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FUNCOES EXECUTIVAS E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM 1 REVISADO 2

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A RELAÇÃO ENTRE AS FUNÇÕES EXECUTIVAS E OS TRANSTORNOS DE 
APRENDIZAGEM
1
 
Andréa Maria Brito Lima
2
 
Elisandra de Oliveira Lima
3
 
RESUMO 
 
Funções executivas correspondem a um conjunto de processos cognitivos necessários para o 
controle e regulação dos nossos pensamentos, emoções e ações, possibilitando nosso 
engajamento em comportamentos adaptativos, auto-organizados e voltados a objetivos 
estabelecidos. Neste trabalho, objetivamos analisar as relações existentes entre funções 
executivas e os transtornos de aprendizagem. A metodologia utilizada foi de natureza 
aplicada, numa abordagem qualitativa, através da qual realizamos um estudo bibliográfico 
com o intuito de conseguir maior embasamento teórico à luz de alguns autores, como: Rocha 
(2017), Dias (2010), Luria (2005), Pantano (2010), Fonseca (2016), Malloy-Diniz (2014), 
entre outros. Com o estudo, verificou-se que compreender a relação entre funções executivas 
e os transtornos de aprendizagem faz-se importante, pois pode favorecer a prática do educador 
que lida com crianças e adolescentes que apresentam alguns desses transtornos, uma vez que 
intervenções focadas no desenvolvimento dessas funções têm apresentado eficácia no que se 
refere aos aspectos da aprendizagem desses educandos. 
 
Palavras-chave: Funções Executivas. Transtornos de Aprendizagem. Relação. 
Aprendizagem. 
 
1. INTRODUÇÃO 
A compreensão sobre os processos cerebrais tem sido cada vez mais preciso. Há 
mais de um século que os pesquisadores buscam melhorar seus estudos sobre o cérebro 
humano, e a educação tem sido bastante beneficiada com esses estudos, pois são pelas 
funções cerebrais que muitas perguntas da Pedagogia são respondidas. Dessa forma, a 
Neurociência tem muito a contribuir nos vários campos de conhecimento, e é a partir da 
Neurociência aplicada à Educação que surge a Neuropsicopedagogia. De acordo com a 
 
1
 Artigo apresentado como Avaliação Parcial para obtenção do Título de Especialista em Neuropsicopedagogia 
Clínica e Institucional pela Faculdade Vale do Jaguaribe. 
2
 Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará – UECE. E-mail: amblima@uol.com.br. 
3
 Mestre. E-mail: elisandradeoliveiralima@gmail.com. 
2 
 
 
Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia-SBNPq (201?): 
 
A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, que tem seus 
fundamentos na Neurociências aplicada à educação, e que apresenta 
conexão com a Pedagogia e a Psicologia Cognitiva, e cujo o objeto de 
estudo é a ligação entre o funcionamento do sistema nervoso central e 
a aprendizagem do homem, numa perspectiva de reintegração pessoal, 
social e educacional. 
 
 
A Neuropsicopedagogia é uma área que tem como enfoque a aprendizagem, 
estudando o sistema nervoso e como ele atua no comportamento humano. Entender como o 
cérebro recebe, seleciona, transforma, memoriza, arquiva, processa e elabora todas as 
informações que capta a partir dos canais sensoriais é importante para, a partir desse 
conhecimento, poder adaptar metodologias de ensino a todas as pessoas e, principalmente, 
àquelas com transtornos ou dificuldades de aprendizagem (ACAMPORA, 2017). 
As pesquisas sobre o funcionamento do cérebro têm contribuído para a 
compreensão de sua atuação no processo cognitivo, e as funções executivas têm um 
importante papel dentro desse processo. Por fazer parte da tríade funcional da aprendizagem 
humana, essas funções coordenam e integram as funções cognitivas e conativas na 
aprendizagem (GOLDBERG, 2001 apud FONSECA 2017). E por serem tão necessárias e 
essenciais ao sucesso escolar, estão dentro do campo de estudo da Neuropsicopedagogia, uma 
vez que qualquer tipo de alteração nessas funções poderá gerar danos na aprendizagem e 
necessitará de uma intervenção, a fim de reeducar o indivíduo, de forma que o mesmo possa 
ter suas dificuldades minimizadas ou superadas. 
Neste trabalho, abordaremos sobre as funções executivas (FE), que correspondem 
a um conjunto de processos cognitivos necessários para o controle e regulação dos nossos 
pensamentos, emoções e ações, possibilitando nosso engajamento em comportamentos 
adaptativos, auto-organizados e voltados a objetivos estabelecidos, sendo de significativa 
importância em situações novas ou que demandem um ajuste, uma adaptação ou mudança de 
comportamento frente as demandas ambientais. Tais habilidades estão diretamente 
relacionadas ao córtex pré-frontal (DIAS et al., 2010) e são necessárias para se obter sucesso 
na escola e na vida. 
A literatura sobre dificuldades de aprendizagem destaca o papel das funções 
executivas no processo de aprendizagem, como também, o déficit dessas funções nos quadros 
dos transtornos de aprendizagem (CORSO et al., 2013). No caso de disfunções no 
funcionamento executivo, normalmente o indivíduo apresenta dificuldades de aprendizagem, 
apatia, impulsividade, dentre outros sintomas. 
3 
 
 
Acreditamos que conhecer e compreender o que são as funções executivas, assim 
como estimular de maneira adequada o seu pleno desenvolvimento, se fazem úteis a todo 
profissional que atua ou deseja atuar no contexto escolar com crianças e adolescentes, pois 
investir no desenvolvimento dessas funções pode gerar um impacto positivo na vida social, 
afetiva e intelectual dos alunos. Além disso, essa estimulação também pode contribuir para 
minimizar as dificuldades associadas aos transtornos de aprendizagem e problemas 
comportamentais. 
Por ser um tema atual e importante, acreditamos que uma revisão bibliográfica 
sobre o assunto em questão, sem a pretensão de esgotá-lo obviamente, pode contribuir para 
disseminar ainda mais a relevância desse assunto no meio acadêmico, estimulando mais 
pesquisas voltadas ao campo educacional. Para uma aprendizagem ser bem-sucedida, não se 
pode mais ignorar ou desconhecer o papel dessas funções no processo de aprendizagem, pois 
se trata também de um instrumento informativo para educadores, sendo útil para um 
conhecimento a mais sobre as funções executivas, sua relação com os transtornos de 
aprendizagem e suas implicações no contexto escolar. 
Este trabalho tem por objetivo geral analisar as relações existentes entre funções 
executivas e transtornos de aprendizagem e responder ao seguinte questionamento: Quais as 
implicações em compreender a relação entre as funções executivas e os transtornos de 
aprendizagem no contexto escolar? E, como objetivos específicos, propomos apresentar a 
contribuição da Neuropsicopedagogia no processo de aprendizagem; definir funções 
executivas e sua relevância para o processo de aprendizagem e relacionar os déficits de 
funcionamento executivo a alguns quadros de transtornos de aprendizagem. E, dessa forma, 
analisar essas relações e compreender de que forma esse tema pode favorecer para a prática de 
educadores que atuam com crianças e adolescentes que apresentem alguns desses transtornos. 
A metodologia utilizada foi de natureza aplicada numa abordagem qualitativa que, 
segundo Kauark et al. (2010), os focos principais são o processo e seu significado. A 
pesquisa qualitativa busca explicar o porquê das coisas, o que convém ser feito e se vale de 
diferentes abordagens. Realizamos um estudo bibliográfico à luz de alguns autores como: 
Rocha (2017), Dias (2010), Luria (2005), Pantano (2010), Fonseca (2016), Malloy-Diniz 
(2014), entre outros, com o intuito de conseguir maior embasamento teórico acerca do assunto 
pesquisado e, assim, poder ampliar o conhecimento e fazer deste estudo um material rico 
sobre o tema abordado. 
O artigo está organizado da seguinte maneira: primeiro, apresentamos a 
contribuição da Neuropsicopedagogia no processo de aprendizagem, em seguida, definimos o 
4 
 
 
que são funções executivas, como se classifica e sua relação com a aprendizagem, 
posteriormente, apresentamos a relação existente entre os déficits nas funçõesexecutivas e 
suas implicações no desenvolvimento da aprendizagem e no contexto escolar. 
 
2. A ATUAÇÃO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA 
 
A Neuropsicopedagogia tem contribuído de forma bastante significativa para o 
entendimento de como se dá a aprendizagem. Por ser uma área que estabelece conexão entre 
os conhecimentos da Neurociência, da Psicologia Cognitiva e da Pedagogia, favorece o 
entendimento de como o cérebro do aprendente absorve as informações transmitidas a ele, 
estudando a relação entre o funcionamento cerebral, a mente e o aprendizado (ACAMPORA, 
2017). Ela traz um novo olhar para as questões da aprendizagem, um olhar que é capaz de 
enxergar as limitações, mas também ver as potencialidades de cada um. 
É um campo novo de conhecimento, mas que tem conseguido abrir espaço para 
sua atuação e exigido bastante estudo e pesquisas sobre o funcionamento cerebral. A 
Neuropsicopedagogia traz muito aporte à Educação, pois favorece a compreensão dos 
mecanismos envolvidos no processo de aprendizagem e possibilita ao educador enxergar o 
seu aprendente em sua totalidade. 
 
2.1 A TRAJETÓRIA DA NEUROPSICOPEDAGOGIA 
 
Compreender a relação cérebro versus aprendizagem, sob a ótica da Neurociência, 
é um dos assuntos mais procurados e um dos maiores desafios da Educação. E uma das áreas 
que vem abrindo espaço no âmbito desse conhecimento é a Neuropsicopedagogia, que entrou 
no Brasil no ano de 2008, através do Centro Nacional de Ensino Superior, Pesquisa, Extensão, 
Graduação e Pós Graduação (CENSUPEG), em Santa Catarina. 
Os docentes da instituição resolveram criar um grupo de estudo que promoveria 
pesquisas sobre o contexto escolar, surgindo daí a necessidade de fundamentar 
cientificamente as questões relacionadas a cognição, que, até então, só eram exploradas pela 
área da saúde. As pesquisas envolveram profissionais das diversas formações e áreas, 
nascendo daí o primeiro projeto que envolvia as Neurociências aplicadas à educação, 
denominada de Neuropsicopedagogia, 
A primeira descrição da Neuropsicopedagogia no campo científico foi feita por 
Jennifer Delgado Suárez em seu artigo intitulado “Desmitificacion de la 
5 
 
 
Neuropsicopedagogía”, onde ela apresenta a trajetória histórica e a importância dessa nova 
ciência para o contexto educacional. 
Em 2014, é fundada a Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp), 
com o objetivo de legitimar a Neuropsicopedagogia como profissão, promover ações que 
legitimem e tragam os devidos reconhecimentos aos neuropsicopedagogos, e instigar cada vez 
mais publicações científicas, o aprimoramento de testes e tudo que seja relevante para esta 
nova ciência. 
 
2.2 A CONTRIBUIÇÃO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA COM O PROCESSO DE 
APRENDIZAGEM 
 
Por meio dos estudos neuropsicopedagógicos, temos a condição de entender como 
o desenvolvimento da aprendizagem de cada aprendente acontece e, dessa forma, encerrar o 
discurso de que a aprendizagem não acontece para alguns, pois, de fato, ela sempre 
acontecerá. Todavia, para alguns, ela terá que vir com mais estimulação, atividades mais 
estruturadas e adaptadas, considerando o ritmo de desenvolvimento de cada um. Além de 
compreender como a aprendizagem do educando acontece, a Neuropsicopedagogia também 
possibilita orientar de que maneira a aprendizagem pode se tornar mais significativa na 
metodologia do professor. 
O trabalho do neuropsicopedagogo pode contribuir para o desenvolvimento de 
metodologias que tratem das mais variadas barreiras para aprendizagem apresentadas pelos 
educandos no ambiente da escola, buscando fazer a ponte dos vários partícipes desse processo 
- família, professores, entre outros - que juntos desejam avanços significativos no 
desempenho escolar, social e emocional dos alunos (ACAMPORA, 2017). 
Ele busca investigar o modo como o educando aprende, suas competências, 
habilidades e dificuldades, no intuito de compreender a origem das suas dificuldades ou 
transtornos de aprendizagem apresentado e desenvolver um trabalho junto a este, no intuito 
não somente de melhorar seu desempenho escolar, mas também de provocar nele a vontade e 
o desejo de aprender. 
Para se obter êxito na escola, é necessário que o aluno aprenda a se regular, se 
organizar, determinar estratégias para alcançar metas e saber estudar. Aprender a ser 
autônomo é fundamental para crescer independente. Ter um desempenho acadêmico 
satisfatório requer ter habilidades cognitivas para cumprir tarefas que exigem planejamento e 
monitoramento do comportamento intencional, habilidades essas que compõem as funções 
6 
 
 
executivas. 
Essas funções são a base para a orientação e estruturação de várias habilidades 
intelectuais, emocionais e sociais do indivíduo. E a Neuropsicopedagogia, por ter como 
campo de estudo o funcionamento cerebral e sua relação com a aprendizagem, pode fazer uso 
dessas funções para potencializá-la ou estimulá-la nas situações em que o aprendente 
apresente algum tipo de dificuldade ou transtorno. 
 
