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RESOLUÇÃO PARTICIPANTES DO GRUPO: DIOGO ANTONIO SPERANDIO XAVIER – 7º Período IGOR MEIRA BONFIM – 7º Período ISAIAS DE OLIVEIRA BESSA – 7º Período JOSHUA DA VITORIA JANDOSO – 7º Período SICILIA MARQUES GIACOMAZZA – 7º Período Questão 1 - Com relação ao processo de recozimento, responder: a. Qual é a força motriz para a recristalização? A força motriz para a recristalização é a diferença na energia interna entre o material tensionado e o não tensionado. A energia interna está na forma de energia de deformação associada a deslocamentos. b. Qual é a força motriz para o crescimento de grão? Como o objetivo é sempre gastar menos energia, a força motriz para o crescimento dos grãos é justamente a redução da energia de contorno de grão, de forma que a razão da área total de contorno de grão pelo volume do grão diminua. Questão 2 - Defina e exemplifique os seguintes tipos de imperfeições cristalinas: a. Defeitos pontuais Associados a um ponto na rede cristalina envolvendo um ou dois átomos, como: Lacunas ou vacâncias: Definidos por vazios na rede cristalina; Defeito simples correspondente a um átomo em uma posição na rede cristalina. As lacunas podem ser decorrentes de um processo de cristalização imperfeito durante a solidificação do cristal ou como resultado das vibrações atômicas pela elevação da temperatura. Perturbação causada pela lacuna Átomos em solução sólida: Intersticial ou substitucional; Defeitos de Schottky e defeitos de Frenkel (sólidos iônicos); b. Discordâncias Associados a uma direção, podem ser de origem térmica, mecânica e supersaturação de defeitos pontuais. Esse defeito é responsável pela deformação, falha e ruptura dos materiais. São caracterizadas pelos vetores de Burger e de linha que fornecem a magnitude e a direção de distorção da rede. Corresponde à distância de deslocamento dos átomos ao redor da discordância. Aresta ou Cunha: Envolve um semi-plano extra de átomos, o vetor de Burger é perpendicular à direção da linha da discordância. Envolve zonas de tração abaixo e de compressão acima da linha do defeito; Helicoidal ou Espiral: Produz distorção na rede. O vetor de Burger é paralelo à direção da linha de discordância; c. Defeitos planares e volumétricos Envolvem fronteiras (defeitos em duas dimensões) e normalmente separam regiões dos materiais de diferentes estruturas cristalinas ou orientações cristalográficas, tipo: Superfície externa: Os átomos não estão completamente ligados em sua superfície. O estado de energia dos átomos na superfície é maior que o do interior do cristal. Contornos de grão: Corresponde à região que separa dois ou mais cristais de orientação diferente. Inclusões: presença de impurezas; Inclusões de óxido de cobre em cobre de alta pureza (99,26%) laminado a frio e recozido a 800ºC Precipitados: São aglomerados de partículas cuja composição difere da matriz; Fases: Formam-se devido à presença de impurezas ou elementos de liga (Ocorre quando o limite de solubilidade é ultrapassado); Microestrutura composta por veios de grafita sobre uma matriz de perlítica. Cada grão de perlita, por sua vez, é constituído por lamelas alternadas de duas fases: ferrita (ferro alfa) e de cementita. Porosidade: Origina-se devido à presença ou formação de gases. Contornos de Macla (Twin Boundaries): É um tipo especial de contorno de grão. Os átomos de um lado do contorno são imagens especulares dos átomos do outro lado do contorno. Ela ocorre em um plano definido e em uma direção específica, dependendo da estrutura cristalina. Aparecimento geralmente associado com a presença de tensões térmicas e mecânicas e impurezas. Questão 3 - Descreve três mecanismos para aumento da resistência do material e como estas técnicas se correlacionam com as discordâncias: Restringir ou impedir o movimento de discordâncias confere maior dureza e mais resistência a um material. E é baseado nisso que todas as técnicas de aumento de resistência dependem. Aumento de resistência por redução do tamanho de grão: O contorno atua como uma barreira à continuação do deslocamento. Os planos de escorregamento