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Núcleos redondos, citoplasma com grânulos basofílicos (Nissl) Axônios e dendritos fazem as conexões e coram pela prata ou marcadores dendríticos (MAP2) Função: como células efetoras, receber, armazenar, conduzir e transmitir informações Células com forma de estrela Prolongamentos em todas as direções que coram pela prata ou GFAP Orientam a migração neuronal, produzem matriz extracelular, dão apoio e reparam o SNC (cicatriz glial) Núcleos redondos e escuros, borda delgada de citoplasma Promovem a mielinogênese, mantém a bainha de mielina, interagem com axônios Células cuboidais ou achatadas, uma ou poucas camadas Recobre os ventrículos, fazendo barreira entre o encéfalo e o líquor, produz líquor Núcleos alongados hipercromáticos, com pouco citoplasma Processos alongados que coram pela prata Removem restos celulares (função macrofágica), apresentam antígenos, produzem citocinas Incidem em todas as faixas etárias • Intracranianos 10-17:100.000 da população • Intramedulares 1-2:100.000 da população 2ª neoplasia maligna mais comum (20% dos tumores) em crianças Histopatologia complexa, aspectos histológicos e histogenéticos variados (podem ter fenótipo múltiplo – dois ou mais tipos celulares) • neoplasias com vários graus de agressividade Podem evoluir para graus mais agressivos A morfologia complexa dificulta o reconhecimento e diagnóstico Localização (85% intracranianos e 15% intra-raquianos) • Crianças: 70% na fossa posterior • Adultos: 70% acima do tentório Encéfalo (interior da caixa craniana) Medula espinhal (intra-raquianos) Nervos cranianos Meninges Origem • Primário do SNC (78-86%) Células do SNC maduro (neuroepitelial) Células gliais, neurônios Meninges (revestimento) Células germinativas Células linfóides • Disseminação de neoplasias de outros órgãos Metástases (14-22%) Neoplasias astrocíticas • Hemisférios cerebrais na meia idade e idosos • Cerebelo e ponte na infância • Medula espinhal em adultos jovens Oligodendrogliomas • Hemisférios cerebrais de adultos Substância branca dos lobos frontal, temporal e parietal Ependimomas • Quarto ventrículo em crianças abaixo de 10 anos • Lesões intramedulares em adultos de meia-idade A diferença entre maligno e benigno é menos evidente A habilidade para ressecção sem comprometimento da função neurológica é limitada A localização anatômica pode ter consequências letais a despeito da classificação histológica A disseminação dos tumores malignos é para o próprio SNC, via espaço subaracnóide Nos hemisférios cerebrais: • Epilepsia focal (convulsões motoras ou crises uncinadas sutis – visuais ou olfativas) • Déficit motor ou sensitivo por destruição local dos neurônios Tronco encefálico • Ataxia • Distúrbios dos movimentos oculares • Acometimento pares V, VII, IX e X • Tetraparesia Medula espinhal • Dor • Alterações motoras e sensitivas • Disfunção vesical e anal 1. Gliomas: derivam das células gliais 1. Astrocitomas 2. Oligodendrogliomas 3. Ependimomas 2. Tumores neurais: derivam de neurônios maduros 3. Neoplasias pouco diferenciadas: embrionários 4. Meningiomas: origem da célula meningotelial da aracnóide (mesênquima) Tumores astrocitários (astrocitomas) • 40% dos tumores IC de adultos e crianças • 75% dos gliomas em todas as faixas etárias • Variam de grau I (benignos) a grau IV de acordo com o comportamento biológico Astrocitoma pilocítico – grau I Astrocitoma difuso – grau II Astrocitoma anaplásico – grau III Glioblastoma – grau IV Critérios histológicos • Atipia citológica • Índice mitótico • Densidade celular • Proliferação microvascular • Necrose Graduação OMS • I: Benigno • II: Baixo grau de malignidade • III: Maligno • IV: Alto grau de malignidade • Neoplasia benigna (grau I/IV) • Crianças e adultos jovens Geralmente no cerebelo, mas também no assoalho do terceiro ventrículo, nervo óptico e ocasionalmente nos hemisférios cerebrais • Tem crescimento lento, são expansivos e raramente infiltrativos Geralmente não exibem mutações genéticas presentes nos astrocitomas mais agressivos, como p53 • Não recorre quando excisado (90%) • Transformação para anaplásico é rara • Macroscopicamente São geralmente císticos, com área nodular na parede do cisto • Microscopicamente Células bipolares com longos processos finos, semelhantes a cabelos, fibras de Rosenthal e microcistos podem estar presentes Baixo grau de malignidade (II/IV) Limites imprecisos, infiltrativo Distorção e apagamento das substâncias branca e cinzenta Compressão IV ventrículo 50% sobrevida 5 anos Progride para formas mais agressivas Massa mal definida