3. DEFININDO FUNÇÕES EXECUTIVAS 
 
Segundo Anderson e Reidy (2012 apud Martins, 2014), as funções executivas são 
uma composição de várias habilidades cognitivas que são inter-relacionadas e responsáveis 
pela elaboração de objetivos, planejamento de como atingi-los e a efetivação desses planos de 
forma eficiente. 
De acordo com Fonseca (2017, p. 331): 
 
As funções executivas podem-se definir como processos mentais complexos pelos 
quais o indivíduo otimiza o seu desempenho cognitivo, aperfeiçoa as suas respostas 
adaptativas e a sua performance comportamental em situações que requerem a 
operacionalização, a coordenação, a supervisão e o controle de processos cognitivos 
e conativos, básicos e superiores. Em certa medida, reúnem um conjunto de 
ferramentas mentais que são essenciais para aprender a aprender. 
 
 
Essas funções são próprias do indivíduo desde o nascimento até a fase adulta e 
permitem ao sujeito guiar o seu comportamento, no intuito de alcançar metas ou objetivos, 
analisar a eficácia e a adequação desses comportamentos, escolher métodos adequados e 
solucionar problemas (MALLOY-DINIZ et al., 2016). 
Para Diamond (2013 apud Rocha, 2017), as funções executivas são habilidades 
fundamentais para o desenvolvimento psicológico, cognitivo e social do indivíduo, como 
também, para sua saúde física e mental, para o sucesso na escola e na vida. Essas habilidades 
são utilizadas sempre que o indivíduo precisa prestar atenção, se concentrar, ter autocontrole 
diante das situações, organizar-se, planejar-se e adaptar-se aos acontecimentos diários. E 
sempre que essas habilidades são utilizadas, podemos afirmar que o indivíduo ganha 
conhecimento e aprimora a sua bagagem cognitiva. 
A crítica, a compreensão de regras e normas, a organização e o planejamento, a 
flexibilidade mental, a abstração de conceitos, a resolução de problemas, o sequenciamento de 
7 
 
 
ações, o controle do comportamento, a motivação e a iniciativa, entre outras, são consideradas 
funções executivas (PANTANO, 2010). 
As funções executivas são um grupo de habilidades formadas por vários 
elementos, entre eles, controle inibitório, flexibilidade, memória de trabalho, volição, 
autocontrole, planejamento e organização, que nos possibilitam direcionar a nossa ação para 
metas e objetivos, controlar os nossos impulsos, solucionar problemas, tomar decisões e ser 
flexível em nossas estratégias e pensamentos. Elas são responsáveis por orientarem e 
gerenciarem as funções cognitivas, comportamentais e emocionais do indivíduo. 
Por meio das funções executivas, o indivíduo é capaz de se relacionar com o 
outro, de ter autocontrole, de tomar decisões, de reagir a estímulos, encontrar soluções e 
mudar de atitude quando necessário. Todo o conjunto de habilidades que faz parte das funções 
executivas é o que nos permite iniciar, planejar, sequenciar e monitorar nosso comportamento 
e cognição.Essas habilidades são necessárias para se obter sucesso na escola e na vida. 
Os estudos e pesquisas sobre FE deram origem a alguns modelos que tentam 
conceituar seu funcionamento, além de tentar também delimitar e isolar os seus componentes. 
 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS 
 
Muitas pesquisas têm sido realizadas no intuito de delimitar os constituintes das 
funções executivas, e essas deram origem a alguns modelos, entre os quais podemos citar o 
modelo apresentado por Lezak e colaboradores (2004 apud Rocha 2017) que classificam as 
FE em quatro componentes, sendo eles: a Volição, o Planejamento, o Comportamento com 
Propósito e o Desempenho Efetivo. Já Cicerone e colaboradores (2006 apud Rocha, 2017) 
apresentam um modelo que classifica as funções executivas em quatro domínios: FE 
Cognitivas, FE Autorreguladoras, FE de Regulação das Atividades e FE de Processos 
Metacognitivos. 
Alguns pesquisadores diferenciam ainda as FE em componentes frios e quentes, 
sendo o componente frio o que envolve as habilidades cognitivas, e o quente o que envolve as 
habilidades de regular as emoções. 
Diamond (2013 apud Rocha, 2017) propõe um outro modelo que classifica essas 
mesmas funções em três dimensões, a saber: Memória de Trabalho, Controle Inibitório e 
Flexibilidade Cognitiva. Por haver consenso entre pesquisadores acerca dessas três 
habilidades como sendo consideradas básicas e primordiais e que o bom funcionamento 
8 
 