são descontínuos e mudam de posição ao atravessarem o contorno. Os contornos dificultam a movimentação de discordâncias e, por conta disso, aumentam os limites de resistência do material. Aumento de resistência por solução sólida: Consiste na formação de ligas com átomos de impurezas que entram quer em solução sólida substitucional, quer em solução sólida intersticial. Os metais com pureza elevada são quase sempre mais macios e mais fracos do que as ligas compostas pelo mesmo metal de base. O aumento da concentração de impurezas resulta num consequente aumento no limite de resistência à tração e no limite de escoamento. A maior resistência das ligas, quando comparadas aos metais puros, se dá por conta da presença do átomo estranho á rede, tanto para o caso substitucional quando intersticial. Este é o caso do carbono no ferro puro. Encruamento: Encruamento é o fenômeno pelo qual um metal dúctil se torna mais duro e mais resistente quando ele é submetido a uma deformação plástica. Também chamado de endurecimento por trabalho. Pelo fato de a temperatura em que a deformação é efetuada ser fria em relação a temperatura absoluta de fusão do metal, também é chamada de trabalho a frio. A maioria dos metais encrua a temperatura ambiente. Com base na teoria de discordâncias, a evidência é de que o aumento da deformação gera mais discordâncias e este aumento de discordâncias dentro do metal gera uma dificuldade de escorregamento destas, resultando assim no aumento de resistência e dureza. O encruamento é utilizado frequentemente para aprimorar as propriedades mecânicas de metais durante seus procedimentos de fabricação. Questão 4 - Defina qual o objetivo, temperatura de aplicação e como é realizado, dos seguintes tipos de recozimento: a. Recozimento para alívio de tensões (qualquer liga metálica) As tensões internas da estrutura do aço decorrem de várias causas. Durante processo de solidificação, a região da superfície do aço se resfria com velocidade diferente da região do núcleo. Essa diferença dá origem a grãos com formas também diferentes entre si, o que provoca tensões na estrutura do aço. Também surgem tensões nos processos de fabricação a frio, ou seja, em temperatura ambiente. Quando se prensa uma peça, os grãos de sua estrutura, que estavam mais ou menos organizados, são deformados e empurrados pelo martelo da prensa. Textura irregular devido ao resfriamento desigual. Também surgem tensões nos processos de fabricação a frio, ou seja, em temperatura ambiente. Quando se prensa uma peça, os grãos de sua estrutura, que estavam mais ou menos organizados, são deformados e empurrados pelo martelo da prensa. Na laminação, os grãos são comprimidos uns contra os outros e apresentam aparência de grãos amassados. Em ambos os casos, isto é, na laminação e no forjamento, os grãos deformados não têm a mesma resistência e as mesmas qualidades mecânicas dos grãos normais. É necessário recozer o material para aliviar suas tensões, surgidas na solidificação e nos trabalhos de deformação a frio, soldagem ou usinagem. No recozimento, a peça é aquecida lentamente no forno até uma temperatura abaixo da zona crítica, por volta de 570ºC a 670ºC, no caso de aços-carbono. Sendo um tratamento subcrítico, a ferrita e a perlita não chegam a se transformar em austenita. Portanto, aliviam-se as tensões sem alterar a estrutura do material. Após um período que varia de uma a três horas, a partir do início do processo, o forno é desligado e a peça é resfriada no próprio forno. Esse processoé conhecido como recozimento subcrítico. b. Recozimento para recristalização (qualquer liga metálica) O objetivo do recozimento para recristalização e o de eliminar o encruamento gerado pela deformação à frio, na temperatura de recozimento não podem ocorrer transformações de fase, o resfriamento deve ser lento ao ar ou ao forno. Utilizado durante procedimentos de fabricação que exigem extensa deformação plástica. As peças são aquecidas a temperaturas na faixa de 600- 650 ºC, e mantidas nesta temperatura por uma hora ou mais. c. Recozimento para homogeneização (para peças fundidas) O objetivo