninhos, recurso que sofre escassez devido
ao avanço do desmatamento. Para contornar esse problema, o
Projeto Arara-Azul espalha ninhos artificiais em árvores, para que as
aves tenham onde procriar.
Imagem: Shutterstock.com
 O Projeto Arara Azul é um exemplo de manejo de habitat.
MÉTODOS DE
ACOMPANHAMENTO E
LEVANTAMENTO
POPULACIONAL DAS
ESPÉCIES EM MANEJO
Para o manejo direto de uma espécie ou de seu habitat, é essencial
que a situação populacional seja conhecida antes do início do
manejo e que ela seja acompanhada durante e após a intervenção.
Para isso, devemos observar nas populações alguns pontos
fundamentais:
TAMANHO POPULACIONAL
Existem dois métodos fundamentais de estimativa do tamanho
populacional mais comuns que levam em conta dois parâmetros
fundamentais: a densidade absoluta e a densidade relativa.

DENSIDADE ABSOLUTA
Indica o número de indivíduos por unidade de área, ou mesmo
volume. Por exemplo, o número de jacarés em um lago.

DENSIDADE RELATIVA
Indica valores que estimam indiretamente a presença de variações
temporais e espaciais das populações, como o número de indivíduos
pelo tempo de amostragem, o número de indivíduos por quilômetro
percorrido ou mesmo o número de avistamentos ou sinais por
quilômetro percorrido. Por exemplo, a taxa de avistamento de antas
ao longo de trajetos de 5km em uma área de preservação.
A DISTRIBUIÇÃO DOS
ORGANISMOS NO ESPAÇO
Os indivíduos de uma população vão se distribuir pelo seu habitat de
três diferentes formas: homogênea ou uniforme; agrupada ou
agregada; e aleatória. Esses três tipos básicos de distribuição dos
organismos são dependentes do potencial de sua dispersão, assim
como das condições e dos recursos necessários à sobrevivência.
DISPERSÃO HOMOGÊNEA OU
UNIFORME
Os indivíduos de uma população estão distribuídos mais ou menos
uniformemente.
Exemplo: as plantas que secretam toxinas para inibir o crescimento
de indivíduos nas proximidades, um fenômeno chamado de
alelopatia.
Também podemos encontrar a dispersão uniforme na espécie animal
onde os indivíduos vigiam e defendem seus territórios.
DISPERSÃO AGRUPADA OU
AGREGADA
Os indivíduos são encontrados aglomerados, em grupos.
Exemplos: animais que vivem em grupos, como cardumes de peixes
ou manadas de elefantes.
Dispersões agrupadas também acontecem em habitat que são
desiguais, com apenas algumas manchas adequadas para viver.
DISPERSÃO ALEATÓRIA
Os indivíduos estão distribuídos aleatoriamente, sem um padrão
previsível.
Exemplo: as flores e outras plantas que têm suas sementes
dispersadas pelo vento. Elas se espalham amplamente e brotam
onde caem, desde que o ambiente seja favorável, com solo, água,
nutrientes e luz suficientes.

 COMENTÁRIO
Devemos lembrar também que a distribuição dos organismos depende da e
em uma pinguinera, onde cada casal de pinguim cuida e defende seu ninho,
distribuição uniforme, mas de um ponto de vista regional tem uma distribuiçã
ocupa um espaço específico da região. Pinguins nidificando são um bom ex
somente de um ponto de vista local, pois de um ponto de vista regional os pi
Imagem: Shutterstock.com
 Pinguins nidificando.
O modelo de distribuição demonstrado pelos organismos tem
diversas implicações para o seu estudo, assim como para as
estratégias de conservação. O método de amostragem tem que levar
em consideração o modelo de distribuição de cada um deles. Ignorar
esse aspecto significaria uma provável incorreção na obtenção de
estimativas populacionais.

