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TEORIA DO DIREITO primeiro período

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TEORIA DO DIREITO
1.1 O QUE É DIREITO
Sistema de normas jurídicas oriundo da autoridade competente (o Estado) que visa a convivência social e o bem comum.
2.1 SISTEMA JURÌDICO
Organização de normas (regras e princípios) que tem como características a hierarquia (a norma inferior deve submeter à inferior), coerência (harmonia entre as normas) e completude (autossuficiência. Abranger o maior número de casos). 
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA JURÍDICO:
 Hierarquia = A norma inferior deve obedecer a inferior.
Coerência = Uma norma não deve contradizer outra norma (salvo em caso de exceção).
Completude = Ideia de sistema completo. Existe norma pra toda e qualquer situação presente.
Para fins didáticos o sistema jurídico se divide em dois.
· 2.2 Sistema jurídico público:
Fundamentado na relação de subordinação do cidadão (indivíduo) para com o Estado (interesse público), onde se prevalece o interesse do Estado. 
· Subordinação do cidadão ao Estado.
· Supremacia do interesse público 
· Relação vertical (Estado sempre está acima do interesse particular do cidadão).
Direito Público:
Administrativo
Constitucional
Penal
Tributário
Processual
Financeiro
· 2.3 Sistema jurídico privado: (Interação de particulares)
Fundamentado numa relação de coordenação em que há uma igualdade de interesses entre particulares.
· Relação de coordenação (igualdade de interesses particulares).
· Relação horizontal (mesma grau de autoridade).
· Princípio da autonomia da vontade. 
Ex: contrato, acordo, compra e venda que seja realizada entre particulares que tenham o mesmo grau de autoridade. 
Direito Privado:
Civil
Trabalho
Consumidor
Empresarial
3.1 NORMA JURÍDICA: 
Conduta a ser seguida. Ela se divide em duas.
· Princípio: preceito indeterminado com extensa carga valorativa. ​
Os princípios devem ser concretizados e as regras terão aplicabilidade imediata; ​
 Ex: CF 88 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:​
III - a dignidade da pessoa humana; ​ (esse é um princípio, e para ele valer são precisas regras que abranjam os casos que venham a feri-lo. Ou seja, as regras servem para fazer valer o princípio)
​
· Regra: especificações do comportamento
Ex: Art. 143 da CRFB/1988: O serviço militar é obrigatório.
3.2ESTRUTURA DA NORMA ENQUANTO REGRA
Normas proibitivas: São aquelas que proíbem determinada conduta havendo a necessidade de atribuir ao indivíduo a sanção prevista em lei.ATO ANULÁVEL: é aquele que apresenta vícios (defeitos) mas poderá ser saneado (corrigido) para, assim, produzir os seus efeitos (NULIDADE).
· Normas proibitivas explícitas: 
Tem expressões claras que demonstram a negatividade do comportamento
 Ex: Não deve, não pode, é defeso, é proibido, é vedado...SANÇÃO: reparação do comportamento violador. Tipos de sanção: PENA; PERDAS E DANOS; MULTA; RESÇACIMENTO; RESTRIÇÃO DE DIREITO etc...
· Normas proibitivas implícitas:
Não traz a negatividade do comportamento. Entretanto, traz uma discrição da conduta que é violadora mais a sanção correspondente ao ato.ATO NULO: é aquele que não pode ser corrigido. Deverá ser instinto (NULIDADE).
Ex: Art. 121 CP. Matar alguém.
Sanção: Pena reclusão de 6 a 20 anos.
Normas obrigatórias: São aquelas que geram uma obrigatoriedade em relação a certo comportamento. Exigisse do legislador a indicação da sanção.SANÇÃO: reparação do comportamento violador. Tipos de sanção: PENA; PERDAS E DANOS; MULTA; RESÇACIMENTO; RESTRIÇÃO DE DIREITO etc...
Ex: Art. 143 da CRFB/1988: O serviço militar é obrigatório.
Normas permissivas: São aquelas em que o legislador indica uma permissão em relação a uma conduta facultando ao indivíduo realiza-la ou não (é uma faculdade). 
SEM SANÇÃO!
Ex: Permissão do aborto para vítimas de estupro.
Obs. Existem casos que inicialmente seriam considerados proibidos, no entanto, se tornam exceção.