do recozimento para homogeneização é o de melhorar a homogeneidade da microestrutura de peças fundidas, na temperatura de homogeneização não devem ocorrer transformações de fase e o resfriamento deve ser lento ao ar ou ao forno. Temperaturas entre 1050o C e 1200 o C (acima da linha crítica). Tem como objetivo amolecer o aço e regenerar sua microestrutura apagando tratamentos térmicos anteriores d. Recozimento total ou pleno (aços) A finalidade deste tratamento é restaurar as propriedades alteradas por um tratamento mecânico ou térmico anterior, ou refinar/homogeneizar estruturas brutas de fusão. Constitui no aquecimento do aço acima da zona crítica, durante o tempo necessário e suficiente para se ter solução do carbono ou dos elementos de liga no ferro gama, seguindo de um resfriamento lento, realizado ou mediante o controle da velocidade de resfriamento do forno ou desligando-se o mesmo e deixando que o aço resfrie ao mesmo tempo que ele. A temperatura para recozimento pleno é de mais ou menos 50ºC acima do limite superior da zona crítica - linha A3 - para aços hipoeutetóides e acima do limite inferior - linha A1 - para os hipereutetóides. Para estes aços, não se deve ultrapassar a linha superior Acm porque, no resfriamento lento posterior, ao ser atravessada novamente essa linha, formar-se-ia nos contornos dos grãos de ausência um invólucro contínuo e frágil de carboneto. Os microconstituintes que resultam do recozimento. Questão 5 - Usando o diagrama de transformação isotérmica para uma liga ferro-carbono com composição eutetóide conforme gráfico abaixo, determine a microestrutura final (em termos somente dos microconstituintes presentes e das porcentagens aproximadas) de uma pequena amostra que tenha sido submetida aos tratamentos tempo-temperatura a seguir. Para cada caso, suponha que a amostra estivesse inicialmente a 760°C (1400°F) e que ela foi mantida nessa temperatura durante tempo suficiente para atingir uma estrutura totalmente austenítica e homogênea. Diagrama de transformações isotérmicas completo para uma liga ferro-carbono com composição eutetoide: A, austenita; B, bainita; M, martensita; P, perlita. a. Resfriamento rápido até 700°C (1290°F), manutenção por 104 s e então resfriamento rápido até a temperatura ambiente. Lembrando que estamos saindo da temperatura de 760°C (1400 F) e que possuímos uma austenita homogênea, como mencionado no enunciado. Então, ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 700°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 104 s, entraremos na região entre a curva vermelha e a curva azul, que é a região onde temos uma mistura de Austenita e Perlita. Podemos considerar que cerca de 50% da austenita se converta em perlita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms e os 50% de austenita são totalmente convertidos em martensita. A microestrutura resultante será de 50% perlita grossa e 50% de martensita. b. Reaquecimento da amostra na parte (a) até 700°C (1290°F), e manutenção por 20 h. Agora estamos saindo da temperatura ambiente e aquecendo a amostra abaixo da temperatura eutetóide durante um longo período de tempo. A partir da literatura, sabemos que este procedimento forma a cementita globulizada, também conhecida como esferoidita. Com as informações dadas podemos considerar que a microestrutura resultante será de 100% esferoidita. c. Resfriamento rápido até 600°C (1110°F), manutenção desta temperatura por 4s, resfriamento rápido até 450ºC (840ºF), manutenção desta temperatura por 10 s, e então resfriamento rápido até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 600°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 4 s, podemos dizer que cerca de 50% da austenita se converterá na estrutura perlita. O resfriamento rápido até 450°C não altera nada e ainda teremos 50% de perlita e 50% de austenita. O relógio então reinicia para a austenita que ainda pode ser transformada. Mantendo essa condição por 10 s converterá cerca de 50% da austenita restante em bainita. Como 50% de 50% é 25%, teremos nesta condição, 25% de austenita, 25% de bainita e 50% de perlita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms e os 25% de austenita são totalmente convertidos em martensita. A microestrutura resultante será de 50% perlita, 25% de martensita e 25% de bainita. d. Resfriamento rápido até 400°C (750°F), manutenção nessa temperatura durante 2 s, e então têmpera até a temperatura ambiente. Saindo da temperatura de 760°C (1400 F) em que possuímos uma austenita homogênea, como mencionado no enunciado. Então, ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 400°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 2 s, ainda teremos 100% de austenita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms e os 100% de austenita são totalmente convertidos em martensita. A microestrutura resultante será de 100% martensita. e. Resfriamento rápido até 400°C (750°F), manutenção nessa temperatura durante 20 s, e então têmpera até a temperatura ambiente. Saindo da temperatura de 760°C (1400 F) em que possuímos uma austenita homogênea, como mencionado no enunciado. Então, ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 400°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 20 s converteremos cerca de 40% da austenita em bainita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms e os 60% de austenita restantes são totalmente convertidos em martensita. A microestrutura resultante será de 60% martensita e 40% bainita. f. Resfriamento rápido até 400°C (750°F), manutenção por 200 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Saindo da temperatura de 760°C (1400 F) em que possuímos uma austenita homogênea, como mencionado no enunciado. Então, ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 400°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 200 s converteremos cerca de 100% da austenita em bainita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms, porém isso não irá influenciar em nada já que não temos mais qualquer austenita que pudesse ser transformada em martensita. Portanto: A microestrutura resultante será de 100% bainita. g. Resfriamento rápido até 575°C (1065°F), manutenção desta temperatura por 20 s, resfriamento rápido até 350ºC (600°F), manutenção desta temperatura por 100 s, e então têmpera até a temperatura ambiente. Saindo da temperatura de 760°C (1400 F) em que possuímos uma austenita homogênea, como mencionado no enunciado. Então, ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 575°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 20 s converteremoscerca de 100% da austenita em perlita fina por se tratar de uma temperatura mais baixa. O resfriamento adicional até 350°C, a manutenção por 100 s e a têmpera posterior não influenciarão na transformação pois uma vez que não temos mais austenita, não poderemos transformar em nada. A microestrutura resultante será de 100% perlita fina. h. Resfriamento rápido até 250°C (480°F), manutenção nessa temperatura durante 100 s, e então têmpera em água até a temperatura ambiente. Reaquecimento até 315ºC (600ºF) e manutenção desta temperatura por 1 h, seguido pelo resfriamento lento até a temperatura ambiente. Saindo da temperatura de 760°C (1400 F) em que possuímos uma austenita homogênea, como mencionado no enunciado. Então, ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 250°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 100 s ainda teremos cerca de 100% da austenita e a têmpera posterior transforma tudo em martensita. O reaquecimento a 315°C e a manutenção por 1 h não convertem a martensita novamente em austenita. Como não temos mais austenita, a curva não é útil para nós. Com o reaquecimento, o processo converte a fase metaestável da martensita nas fases de equilíbrio da ferrita e da cementita. Portanto, a microestrutura final seria de martensita 100% temperada. Questão 6 - Para o diagrama de fases do sistema Pb-Sn, responda as questões a seguir: a. Qual a composição e a temperatura do sistema representado no ponto 1 do diagrama? Quantas e quais são as fases presentes? Faça esboços das microestruturas. A composição e temperatura do sistema no ponto 1 serão, respectivamente: 𝑇1 = 300° → 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 40% 𝑆𝑛 (%𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎) → 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 55% 𝑆𝑛 (%𝑎𝑡ô𝑚𝑖𝑐𝑎) Fase presente: apenas uma, que é a liquida. b. Indique no diagrama o ponto que representa uma liga de composição 70% atômica de Sn a 250°C. Faça esboços das microestruturas. c. Indique no diagrama o ponto que representa uma liga de composição 30% atômica de Sn a 250°C. Faça esboço das microestruturas. d. Descreva o que ocorre quando se resfria uma liga de composição e temperatura iniciais indicadas pelo ponto 1 até o estado indicado pelo ponto 3, passando pelo ponto 2; suponha que o processo seja realizado em condições de equilíbrio termodinâmico. Para cada um dos pontos 1, 2 e 3: Faça esboços das microestruturas presentes na liga. Especifique quais são as fases presentes. Determine aproximadamente a composição de cada uma das fases presentes (% em massa). Determine aproximadamente as frações relativas, em massa, das fases presentes. Ponto 1: 40% de Sn e fase totalmente liquida a 300°C Ponto 2: Fases α + L a 200°C Composições das fases (% em massa): Fase α ~ 18% de Sn Fase liquida ~ 57% de Sn Frações relativas das fases (% em massa): Fase α → 𝑤𝛼 = 𝐶𝐿−𝐶0 𝐶𝐿−𝐶𝛼 = ( 57−40 57−18 ) ∙ 100 ≅ 43% Fase liquida ~ 57% Ponto 3: Fases α + β a 150 °C. Composições das fases (% em massa): Fase α (eutética e pró-eutética) ~ 10% de Sn Fase β ~ 98% de Sn Frações relativas das fases (% em massa): Fase α (eutética e pró-eutética) → 𝑤𝛼 = 𝐶𝛽−𝐶0 𝐶𝛽−𝐶𝛼 = ( 98−40 98−10 ) ∙ 100 ≅ 66% Fase β → 𝑤𝛽 = 𝐶0−𝐶𝛼 𝐶𝛽−𝐶𝛼 = ( 40−10 98−10 ) ∙ 100 ≅ 34% Fase α eutética e Fase β ordenadas numa estrutura de camadas (microestrutura eutética) e. Repita o solicitado no item d), para um resfriamento realizado em equilíbrio termodinâmico do estado inicial indicado pelo ponto 4, passando pelo ponto 5, até o estado final indicado pelo ponto 6. Ponto 4: 80% de Sn e fase totalmente liquida a 300°C Ponto 5: Fases β+L a 200º C Composições das fases (% em massa): Fase β ~ 97,9% de Sn Fase liquida ~ 73% de Sn Frações relativas das fases (% em massa): Fase β → 𝑤𝛽 = 𝐶0−𝐶𝐿 𝐶𝛽−𝐶𝐿 = ( 80−73 97,9−73 ) ∙ 100 ≅ 28% Fase liquida ~ 72% Ponto 6: Fases α+β a 200º C Composições das fases (% em massa): Fase α ~ 10% de Sn Fase β (eutética e pró-eutética) ~ 98% de Sn Frações relativas das fases (% em massa): Fase α → 𝑤𝛼 = 𝐶𝛽−𝐶0 𝐶𝛽−𝐶𝛼 = ( 98−80 98−10 ) ∙ 100 ≅ 20% Fase β (eutética e pró-eutética) ~ 80% Fase α e Fase β eutética ordenadas numa estrutura de camadas (microestrutura eutética) f. Repita o solicitado no item d), para um resfriamento realizado em equilíbrio termodinâmico do estado inicial indicado pelo ponto 7 até o estado final indicado pelo ponto 8. Ponto 7: Fase α ~ 14% Sn Ponto 8: Composições das fases (% em massa): Fase α ~ 10% de Sn Fase β (eutética e pró-eutética) ~ 98% de Sn Frações relativas das fases (% em massa): Fase α → 𝑤𝛼 = 𝐶𝛽−𝐶0 𝐶𝛽−𝐶𝛼 = ( 98−14 98−10 ) ∙ 100 ≅ 95,5% Fase β (eutética e pró-eutética) ~ 4,5% g. Identifique a temperatura do patamar eutético e especifique a composição das fases (% em massa) nele presentes. O patamar eutético se encontra na temperatura de 183ºC. As fases presentes na liga, em qualquer posição do patamar eutético, e suas respectivas composições (% em massa) são: Fase líquida: 61,9% Sn Fase α: 18,3% Sn Fase β: 97,8% Sn Questão 7 - Usando o diagrama de transformação isotérmica para um aço contendo 0,45%p C, conforme figura abaixo, determine a microestrutura final (em termos somente dos microconstituintes presentes) de uma pequena amostra que tenha sido submetida aos tratamentos tempo-temperatura a seguir. Para cada caso, suponha que a amostra estivesse inicialmente a 845°C (1550°F) e que ela foi mantida nessa temperatura durante tempo suficiente para atingir uma estrutura totalmente austenítica e homogênea. Diagrama de transformação isotérmica para uma liga ferro-carbono contendo 0,45%p C: A, austenita; B, bainita; F, ferrita proeutetoide; M, martensita; P, perlita. a. Resfriamento rápido até 250°C (480°F), manutenção por 103 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 250°C e mantivermos essa