 
dessas funções pode favorecer o desempenho de outras, nos atemos mais especificamente a 
elas, descrevendo-as e apresentando a importância de cada uma delas para a aprendizagem. 
A memória de trabalho permite armazenar, relacionar e pensar informações no 
curto prazo para realização de tarefas e solução de problemas. Essa habilidade é crucial para a 
realização das tarefas cognitivas, como estabelecer ordem de prioridade entre múltiplas 
tarefas, fazer cálculo mental, manipular informações novas fazendo a ligação com a memória 
de longo prazo, reter de forma temporária uma informação durante a execução de alguma 
atividade, entre outras. É de grande importância para a aprendizagem, pois ela permite fazer a 
ligação entre a informação que chega com a informação armazenada na memória de longo 
prazo, desta forma, é ela que determina se ocorrerá ou não a aprendizagem. 
O controle inibitório possibilita ter domínio sobre a atenção, o comportamento, e 
favorece controlar e filtrar os pensamentos, assim como, também resistir às tentações e não 
agir de forma impulsiva, ou seja, ter autocontrole, sabendo controlar primeiro a emoção e o 
pensamento, para depois controlar o comportamento (DIAMOND, 2013 apud ROCHA, 
2017). Essa função permite que controlemos nossas ações e o que falamos, estando ligada 
diretamente a autorregulação e ao controle das nossas emoções (RODRIGUES, 2018), 
tornando-se fundamental para o desenvolvimento cognitivo do indivíduo. Ele detém as 
reações inadequadas, passando de uma resposta para outra, considerada mais adequada ao 
momento ou situação. Um controle inibitório bem desenvolvido ajuda a melhorar o 
comportamento, o desempenho acadêmico, as relações sociais e no trabalho. 
A flexibilidade cognitiva permite mudar de perspectiva no momento de pensar e 
agir, e considerar outras possibilidades na tomada de decisão, estando ligada diretamente à 
criatividade, pois se consiste em utilizar o pensamento criativo para se adequar às mudanças. 
É a habilidade que permite perceber que aquilo que estamos fazendo não funciona e que nos 
faz realizar as mudanças necessárias para nos adaptar à nova situação, ela nos permite pensar 
em novas opções quando o nosso plano inicial é modificado de forma inesperada. Essa 
habilidade é muito relacionada à empatia e à interação social, pois quando bem adequada 
ajuda a entender o ponto de vista das outras pessoas e valorizar suas opiniões. 
Essas habilidades são de fundamental importância para o indivíduo realizar as 
suas atividades escolares e do dia a dia, pois permitem que ele consiga focar sua atenção 
naquilo que realmente importa no momento, possibilita a capacidade de pensar antes de agir, 
controlar seus impulsos, escolher e inibir informações de acordo com a situação vivida. 
 
3.2 - RELAÇÃO ENTRE FUNÇÕES EXECUTIVAS E APRENDIZAGEM 
9 
 
 
 
Os processos citados anteriormente são importantes para a aprendizagem, pois 
manter a concentração numa tarefa, agir menos impulsivamente, prestar atenção, manter as 
informações na mente onde elas possam ser manipuladas, estabelecer relação entre dois 
assuntos, fazer cálculo mental, ordenar tarefas estabelecendo prioridades, usar o pensamento 
criativo para solucionar problemas, entre outros, são fatores determinantes para uma 
aprendizagem bem sucedida. 
Segundo Fonseca (2017, p. 329): 
 
Para ter sucesso escolar o estudante deve evocar um conjunto muito diversificado 
de competências executivas, a saber: estabelecer objetivos; planificar, gerir, predizer 
e antecipar tarefas, textos e trabalhos; priorizar e ordenar tarefas no espaço e no 
tempo para concluir projetos e realizar testes; organizar e hierarquizar dados, 
gráficos, mapas e fontes variadas de informação e de estudo; separar ideias e 
conceitos gerais de ideias acessórias ou de detalhes e pormenores; pensar, reter, 
manipular, memorizar e resumir dados ao mesmo tempo que leem; flexibilizar, 
alterar e modificar procedimentos de trabalho e abordagens a temas e tópicos de 
conteúdo, aplicando diferentes estratégias de resolução de problemas; manter e 
manipular informação na memória de trabalho; automonitorizar o progresso 
individual e do grupo de trabalho; autorregular e verificar as respostas produzidas e 
a conclusão, revisão e verificação de tarefas, projetos, relatórios e trabalhos 
individuais ou de grupo; refletir e responsabilizar-se pelo seu estudo e sobre o seu 
aproveitamento escolar; etc. O estudante, por definição, é um ser executivo, sem pôr 
em prática tais habilidades, aprender não vai ser fácil nem prazeroso para ele. 
 
