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Administração Financeira e Mercado Financeiro

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Prof. Leonardo Coelho 2 de 47 
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Prof. Leonardo Coelho 3 de 47 
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Sumário 
1. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: VISÃO GERAL E CONCEITOS 
ESSENCIAIS ......................................................................................... 5 
1.1. Introdução .......................................................................................................................... 5 
1.2. Objetivos da Administração Financeira.............................................................................. 6 
1.3. Funções Financeiras ........................................................................................................... 8 
1.4. Risco e Taxas de Retorno ................................................................................................. 10 
1.5. Valor do Dinheiro no Tempo ............................................................................................ 12 
2. AMBIENTE FINANCEIRO: MERCADOS, INSTITUIÇÕES, TAXAS DE 
JUROS E IMPOSTOS ........................................................................... 12 
3. PROJEÇÃO, PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIROS .......... 18 
4. AVALIAÇÃO DE TÍTULOS E AÇÕES ............................................. 20 
5. ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO .................................... 22 
5.1. Política de Capital de Giro ................................................................................................ 22 
5.2. Administração de Caixa, Títulos Negociáveis, Crédito e Estoque .................................... 24 
5.3. Financiamento de Curto Prazo ......................................................................................... 26 
6. INVESTIMENTO ESTRATÉGICO DE LONGO PRAZO...................... 27 
6.1. Orçamento de Capital – Elaboração e Técnicas de Análise ............................................. 30 
6.2. Fluxo de Caixa ................................................................................................................... 36 
7. CUSTO DE CAPITAL .................................................................... 38 
8. ALAVANCAGEM .......................................................................... 41 
9. POLÍTICA DE DIVIDENDOS ........................................................ 45 
 
Índice de Esquematizações 
Esquema 1. Administração Financeira _______________________________________________ 6 
Esquema 2. Objetivo da Administração Financeira _____________________________________ 7 
Administração financeira – visão geral. Ambiente financeiro: 
mercados; instituições; taxas de juros; impostos. Conceitos 
essenciais da Administração Financeira: Risco e taxas de retorno; 
Valor do dinheiro no tempo. Avaliação de títulos e ações. Projeção, 
planejamento e controle financeiros. Administração do capital de 
giro: Política de capital de giro; Administração de caixa e de títulos 
negociáveis; administração de crédito; administração de estoque; 
financiamento de curto prazo. Decisões de investimento 
estratégico. Custo de capital. Alavancagem. Política de dividendos 
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Prof. Leonardo Coelho 4 de 47 
https://www.exponencialconcursos.com.br/ 
Esquema 3. Sub-objetivos da Administração Financeira _________________________________ 8 
Esquema 4. Funções Financeiras ___________________________________________________ 9 
Esquema 5. Riscos _____________________________________________________________ 11 
Esquema 6. Ambiente Financeiro _________________________________________________ 14 
Esquema 7. Sistema Financeiro Nacional ____________________________________________ 14 
Esquema 8. Mercado Financeiro __________________________________________________ 15 
Esquema 9. Taxa de Juros _______________________________________________________ 16 
Esquema 10. Taxas de Juros ______________________________________________________ 18 
Esquema 11. Planejamento e Controle Financeiros ___________________________________ 19 
Esquema 12. Avaliação de Títulos e Ações __________________________________________ 21 
Esquema 13. Elementos da Avaliação ______________________________________________ 21 
Esquema 14. Capital de Giro _____________________________________________________ 22 
Esquema 15. Gestão do Capital de Giro _____________________________________________ 23 
Esquema 16. Caixa e Títulos ______________________________________________________ 24 
Esquema 17. Administração Eficiente de Caixa _______________________________________ 24 
Esquema 18. Ciclo de Caixa vs. Giro de Caixa ________________________________________ 25 
Esquema 19. Administração do Estoque ____________________________________________ 25 
Esquema 20. Financiamento de Curto Prazo _________________________________________ 27 
Esquema 21. Investimentos ______________________________________________________ 28 
Esquema 22. Características das Decisões de Investimento de Longo Prazo ________________ 29 
Esquema 23. Investimentos de Longo Prazo _________________________________________ 30 
Esquema 24. Orçamento de Capital ________________________________________________ 31 
Esquema 25. Objetivos do Orçamento de Capital _____________________________________ 32 
Esquema 26. Informações para Elaborar o Orçamento de Capital ________________________ 33 
Esquema 27. Etapas do Processo de Orçamento de Capital _____________________________ 34 
Esquema 28. Técnicas de Análise do Orçamento de Capital _____________________________ 35 
Esquema 29. Fluxo de Caixa ______________________________________________________ 37 
Esquema 30. Custo de Capital ____________________________________________________ 38 
Esquema 31. Estrutura de Capital _________________________________________________ 39 
Esquema 32. Custo de Capital - Próprio e de Terceiros _________________________________ 40 
Esquema 33. WACC ____________________________________________________________ 40 
Esquema 34. Alavancagem_______________________________________________________ 41 
Esquema 35. Formas de Calcular o Grau de Alavancagem Operacional (GAO) _______________ 42 
Esquema 36. Grau de Alavancagem Financeira (GAF) __________________________________ 43 
Esquema 37. Alavancagem Operacional vs. Alavancagem Financeira ______________________ 44 
Esquema 38. Decisões de Dividendos ______________________________________________ 45 
Esquema 39. Decisões para Maximizar o Valor da Empresa _____________________________ 47 
 
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Prof. Leonardo Coelho 5 de 47 
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Opa, pessoas! 
Vamos caminhar nesta aula pela área de Finanças Privadas, passando um 
pouco por Matemática Financeira e Contabilidade de Custos!! 
Se você já viu alguma destas disciplinas, vai ter facilidade no aprendizado 
hoje! Mas não se preocupe, irei tratar com muito cuidado os assuntos para que 
chegue bem preparado para sua prova. 
Bora! 
Leonardo Coelho 
1. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: VISÃO GERAL E 
CONCEITOS ESSENCIAIS 
1.1. Introdução 
A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA é considerada uma das mais 
importantes áreas da ciência da administração. Primordial para o andamento 
das atividades de qualquer organização, seja privada ou pública, que vise ao 
lucro ou não, de capital aberto ou fechado. 
 Podemos conceituar a administração financeira como uma ciência que 
tem por objetivo determinar o mais eficiente e eficaz procedimento 
organizacional de captação de recursos e alocação de capital. Nesse 
cenário, faz-se necessário levar em consideração a equação econômica da 
escassez de recursos somada à realidade operacional e prática das 
empresas. Vale ressaltar o seguinte: não basta apenas captar e alocar capital; 
é necessário administrar bem os recursos para geraros devidos 
resultados, garantindo a continuidade da organização e gerando valor para a 
governança corporativa. 
 O administrador financeiro, em virtude do complexo mundo empresarial, 
necessita de uma visão holística da organização e seu relacionamento com o 
ambiente externo. Portanto, apenas conhecer técnicas financeiras se mostra 
insuficiente. É necessário abrir a atuação para valores e informações 
estratégicas. 
 Um bom administrador financeiro, nos tempos atuais, precisa de uma 
visão total da organização, a fim de detectar oportunidades e ameaças 
estratégicas, internas ou externas. É fundamental, também, ter uma capacidade 
de analisar dados isolados e informações, fazendo devidas inferências acerca da 
previsão de comportamentos futuros. 
 A administração financeira pode ser dividida em três grandes áreas: 
mercado financeiro, finanças pessoais e finanças corporativas. Iremos 
priorizar o estudo das finanças corporativas, tocando também em temas que 
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Prof. Leonardo Coelho 6 de 47 
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dizem respeito ao mercado financeiro. Vamos ver um esquema que sintetiza do 
o que vimos até o momento: 
 
Esquema 1. Administração Financeira 
1. (CCV/UFC – Assistente em Administração – UFC – 
2014) Um orçamento traça um curso para uma empresa, delineando 
seus planos, em termos financeiros, envolvendo (1) a comparação, 
periódica, dos resultados reais com as metas, tomando medidas 
apropriadas; (2) a execução de planos para atingir suas metas; e (3) o 
estabelecimento de metas específicas para futuras operações. Tais ações 
correspondem, respectivamente, às seguintes funções administrativas: 
 a) (1) direção, (2) controle, (3) planejamento. 
 b) (1) direção, (2) planejamento, (3) controle. 
 c) (1) controle, (2) direção, (3) planejamento. 
 d) (1) feedback, (2) controle, (3) planejamento. 
 e) (1) feedback, (2) planejamento, (3) controle. 
Resolução: C. 
(1) Controle é a comparação, periódica, dos resultados reais com as metas, 
tomando medidas apropriadas. 
(2) Direção é a execução de planos para atingir suas metas. 
(3) Planejamento é o estabelecimento de metas específicas para futuras 
operações. 
A sequência correta: 
c) (1) controle, (2) direção, (3) planejamento. 
1.2. Objetivos da Administração Financeira 
O objetivo principal da administração financeira é criar valor. Criar valor 
para a governança corporativa. Criar valor para os gestores da organização. 
Criar valor para a sociedade. Criar valor para os governos. Criar valor para a 
ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA
Determinar o mais eficiente
procedimento organizacional para 
captar recursos e alocar capitais, 
devendo estar alinhado com a 
estratégia e possuir visão holística.
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organização. Os ganhos dos investidores precisam ser maiores do que o 
custo de financiamento. 
 Em termos contábeis: o retorno dos ativos deve ser maior do que o 
total dos passivos e do patrimônio líquido. Em termos econômicos: criar valor 
acontece quando os ganhos superam os custos de financiamento e o custo de 
oportunidade. E tudo isso deve ser alinhado com a estratégia da organização, 
e dela não pode renunciar ou desprender-se. A administração financeira deve 
adotar uma postura questionadora do comportamento do mercado em geral 
e da empresa, na intenção de possibilitar que a tomada de decisão empresarial 
seja correta. 
 
Esquema 2. Objetivo da Administração Financeira 
 A administração financeira, com o objetivo de maximizar a riqueza da 
governança corporativa (proprietários/acionistas principalmente), deve ter foco 
na avaliação da organização e das decisões financeiras quanto ao seu 
impacto na criação de valor. Este objetivo de criar valor pode ser desmembrado 
em três sub-objetivos: 
 
• Maximizar o lucro: o lucro ainda é uma boa maneira de mensurar a 
eficácia da organização, apesar das diversas restrições: o lucro é definido 
por princípios contábeis amplamente aceitos e não evidenciam 
claramente a capacidade de pagamento da empresa, uma vez que se 
baseia no regime de competência, e não no regime de caixa. Além disso, 
o lucro contábil não mede o risco inerente à atividade empresarial. 
Portanto, o lucro não pode ser a única maneira de mensurar a 
eficácia da organização. 
• Maximizar o valor de mercado da empresa: O valor de mercado é 
considerado um dos bons critérios para tomar decisões. Duas variáveis 
são fundamentais para calcular o valor de mercado da empresa: o 
retorno de caixa esperado e a taxa de oportunidade envolvida. O 
mais importante é mensurar a capacidade de gerar resultado futuro, e 
não o histórico de resultado acumulado. 
Objetivo da 
Administração 
Financeira
CRIAR VALOR!
Em termos contábeis: retorno dos ativos deve 
ser maior do que o total dos passivos e PL
Em termos econômicos: os ganhos superam os 
custos de financiamento e oportunidade 
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• Maximizar a riqueza e garantir a continuidade do 
empreendimento: o crescimento da riqueza do sócio/acionista é 
conseguida mediante o incremento no valor econômico da ação da 
empresa, constituindo o objetivo principal das empresas: 
criar/gerar/agregar valor. O objetivo de geração de riqueza não pode ser 
observado de maneira isolada, e sim como uma consequência do 
cumprimento de objetivos secundários. Nos tempos atuais, as 
organizações precisam incorporar, também, objetivos ambientais e 
sociais, visando atender aos anseios da sociedade. Isto possibilita gerar 
a chamada sustentabilidade empresarial, ou responsabilidade 
corporativa: agir com transparência, respeito às leis estabelecidas e 
proteção ao ambiente direta ou indiretamente afetado pelas atividades 
da organização. 
 
Esquema 3. Sub-objetivos da Administração Financeira 
1.3. Funções Financeiras 
No mundo da administração financeira, convenciona-se que são quatro as 
principais FUNÇÕES FINANCEIRAS, ou seja, os mais importantes campos de 
atuação das finanças numa organização. Vamos às funções e suas 
principais atividades: 
1) Planejamento Financeiro: evidenciar a necessidade de crescimento 
da empresa; identificar cenários, problemas e desafios futuros; 
escolher ativos rentáveis e condizentes com o porte e estratégia da 
empresa; estabelecer a rentabilidade mínima dos ativos; 
 
2) Controle Financeiro: observar e avaliar o desempenho financeiro da 
empresa; analisar os desvios positivos ou negativos dos indicadores 
Maximizar 
o lucro
Maximizar o 
valor de 
mercado da 
empresa
Maximizar 
a riqueza
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financeiros, comparando o previsto com o realizado; definir as medidas 
corretivas; implementar as medidas corretivas; verificar a eficácia das 
medidas; 
 
3) Administração de Ativos: estabelecer a melhor estrutura, avaliação e 
planejamento em termos de risco e retorno dos ativos; acompanhar 
as defasagens entre entradas e saídas; 
 
4) Administração de Passivos: gerenciar a estrutura de capital, 
principalmente financiamentos, da organização; garantir a estrutura de 
capital mais eficaz em termos de liquidez, risco financeiro e redução 
de custos. 
 
Esquema 4. Funções Financeiras 
2. (FGV – ISS Cuiabá - 2014) No âmbito da 
administração financeira empresarial, existem funções típicas do 
administrador financeiro. Uma dessas funções é a de tratar dos processos 
de tomada de decisão que definem a melhor estrutura dos ativos de uma 
organização, considerando a relação entre risco e retorno. A função 
descrita refere à: 
a) tomada de decisões de investimento. 
b) tomada de decisões de financiamento.c) tomada de decisões de análise. 
d) análise, ao planejamento e ao controle financeiro. 
e) tomada de decisões de controle financeiro. 
Resolução: Esta questão traz uma outra abordagem quanto às funções do 
administrador financeiro, dividindo em três: decisões de financiamento, 
decisões de investimento e análise, planejamento e controle financeiro. O 
enunciado fala em definir melhor estrutura de ativos, relação entre risco e 
retorno. Estas são decisões de investimento (fazendo uma ligação com nossa 
Funções Financeiras
Planejamento
Financeiro
Controle
Financeiro
Administração 
de Ativos
Administração 
de Passivos
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classificação apresentada, seria administração de ativos). Portanto, a 
alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
1.4. Risco e Taxas de Retorno 
Em poucas palavras, RISCO pode ser conceituado como a possibilidade 
de prejuízo financeiro. É uma medida de probabilidade de ocorrência desse 
prejuízo, a partir da variabilidade de retorno de ativos. O risco, 
normalmente, cresce com o tempo da operação realizada. Outra premissa: 
quanto maior o risco, maior poderá ser o retorno. 
 O gestor que atua na área financeira das organizações trabalha com riscos 
a todo momento, em praticamente todas as decisões tomadas. O risco pode 
existir, mas a incerteza deve ser combatida a todo momento pelo 
administrador financeiro. 
Podemos classificar os riscos inerentes à atuação do gestor de finanças em 
diversas categorias. Vamos analisar duas das mais importantes. 
 Podemos classificar os riscos em sistemáticos ou não sistemáticos. Os 
riscos sistemáticos ou não diversificáveis afetam todos os ativos, todo o 
mercado. Decorrem de fatores não controláveis como clima, guerra, inflação, 
atentados e outros de natureza semelhante. 
 Já os riscos não sistemáticos ou diversificáveis são os riscos do 
empreendimento, riscos do negócio e riscos país, e podem ser mitigados (ter 
ser efeitos reduzidos) por decisões do investidor. 
 Outra classificação divide os riscos das decisões financeiras em 
econômicos e financeiros: o risco econômico está relacionado diretamente à 
atividade operacional da organização e ao seu mercado. Ele independe da forma 
como a empresa é financiada e envolve alguns aspectos como sazonalidade, 
tecnologia, alterações na demanda, variações macroeconômicas, etc. 
 Já o risco financeiro refere-se diretamente às decisões de 
financiamento, envolvendo liquidez e solvência. Empresas com baixo grau de 
endividamento apresentam baixo risco de financiamento. No entanto, é 
necessário e desejável que haja algum grau de endividamento, pois é isto que 
permite alavancar os resultados organizacionais. 
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Esquema 5. Riscos 
 Os conceitos trazidos sobre o risco estão muito associados às TAXAS DE 
RETORNO. Antes de entrar neste tema, adianto que não é nossa intenção falar 
sobre os diversos tipos de taxas de retorno, nem a maneira como são 
calculados. Nossa abordagem é conceitual, focada no que pode ser cobrado na 
sua prova, dentro de nossa disciplina. 
 O retorno do investimento é calculado a partir de duas taxas de retorno: 
o retorno esperado e o retorno real/observado. O retorno esperado evidencia 
a expectativa de ganho, ou seja, calculado antes de realizado o investimento. 
Já o retorno real ou observado é calculado após a realização do investimento, 
bem como a efetivação ou não dos riscos envolvidos. 
3. (CESPE – Analista - MPU - 2015) A respeito da 
análise e avaliação econômica e financeira, julgue o item a seguir. 
No processo de tomada de decisões financeiras, devem ser priorizadas a 
minimização do risco e a maximização do retorno, tendo, por isso, os 
investidores racionais expectativa de, simultaneamente, correrem os menores 
riscos e obterem o maior retorno. 
Resolução: A questão está errada, pois não se pode apenas minimizar 
o risco. Ele tem que existir, num limite tolerável e mapeado, mas tem que 
existir. Sem risco não há investimento, muito menos retorno. 
Riscos
Possibilidade de prejuízo financeiro. Cresce com o 
tempo da operação. Quanto maior o risco, maior 
poderá ser o retorno.
Sistemáticos ou não-diversificáveis
Não-sistemáticos ou diversificáveis
Econômico
Financeiro
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1.5. Valor do Dinheiro no Tempo 
O valor do dinheiro no tempo (VDT) está relacionado com tudo o que 
vimos até agora, principalmente com os riscos e as taxas de retorno dos 
investimentos. O VDT se refere ao fato de que uma unidade monetária (real, 
dólar, euro, etc.) na mão vale mais do que a esperança dessa mesma 
quantia ser recebida no futuro. Segundo os ensinamentos econômicos e 
financeiros, são pelo menos três as razões desta afirmativa ser verdadeira: 
• O dinheiro que hoje está na mão pode ser investido, rendendo juros, 
de modo que você terminará com mais dinheiro no futuro. 
• O poder de compra do dinheiro pode mudar no tempo devido à 
inflação. 
• A receita de dinheiro esperada no futuro é, em geral, incerta. 
2. AMBIENTE FINANCEIRO: MERCADOS, INSTITUIÇÕES, 
TAXAS DE JUROS E IMPOSTOS 
Após discorrer sobre alguns temas introdutórios das finanças 
organizacionais, vamos partir para o estudo de assuntos pertinentes ao mercado 
financeiro, uma das três grandes áreas da administração financeira. As 
organizações estão inseridas num cenário muito maior do que as paredes da 
sala do departamento financeiro. A todo momento, comunicam-se e realizam 
transações com as mais diversas entidades privadas ou públicas. Todas 
elas operando no mercado. É o que podemos chamar de AMBIENTE 
FINANCEIRO. 
 O desenvolvimento econômico do mundo atual exige, normalmente, a 
formação de poupança (conceito econômico que pode ser definido como a 
parcela da renda que não foi consumida) com o intuito de financiar os 
investimentos necessários nos setores produtivos da economia. Neste cenário 
participam os poupadores (agentes econômicos superavitários), os 
tomadores (organizações e governos que precisam de liquidez/dinheiro) e os 
intermediários financeiros (as instituições que fazem a ponte entre os dois 
outros atores, os bancos normalmente) 
 Devido ao processo de mediação e distribuição dos recursos no mercado, 
fica destacada a importância social e econômica do Sistema Financeiro 
Nacional (SFN). Por falar nisso, vamos ver no quadro a seguir as 
INSTITUIÇÕES que compõem o SFN e suas responsabilidades principais: 
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Prof. Leonardo Coelho 13 de 47 
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(fonte: http://www.bcb.gov.br/?SFNCOMP) 
A atuação de uma organização no campo das suas finanças desenvolve-se 
num ambiente financeiro composto por um mercado altamente complexo e cada 
vez mais influente. Nesse contexto, o gestor financeiro precisa encontrar as 
mais vantajosas oportunidades de aplicações disponíveis no mercado e formar 
uma equilibrada posição de risco na tomada de diversas decisões 
financeiras. É fundamental, portanto, ter noção plena de como os mercados 
funcionam, dos rendimentos dos seus instrumentos financeiros e do 
comportamento esperado das políticas econômicas. 
Não há como dissociar o desempenho futuro esperado para o cenário 
econômico das decisões financeiras das organizações do comportamento das 
suas taxas de juros e dos seus diversos mercados financeiros. Alguns índices 
da economia, como taxas de juros de curto, médio ou longo prazos, medidas de 
mercados futuro, dentre outros, constituem-se em ótimas referências para se 
prever a direção futura da economia, indicando o melhor caminho para as 
melhores decisõesfinanceiras. 
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Esquema 6. Ambiente Financeiro 
4. (FGV – Analista Bancário - BNB - 2014) O Sistema 
normativo é composto pelas entidades que regulam e fiscalizam o 
funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. Por esse motivo estão no 
topo do organograma, ou seja, as outras instituições têm que, 
obrigatoriamente, acatar as decisões do sistema normativo. Entre as 
entidades que compõem o Sistema Normativo encontram-se: 
a) sociedades corretivas e distribuidoras; 
b) bancos múltiplos e de investimento; 
c) Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal; 
d) Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil; 
e) Bolsa de Valores e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
Resolução: O sistema normativo é formado pelo Conselho Monetário Nacional, 
Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de 
Seguros Privados e Secretaria da Previdência Complementar. Portanto, a 
alternativa D está correta e é a unica que contém apenas entidades do 
sistema normativo. 
 
Esquema 7. Sistema Financeiro Nacional 
Subsistema normativo: responsável pelo funcionamento do mercado 
financeiro e de suas instituições, por meio do Conselho Monetário Nacional e 
do Banco Central do Brasil. 
A CVM, nessa classificação, é um órgão normativo de apoio do sistema 
financeiro, atuando especificamente no mercado de valores mobiliários. 
• Ambiente de intermediações 
financeiras, com participação de 
entidades públicas, privadas, sejam elas 
poupadoras ou tomadoras.
Ambiente 
Financeiro
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Nesse subsistema, enquadram-se ainda outras 3 instituições especiais, 
assumindo responsabilidades próprias: 
Banco do Brasil (BB); 
Caixa Econômica Federal (CEF); 
 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES); 
Subsistema de intermediação: demais instituições integrantes do sistema 
financeiro, que, por sua vez, são subdivididas em: 
 bancárias (podem receber depósitos à vista); 
não bancárias (não podem receber depósitos à vista); 
auxiliares do mercado (bolsas de valores, sociedades corretoras, distribuidoras 
e agentes autônomos de investimento); 
não financeiras (sociedades de fomento comercial e companhias seguradoras). 
 
 Continuando e falando mais um pouco sobre MERCADOS. O termo 
"mercado" remonta a momentos bem antigos, anteriores à existência da moeda, 
e o seu significado no passado designava o lugar onde as pessoas se 
encontravam para trocar, vender ou comprar mercadorias. Ao longo do tempo, 
o conceito de mercado foi evoluindo para um significado ligado ao conjunto de 
elementos envolvidos no comércio de determinado produto: produtores, 
consumidores, intermediários, normas, preços, etc. Hoje, quando falamos no 
mercado de frutas, por exemplo, estamos nos referindo ao conjunto de pessoas 
que atuam na produção, aos consumidores, aos centros de distribuição, aos 
feirantes, aos preços praticados, dentre outros envolvidos. 
 O mercado financeiro também tem o seu produto: a utilização do 
dinheiro no tempo. Explicando melhor, é a transferência temporária da 
capacidade de consumo e do poder de compra. Mercado financeiro é, portanto, 
o conjunto de engrenagens voltadas para a transferência dos recursos 
entre agentes econômicos. Seu papel precípuo é da viabilidade e 
operacionalização dos fluxos de financiamentos na economia. Vamos ver um 
esquema sintetizando o conceito que acabamos de aprender: 
 
Esquema 8. Mercado Financeiro 
5. (CESPE – Perito - Polícia Federal - 2013) Com base 
em normas e funcionamento do Sistema Financeiro Nacional, julgue o 
seguinte item. 
• Conjunto de engrenagens voltadas para 
a transferência dos recursos entre 
agentes econômicos.
Mercado 
Financeiro
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O mercado de capitais é uma das categorias do mercado financeiro, que não 
envolve operações de curto prazo. Nesse mercado, a instituição financeira 
normalmente não é parte na operação, e sim interveniente, facilitando a 
realização dos negócios. 
Resolução: A questão está certa, e traz corretamente o papel das instituições 
financeiras do mercado de capitais no contexto do mercado financeiro. Elas são 
o elo de ligação entre tomador e poupador. 
 
 Vamos a mais um tema deste tópico. No já citado processo de 
intermediação financeira, a TAXA DE JUROS representa uma das mais 
importantes variáveis. Ela define o valor do aluguel pelo uso do dinheiro. 
Diversos fatores podem interferir na formação da taxa de juros, interagindo 
entre si de acordo com a dinâmica da economia. Três fatores se destacam no 
processo de formação da taxa de juros, atuando de forma efetiva: a política 
monetária praticada pelos governos, a posição de caixa das instituições 
e o custo futuro do dinheiro. Estes três fatores atuam de maneira associada 
e interativa. 
 
Esquema 9. Taxa de Juros 
Vamos agora, de maneira pormenorizada, tratar das taxas referenciais. 
No mercado financeiro brasileiro e internacional existem diversas taxas 
referenciais. Segue o conceito das principais taxas referenciais (não se 
preocupem em decorar os detalhes das taxas de juros apresentadas a partir de 
agora. Apenas entenda como cada uma funciona): 
 
• TBF - Taxa Básica Financeira - média ponderada das taxas de juros 
dos CDBs (certificados de depósito bancário) de 31 dias praticados pelas 
30 maiores instituições financeiras, excetuando a maior taxa e menor 
taxa. Tem por finalidade nortear a atualização do valor das operações 
financeiras com prazo igual ou superior a 60 dias. 
 
• TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo - é fixada pelo Banco Central e 
se aplica às operações financeiras de longo prazo feitas pelo BNDES. É 
TAXA DE 
JUROS 
Política monetária
Posição de caixa das instituições
Valor do aluguel pelo uso do 
dinheiro.
Custo futuro do dinheiro
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calculada com base num somatório da meta de inflação com um "prêmio 
de risco". 
 
• TR - Taxa Referencial - é a chamada taxa básica. Calcula-se a partir da 
média móvel ponderada das taxas de captação de CDBs, prazos de 30 e 
35 dias, praticadas pelas 20 principais instituições financeiras. A sua 
fórmula variou ao longo do tempo, muito por conta das mudanças do seu 
coeficiente de redução. A variação da TR tem sido usada como indexador 
financeiro. 
 
E quanto às taxas mais praticadas pelo mercado monetário e 
financeiro? Vamos ver quais são elas, de acordo com os conceitos do Banco 
Central do Brasil: 
 
• TMS - Taxa Média Selic (Over/SELIC) - É a taxa média que congrega 
todas as operações efetuadas com títulos federais de um dia (overnight) 
do SELIC - Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Sua finalidade 
principal é definir o custo do dinheiro no mercado aberto. É, atualmente, 
a taxa de referência dos juros no mercado financeiro. 
 
• CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro (Over/CDI) - É a 
taxa referente às transações de um dia (overnight) realizadas com CDI - 
Certificados de Depósito Interbancário, através do CETIP - Central de 
Custódia e Liquidação Financeira de Títulos, onde são registradas as 
transações envolvendo títulos privados. A taxa CDI é a taxa aplicável às 
transações financeiras de um dia lastreadas em tais títulos. 
 
• Taxa CDB - A taxa referente aos Certificados de Depósitos Bancários 
(CDB) é considerada a principal taxa de captação de recursos dos bancos 
comerciais. Ela incide sobre os depósitos de alto valor e de prazo fixo 
(30/60 dias). 
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Esquema 10. Taxas de Juros 
6. (CESPE – Técnico Bancário - Caixa Econômica 
Federal - 2014) Acerca do Sistema de Pagamentos Brasileiro, julgue o 
item que se segue. 
No Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), são realizadas as 
transações que envolvem os títulos de renda fixa privados. 
Resolução: A questão está errada, pois o SELIC envolve transações de 
títulos públicos, e não privados como trouxe erroneamente o texto da questão. 
3. PROJEÇÃO, PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIROS 
Vamos seguir nossa aula falando sobre uma das atividades mais 
importantes do administrador financeiro numa organização: gerir as finanças a 
partir do planejamento e controle financeiros. O papel principal de um 
administrador financeiro é criar valor e maximizar os recursos. Para tal, torna-
se necessário utilizar diversas ferramentas que proporcionem informações 
rápidas e precisas. Planejar e controlar são ações indispensáveis para a 
sobrevivência da organização. 
 Por meio do planejamento financeiro, torna-se possível executar uma 
gestão financeira eficaz e eficiente, uma vez que esta medida busca, 
principalmente, analisar, de forma antecipada, os riscos envolvidos. Isto 
torna mais ágil a solução de imprevistos. O planejamento financeiro também é 
o responsável por determinar as diretrizes financeiras estratégicas de 
uma empresa, tais como: estabelecer metas de investimento e financiamento a 
serem realizados. 
 Só pelo fato de realizar um planejamento e um controle financeiros, as 
empresas ficam mais aptas a cumprir as suas metas no futuro. Controlar o 
Taxas de Juros
Taxas 
Referenciais
TBF/BÁSICA
TJLP/LONGO PRAZO
TR
Taxas de 
Mercado
TMS/SELIC
CDI
CDB
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que foi planejado ocasiona, normalmente, alterações pontuais necessárias nas 
metas anteriormente determinadas a partir das mudanças nas condições 
internas ou externas. Os recursos da empresa podem ser mais bem utilizados 
caso seja realizado um planejamento que contemple as suas reais necessidades. 
 
Esquema 11. Planejamento e Controle Financeiros 
 Os planos financeiros e orçamentários são considerados um dos 
principais fatores que ajudam a estabelecer uma espécie de roteiro para atingir 
os objetivos da empresa. Eles refletem em todos os setores, funcionando 
como mecanismo de controle para as demais atividades. Vale ressaltar o 
seguinte: o planejamento financeiro tem sua importância, mas também é 
preciso se preocupar com o planejamento econômico. Além disso, 
administrar bem o tempo significa poupar recursos: uma gestão bem 
desenvolvida nessa área proporciona um considerável ganho, diminuindo um 
dos grandes problemas organizacionais, que é a diferença de prazo de 
pagamentos entre consumidores e os fornecedores. 
 Ao administrar uma empresa, o gestor deve atentar-se para a 
administração do capital de giro. Neste caso, fatores como os ciclos 
econômicos e a sazonalidade específica do negócio necessitam ser levados em 
consideração, na intenção de que o planejamento da organização se torne 
compatível com a realidade. Uma curiosidade: as organizações do tipo 
comerciais se preocupam em possuir um volume maior de capital de giro do que 
de ativos totais, concentrando-se nas contas a receber e estoques. 
 Segundo os estudiosos, é possível afirmar que a sazonalidade sempre 
vai acontecer. Portanto, cabe ao gestor de finanças saber geri-la de maneira 
mais favorável. Conceituando sazonalidade, segundo Pires (2008): alternância 
de períodos previsíveis de baixas e altas de preços, em decorrência, 
respectivamente, de aumentos e diminuições na oferta de bens. 
7. (CESPE – Analista Administrastivo - ANATEL - 
2004) Um dos passos importantes da decisão dos administradores 
financeiros é avaliar projetos de expansão ou de criação de novas 
unidades. Essa avaliação de projetos segue nos dias de hoje, um 
ferramental amplamente conhecido, com algumas diferenças importantes 
no que tange à avaliação realizada pelo setor público e aquela realizad 
pelo setor privado. Nesse contexto, julgue o item seguinte. 
Planejamento 
e Controle 
Financeiros
Analisar, de maneira antecipada, 
riscos e oportunidades. 
Determinar diretrizes financeiras 
estratégicas.
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A principal vantagem da análise de custo-benefício é responder se certo 
conjunto de projetos de investimentos deve ser empreendido e, caso os 
recursos sejam limitados que prioridades se deve dar a esse elenco de projetos 
segundo este ou aquele conjunto de critérios. 
Resolução: A questão está errada, pois responder se certo conjunto de 
projetos de investimentos deve ser empreendido é o maior problema da análise 
de custo-benefício realizada na fase do planejamento de investimentos e 
finanças, e não a principal vantagem. 
8. (ESAF – Analista de Finanças e Controle - STN - 
2005) O custo de oportunidade do investimento em um ativo financeiro 
é o(a) 
a) retorno esperado até o vencimento do ativo.
 
b) retorno esperado até o final do prazo da aplicação pelo investidor no ativo. 
c) retorno existente no mercado em aplicações com o mesmo risco do ativo. 
d) taxa de juros disponível no mercado de DI.
 
e) taxa de juros da caderneta de poupança. 
Resolução: Conceito importantíssimo este do custo de oportunidade, 
análise que todo administrador financeiro realiza a todo momento, 
principalmente no planejamento das finanças. A alternativa C está correta e 
é o gabarito da questão, pois o custo de oportunidade mensura a possibilidade 
de ganho ou perda onde exista mais de uma opção. É aquilo que você deixa de 
ganhar por escolher determinada opção. 
4. AVALIAÇÃO DE TÍTULOS E AÇÕES 
A partir do crescimento tecnológico e da internacionalização das 
organizações (e do seu capital), o mercado financeiro desenvolveu-se como 
nunca antes, fato inimaginável décadas atrás. É possível, nos dias de hoje, 
realizar uma operação financeira no Brasil, depois observar como está o 
mercado em Nova York ou na Europa, e em poucos minutos já mudar os papéis 
negociados, por exemplo, por títulos negociados no mercado exterior. 
 Ser um profissional da área financeira, que "mexe" com títulos e 
ações a todo momento, demanda uma qualificação cada vez mais completa. 
As oportunidades no mercado são globais, é preciso conhecer todas as 
nuances e cenários em todas as partes do mundo, com vistas a avaliar e obter 
a melhor operação para a organização. 
 A avaliação de títulos e ações consiste em calcular o valor de um 
ativo numa determinada data. Este procedimento, aparentemente simples, 
está baseado nos conceitos de valor de dinheiro no tempo e risco/retorno. 
Portanto, nota-se que, apesar de ser um conceito simples, sua operação é 
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muito mais complexa do que parece. São diversas as variáveis externas 
que precisam ser mensuradas. 
 
Esquema 12. Avaliação de Títulos e Ações 
 Dentre os já citados principais elementos envolvidos na avaliação de 
ativos e ações, podemos citar inicialmente o retorno dos ativos. Baseia-se no 
fluxo de caixa que se espera do ativo durante o período em que for detida a sua 
propriedade. Além do retorno, deve-se analisar a distribuição dos fluxos ao 
longo do tempo. Um retorno esperado elevado somente ao término do período 
pode ser menos atrativo do que um retorno menor, porém distribuído ao longo 
de todo o período. 
 No entanto, é preciso também analisar o risco de maneira conjugada 
com o retorno: um determinado nível de risco que venha a ser associado a um 
retorno esperado poderá exercer uma enorme influência no valordo ativo em 
questão. Portanto, como foi visto na explanação feita, analisar e avaliar títulos 
e ações não é nada simples. Vamos ver um esquema resumindo as últimas 
informações repassadas: 
 
Esquema 13. Elementos da Avaliação 
9. (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL - 
2004) Um dos passos importantes da decisão dos administradores 
financeiros é avaliar projetos de expansão ou de criação de novas 
unidades. Essa avaliação de projetos segue, nos dias de hoje, um 
ferramental amplamente conhecido, com algumas diferenças importantes 
• Calcular o valor de um ativo numa 
determinada data.
Avaliação de 
Títulos e Ações
E
le
m
e
n
to
s
d
a
 A
v
a
li
a
ç
ã
o
Retorno dos 
Ativos
Fluxo de caixa que se espera do ativo durante o 
período em que for detida a sua propriedade.
Timing Distribuição dos fluxos ao longo do tempo.
Riscos
Análise conjugada com o retorno. Um nível de risco 
que venha associado com retorno influencia o valor do 
ativo.
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no que tange à avaliação realizada pelo setor público e aquela realizada 
pelo setor privado. Nesse contexto, julgue o item seguinte. 
Um negócio pode ser economicamente atrativo, mas suas exigências de 
recursos podem exceder a capacidade de mobilização dos empreendedores. 
Para que um projeto seja financeiramente viável, é necessário haver 
compatibilidade entre os usos e as fontes de recursos, dos pontos de vista de 
solvência e liquidez. 
Resolução: A questão está certa. Coloquei esta questão para realizar 
um paralelo entre uma análise de investimentos de novos projetos e uma 
avaliação de títulos e ações. Ambas possuem a mesma característica: é 
necessário haver compatibilidade entre usos e fontes de recursos, 
principalmente dos pontos de vista de solvência e liquidez, como traz o texto da 
questão. 
5. ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO 
5.1. Política de Capital de Giro 
O capital de giro numa organização está alicerçado pelas contas do 
ativo e do passivo circulantes responsáveis por "tocar" suas atividades 
operacionais, mantendo o fluxo de caixa num nível normal de 
estabilidade. Isso ocorre no momento em que existe uma gestão adequada do 
capital adquirido. 
 A partir destes preceitos, o gestão do ativo circulante - representando as 
entradas de caixa no prazo de um ano - e do passivo circulante - representando 
as saídas do caixa no prazo de um ano - possibilita uma tomada de decisão que 
guarda relação com os investimentos de curto prazo, proporcionando 
estabilidade e solvência financeira para a empresa que gere seu próprio 
capital e administra e rentabiliza seus lucros. 
 
Esquema 14. Capital de Giro 
 A exigência de capital de giro realizada no curto prazo é estabelecida 
a partir dos ativos e passivos circulantes. Isto depende e resulta, ao mesmo 
tempo, do equilíbrio e da estabilidade financeira e econômica da 
• Alicerce nas contas do ativo e passivo 
circulantes
• Tocar as atividades operacionais da empresa
• Manter um fluxo de caixa num nível de 
estabilidade
Capital de 
Giro
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organização, cujos critérios encontram-se no balanço patrimonial, através das 
aplicações nas contas respectivas. 
 Nota-se, pois, que as contas do ativo e passivo circulante possuem os 
elementos fundamentais para gerenciar as ações operacionais da empresa, 
o que facilita o processo de tomada de decisões financeiras em curto prazo, 
mitigando, assim, o problema da insolvência financeira causada pela gestão 
inadequada do capital de giro. 
 As decisões de curto prazo podem, sim, causar diversos níveis de 
impacto no fluxo de caixa. No entanto, salvo especificidade mais grave, tais 
situações podem ser revertidas com maior facilidade ao compararmos 
com as decisões de longo prazo, que geram impactos de proporção maior 
nas finanças da organização, possibilitando queda do seu índice de liquidez. 
 Percebe-se, portanto, que o principal papel desempenhado pela gestão 
do capital de giro está focado na administração das contas do ativo e 
passivo circulantes da empresa. Vamos ver um esquema e exercitar a 
matéria aprendida: 
 
Esquema 15. Gestão do Capital de Giro 
10. (CESPE – Perito Criminal - Polícia Federal - 
1997) A expansão do sistema financeiro na renda nacional foi 
alavancada pela prestação dos mais variados serviços, ajudando a 
canalizar recursos das mais diversas fontes para o financiamento das 
atividades produtivas e, principalmente, para os cofres do setor público 
brasileiro. A respeito desse assunto, julgue o item a seguir. 
Os empréstimos para capital de giro são operações tradicionais vinculadas a um 
contrato específico que estabeleça prazo, taxas, valores e garantias necessárias 
e se destinem ao crescimento da planta industrial, como compra de máquinas 
e equipamentos do exterior. 
Resolução: A questão está errada, pois quando se fala em capital de 
giro, estamos tratando de necessidades imediatas, rápidas, corriqueiras da 
organização, e não em compra de máquinas. Capital de giro, como sabemos, 
está focado nas contas do ativo e passivo circulantes. 
Gestão do Capital de 
Giro
Administrar contas do ativo e passivo 
circulantes
Gerenciar ações operacionais
Buscar o equilíbrio e a estabilidade financeira 
e econômica
Preocupar-se com o fluxo de caixa e gestão 
de estoques
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5.2. Administração de Caixa, Títulos Negociáveis, Crédito e Estoque 
No estudo do capital de giro, um dos principais papeis do administrador 
financeiro é realizar uma boa administração de caixa, crédito e títulos 
negociáveis, uma vez que são os ativos mais líquidos da empresa. São as 
disponibilidades imediatas, prontas para organizar e vencer qualquer desafio 
que demande urgência. A decisão em negociar ou não vai depender da política 
de crédito da organização. 
 No caso do caixa, isto vale por ser o instrumento de troca e liquidez 
totalmente imediata. Já para os títulos, isto vale pelo fato de poderem ser 
negociados e rapidamente transformados em caixa/dinheiro. Falando 
mais um pouco sobre os títulos negociáveis: são aqueles títulos que podem ser 
negociados sempre que exista a possibilidade, mesmo que possua prazo pós-
fixado. 
 
Esquema 16. Caixa e Títulos 
 Algumas ações podem ser realizadas na intenção de administrar o 
caixa da melhor e mais eficiente maneira. Vamos ver algumas delas através 
do esquema a seguir: 
 
Esquema 17. Administração Eficiente de Caixa 
 Vale a pena distinguir os conceitos de ciclo de caixa e giro de caixa. 
Vamos novamente aprender estes conceitos através de um esquema: 
Caixa e títulos são 
disponibilidades 
imediatas...
...os ativos 
mais líquidos 
da empresa...
...seu uso 
depende da 
política de 
crédito.
A
d
m
in
is
tr
a
ç
ã
o
 E
fi
c
ie
n
te
 d
e
 C
a
ix
a
Retardar o quanto possível as duplicatas a pagar, sem 
prejudicar o conceito da empresa e aproveitar todos os 
descontos financeiros interessantes que forem oferecidos
Procurar girar os estoques o mais rápido possível, dentro de 
um equilíbrio que não falte estoque a ponto de provocar 
interrupção na linha de produção
Receber o mais cedo possível suas duplicatas a receber, sem 
perder vendas com essa política
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Esquema 18. Ciclo de Caixa vs. Giro de Caixa 
 Vamos falar sobre os estoques, no contexto do capital de giro. 
Administrar o estoque de maneira mais adequada implica em dosar a 
quantidade de mercadoria armazenada. É através do estoque (e da melhor 
gestão) que se permite estimular as vendas. Ao lado dos outrosdepartamentos, uma segura e eficiente administração de estoques também 
auxilia as decisões que guardam relação com a administração 
financeira, na intenção de que não ocorra problema algum com os custos 
associados à manutenção e à estocagem de mercadorias. 
 Invariavelmente, estoque traz custo para a empresa. Traz, também, 
um risco desnecessário, caso seja administrado inadequadamente. 
Exemplificando: um estoque grande demais, mal dimensionado, ou que 
não utilize um eficaz sistema de gerenciamento e que não faça um controle 
do que entra e do que sai, pode produzir um custo altíssimo: ou seja, além 
de causar impacto no capital de giro, tem grande possibilidade de gerar prejuízo. 
 O controle eficaz e eficiente de um estoque gera estabilidade nas 
vendas, satisfação do cliente, melhora a relação entre fornecedor e 
empresa, além de manter estabilizado o cumprimento das obrigações do 
passivo circulante. Vamos ver um esquema para fechar o estudo deste tema: 
 
Esquema 19. Administração do Estoque 
11. (ESAF – Analista de Finanças e Controle - 
CGU - 2008) Na elaboração dos fluxos anuais de caixa de um projeto de 
investimento, a projeção de capital de giro deve ser 
Ciclo de Caixa
• Período de desembolso para 
adquirir matérias-primas, até 
o ponto em que se recebe a 
duplicata gerada com a 
venda do produto acabado 
dessa matéria-prima.
Giro de Caixa
• Número de vezes por ano 
que o caixa da empresa 
realmente se reveza.
Administrar o 
estoque da maneira 
mais adequada...
...implica em dosar a 
quantidade de 
mercadoria 
armazenada...
...reduzindo custo 
e desperdício 
desnecessários.
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a) ignorada, porque o valor do projeto só depende dos investimentos em ativos 
permanentes. 
b) ignorada, porque o investimento em capital de giro cresce na mesma 
proporção das receitas geradas pelo projeto. 
c) considerada, na medida das variações anuais dos saldos das contas de capital 
de giro. 
d) considerada, medindo-a pelo valor total que estiver aplicado, a cada final de 
ano, nas contas incluídas no capital de giro. 
e) ignorada, porque o investimento em capital de giro que é feito no início do 
projeto acaba sendo recuperado no final do projeto. 
Resolução: Vamos direto para a alternativa correta: a alternativa C está 
correta e é o gabarito da questão, pois a projeção de capital de giro deve ser 
considerada na medida das variações anuais dos saltos das suas contas, no caso 
da elaboração dos fluxos de caixa de projetos de investimento. 
5.3. Financiamento de Curto Prazo 
Muitas organizações precisam captar recursos para suprir suas 
necessidades financeiras de curto prazo. Quando isto acontece, surge a 
opção de recorrência ao mercado financeiro, que, como sabemos, possui a 
função de intermediar os agentes superavitários/poupadores e os agentes 
deficitários/tomadores. 
 As operações financeiras existentes com a finalidade de suprir as 
necessidades instantâneas de recursos financeiros das organizações ou 
de aplicar os excessos de recursos estão no mercado de crédito e 
mercado monetário. 
 No mercado de crédito, encontram-se os recursos para suprir a 
demanda de recursos de curto e médio prazo das empresas. Normalmente, 
estas operações são realizadas pelos bancos comerciais e concentram-se em 
operações de desconto de títulos (ex: duplicatas e notas promissórias). 
 No mercado monetário, o cenário é o seguinte: empresas com 
disponibilidade de recursos em excesso aplicam nas instituições 
financeiras. Na maioria das situações, estas aplicações concentram-se em 
títulos e valores mobiliários de renda fixa. Uma outra fonte para captar 
recurso de curto prazo utilizada pelas organizações são as operações de 
factoring. 
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Esquema 20. Financiamento de Curto Prazo 
12. (CESPE – Escriturário - Banco do Brasil - 
2007) A expansão do crédito favorece a produção de bens e serviços e 
o consumo. Nesse sentido, atento às novas demandas, o setor financeiro 
cumpre seu papel primordial de intermediação e promove forte expansão 
do crédito aos clientes por meio de empréstimos e financiamentos. No 
referente às modalidades e características das operaçõe de crédito, julgue 
o item subseqüente. 
Crédito rotativo é uma modalidade de empréstimo na qual a amortização 
periódica não é obrigatória. Geralmente, pagam-se apenas os juros contratuais, 
mantendo-se o saldo devedor. 
Resolução: A questão está certa. Perfeito, o crédito rotativo é 
considerado uma fonte de financiamento de curto prazo, pertencente ao 
mercado de crédito. 
6. INVESTIMENTO ESTRATÉGICO DE LONGO PRAZO 
As decisões de investimento estratégico de longo prazo referem-se, 
principalmente, às aquisições de ativos. Possuem a intenção de proporcionar 
um alicerce capaz de criar cenários favoráveis para o funcionamento e/ou 
o implemento de projetos novos na organização. Como já sabemos, não se 
permite a nenhuma organização que queira prosperar e se desenvolver, se 
eximir de uma boa gestão financeira, cuidando de forma atenta dos seus 
recursos, aplicando-os e distribuindo-os de maneira eficaz, eficiente e 
efetiva em todos os departamentos da empresa. 
 Vamos conceituar investimento: são as saídas financeiras que uma 
organização realiza com o intuito de melhorar a qualidade dos seus 
produtos ou serviços ofertados. Exemplificando com dois dos principais 
setores da economia: para uma indústria, os investimentos são feitos em 
Financiamento de 
Curto Prazo
Suprir as 
necessidades 
instantâneas de 
recursos financeiros 
ou aplicar excesso 
de recursos no 
mercado.
MERCADO DE 
CRÉDITO
Operações de 
desconto de títulos 
realizadas pelos bancos 
comerciais.
MERCADO 
MONETÁRIO
Títulos e valores 
mobiliários de renda 
fixa, realizadas pelas 
instituições financeiras.
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pesquisas e em bens que possibilitam avanço e continuidade na produção 
(instalações, equipamentos, máquinas, etc.). Para uma entidade que atua no 
comércio, investir significa melhorar suas operações, aumentar produtividade 
(ou seja, vender mais), e isso pode ser feito através de capacitações e de 
aquisição de máquinas e equipamentos novos e mais modernos. 
 
Esquema 21. Investimentos 
13. (CESPE – Analista Administrativo - ANATEL - 
2004) Um dos passos importantes da decisão dos administradores 
financeiros é avaliar projetos de expansão ou de criação de novas 
unidades. Essa avaliação de projetos segue nos dias de hoje, um 
ferramental amplamente conhecido, com algumas diferenças importantes 
no que tange à avaliação realizada pelo setor público e aquela realizada 
pelo setor privado. Nesse contexto, julgue o item seguinte. 
Na elaboração e avaliação de projetos de investimento, as demonstrações 
contábeis projetadas são refeitas para levar em conta critérios de natureza 
econômico financeira. Inexistem diferenças entre os conceitos de lucro contábil 
e lucro econômico. 
Resolução: A questão está errada. Para expandir o conhecimento sobre o 
tema, no contexto dos investimentos de longo prazo, o lucro contábil difere do 
lucro econômico. O primeiro refere-se ao total de receitas subtraído pelos custos 
explícitos da empresa. Já o segundo considera, além dos custos explícitos, os 
custos implícitos. 
 
 Vamos continuar: algumas características das decisões de investimento 
de longo prazo: as despesas relativas a investimento são consideradas, 
salvo situação concreta em contrário, um custo afundado, irreversível, por 
diversos motivos. Quando uma indústria de produtos alimentícios compra 
máquinas, câmaras frigoríficas e fornos, não se pode pensar que estaindústria 
possa mudar o seu ramo de atuação, por conta da especificidade dos 
equipamentos. Não pode de repente decidir ser uma indústria têxtil, por 
exemplo. 
Decisões de 
Investimento 
de Longo Prazo
Aquisições de Ativos. 
Proporcionar alicerce capaz de criar 
cenários favoráveis.
Investimento
Saídas financeiras com intuito de 
melhorar a qualidade dos 
produtos e/ou serviços ofertados.
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 Alguns bens, tais como computadores, veículos e mobiliário de escritório, 
citando apenas alguns, podem ser repassados a empresas de diferentes ramos 
industriais, porém, a valores menores do que o custo de reposição. 
 Outra característica que possui também grande impacto nas decisões de 
investimento a longo prazo é a incerteza sobre o futuro. São diversas as 
variáveis que podem impactar no futuro: preço do produto praticado, o custo 
dos insumos e matéria-prima, a taxa de juros, inflação, a taxa de câmbio, a 
oferta de crédito e a regulação governamental. 
 A possibilidade de adiamento do investimento é mais uma 
característica. No entanto, as organizações nem sempre têm essa possibilidade. 
Algumas decisões estratégicas podem forçá-las a antecipar os investimentos, a 
fim de inibir o surgimento e crescimento de players em determinado ramo. 
Entretanto, na maioria dos casos o que se vê é o adiamento dos projetos de 
investimento. A organização precisa sempre comparar o custo de adiar com 
os benefícios de aguardar informação nova para dar subsídios à decisão 
de investir. 
 
Esquema 22. Características das Decisões de Investimento de Longo Prazo 
 Os investimentos a longo prazo também são considerados gastos 
fundamentais de capital. Por isso mesmo devem ser bem investidos, pois 
comprometem uma organização a partir de determinada decisão. Em 
consequência deste ato, a organização deve proceder de maneira sensata e 
planejada, analisando e selecionando seus investimentos de longo prazo, 
visando à obtenção de sucesso e à redução de possíveis prejuízos. Deverá ser 
capaz, portanto, de medir os fluxos de caixa e aplicar técnicas de decisão 
apropriadas, sendo de imensa importância a utilização do orçamento de 
capital. Veremos mais sobre isto adiante. 
Características 
das Decisões de 
Investimento de 
Longo Prazo 
Irreversibilidade
Incerteza sobre o futuro
Possibilidade (ou não) de adiamento
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Esquema 23. Investimentos de Longo Prazo 
14. (ESAF – Analista de Finanças e Controle - 
CGU - 2008) Em diversas ocasiões, pode ser preferível abandonar um 
projeto de investimento antes do prazo originalmente previsto para seu 
término. Essa decisão de abandono quando tomada racionalmente, 
equivale à(ao) 
a) venda de um contrato futuro referenciado no projeto. 
b) exercício de uma opção de compra referenciada no projeto. 
c) exercício de uma opção de venda referenciada no projeto. 
d) compra de um contrato futuro referenciado no projeto. 
e) compra de uma opção de compra referenciada no projeto. 
Resolução: Decidir adiar ou abortar um projeto antes de sua natural 
conclusão é equivalente ao exercício de uma opção de venda referenciada no 
próprio projeto, o que torna a alternativa C correta, pois exercer opção de 
venda é executar o direito de abandonar o projeto. As demais alternativas estão 
incorretas, pois não guardam relação com o caso exposto no enunciado. 
6.1. Orçamento de Capital – Elaboração e Técnicas de Análise 
Orçamento de capital pode ser conceituado como o processo financeiro-
organizacional que contempla as etapas de elaboração, análise, seleção e 
acompanhamento de projetos de investimento. Os investimentos 
organizacionais devem ser tratados como projetos, pois os recursos disponíveis 
são limitados, com alternativas múltiplas de uso desses recursos. 
Investimentos 
Longo Prazo
São gastos 
fundamentais de 
capital
Deve-se utilizar o 
orçamento de 
capital
Deve-se medir os 
fluxos de caixa
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 O orçamento de capital é um orçamento estratégico, um procedimento 
de avaliação e seleção de investimento de longo prazo, cujo principal objetivo 
é a maximização da riqueza do proprietário da empresa. Uma atribuição 
importantíssima do gestor financeiro é montar esse orçamento de capital: 
identificar e quantificar as inversões a serem realizadas envolvendo o Ativo 
Permanente. 
 