PERMISSÃO: a permissão jurídica consiste numa conduta que é permitida na lei.
3.2.1 APLICAÇÃO DA NORMA EM RELAÇÃO AO TEMPO
· Princípio da irretroatividade: a lei nova, quando for criada, terá aplicabilidade imediata. Irá regular situações do presente e do futuro. Em tese, não é aplicada a situações do passado.
· Princípio da retroatividade: A regra é que a lei não retroaja. Entretanto há exceções quanto a isso e elas se encaixam no princípio da retroatividade da norma.
Casos em que a lei retroage:
- Ato jurídico perfeito.
- Direito adquirido.
- Coisa julgada.
- Lei penal (para beneficiar o réu).
3.2.2 APLICAÇÃO DA NORMA EM RELAÇÃO AO ESPAÇO
· Princípio da territorialidade: a lei brasileira será aplicada em todo o território, salvo em caso de exceção.
· Princípio da extraterritorialidade: Aplicação da lei brasileira fora do território nacional. Ou seja, é a exceção da territorialidade.
Ex. Se o presidente do Brasil sofrer um atentado em outro país, esse caso será resolvido pela justiça brasileira.
Obs. Os crimes cometidos no ar ou no mar são julgados de acordo com a lei da nacionalidade do indivíduo que cometeu o ato.
3.3 ATRIBUTOS DA NORMA:
VALIDADE: condição do que tem valor legal e que cumpre as exigências determinadas na lei. 
Validade deriva de valor. Algo só é válido em relação a outra coisa. Ou seja, a norma só tem valor em relação a algo. Para explicar esse algo, em que a norma se relaciona para ser valorada, foram criadas algumas teorias.
Teorias da Validade
· Validade= norma + comportamento
A norma só é válida se for respeitada pelos indivíduos e/ou aplicada pelos tribunais.
· Validade= norma + norma
Uma norma só é válida se ela condizer como o conteúdo das normas superiores a ela.
No Brasil, uma norma só é válida se preencher os requisitos formais e materiais específicos. Essas características que estão presentes no ordenamento jurídico brasileiro são baseadas em uma validade técnica da norma.
Validade Técnica
-Validade formal: analisa o procedimento, se a norma foi feita pela autoridade competente/capaz e se ela respeitou os procedimentos para criação da norma.“A NORMA VÁLIDA, SENDO JUSTA OU INJUSTA, É PASSÍVEL DE SER APLICADA” HANS KELSEN
Ex. Não basta o legislador ter competência pra fazer uma lei, tem-se que analisar se ele respeitou o processo legislativo (procedimento para a criação de uma lei).
-Validade material: analisa se o conteúdo da norma inferior respeita o conteúdo de uma norma superior a ela.
Ex. Uma lei do CP (Código Penal) não será validada se não respeitar os direitos humanos presentes na CRFB (Constituição da República Federativa do Brasil). 
VIGÊNCIA: possibilidade de a norma produzir efeitos, ou seja, ela pode ser utilizada (começa quando a norma entra em vigor e termina quando ela sai do ordenamento jurídico).
Obs. Uma lei publicada não precisa ser obedecida, até que se torne vigente. Se a lei for de grande repercussão ela precisa prever um chamado período de vacância, mas, se for de pequena, ela pode entrar em vigor no dia da sua publicação, contudo, isso tem de ser previsto na própria lei. Após 1988 toda lei deve prever o dia de início da vigência (LC. 95. 1988. Art. 8ª). Para saber quando a lei se tornará vigente, deve-se contar do dia da sua publicação até o dia subsequente ao último dia do prazo, independentemente se este for feriado, dia útil ou não. Para algo do tipo acontecer precisa-se de um aviso prévio da parte da autoridade competente. Além disso, segundo a LINDB art.1º, uma lei pode ter períodos de vacância divergentes em diferentes regiões do Brasil.Vacation Legis: período de vacância da lei. É o prazo legal que a lei demora para entrar em vigor, serve para que as pessoas fiquem cientes da nova lei.
Resumo:
· Uma lei publicada só precisa ser obedecida quando se tornar vigente.
· Leis com grande repercussão precisam prever um período de vacância.
· Toda lei precisa prever o início da vigência.
· A lei se torna vigente no dia subsequente ao último dia do prazo de vacância.
· