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HIPÓFISE Macroscopia Formação embrionária Embriologia e anatomia Peso: 600mg Tamanho: 13,0 x 10,0 x 6,0 mm Aumento de volume na gravidez Adeno-hipófise(80%): bolsa de Rathke migra para base do cérebro Neuro-hipófise: extensão do diencéfalo Relações anatômicas Sela túrcica Esfenóide (assoalho) Processos clinóides Hipotálamo Núcleos especializados Supraóptico Paraventricular Anatomia e relações Sistema porta hipofisário Pedículo hipofisário Adenohipófise ninhos de células Neurohipófise axônios de neurônios hipotalâmicos Relações anatômicas importantes Seios cavernosos (lateral) Carótida interna III (oculomotor) IV (coclear) VI(abduscente) 1ª divisão V(trigêmio) Quiasma óptico(anterior) Histologia da adenohipófise Ninhos de células delimitados por lâmina basal, circundados por fibras reticulares e capilares somatotróficas 40-50% (acidófilas) tireotróficas 5% (basófilas) corticotróficas 10-20% (basófilas) gonadotróficas 10% (basófilas) prolactinófilas 10-30% (acidófilas) HE rotina Histologia da neurohipófise Imunohistoquímica GH Reticulina Colorações especiais Divisão anatômica e funcional Adenohipófise TSH:estimula a tireóide (tireotrofina) ACTH: estimula a suprarrenal (corticotrofina) LH/FSH: estimula as gônadas (gonadotrofinas) GH: promove o crescimento (hormônio do crescimento) PRL: estimula a lactação (prolactina) Neurohipófise ADH regula a diurese OCITOCINA age no parto e ductos lactíferos Controle Realizado pelos núcleos hipotalâmicos TRH: hormônio liberador de tireotrofina ( TSH) CRH: hormônio liberador de corticotrofina( pro-ACTH) GnRH: hormônio liberador de gonadotrofinas ( FSH-LH) GRH: hormônio liberador de GH( GH) DOPAMINA: fator de inibição da prolactina( PRL) Congênitas Adquiridas Raras , são erros da formação da bolsa de Rathke, muitas incompatíveis com a vida Agenesia ou hipoplasia Distopia do lobo posterior Sela túrcica displásica Hipófise faríngea Cistos intra-selares Ninhos de epitélio escamoso Síndrome da sela vazia Apoplexia hipofisária Síndrome de Sheehan Hipofisite linfocítica Hemocromatose Amiloidose Displasia/aplasia Adenomas Patologias Síndrome da sela vazia Primária defeito no diafragma selar (> 5mm) herniação da aracnóide com aumento da pressão liquórica e compressão da glândula contra o assoalho • mulheres de meia idade com HAS funções hipofisárias normais,hipogonadismo 6%, pan-hipo 2- 10%, hiperprolactinemia 4-12% e distúrbios visuais Secundária cirurgia, infarto, fibrose após necrose ou radioterapia Sela vazia Necrose hipofisária Focal (8% das autópsias) ou maciça Compressão das artérias da haste hipofisária Na hipertensão intracraniana Lesão na parede arterial Arterite temporal, diabete melito Trombose de veias portais ou dos sinusóides Maciça Choque Grandes queimados, necrose cortical renal, AVC, choque hipovolêmico obstétrico (Síndrome de Sheehan) Síndrome de Sheehan Causa mais frequente de necrose maciça da hipófise. Dois fatores participam: Hipotensão arterial sistêmica súbita Maior suscetibilidade da hipófise à isquemia na gravidez, pelo aumento do seu volume (20-100%), secundário à hiperplasia das células produtoras de prolactina Se a paciente sobrevive, desenvolve a insuficiência permanente da hipófise após alguns anos Apoplexia hipofisária Hemorragia da glândula com necrose Infarto hemorrágico de tumores (15%) Trauma Sheehan Anticoagulantes Cefaléia súbita, perda progressiva da consciência e choque Mimetiza hemorragia subaracnóidea por ruptura de aneurisma 50% quadro agudo, podendo ser assintomático Adenomas hipofisários São neoplasias benignas originadas das células da adenohipófise, comuns (10% das neoplasias intracranianas e 22% em autópsias) Afetam os dois sexos, qualquer idade, mais na 5ª e 6ª décadas Quadro clínico dependente dao hormônio secretado Pode cursar com hipopituitarismo por compressão Adenomas - classificação Quanto ao tamanho micro ou macroadenoma (> 1,0cm) Quanto ao aspecto radiográfico 5 estágios Quanto ao aspecto cirúrgico ressecável ou não Quanto à produção hormonal produtor ou não produtor Classificação Adenomas mais frequentes Produtor de prolactina (29%) Produtor de hormônio do crescimento (16%) Produtor de ACTH (14%) Produtor de gonadotrofinas (3%) Produtor de tireotrofina (1%) Plurihormonal (12%) Não funcionante (25%) Estágios radiográficos Estágio 1: Inteiramente no interior da sela túrcica intacta Estágio 2: Lesão maior que 10mm, com aumento da sela, sem alteração do assoalho da mesma Estágio 3: Perfuração focal da duramater e estensão ao seio e osso esfenoidais Estágio 4: Infiltração difusa da duramater Estágio 5: Metástase (pelo líquor) Estágios cirúrgicos 0: Não possui expansão supraselar A: Ocupa a cisterna supraselar mas não deforma o III ventrículo B: A+ oblitera o recesso anterior do III ventrículo C: B+ deforma e desloca superiormente o III ventrículo D: Se estende para as fossas anterior, média e posterior E: Invade as estruturas laterais, comprometendo o seio cavernoso Diagnóstico de lesões hipofisárias Avaliação clínica Dosagens sorológicas hormonais Estudos de neuroimagens TC, RM do encéfalo com ênfase na sela túrcica Estudo morfológico HE, colorações especiais para fibras reticulares IMH para hormônios hipofisários e marcadores endócrinos (enolase específica de neurônio – NSE, Crom-A e sinaptofisina) Microscopia eletrônica Índice proliferativo (Ki-67, PCNA), expressão de p-53 Determinação de mutações gênicas (PCR) Hibridação in situ (estuda o mRNA de cada hormônio) Clínica dos adenomas Efeitos de massa (compressão) Cefaléia retroorbitária, náuseas e vômitos Hemianopsia bitemporal Compressão dos pares cranianos: Oftalmoplegia com estrabismo (III , IV e/ou VI) Perda reflexo fotomotor e consensual (midríase paralítica:III) Perda do reflexo corneopalpebral (V) microadenoma macroadenoma Prolactinoma Prolactinoma Adenoma hipofisário mais frequente (20-29%) Mulheres 4-8:1 Manifestação geralmente na 3ª-4ª décadas Causam hiperprolactinemia Mulheres: síndrome de Forbes-Albright (infertilidade) Galactorreia-amenorreia em idade reprodutiva, ciclos anovulatórios, labilidade emocional, aumento de peso, desmineralização óssea Homens:oligo e azoospermia, perda da libido e impotência, depressão/ ansiedade (clínica não chamativa) Prolactinoma A secreção de PRL pode ser: Produção pelas células tumorais ou Perda da inibição hipotalâmica por desconexão hipófise- hipotálamo Níveis de PRL pouco aumentados podem ocorrer no segundo caso (≥100ng/ml) Níveis acima de 150-200ng/ml são altamente sugestivos de prolactinoma Níveis acima de 300 ng/ml são virtualmente diagnóstico de prolactinoma Prolactinomas Adenomas lactotróficos Microadenomas ou grandes massas expansíveis Tendência a calcificação distrófica Psamomas isolados a “pedra hipofisária” A secreção de prolactina se caracteriza pela Eficiência (mesmo os pequenos causam hiperprolactinemia) Proporcionalidade : as concentrações plasmáticas se correlacionam com o tamanho do tumor Diagnóstico diferencial Outras causas de hiperprolactinemia Fisiológica: gestação e lactação Medicação: fenotiazidas, metoclopramida, reserpina, metildopa, estrogênio, haloperidol, opióides, inibidores