Esquema 24. Orçamento de Capital 
 O orçamento de capital proporciona o atendimento de objetivos 
estratégicos fundamentais para o sucesso das organizações, tais como: 
• Processo financeiro-organizacional que contempla as etapas 
de elaboração, análise, seleção e acompanhamento de 
projetos de investimento.
Orçamento de Capital
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Esquema 25. Objetivos do Orçamento de Capital 
 Algumas informações são extremamente importantes para que o 
orçamento de capital seja elaborado de maneira mais eficaz. São algumas 
destas informações: 
maximizar a riqueza do acionista mediante investimentos 
nos projetos mais rentáveis
criar sinergia entre os diversos projetos
substituir ativos obsoletos, desgastados e antieconômicos
proteger mercado
conhecer e dominar novas tecnologias
dominar novos mercados
inibir concorrentes
aproveitar recursos existentes e potencial de crédito e de 
novas captações
reduzir custos e deficiências
aproveitar novas oportunidades
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Esquema 26. Informações para Elaborar o Orçamento de Capital 
 As etapas do processo de orçamento de capital proporcionam a 
tomada de decisão, que podem ser tomadas em diferentes níveis hierárquicos, 
muitas vezes com dispêndios elevados. Neste caso, é preciso verificar se os 
pagamentos estão em conformidade com o proposto e aprovado, sendo, 
então, necessário realizar um acompanhamento mais apurado, comparando os 
resultados reais (custos x benefícios) com os valores estimados. 
 O processo de orçamento de capital apresenta cinco etapas 
interdependentes. A primeira delas é a geração de propostas, no qual as 
propostas são elaboradas e colhidas em todos os níveis da empresa. 
 Na segunda etapa ocorre a revisão e análise. São realizadas revisões 
pontuais e gerais, além de uma criteriosa análise formal, na intenção de 
avaliar a adequação das propostas, além de verificar a sua viabilidade 
econômica. 
 Na terceira etapa acontece a tomada de decisão. É o momento de bater 
o martelo quanto ao investimento a ser realizado. Algumas organizações 
delegam a tomada de decisão de gasto de capital tomando por base limites de 
valor monetário, de modo que, normalmente, quem autoriza gastos além de 
certo valor pré-determinado é o conselho de administração. 
 A implantação é a quarta etapa do processo. Os projetos são 
implantados e os gastos são realizados. 
 Por fim, o monitoramento é a quinta etapa do processo de orçamento 
de capital. Após a implantação, os resultados são monitorados, principalmente 
com um estudo comparativo dos custos e dos benefícios efetivos, a fim 
de verificar se os resultados esperados foram, de fato, atingidos. Pode ser 
necessário realizar alguma intervenção (com ação de mudança crítica ou não), 
caso os resultados ocorridos fujam muito do que foi projetado. Vamos ver um 
esquema com as cinco etapas estudadas: 
 
análise de 
mercado
localização
física 
análise de 
suprimentos
análise de 
custos
análise da 
carga tributária
análise de 
preços a serem 
praticados 
análise definanciamento
elaboração do 
fluxo de caixa
do projeto 
determinação 
do custo de 
capital
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Esquema 27. Etapas do Processo de Orçamento de Capital 
 A doutrina define algumas técnicas de análise de orçamento de capital. 
São maneiras de mensurar a efetividade do investimento realizado pela 
organização. Através do esquema a seguir, conheceremos as principais 
técnicas de análise. Vamos lá: 
 
1. Geração de 
Propostas
2. Revisão e 
Análise de 
Propostas
3. Tomada de 
Decisão
4. Implantação
5. 
Monitoramento
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Esquema 28. Técnicas de Análise do Orçamento de Capital 
15. (CESPE – Perito Criminal - Polícia Federal - 
2002) Julgue o item abaixo, referente a orçamento empresarial e a 
noções sobre mercado de capitais. 
Na avaliação de projetos de capital, são utilizados a taxa interna de retorno, o 
payback descontado e o valor presente líquido, entre outros. 
Resolução: A questão está certa, pois a TIR, o Payback e o VPL são três das 
mais conhecidas maneiras de avaliar e analisar projetos de investimentos. 
Perfeito. 
16. (FGV – Consultor - Senado Federal - 2008) 
Considerando os diferentes métodos utilizados para auxiliar na decisão 
da seleção de projetos, é correto afirmar que: 
a) a ideia básica do método da Taxa Interna de Retorno é a de que se calcula 
um indicador que depende das taxas de juros vigentes no mercado. 
b) O método de payback é utilizado para informar o tempo de retorno do 
investimento e é obtido calculando-se o número de anos que serão necessários 
para que o fluxos de caixa futuros acumulados igualem o montante do 
investimento inicial. 
c) embora existam vários critérios que auxiliam no processo de decisão de 
investimentos, desaconselha-se em geral a utilização do método do Valor 
Presente Líquido já que ele não indica se há aumento do valor da empresa. 
T
é
c
n
ic
a
s
 d
e
 A
n
á
li
s
e
Período de 
Payback (PRI)
Período exato necessário para a empresa recuperar o 
investimento inicial a partir das entradas de caixa.
Valor Presente 
Líquido (VPL)
Obtem-se subtraindo o investimento inicial do valor 
presente das entradas de caixa, descontadas a uma 
taxa igual ao custo de capital da empresa.
VPL Anualizado
Demonstra quanto de ganho líquido um projeto de 
investimento poderá propiciar período a período. É 
uma variação do VPL.
Taxa Interna 
de Retorno 
(TIR)
Taxa de desconto que iguala o valor presente das 
entradas de caixa ao investimento inicial, resultando 
em um VPL = 0.
Índice de 
Lucratividade 
(IL)
Mensura o ganho obtido com o projeto em valores 
presentes.
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d) a vantagem do método do Valor Presente Líquido é expressar os resultados 
em termos de uma taxa, cujo significado é mais facilmente assimilado do que 
aquele expressos em unidades monetárias. 
e) supondo dois projetos de investimento, o Valor Presente Líquido do projeto 
considerado em conjunto não necessariamente será igual ao Valor Presente 
Líquido do projetos considerados separadamente. 
Resolução: Questão que versa sobre as técnicas de avaliação e análise de 
orçamento de capital. Vamos para a alternativa correta: a alternativa B está 
correta e é o gabarito da questão, pois traz exatamente o conceito do payback 
como forma de calcular o tempo do retorno do investimento do projeto. As 
demais questões apresentam incorreções ou estão incompletas. 
6.2. Fluxo de Caixa 
No contexto das decisões de investimento de longo prazo, o fluxo de 
caixa pode ser conceituado como a previsão de entradas e saídas de 
recursos monetários por um determinado período de tempo. Esta 
previsão deve ser realizada tomando por base dados levantados nas projeções 
econômico-financeiras atuais da empresa, considerando, de forma oportuna, a 
memória de dados que dará respaldo a essa previsão. 
 O principal papel dessa previsão é o fornecimento de informações 
para a tomada de decisões, como por exemplo: traçar prognóstico das 
necessidades de captação de recursos, prever os períodos em que haverá 
sobras ou necessidades de recursos, e também aplicar os excedentes de 
caixa nas alternativas mais rentáveis para a organização, sem comprometer a 
liquidez. 
 Em outras palavras, o fluxo de caixa pode também ser entendido como a 
demonstração visual de receitas e despesas distribuídas por uma linha 
do tempo futuro. Neste contexto do fluxo de caixa, as entradas são as contas 
a receber, empréstimos, dinheiro dos sócios. Já as saídas são as contas a pagar, 
despesas de administração, pagamento de empréstimos e compras à vista. 
 O fluxo de caixa pode também ser trabalhado como um dos principais 
instrumentos de análise e avaliação de uma organização como um todo. 
Ao administrador, proporciona uma ampla visão dos recursos financeiros da 
organização. A organização e a compreensão do fluxo de caixa permitem que 
as organizações visualizem de forma antecipada quando ocorrerá falta ou sobra 
de recurso financeiro. 
 De posse das informações geradas pelo fluxo de caixa, o gestor de 
finanças poderá planejar e controlar as finanças da empresa, desde a compra 
de matéria prima até a projeção das vendas, fazendo com que haja uma 
sincronização de caixa, e buscando o equilíbrio entre os prazos de 
compra e venda. 
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Esquema 29. Fluxo de Caixa 
17. (ESAF – Analista - IRB - 2006) Na avaliação 
de um projeto de investimento envolvendo o lançamento de um novo 
produto por uma empresa, o único componente irrelevante no cálculo do 
fluxo futuro de caixa do projeto é 
a) o valor contábil de um ativo já existente e a ser vendido por causa da 
realização do projeto. 
b) a despesa de depreciação dos novos ativos a serem adquiridos para a 
realização do projeto. 
c) a variação dos estoques da empresa por causa da realização do projeto.
 
d) a despesa com pesquisa de mercado, realizada anteriormente para a 
viabilização do projeto. 
e) o efeito sobre as vendas de produtos já comercializados pela empresa.
 