 
Para Fonseca (2016), a aprendizagem consiste numa mudança de comportamento 
que é resultante da experiência. Ainda de acordo com ele, a aprendizagem é uma resposta 
transformada, que se torna estável e durável, internalizada e firmada no próprio cérebro do 
indivíduo. E essa mudança no comportamento é uma função do sistema nervoso central, 
sendo, portanto, a aprendizagem uma função do cérebro. 
Para o sucesso escolar, as habilidades cognitivas da aprendizagem devem ser 
incentivadas levando em consideração os aspectos emocionais e lúdicos, além dos conteúdos 
e metodologias específicos. Dessa forma, estimular as funções executivas é importante para o 
desenvolvimento da aprendizagem e, por consequência, o sucesso acadêmico 
4
. 
De acordo com Malloy-Diniz e seus colaboradores (2016), ser consciente da 
importância das funções executivas, aliada a boas práticas que desenvolvam essas habilidades, 
favorece o desempenho dos alunos no que se refere às atividades de planejamento, definição 
de metas e aos trabalhos escolares, pois, desde cedo, os alunos são confrontados com 
atividades que requisitam múltiplas habilidades para sua elaboração e execução de forma 
 
4
 Ibid. 
10 
 
 
ordenada. Ele também afirma que estimular as FE permite que os estudantes desenvolvam em 
sala de aula a flexibilidade cognitiva, o controle inibitório, a atenção e a memória de trabalho. 
Grande parte das tarefas escolares requer a articulação e a integração das 
habilidades de funções executivas, por isso elas são primordiais e necessárias para a 
aprendizagem. São responsáveis também por juntar componentes indispensáveis para o 
desempenho e autonomia da criança frente aos desafios da escola, e o sucesso escolar dos 
alunos vai depender muito da capacidade deles em praticar essas funções, quer na escola, quer 
na suacasa ou na sua vida cotidiana. 
As funções executivas são importantes também para a aprendizagem da leitura e 
compreensão de textos. A memória de trabalho, a capacidade de inferir e de integrar 
informações contidas no texto são habilidades cognitivas importantes para que o aluno possa 
refletir e compreender o que está lendo. Quanto a aprendizagem da matemática, o educando 
necessita do raciocínio lógico para estabelecer a relação entre número e operação e ,para isso, 
ele precisa sustentar a informação para manuseá-la mentalmente, além das habilidades de 
abstração e flexibilidade cognitiva para realizar esses processos mentais. 
Um bom nível de funcionamento executivo está vinculado a competências nos 
aspectos sociais, emocionais e escolares do aprendente, pois elas permitem que o indivíduo 
lide melhor com as constantes mudanças do ambiente, além de ajudar na compreensão do que 
o outro está pensando, favorecendo, assim, as interações sociais. 
O desenvolvimento das FE é de extrema relevância, pois essas habilidades se 
mostram fundamentais para o sucesso na escola e na vida. Dessa forma, estimular o 
desenvolvimento dessas funções em crianças na idade escolar é de extrema importância, pois 
vai contribuir para o seu bom desempenho escolar e de suas competências socioemocionais. 
Se, por um lado, um bom nível de funcionamento executivo está associado a 
vários benefícios, o déficit no funcionamento executivo é uma das características de vários 
transtornos, tais como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade-TDAH, Transtorno 
do Espectro do Autismo-TEA, Dislexia, Discalculia, Síndrome de Down, Síndrome de 
Prader-Willi, entre outras (DIAS et al., 2010). E podem também estar associadas a várias 
condições, por exemplo, demências, lesões advindas de traumas e alguns transtornos 
psiquiátricos. 
No próximo capítulo, abordaremos como o déficit em funções executivas pode 
comprometer as atividades cotidianas e ,sobretudo na escola, comprometendo o processo de 
aprendizagem e gerando prejuízos na vida escolar e socioemocional do aluno. Entender essas 
alterações é necessário e tem consequências diretas na prática do professor, que pode 
11 
 
 
desenvolver metodologias diferenciadas de forma a favorecer a aprendizagem do seu 
educando. 
 