da MAO, sulpiridas, cimetidine, verapamil, licorice Lesões medula espinhal Doenças crônicas: hipotireoidismo primário, insuficiência renal, doença hepática grave Ruptura da haste hipofisária Tratamento 2-α bromocriptina nos microtumores e hiperprolactinemia idiopática Bromocriptinaou Lisuride Nos macroadenomas Cirurgia para Tumor de crescimento rápido Intolerância à medicação Crescimento do tumor com uso de bromocriptina Adenoma secretor de GH 13% dos adenomas hipofisários, 2° mais comum Idade média 40 anos, igual para os sexos Gigantismo ou acromegalia Geralmente macroadenomas (> 2,0 cm) alterações na sela túrcica, sinais neurológicos, sintomas de massa(cefaléia frontal, distúrbios visuais) Adenoma secretor GH Excesso de GH Gigantismo: antes da puberdade Crescimento harmônico de ossos e vísceras Acromegalia: após o fechamento das epífises, insidioso Crescimento das porções acrais do esqueleto Fáscies grosseiras com protrusão mandibular, nariz largo, macroglossia, bordas orbitárias salientes, pés e mãos grandes e visceromegalia Nível sérico GH normal: inferior a 5ng/ml Gigantismo Adenoma produtor de GH Gigantismo Excessivo aumento na altura Hipogonadismo (por compressão) Redução esteróides sexuais Atraso na idade óssea Infantilismo sexual Amenorréia Acromegalia Acromegalia Hipersudorese Hipertensão arterial Retenção de Na Diabete melitus Hipercalciúria Polipose colônica Tumores de crescimento lento e progressivo Mortalidade aumentada Doenças cardiovasculares Doenças pulmonares Doenças cerebrovasculares Diagnóstico Dosagem de GH e somatomedina C (IGF-1) GH maior que 10ng/ml Teste da supressão com glicose (curva de glicemia e GH) IGF-1 maior que 2U/ml na acromegalia Scan-CT e MRI Estudo radiológico das extremidades e crânio Tratamento Cirurgia transesfenoidal Radioterapia na persistência da clínica após cirurgia Medicação Bromocriptina Análogos da somatostatina (octreotídeo) neoadjuvantes Adenoma produtor de ACTH 10-15% : microadenomas Mulheres, 30 anos Produz ACTH e POMC (precursor) 10-25% dos casos cresce até dar sintomas de massa Clínica característica: Síndrome de Cushing 90%causada por adenoma Tratamento cirúrgico Outros adenomas Produtor de TSH: 1-2% Produtor de gonadotrofinas: 10% , grandes massas Produtor de GH e PRL: 4-34% Plurihormonal:qualquer associação, raros Adenoma não produtores: Sinais e sintomas de compressão, falta de elementos morfológicos indicativos da diferenciação celular Tratamento cirúrgico e/ou clínico Adenoma invasivo 35% dos adenomas tem comportamento invasivo, sem que se possa prevê-lo Invasão significa permeação destrutiva dos tecidos adjacentes A invasão pode ser Superior: diafragma selar, compressão quiasma e nervos ópticos, hipotálamo e III ventrículo Inferior: assoalho da sela, seio esfenoidal, cavidade nasal Lateral: seio cavernoso, comprimindo nervos e vasos, lobo temporal Anterior: comprimem nervos ópticos e olfatórios Posterior: destruição do clivus e compressão do tronco encefálico Adenoma invasivo Carcinoma hipofisário 0,1-0,3% Distinção pelo potencial metastático MTX pelo líquor (medula e encéfalo) MTX hematogênicas: fora do crânio Linfonodos, ossos, pulmões e fígado A maioria é produtora de hormônio ACTH E PRL Adenoma atípico: com potencial agressivo aumento da atividade mitótica Imunorreatividade para p-53 Índice de marcação MIB-1 >3% Neoplasias metastáticas 3-5% Índice diminui com o diagnóstico precoce Principalmente Mama Broncopulmonar Geralmente para a hipófise posterior Diabete insípido
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