Resolução: O cálculo do fluxo de caixa de um projeto de investimento envolve 
diversos fatores importantes. A questão pede um componente que seja 
irrelevante, vamos a ele: a alternativa D é o gabarito da questão, uma vez 
que despesas com pesquisas de mercado realizadas antes do projeto não são 
importantes para o fluxo de caixa. Estamos falando de projeções de futuro. As 
pesquisas são importantes para analisar a viabilidade do projeto, antes da 
decisão de seu start. As demais alternativas trazem fatores importantes e 
relevantes para o fluxo de caixa de projetos de investimento. 
18. (CESPE – Analista - MPU - 2013) Com relação 
à administração financeira, julgue o item seguinte. 
A demonstração dos fluxos de caixa inclui os equivalentes de caixa, o que 
pressupõe que o investimento tenha vencimento de até três meses em relação 
à sua aquisição seja de alta liquidez e apresente baixo risco de alteração de 
valor. 
Resolução: A questão está errada, pois a demonstração dos fluxos de 
caixa não guarda esta exigência trazida no enunciado. Ela deve apresentar os 
fluxos de caixa classificados por atividades operacionais, de investimento e de 
financiamento. Questão de contabilidade que pode cair na sua prova de 
administração financeira. 
• Previsão de entradas e saídas de 
recursos monetários por determinado 
período.
Fluxo de Caixa
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7. CUSTO DE CAPITAL 
OCUSTO DE CAPITAL norteia todas as decisões de projetos de 
investimento da organização. É o retorno exigido pelos seus acionistas e 
credores. 
 Expandindo o conceito, o custo de capital é a taxa média de retorno 
exigida da empresa por seus credores de longo prazo e seus sócios ou 
acionistas. Todos os projetos de investimento da empresa que busquem 
viabilidade ou geração de valor devem possuir um retorno sobre o investimento 
(ROI) maior que o custo de capital dos recursos que financiarão o 
projeto. 
 A mecânica é a seguinte: um determinado projeto de investimento 
proporciona a geração de um fluxo de caixa futuro. Esse fluxo, “descontado” 
pelo custo de capital, determinará a viabilidade do projeto. Se o resultado dessa 
conta (trazer o valor futuro dos fluxos de caixa a valor presente) for positivo, o 
retorno sobre o investimento será maior que o custo de capital. Com isso, o 
projeto é viável e pode ser tocado adiante. 
 
Esquema 30. Custo de Capital 
19. (CESPE – Especialista em Regulação - 
ANATEL - 2014) Acerca da avaliação de projetos de investimento, julgue 
o item subsequente. 
O custo de capital é a taxa média de retorno exigida da empresa por seus 
credores de longo prazo e seus sócios ou acionistas. 
Resolução: A questão está certa. Traz de maneira exata o principal conceito 
para o custo de capital segundo os estudos predominantes na administração 
financeira. Fiquem bem atentos que é um assunto que pode ser cobrado na 
prova. Lembrando que estamos fazendo diversas questões de outras bancas, 
uma vez que é bem escassa a quantidade de questões deste tema na FGV. O 
que importa é captar o conteúdo. 
 
 Vamos falar rapidamente sobre a estrutura de capital nas 
organizações. Salvo situações não corriqueiras, os recursos das empresas são 
Custo de Capital
Retorno exigido pelos acionistas e credores.
Taxa média de retorno exigida da empresa por 
seus credores e acionistas.
Os projetos devem ter um ROI maior que o custo 
de capital dos recursos que os financiarão.
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formados pelos dispêndios dos acionistas/investidores e pelos recursos 
de terceiros. 
 Os recursos dos acionistas estão relacionados ao capital inicial 
colocado na empresa pelos empreendedores, além das injeções de capital 
realizadas pelos próprios empreendedores ou por acionistas novos. No caso dos 
recursos de terceiros, eles estão relacionados aos recursos advindos de 
empréstimos tomados, e pela obtenção de financiamentos junto a entidades do 
sistema financeiro, a fornecedores e também a outros financiadores. 
 Podemos então conceituar a estrutura de capital como a relação de 
proporcionalidade entre o capital próprio e o capital de terceiros de uma 
organização. 
 
Esquema 31. Estrutura de Capital 
 Avançando no nosso estudo, vamos falar sobre o custo de capital de 
terceiros. Via de regra, o custo de capital de terceiros possui uma medida 
explícita nos documentos que a organização firma no momento em que recebe 
o empréstimo. Esse documento, normalmente, possui cláusulas que garantem 
à entidade que empresta a obrigação de devolver o capital e os juros 
combinados independentemente do resultado financeiro da empresa tomadora 
do empréstimo. 
 Por conta desta garantia de recebimento, os recursos vindos de 
terceiros possuem um risco menor para a entidade que está 
emprestando. Por conseguinte, o custo do capital para a empresa tomadora 
torna-se menor também. Outro fator que acaba por baratear o custo dos 
empréstimos vindos de terceiros é que os juros são passíveis de dedução de 
imposto de renda da empresa devedora. 
 Portanto, já podemos inferir que o custo de capital próprio (ou dos 
acionistas) é mais elevado que o custo de capital de terceiros. Falando 
um pouco mais sobre o custo de capital próprio, ele possui uma quantidade 
imensa de maneiras de ser calculado. O mais popular modelo é o de 
precificação de ativos. 
 Segundo o citado modelo, o custo de capital próprio será revelado através 
da seguinte formula: 
Custo de Capital Próprio = RL + Risco Empresa/Projeto (x) (RM (-) RL) 
Onde: 
RL = Retorno de um investimento livre de risco 
• Relação de proporcionalidade entre o 
capital próprio e o capital de terceiros de 
uma organização.
Estrutura de 
Capital
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Risco Empresa/Projeto = Risco da empresa/projeto na qual está se 
investindo 
RM = Retorno médio oferecido pelo mercado 
 Não se preocupe em decorar esta fórmula. Acreditamos que a banca não 
irá se preocupar em cobrar com tamanho detalhamento. Optei por colocar a 
fórmula para você conhecer melhor este método de cálculo e entender o 
contexto de sua aplicação. 
 Já sabemos o conceito do custo de capital de terceiros e do custo de 
capital próprio. Vamos, então, conhecer a maneira de calcular o custo de capital 
da empresa através do método custo médio ponderado de capital da 
empresa, também conhecido por WACC. 
 Para chegar ao resultado do custo de capital da empresa através do 
WACC, multiplicamos a proporção de capital próprio pelo custo de capital 
próprio e a proporção de capital de terceiros pelo custo de capital de 
terceiros. Acerca do resultado da operação, quanto maior for a proporção de 
capital de terceiros a um menor custo de capital, menor também será o custo 
médio ponderado de capital da empresa. 
 
Esquema 32. Custo de Capital - Próprio e de Terceiros 
 
Esquema 33. WACC 
Custo de 
Capital de 
Terceiros
Recursos vindos de terceiros
possui um risco menor para a 
entidade que está emprestando
Juros passíveis de dedução de 
imposto de renda da empresa 
devedora
Custo de 
Capital Próprio
Mais elevado do que o custo de 
capital de terceiros
Mais conhecido método de 
cálculo é o da precificação de 
ativos
WACC é o custo 
médio ponderado de 
capital.
Multiplica a proporção 
de capital próprio
pelo respectivo custo de 
capital... 
...e a proporção de 
capital de terceiros
pelo respectivo custo de 
capital.
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20. (CESPE – Especialista em Regulação - 
ANATEL - 2014) Acerca da avaliação de projetos de investimento, julgue 
o item subsequente. 
O custo de capital de um projeto de investimento pode ser utilizado como taxa 
de desconto de seu fluxo de caixa para fins de cálculo de seu valor presente 
líquido. 
Resolução: A questão está certa e traz uma das variações do WACC 
(custo médio ponderado de capital), que também pode funcionar como a taxa 
de desconto para os fluxos de caixa. 
8. ALAVANCAGEM 
No contexto da administração financeira, podemos conceituar a 
ALAVANCAGEM como o procedimento responsável por empregar recursos 
de terceiros no intuito de alongar a taxa de lucros sobre o capital próprio. 
Desta forma, o trabalho de análise da alavancagem financeira ou operacional 
tem por função primordial demonstrar a importância e relevância do 
capital de terceiros na estrutura de capital de uma organização, com 
vistas a maximizar o lucro de seus acionistas/investidores. 
 Contextualizando o conceito apresentado, é sabido que as saídas 
financeiras podem impactar fortemente o lucro das organizações. 
Administrar de maneira eficaz os dispêndios financeiros consiste em planejar, 
controlar e analisar adequadamente estas saídas, abrangendo sua 
especificidade e sua mecânica, a fim de maximizar os recursos financeiros 
colocados à disposição da organização. 
 A atuação de um gestor financeiro (responsável por planejar as despesas 
e receitas financeiras, bem como direcionar a estratégia para com as fontes e 
as condições gerais de financiamentos) ao analisar a possibilidade de efetuar 
operações de alavancagem,

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