4. DÉFICIT DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS E SUA IMPLICAÇÃO NO 
DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM E NO CONTEXTO ESCOLAR 
 
O processo de maturação e desenvolvimento das funções executivas é longo, 
iniciando-se logo após o nascimento e continuando até o início da fase adulta quando atinge 
sua maturidade, mas só, a partir dos seis anos de idade, essas funções começam a ter um 
maior desenvolvimento, pois o processo de mielinização das células nervosas do lobo frontal, 
responsável por elas, só entram em desenvolvimento por volta dessa idade. Por essa razão, 
estão sujeitas a desvios do seu desenvolvimento, o que pode causar prejuízos e o 
comprometimento dessas habilidades. 
Pesquisas sobre transtornos de aprendizagem têm apontado que as funções 
executivas podem ser um aspecto importante desses transtornos. Sendo assim, déficits nas 
funções executivas podem ser indicativos de risco no desenvolvimento da aprendizagem. 
Segundo (DIAS et al., 2010, p. 82-83): 
 
 O comprometimento das habilidades executivas, caracterizando a chamada 
síndrome disexecutiva, pode compreender alterações cognitivo-
comportamentais diversas, associadas ao prejuízo de seus processos 
componentes, tais como dificuldades na seleção de informação, 
distratibilidade, dificuldades na tomada de decisão, problemas de 
organização, comportamento perseverante ou estereotipado, dificuldade no 
estabelecimento de novos repertórios comportamentais, dificuldades de 
abstração e de antecipação das consequências de seu comportamento, 
impondo uma série de problemas à vida diária (Muñoz-Céspedes & Tirapu-
Ustárroz, 2004; Strauss, Sherman & Spreen, 2006). A essas dificuldades, 
Lent (2001) acrescenta o imediatismo comportamental e o prejuízo no ajuste 
social do comportamento, e Saboya, Franco e Mattos (2002) destacam os 
prejuízos em habilidades de planejamento, memória evocativa e mesmo em 
linguagem expressiva. 
 
 
Indivíduos com déficit do funcionamento executivo tendem a ter problemas de 
planejamento e na organização de tarefas, dificuldade com a memória de trabalho, na 
mudança de respostas, em iniciar tarefas, dificuldade em pensar antes de agir, na criação e 
efetivação de estratégias. Podem apresentar ainda manifestações comportamentais diferentes, 
variando desde a letargia até a desinibição total, dificuldade em internalizar regras sociais, de 
julgar ações e, como também, revelam ausência de limites. É provável que esses problemas 
12 
 
 
relacionados ao funcionamento executivo nos primeiros anos de vida permaneçam por toda a 
infância e adolescência. 
As atividades diárias e o convívio em sociedade dependem do bom 
funcionamento executivo, assim, déficits nesse funcionamento podem conduzir a 
comprometimentos em muitas dessas atividades do dia a dia e, principalmente, na escola, 
como exemplo, podemos citar prejuízos na memória de trabalho que podem gerar dificuldades 
na compreensão da leitura. Assim, protelar tarefas e não as finalizar, dificuldade em 
organização e sustentação da atenção, dificuldade de memória prospectiva podem acarretar 
esquecimento de compromissos, e são alterações das funções executivas que geram um 
impacto no desempenho das atividades práticas da vida do indivíduo. Não existe nenhuma 
outra perda cognitiva que possa ser mais comprometedora para o comportamento humano 
quanto a das funções executivas. 
Apesar dos variados quadros em que alterações do funcionamento executivo são 
relatados, o TDAH revela uma alteração dessas funções, mais precisamente, na habilidade de 
inibição do comportamento, o que tem consequência direta na capacidade de autocontrole do 
indivíduo. Prejuízos na atenção também são encontrados na pessoa com TDAH, além de 
procrastinar tarefas e/ou não as finalizar, dificuldade em planejamento e organização, na 
memória de trabalho, entre outras, são alterações que estão ligadas a esse transtorno e que 
causam grande impacto no desempenho funcional do indivíduo. 
Também existem relatos de alterações do funcionamento executivo no TEA, nas 
habilidades de regulação da atenção, memória de trabalho espacial, planejamento, controle 
inibitório, fluência verbal e flexibilidade cognitiva, apontando prejuízos nessas funções e, 
consequentemente, no processo de aprendizagem de indivíduos com essa condição. 
Prejuízos em habilidades de atenção, inibição, memória de trabalho, planejamento 
e organização também têm sido relatados nos casos de transtornos de aprendizagem, como a 
dislexia e a discalculia. 
Déficit em função executiva também é uma característica do indivíduo com 
Síndrome de Down. É notório o comprometimento executivo nas atividades que envolvem 
habilidades em flexibilidade cognitiva, memória de trabalho, controle inibitório, planejamento 
e resolução de problemas nas pessoas que apresentam a síndrome. 
É importante compreendermos essas alterações, pois elas implicam diretamente na 
prática em Educação. Como exemplo, quando um aprendente no âmbito da sala de aula 
apresenta algum diagnóstico de transtorno de aprendizagem e, é do conhecimento do 
professor que déficits de memória de trabalho estão ligados a esse transtorno, ele pode propor 
13 
 
