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Estudo dirigido: Projeto Terapêutico Singular

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Estudo dirigido: Projeto Terapêutico Singular.
A partir do relato do fragmento do caso abaixo: 
1. Discuta uma proposta de Projeto Terapêutico Singular (PTS);
2. Realizando um Matriciamento do caso;
3. Elencando quais níveis de cuidado foram e/ou necessitam ser acessados (primário/secundário/terciário), bem como as equipes mobilizadas, identificando um percurso a ser realizado nas respectivas Redes de atenção vistas na disciplina - RAS e RAPS: 
Sabrina, 37 anos, possui ensino médio completo e é residente na Vila Nazaré desde o seu nascimento, no momento trabalha como auxiliar de serviços gerais, atualmente mora sozinha. A mãe de Sabrina, Cleusa, 65 anos, comparece à Unidade Básica de Saúde relatando que a sua filha não quer se alimentar há 06 dias e quando se alimenta opta por alimentos gordurosos. Diz que não dorme e se recusa a tomar as medicações prescritas pelo psiquiatra com quem realizava o seu acompanhamento, alegando que acabou não indo mais às consultas por dificuldades financeiras. Cleusa insiste para que Sabrina se alimente e tome as medicações, mas a usuária a expulsa a vassouradas de sua casa. No prontuário de Sabrina constam registros das medicações que a usuária utilizava de maneira incorreta, além das tentativas de visitas domiciliares por parte da equipe, mas sem sucesso, pois a mesma “não abria a porta ou se escondia para não recebê-los”(sic). Sabrina possui histórico de internações psiquiátricas e diagnóstico de esquizofrenia. Recentemente, “surtou” no trabalho quando o seu supervisor realizou uma cobrança de horários. Sabrina apresentou tremores, agressividade verbal com falas repetidas e sincronizadas. No momento, está afastada pelo INSS e sua mãe é a responsável por administrar o seu dinheiro, caso contrário, diz ela, “Sabrina iria comprar tudo o que quisesse como já fez outras vezes” (sic). Sabrina é separada há 5 anos, possui dois filhos: Ana de 20 anos e Michel de 12 anos. Ambos não moram com ela. Mas Michel reside no mesmo pátio com o pai, ex-companheiro de Sabrina. Luís decidiu residir no mesmo terreno de Sabrina após a separação por causa do filho, que pediu para que ele cuidasse de sua mãe.
Após a solicitação de atendimento de Dona Cleusa, a enfermeira e a ACS realizaram nova tentativa de VD. Sabrina deixou as profissionais entrarem e quando perguntada sobre o seu estado de saúde,referiu estar muito bem, que não estava tomando as medicações prescritas pois eram muito fortes e não precisava mais delas”(sic). A casa estava limpa e organizada, mas a usuária estava irritada e respondia com desconfiança as perguntas feitas pelas profissionais. Sem a presença de Dona Cleusa no cômodo, Sabrina relatou a enfermeira que era a sua mãe que estava inventando todos os sintomas, que ela estava “bem”. Quanto às comorbidades, a usuária também fazia acompanhamento na UBS para diabetes e refere que “tem sentido muita sede ultimamente e tem urinado várias vezes ao dia, além de ter percebido que a sua visão está mais turva em alguns momentos”.
	
	
	