 EXEMPLO
Capivaras vivem em grupos de dezenas de animais e costumam descansar 
levantamento da densidade populacional de espécies que vivem em uma ár
amostragem contempla somente áreas próximas a lagos, você terá a impres
enorme de capivaras nessa área de preservação. No entanto, se sua amost
de floresta e encostas de morro, a probabilidade de você não registrar nenh
existem nessa área, é muito grande.
FATORES ENVOLVIDOS NO
CRESCIMENTO POPULACIONAL
Os fatores envolvidos no crescimento de uma população devem ser
observados para saber se essa população está em declínio ou em
crescimento. Para isso, observamos as taxas de natalidade e de
mortalidade. Populações com taxas de mortalidade maior que de
natalidade tendem a entrar em declínio.
Podemos considerar que a população cresce quando indivíduos
novos chegam a essa população por imigração, e que a população
diminui quando indivíduos deixam essa população por emigração.
NATALIDADE
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Natalidade corresponde ao número de indivíduos que, em dado
tempo, nascem em uma população. Por exemplo, a quantidade
de quatis que nascem em um intervalo de um ano representam
a natalidade de quatis.
MORTALIDADE
Mortalidade corresponde ao número de indivíduos que morrem
em uma população, dentro do mesmo intervalo de tempo.
Emigrar significa deixar o local de origem e se estabelecer em outro
lugar.
Imigrar é o fenômeno protagonizado pelo mesmo indivíduo, mas
visto pela perspectiva do local aonde ele chega.
Por exemplo: imagine um gambá que sai do seu fragmento de
origem (fragmento 1) e se desloca até outro fragmento (fragmento 2)
e se estabelece por lá. Da perspectiva do fragmento 1, o gambá é
um emigrante; já da perspectiva do fragmento 2, o gambá é um
imigrante.
ESTRUTURA ETÁRIA
A história de vida de um organismo compreende durante seu ciclo de
vida o padrão de crescimento, a diferenciação, a capacidade de
armazenar energia e a reprodução. Quando pensamos, por exemplo,
em uma distribuição etária, devemos considerar que populações de
ciclo longo podem ser divididas em três períodos ecológicos: pré-
reprodutivo, reprodutivo e pós-reprodutivo. Cada um desses
períodos, tem seu comprimento determinado pela sua história de
vida e vai influenciar as taxas de natalidade e de mortalidade na
população.
A análise dessa história de vida da população permite aos ecólogos
de populações terem uma ideia do comportamento da história de
vida de uma população. Analisando essas informações, podemos
tomar decisões que ajudem determinadas populações a
aumentarem suas taxasde sobrevivência, favorecendo um número
maior de reproduções bem-sucedidas, que resultem em indivíduos
sadios e reprodutivos. Além disso, podemos, com essas
informações, reduzir o número de mortes, por um cuidado maior com
as fases iniciais da vida de organismos que por algum impacto
antrópico, por exemplo, estão com suas taxas de mortalidade
aumentadas.

 COMENTÁRIO
Sob outro ponto de vista, podemos pensar também no controle de populaçõ
exóticas) num ambiente sem predadores e competidores específicos, que a
reprodução, tornando-se danosas ao desenvolvimento de populações de es
MÉTODOS DE
ACOMPANHAMENTO
POPULACIONAL
Os métodos mais comuns de amostragem no estudo de Ecologia de
Populações são de lotes de amostras, como a contagem de
indivíduos arbóreos dentro de parcelas de tamanho padronizado; de
transectos, por métodos baseados em monitoramentos ao longo do
tempo; e os métodos de captura e recaptura.
O método de captura e recaptura é o mais usado no
acompanhamento de populações de animais. Esse método envolve
a amostragem de marcação e uma amostragem de recaptura e pode
ser feita tanto com plantas como com animais.
Foto: Jonathan Miller/pixabay.com
 Um dos métodos mais comuns de marcação de mamíferos em
estudos populacionais é o uso de brincos numerados.
O método mais simples foi desenvolvido por C. G. J. Petersen em
1898 e usado pela primeira vez por F. C. Lincoln em 1930, motivo
pelo qual é conhecido como método Lincoln & Petersen. Ele envolve
uma sequência de ações:
CAPTURA (PRIMEIRA AMOSTRAGEM)
MARCAÇÃO SOLTURA RECAPTURA
(SEGUNDA AMOSTRAGEM)
O intervalo de tempo entre as duas amostragens deve ser curto, pois
assumimos no uso desse método que uma população é fechada, ou
seja, não pode haver mortes, nascimentos ou migrações. Assim,
para calcular o tamanho da população (N), esse método conta com
três parâmetros:
M = número de indivíduos marcados na primeira amostragem;
C = número de indivíduos capturados na segunda amostragem;
R = número de indivíduos com marcas capturados na segunda
amostragem.
Podemos, então, compor uma fórmula que envolve todos esses
parâmetros:
N / M = C / R, LOGO, N = (C X M) / R

 EXEMPLO
Suponha que queiramos estimar o tamanho populacional de preás de um fra
populações, depois de instalar uma porção de armadilhas, capturou e marco
amostragem (M=16). Estes foram então soltos no fragmento. Passado algum
de armadilhas, uma segunda amostragem foi feita e foram capturados 20 ind
estavam com marcas (R=5).
Substituindo os valores encontrados no estudo na fórmula, obtém-se o taman
64
Logo, nesse fragmento, estimamos que o tamanho da população de preás s
É importante lembrar que essa estimativa leva em conta algumas
pressuposições, ou seja, que a população seja fechada, que todos
os animais tenham chances iguais de serem capturados na primeira
amostragem, que a marcação não deve afetar a chance de o animal
ser recapturado e, por fim, que os animais não podem perder as
marcações entre os dois períodos amostrais.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. QUAIS SÃO OS PARÂMETROS FUNDAMENTAIS
QUE OS PRINCIPAIS MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE
TAMANHO POPULACIONAL LEVAM EM CONTA?
A) Número de filhotes.
B) Densidade absoluta e densidade relativa.
C) Número de fêmeas.
D) Densidade de machos.
E) Número de migrantes.
2. QUANDO UTILIZAMOS A METODOLOGIA DE
CAPTURA E RECAPTURA PRECISAMOS ASSUMIR
QUE:
A) a população se reproduziu no período entre as amostragens.
B) a população recebe imigrantes.
C) a população é composta só por fêmeas.
D) a população é fechada.
E) indivíduos da população morreram no período entre as
amostragens.
GABARITO
1. Quais são os parâmetros fundamentais que os principais
métodos de estimativa de tamanho populacional levam em
conta?
A alternativa "B " está correta.
 
Os dois parâmetros fundamentais são densidade absoluta e
densidade relativa, que serão utilizados em fórmulas matemáticas
para estimar o tamanho de populações em ambientes naturais.
2. Quando utilizamos a metodologia de captura e recaptura
precisamos assumir que:
A alternativa "D " está correta.
 
No método de captura e recaptura assumimos que uma população é
fechada, ou seja, não pode haver mortes, nascimentos ou migrações.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos sobre o manejo e a conservação da vida silvestre,
descobrimos como surgiram as primeiras áreas de preservação e
conservação da natureza e a diferença entre esses dois termos.
Conhecemos também as principais leis que regem a proteção do
meio ambiente no Brasil.
Além disso, nós estudamos os feitos da fragmentação sobre os
habitat e as comunidades animais e todo o arcabouço teórico
utilizado pela Ecologia de paisagens, campo novo de estudos e de
atuação do biólogo, para compreender os efeitos da ação humana
na paisagem.
Por fim, aprendemos sobre os métodos de conservação e manejo da
vida silvestre, como podemos estimar as populações e os aspectos
importantes a serem observados nelas.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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56-62, 2002.
EXPLORE+
Assista à aula sobre ecologia da conservação e da
restauração da Khan Academy disponível no YouTube, que
fornece exemplos detalhados sobre os tópicos tratados neste
conteúdo.
Assista à palestra do professor Fernando Fernandez,
disponível no YouTube, sobre o estudo de um caso perdido: O
Falcão de Maurício e a Biologia da Conservação.
Conheça o panoramae as perspectivas para a nossa vida em
comum no planeta. ONU. Comissão Mundial sobre o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento. Relatório de Brundtland.
Report of the World Commission on Environment and
Development: Our Common Future. 1987.
Para conhecer a delimitação dos domínios morfoclimáticos da
América do Sul, leia o artigo Os domínios morfoclimáticos da
América do Sul. Primeira Aproximação. Geomorfologia, de
Aziz Ab'Saber, v. 52, p. 1-23, 1977.
Pesquise por Estratégia Nacional para a conservação ex
situ de espécies ameaçadas da flora brasileira, disponível
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Leia o artigo Efeitos da fragmentação de ecossistemas: a
situação das unidades de conservação, de Fernando Antonio
dos Santos Fernandez, nos Anais do Congresso Brasileiro de
Unidades de Conservação. Universidade Federal do Paraná,
Curitiba. v. 1, p. 48-68, 1997.
CONTEUDISTA
Luis Renato Rezende Bernardo
 CURRÍCULO LATTES
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