condição por 10³ s, cruzaremos a temperatura Ms e a austenita será totalmente convertida em martensita. A microestrutura resultante será de 100% martensita. b. Resfriamento rápido até 700°C (1290°F), manutenção por 30 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 700°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 30 s entraremos na zona que constitui uma mistura de Austenita+Ferrita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms e a austenita restante será transformada em martensita. A microestrutura resultante será de Ferrita proeutetóide e martensita. c. Resfriamento rápido até 400°C (750°F), manutenção por 500 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 400°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 500 s, podemos dizer que de 100% da austenita se converterá na estrutura bainita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms e porém, como não há mais austenita, nada acontecerá. A microestrutura resultante será de 100% de bainita. d. Resfriamento rápido até 700°C (1290°F), manutenção nessa temperatura durante 105 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 700°C, ficaremos totalmente na zona A queindica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 105 s, a partir da literatura, sabemos que este procedimento forma a cementita globulizada, também conhecida como esferoidita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms e porém, como não há mais austenita, nada acontecerá. A microestrutura resultante será de 100% esferoidita. e. Resfriamento rápido até 650°C (1200°F), manutenção nessa temperatura durante 3 s, resfriamento rápido até 400°C (750°F), manutenção por 10 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 650°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 3 s entraremos na zona de mistura contendo Austenita+Perlita. Contendo também ferrita residual. A austenita restante é resfriada rapidamente até 400°C e mantida assim por 10 s entrando na região de mistura contendo Austenita+Bainita. Após a tempera, a austenita se transforma em martensita, obtemos, portanto, a seguinte microestrutura: Ferrita, perlita, bainita e martensita. f. Resfriamento rápido até 450°C (840°F), manutenção por 10 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 450°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 10 s entraremos na zona de mistura contendo Austenita+Bainita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms, e a austenita que não se transformou anteriormente em bainita, será transformada em martensita. A microestrutura resultante será de bainita e martensita. g. Resfriamento rápido até 625°C (1155°F), manutenção por 1 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 625°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 1 s entraremos na zona de mistura contendo Austenita+Perlita e ferrita residual. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms, e a austenita que não se transformou anteriormente em perlita, será transformada em martensita. A microestrutura resultante será de ferrita, perlita e martensita. h. Resfriamento rápido até 625°C (1155°F), manutenção nessa temperatura durante 10 s, resfriamento rápido até 400°C (750°F), manutenção nessa temperatura durante 5 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 625°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 10 s toda a austenita será transformada em uma parte de ferrita residual e a maior parte de perlita. O resfriamento a 400°C e a manutenção por 5 s não convertem surtem efeito, pois não há mais austenita para ser transformada. A tempera também não possui efeito de transformação. Portanto, a microestrutura final seria de Ferrita e perlita. Questão 8 - Para os itens (a), (c), (d), (f) e (h) do Problema 7, determine as porcentagens aproximadas dos microconstituintes formados. • Resfriamento rápido até 250°C (480°F), manutenção por 103 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 250°C e mantivermos essa condição por 103 s, entraremos cruzaremos a temperatura Ms e a austenita será totalmente convertida em martensita. A microestrutura resultante será de 