Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Acadêmico: Disciplina: Direito Civil I (16801) Avaliação: Avaliação Final (Objetiva) - Individual Semipresencial () ( peso.:3,00) Prova: 30954697 Nota da Prova: 10,00 Legenda: Resposta Certa Sua Resposta Errada 1. O direito de vizinhança é uma obrigação propter rem que tem por objetivo manter a paz social entre proprietários de imóveis próximos. Trata-se de uma limitação legal ao direito de propriedade em prol da coletividade. O capítulo do Código Civil que trata do direito de vizinhança está dividido em sete seções, sendo que a primeira regula o uso anormal e nocivo da propriedade e as demais estabelecem regras gerais de convivência. Nessas regras de convivência, existem disposições sobre as árvores limítrofes. Sobre as árvores limítrofes, analise as afirmativas a seguir: I- A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes. II- As raízes e os ramos de árvore que ultrapassarem a estrema do prédio (terreno) poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido. III- Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se esse for de propriedade particular. IV- Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem a pessoa que o colher já caído, se esse estiver em propriedade pública. Assinale a alternativa CORRETA: a) As afirmativas I, II e III estão corretas. b) Somente a afirmativa III está correta. c) Somente a afirmativa I está correta. d) As afirmativas I, II e IV estão corretas. 2. O cronista pernambucano Nelson Rodrigues, polêmico, querendo provar que podia fazer algo atraindo outro tipo de público, escreveu e publicou o romance "Meu Destino é Pecar", sob o pseudônimo Suzana Flag. A situação foi tão popularizada que rendeu à "autora" até pedido de casamento, via carta. Diante desse fato histórico vivido pelo influente dramaturgo brasileiro, a respeito de nome civil, assinale a alternativa CORRETA: a) A utilização do nome de uma pessoa por outrem em publicação cujo conteúdo a expõe a desprezo público não é ilegal. b) O nome da pessoa pode ser utilizado em propaganda comercial, mesmo sem a sua autorização. c) Pseudônimo adotado para o exercício de atividades lícitas não possui proteção. d) Pseudônimo adotado para o exercício de atividades lícitas possui a mesma proteção assegurada ao nome. 3. Em junho de 2019 os meios de comunicação trouxeram notícias de grande repercussão nacional e internacional sobre o caso do jogador de futebol brasileiro Neymar, acusado de estupro em um hotel em Paris. Sem fazer julgamentos do caso noticiado, o caso serve aqui como pano de fundo de uma exposição da honra de uma pessoa (seja ela pela exposição do jogador, seja pelo sofrimento da suposta vítima). O Código Civil, em seu artigo 20, ao proteger a intimidade, ainda tutela a honra das pessoas. A doutrina, por sua vez, apresenta a honra de uma pessoa com uma divisão em honra subjetiva e honra objetiva. Como a doutrina entende a honra subjetiva e objetiva? a) A honra subjetiva é o sentimento que a pessoa possui de si mesma, sentimentos internos de autoestima e dignidade, e a objetiva é o modo como a pessoa é vista pelas outras pessoas, o seu conceito perante a sociedade. b) A honra subjetiva é o sentimento da pessoa sobre si mesma, sofrimento, angústia, lamentações, causando distúrbios e descontroles emocionais, já a honra objetiva é vista pelas demais pessoas e reflete na sociedade o tipo de vida que a pessoa vive. c) A honra subjetiva diz respeito à sociedade como um todo. Subjetivamente, a sociedade é quem aprecia e "julga" os fatos apresentados pelos noticiosos, e a honra objetiva está mais ligada intimamente à pessoa, ao que sente de si mesma, sua dignidade e representação na sociedade. d) A honra subjetiva é o modo como a pessoa é vista pelas outras pessoas, e a objetiva é como ela mesma se sente com relação à sua autoestima e dignidade. 4. Usucapião é uma forma originária de aquisição da propriedade. Isso significa dizer que pela usucapião alguém se torna proprietário de um bem, preenchendo alguns requisitos, como o tempo, a posse e um critério subjetivo, que é a vontade de ser dono ou animus domini. Sobre o exposto, analise as afirmativas a seguir: I- Entende-se que a usucapião é um fenômeno que transforma uma situação de fato (posse) em uma situação de direito (propriedade). II- Um dos fundamentos da usucapião é também a função social da propriedade. III- Entende-se que a usucapião é um fenômeno que transforma uma situação de direito (posse) em uma situação fática (propriedade). Assinale a alternativa CORRETA: a) Somente a afirmativa III está correta. b) As afirmativas II e III estão corretas. c) Somente a afirmativa I está correta. d) As afirmativas I e II estão corretas. 5. O plano da eficácia é o último plano da Escada Ponteana, o que significa dizer que, mesmo que o negócio exista e seja válido, não necessariamente terá eficácia, ou seja, produzirá efeitos. Logo, quando o plano de eficácia é analisado, verifica-se se o negócio está apto a produzir efeitos ou possui algum elemento suspensivo de sua eficácia. O Código Civil prevê hipóteses de suspensão por meio de elementos acidentais, quais sejam: condição, termo e encargo. Sobre as hipóteses de suspensão dos efeitos dos negócios jurídicos, associe os itens, utilizando o código a seguir: I- Condição. II- Termo. III- Encargo. ( ) É um evento futuro e certo; é preciso determinar o exato momento em que o evento se dará. ( ) É uma determinação imposta nos negócios jurídicos gratuitos por quem pratica a liberalidade, obrigando o beneficiário. ( ) É um evento futuro e incerto, o qual interfere na eficácia do negócio. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) I - II - III. b) III - I - II. c) I - III - II. d) II - III - I. 6. Os direitos da personalidade visam resguardar a dignidade da pessoa humana, por meio de medidas judiciais adequadas, sendo que essas medidas devem ser pleiteadas judicialmente pelo ofendido ou pelo lesado indireto. Com relação às medidas para resguardar a dignidade da pessoa humana, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) As medidas judicias para resguardar a dignidade da pessoa humana podem ter natureza preventiva. ( ) As medidas judicias para resguardar a dignidade da pessoa humana podem ter natureza inibitória. ( ) As medidas judicias para resguardar a dignidade da pessoa humana podem ter finalidade de suspender os atos que ofendam à integridade física, intelectual e moral. ( ) Embora tendo natureza preventiva e inibitória, as medidas para resguardar a dignidade da pessoa humana não têm caráter indenizatório. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) F - V - V - F. b) F - F - V - V. c) V - V - V - F. d) V - F - F - V. 7. A extinção da Pessoa Jurídica determina o fim da sua personalidade jurídica, cuja extinção nunca é instantânea, pois há necessidade de ser realizada a sua liquidação. Como causas de extinção temos o decurso do prazo de sua duração; a sua dissolução; a deliberação dos sócios; a morte de sócio, entre outros motivos. Sobre extinção da Pessoa Jurídica, que determina o fim de sua personalidade jurídica, associe os itens, utilizando o código a seguir: I- Liquidação. II- Cassação de autorização para funcionamento. III- Cancelamento da inscrição da Pessoa Jurídica. ( ) Realização do ativo (créditos) e o pagamento do passivo (débitos). ( ) Encerrada a liquidação, será cancelada inscrição da Pessoa Jurídica. ( ) A Pessoa Jurídica subsiste para os fins de liquidação, até a conclusão desta. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) II - III - I. b) I - III - II. c) III - I - II. d) I - II - III. 8. As pessoas jurídicas são entes compostos pela coletividadede bens ou de pessoas a quem a lei confere personalidade jurídica. Seguindo este raciocínio do conceito de pessoa jurídica, considere qual/quais é/são o(s) objetivo(s) que ela visa atingir e em seguida classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Objetivo de atingir determinada finalidade autorizada por Lei, isto é, uma finalidade lícita. ( ) Objetivo de atingir determinada faculdade de administrar bens particulares, ou seja, uma faculdade lícita. ( ) Objetivo de atingir determinada faculdade de administrar bens públicos, ou seja, uma faculdade lícita. ( ) Objetivo de atingir determinada finalidade não proibida por Lei, isto é, uma finalidade lícita. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) F - V - V - F. b) F - F - V - V. c) V - F - F - V. d) V - V - V - F. 9. As ações possessórias são demandas judiciais que visam à proteção possessória da pessoa que perdeu a posse do seu bem por esbulho ou está sofrendo turbação, ou está na iminência de perder a posse da coisa, ou seja, está sob ameaça de perder. Quanto às ações possessórias, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Quando a posse sofrer esbulho, cabe Ação de Reintegração de Posse. ( ) Quando a posse sofrer turbação, cabe Ação de Manutenção de Posse. ( ) Quando houver justo receio ou ameaça de perda da coisa, cabe Ação de Reintegração de Posse. ( ) Quanto a posse sofrer esbulho, cabe Ação de Interdito Proibitório. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) F - V - F - V. b) V - V - F - F. c) V - F - V - V. d) F - F - V - V. 10.A diferença entre bens e coisas ainda atormenta boa parte da doutrina, pois o Código Civil de 1916 não fazia distinção, se utilizando de ambos os termos para se referir ao objeto da relação jurídica. Todavia, o atual Código de 2002, diferentemente, traz BENS, em Livro próprio, na Parte Geral e COISAS também mereceu um livro próprio "Direito das Coisas" (Livro III do Código Civil/2002) mas, na parte Especial. Destacando que existe diferença entre um e outro. Diante de quatro correntes doutrinárias, assinale a alternativa CORRETA que se apresenta majoritária atualmente: a) A primeira corrente é defendida por Maria Helena Diniz e outros, que entendem que coisas são todos os objetos existentes na natureza, exceto as pessoas. Já os bens são apenas as coisas que possuem valor econômico e que são suscetíveis de apropriação (animais, livros, automóveis etc.). Assim, tal corrente defende que coisa é o gênero do qual bem é uma espécie. b) A segunda corrente, defendida por Orlando Gomes, segue no sentido oposto da primeira, pois entende que coisas são os objetos materiais suscetíveis de valoração econômica. Por outro lado, os bens têm conceito mais amplo e abrangem objetos que possuem ou não conteúdo patrimonial. Portanto, bem seria o gênero, enquanto coisa seria a espécie. c) A terceira corrente, que possui Caio Mário da Silva Pereira (2006) como adepto, defende que bens podem ser considerados em sentido amplo ou estrito. Em sentido amplo, os bens são tudo aquilo que é objeto da relação jurídica, sem distinção entre a materialidade ou a patrimonialidade. No entanto, em sentido estrito, são os bens imateriais - que não podem ser tocados (o direito de crédito, direito autoral) e as coisas (os materiais - aqueles que podem ser tocados - exemplo: um livro, um carro). d) A quarta corrente, defendida por Gustavo Tepedino (2014), entende que a diferença entre bem e coisa tem por base o conteúdo jurídico. Desta forma, bens jurídicos são todos os bens da vida submetidos à proteção jurídica; já as coisas, em sua acepção comum, representam o elemento material do conceito jurídico de bem. Prova finalizada com 10 acertos e 0 questões erradas.
Compartilhar