 
para esse aluno atividades mais estruturadas, emitir comandos simples e curtos, repetindo 
sempre que necessário, investir ainda em recursos diferenciados para aumentar a atenção do 
educando, etc. E assim, ajudar a minimizar as dificuldades de seu aprendente, favorecendo a 
aprendizagem do aluno a partir da sua prática. 
As intervenções em FE devem propor atividades que ofereçam níveis diferentes 
de exigência para seus componentes e as tarefas propostasdevem estar relacionadas com as 
dificuldades apresentadas pelo transtorno. 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
As funções executivas são importantes para inúmeras atividades do dia a dia, além 
de necessárias e fundamentais para o sucesso escolar e socioemocional do indivíduo. Quando 
essas habilidades não se desenvolvem adequadamente, são inúmeros os problemas que podem 
ocorrer. O indivíduo pode apresentar dificuldade para planejar, para concluir uma atividade, 
pode mostrar-se desatento e/ou impulsivo, com dificuldade para regular suas emoções, entre 
outros. 
Por conseguinte, é essencial que os profissionais da educação tenham 
conhecimento do papel dessas funções no desempenho acadêmico dos alunos, para que 
estratégias direcionadas ao desenvolvimento e enriquecimento das funções executivas possam 
ser aplicadas, oferecendo aos educandos uma nova perspectiva de otimizar o seu desempenho 
cognitivo. 
Compreender a relação entre funções executivas e os transtornos de aprendizagem 
faz-se importante, pois pode favorecer a prática do educador que lida com crianças e 
adolescentes que apresentam alguns desses transtornos, uma vez que intervenções focadas no 
desenvolvimento dessas funções têm apresentado eficácia no que se refere aos aspectos da 
aprendizagem desses educandos. 
Dessa forma, estimular o desenvolvimento dessas funções em crianças na idade 
escolar é de significativa importância, pois vai contribuir para o seu bom desempenho escolar 
e de suas competências socioemocionais. Além disso, essa estimulação também pode 
contribuir para minimizar as dificuldades associadas aos transtornos de aprendizagem e 
problemas comportamentais. 
14 
 
 
Conhecer e compreender as funções executivas, assim como estimulá-las de 
maneira adequada investindo no seu desenvolvimento, vai gerar um impacto positivo na vida 
social, afetiva e intelectual de crianças e adolescentes que apresentam algum transtorno de 
aprendizagem ou comportamental. 
A importância dessas funções e de seu êxito sobre a aprendizagem deixa claro a 
necessidade urgente de se desenvolver programas de intervenção sobre essas habilidades nas 
escolas desde os anos iniciais, a fim de melhorar os índices de aprendizagem e desempenho 
escolar de alunos com transtornos de aprendizagem, bem como daqueles que não apresentam 
dificuldades, sendo necessário também projetos de treinamento e orientação para professores. 
Por ser um tema importante, acreditamos que esse artigo pode contribuir para 
disseminar ainda mais a importância desse assunto, sendo uma ferramenta informativa para 
educadores e útil para um conhecimento a mais sobre funções executivas e sua relação com os 
transtornos de aprendizagem. 
 
ABSTRACT 
 
THE RELATION BETWEEN EXECUTIVE FUNCTIONS AND LEARNING 
DISORDERS 
 
Executive functions correspond to a set of cognitive processes necessary for the control and 
regulation of our thoughts, emotions and actions, enabling us to engage in adaptive, self-
organized and goal-oriented behaviors. In this paper we aim to analyze the relationships 
between executive functions and learning disorders. The methodology used was applied in a 
qualitative approach, through which we conducted a bibliographic study in order to achieve 
greater theoretical basis, in the light of some authors, such as: ROCHA (2017), DIAS (2010), 
LURIA (2005) , PANTANO (2010), FONSECA (2016), MALLOY-DINIZ (2014), among 
others. With the study it was found that understanding the relationship between executive 
functions and learning disorders is important because it may favor the practice of educator 
who deals with children and adolescents who have some of these disorders, since 
interventions focused on the development of these disorders. These functions have been 
effective in the learning aspects of these students. 
 
Keywords: Executive Functions. Learning Disorders. Relationship. Learning. 
15 
 
 
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