	R: Sabrina tem 37 anos, ensino médio completo e mora na vila Nazaré desde que nasceu. Trabalha como auxiliar de serviços gerais e mora sozinha. Sua mãe se chama Cleusa e tem 65 anos. Tem 2 filhos: Ana de 20 anos e Michel de 12 anos. Nenhum deles mora com a paciente, porém Michel reside no mesmo pátio com o pai, ex-companheiro dela, de quem está separada há 5 anos. Portanto, quem ela mais tem contato é o filho e sua mãe. A paciente tem diagnóstico de esquizofrenia e diabetes. 
	A paciente deve ser encaminhada para CAPS II para passar por acolhimento, uma vez que desta forma é possível estabelecer vínculo com a mesma. Vínculo, o que é muito importante para que haja progresso em qualquer tratamento. É necessário que a paciente seja acompanhada por sua mãe, pois ligar a família no cuidado uns dos outros pode melhorar a condição de saúde de todos e promover melhor adesão ao tratamento. De acordo com o relato do caso, a paciente apresenta alterações de humor típicas de doença afetiva, sendo necessário investigar a possibilidade de transtorno afetivo bipolar, através de entrevistas que psicólogo e psiquiatra realizam. Além disso, é importante rever os medicamentos da paciente, por meio de atendimento médico, clínico e psiquiátrico, para reavaliações diagnósticas, terapêuticas e realização de exames laboratoriais. Em função da inapetência, anorexia há 6 dias, talvez necessite acompanhamento nutricional, mas com certeza é necessário investigar como esse sintoma foi produzido, uma vez que além da doença psíquica, é diabética. Não se sabe se é diabete tipo 1, insulino-dependente da infância e adolescência ou, tipo 2, da maturidade que costuma acompanhar a obesidade, pois nem sabemos seu biótipo, peso, IMC, etc.
	Além disso, foi referido que a paciente está afastada pelo INSS, porém, não foi dito se estava sob algum benefício, como licença de saúde para o tratamento ou se foi aposentada por invalidez, pois não se sabe desde quando ela está sem trabalhar, sendo necessário que a assistente social investigue essa parte previdenciária.
	Para isso foi feito também o matriciamento de forma horizontal, tentando abranger as questões da paciente, levantando a questão do cuidado integral da mesma em diferentes níveis de atenção, propiciando a aproximação entre as equipes, desenvolvendo assim estratégias de cuidado compartilhado e do fortalecimento das unidades da atenção básica quando a paciente se propor a participar conjuntamente do CAPS, que conversariam entre si estratégias para a paciente, tendo outras formas de assistência que é necessária para o tratamento da mesma, para isso entram profissionais capacitados para suas questões mentais e físicas. 
	Em relação à questão psíquica, um grupo terapêutico, de psicoeducação ou de convivência e sentimentos, encontros semanais com psicólogo ampliando compreensão e conhecimento do mal que lhe acomete e a melhor forma de gerir o tratamento e sua vida, aumentando a autoeficácia. Sem esquecer de que os familiares envolvidos podem contribuir para o sucesso mais efetivo do tratamento. 
	O profissional de referência será o psicólogo, com apoio de um médico psiquiatra, clínico, assistente social e, se necessário, de nutricionista. Em suma, o projeto terapêutico é uma síntese das propostas feitas por todos os profissionais envolvidos no caso, de forma singular, ou seja, é uma proposta terapêutica adequada para aquele sujeito, que é único e deve ser pensado com todas suas singularidades. 
	A solicitação na Unidade Básica de Saúde (UBS) partiu da mãe da usuária. Ela apresenta um quadro de esquizofrenia já acompanhado por uma equipe da psiquiatria e diagnóstico de diabetes. Foi necessário ter acesso ao nível de atenção primária, levando-a a questionar as propostas de tratamento e o acompanhamento da equipe, assim como as medicações que sua filha está tomando. Foi possível ter acesso a ações de promoção, prevenção e tratamento relacionadas à saúde mental e cuidado de doenças crônicas como a diabetes. Além disso, buscam realizar visitas domiciliares na qual ao ser recusada será preenchido um “termo de recusa” por um agente comunitário de saúde (ACS), onde recusam fornecer dados para preenchimento do cadastro da atenção básica, mas embora a recusa não facilite o seu acompanhamento e o de sua família pela equipe, não impede o seu atendimento e de sua família na UBS.
	O caso foi acompanhado pela UBS, envolvendo uma equipe de residentes multiprofissionais de Saúde da Família, composta por uma psicóloga, duas enfermeiras, uma nutricionista, um fisioterapeuta e um profissional de educação física, a coordenadora da unidade, a tutora de campo da residência, um médico e uma agente comunitária de saúde. 
	A partir dos reconhecimentos das necessidades da usuária e da família, estabelece-se o encaminhamento para Rede de atenção à saúde (RAS), no qual buscaram a integralidade do cuidado por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão para a usuária, pelo motivo das comorbidades da mesma, e ajuntamento será encaminhadapara a Rede de atenção psicossocial (RAPS) - Caps II, no qual estabeleceram metas com objetivo de acolher e acompanhar a usuária com transtorno mental no âmbito do SUS. Pois ambos os grupos buscam a necessidade de construção do vínculo com a família, reconhecendo a importância para a aderência ao processo terapêutico e para o desenvolvimento da autonomia dos envolvidos, já que eles passam a compor os planos de intervenção.

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