100% martensita. • Resfriamento rápido até 400°C (750°F), manutenção por 500 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 400°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 500 s, podemos dizer que de 100% da austenita se converterá na estrutura bainita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms e porém, como não há mais austenita, nada acontecerá. A microestrutura resultante será de 100% de bainita. • Resfriamento rápido até 700°C (1290°F), manutenção nessa temperatura durante 105 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 700°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 105 s, a partir da literatura, sabemos que este procedimento forma a cementita globulizada, também conhecida como esferoidita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms e porém, como não há mais austenita, nada acontecerá. A microestrutura resultante será de 100% esferoidita. • Resfriamento rápido até 450°C (840°F), manutenção por 10 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 450°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 10 s entraremos na zona de mistura contendo Austenita+Bainita. De acordo com a análise do gráfico podemos dizer que aproximadamente, 60% da austenita se transformou em bainita. Aplicando a Têmpera (resfriamento rápido) até a temperatura ambiente, cruzaremos a temperatura Ms, e a austenita que não se transformou anteriormente em bainita, será transformada em martensita. A microestrutura resultante será de 60% bainita e 40% martensita. • Resfriamento rápido até 625°C (1155°F), manutenção nessa temperatura durante 10 s, resfriamento rápido até 400°C (750°F), manutenção nessa temperatura durante 5 s e então têmpera até a temperatura ambiente. Ao resfriarmos rapidamente até a temperatura de 625°C, ficaremos totalmente na zona A que indica que teremos 100% de austenita. Se mantivermos essa condição por 10 s toda a austenita será transformada em uma parte de ferrita residual e a maior parte de perlita. O resfriamento a 400°C e a manutenção por 5 s não convertem surtem efeito, pois não há mais austenita para ser transformada. A tempera também não possui efeito de transformação. Para saber as porcentagens, podemos calcular as frações em massa usando a regra da alavanca. Como o aço possui 0,45% de Carbono, temos que a porcentagem de ferrita será: 𝑊𝐹𝑒 = 0,76 − 𝐶𝑂 0,76 − 0,022 = 0,76 − 𝐶𝑂 0,76 − 0,022 ∴ 𝑊𝐹𝑒 = 0,4189 𝑜𝑢 41,89% 𝑊𝑝 = 𝐶𝑂 − 0,022 0,74 = 0,45 − 0,022 0,74 ∴ 𝑊𝑝 = 0,5784 𝑜𝑢 57,84% Portanto, a microestrutura final seria de 41,89% Ferrita e 57,84% perlita. Questão 9 - Comente os principais fatores que afetam a curva TTT e explique como eles impactam no deslocamento da curva. Comente os principais fatores que afetam a curva TTT e explique como eles impactam no deslocamento da curva. Composição química: Quanto maior o teor e o número dos elementos de liga, mais numerosas e complexas são as reações. Todos os elementos de liga, com exceção do cobalto deslocam as curvas para a direita, retardando as transformações Tamanho do grão da austenita: As curvas TTT são influenciadas pelo tamanho dos grãos, quanto maior o tamanho de grão mais para a direita a curva se deslocará. Pela formação da perlita se iniciar no contorno do grão, o tamanho do grão grande dificulta sua formação. Logo tamanho de grão grande favorece a formação da martensita. Dentre os motivos que deve se evitar tamanho de grão da austenita muito grande pois diminui a tenacidade, gera tensões residuais, além de ser mais fácil de empenar e ocorrer fissuras. Homogeneidade da austenita: Quanto maior a quantidade de carbonetos residuais ou áreas localizadas ricas em carbono, mais rápido é o início da reação de formação de perlita REFERÊNCIAS CALLISTER, W. MATERIALS SCIENCE AND ENGINEERINGAn Introduction. New York – NY, 1991. Disponível em <http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/6739/mat erial/Callister_-Engenharia_e_Cincia_dos_Materiais_ptg_%20TRADUCAO.pdf> Acessado em 20 de abril de 2021. CEFET-RJ. Desordem Atômica nos Sólidos Imperfeições Cristalinas. Rio de Janeiro. 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