Homogênea, com baixa densidade Sem captação de contraste HISTOLOGIA EXPRESSÃO DE GFAP Astrocitoma com áreas de anaplasia Grau III de malignidade Surge em um astrocitoma difuso ou tem origem agressiva desde o início Imagem semelhante ao difuso, captação parcial de contraste e efeito de massa produzidos pelo tumor e pelo edema peritumoral Expressão de GFAP menos regular que o fibrilar 1/3 sobrevida 5 anos Astrocitomas de grau IV ( alto grau de malignidade ) É o tumor primário maligno mais freqüente do SN 55% dos gliomas intracranianos Mais em adultos, mais em homens ( 3:2 ) Primários: • Mais freqüentes • Idade mais avançada ( média de 55 anos ) • Evolução clínica mais rápida Secundários: • Surgem de neoplasia menos maligna • Mais jovens ( 40 ) • Clínica mais prolongada Múltiplos em 2,5-5% dos casos Se desenvolve no centro branco medular, provocando assimetria dos hemisférios, com alargamento dos giros,distorção do sistema ventricular e desvio da linha média Edema intenso e precoce Invade o corpo caloso e ocupa o outro hemisfério, adquirindo imagem de borboleta Tumor friável, opaco, granular necrótico Massa de contorno irregular contendo zona periférica em forma de anel que capta intensamente o contraste. A intensa captação de contraste reflete proliferação microvascular e perda da barreira hemato-encefálica nos vasos neoformados A não captação corresponde à área de necrose. • Prognóstico sombrio (1,5 anos com tratamento) • Crescimento rápido, destruição de áreas extensas de tecido nervoso, edema intenso • Recidivas freqüentes, com RTX e QTX (novo tumor ou implantes no espaço subaracnoideo e nas cavidades ventriculares) • MTX via LCR, no SNC. Raras em outros órgãos. • Gliomatose cerebral: infiltração de múltiplas áreas do cérebro ou do cérebro inteiro por astrócitos anaplásicos Tumor de baixa malignidade (grau II), bem diferenciado Crescimento lento, evolução longa (convulsões, epilepsia) Homens = mulheres , 20 a 70 anos (pico = 40) Pouco freqüente na infância 5% a 15% dos gliomas Tumor sólido com cistos e calcificações. Pode evoluir com hemorragia, causa da morte 2/3 sobrevivem 5 anos após o diagnóstico Na forma anaplásica, o grau pode subir para III e coexistir com um de menor grau Baixa malignidade Qualquer parte do sistema ventricular • Assoalho do IV ventrículo (crianças) • Medula espinhal (adultos) Tendem a ocupar o ventrículo por completo e projetar-se além do espaço ventricular • No IV ventrículo, sinais e sintomas de hipertensão intracraniana, às vezes de longa duração • No III ventrículo, além de hidrocefalia e hipertensão IC, distúrbios endócrinos pela compressão do hipotálamo • Na medula espinhal, distúrbios motores e sensitivos pela compressão dos tratos ascendentes e descendentes. • 2/3 sobrevida em 5 anos após o diagnóstico Características • Massas papilares ou sólidas de contornos nítidos • Crescimento lento • Praticamente impossível ressecção total • GFAP positivo , variam de grau II a III • Prognóstico depende da excisão Recorrências• Disseminação medular comum Tumor de células ganglionares • Puros: gangliocitomas • Mistos com células gliais: gangliogliomas Massas circunscritas com calcificação focal Mais freqüentes no III ventrículo, hipotálamo, lobo temporal Imunoreagentes para • Proteinas neuronais • Neurofilamentos • Sinaptofisina Graduação de I a IV Originados das células de revestimento da aracnóide A maioria tem grau I; crescimento lento; sintomas vagos Próprios dos adultos, mais comuns nas mulheres (2-4:1) Crescimento mais rápido na gravidez Meningeoma anaplásico (grau III) • Comportamento agressivo, infiltrando o tecido cerebral • Associado à recorrência Reagente ao antígeno de membrana epitelial e antígeno carcinoembriônico Quando múltiplos, associado a neurofibromatose tipo 2. Massas arredondadas bem definidas aderidas à dura máter Compressão do cérebro 50% situam-se ao lado do seio sagital superior (parassagital); especialmente no terço médio Outros locais: sulco lateral, eminências parietais, base do crânio, fossa posterior, cavidades ventriculares, canal vertebral, (principalmente no segmento torácico) Raros em estruturas extracranianas Frequente (20% TIC menores de 20 anos) Alto grau de malignidade - IV Início no cerebelo Progressão rápida com invasão do IV ventrículo Disseminação liquorica MTX extra SNC • Ossos, linfonodos, peritônio, fígado, pulmão Tumor bem delimitado, mole, granular Hipercelular Mitoses freqüentes Estroma escasso e necrose microscópica freqüente Prognóstico pobre Responsivo a radioterapia MICROSCOPIA GFAP
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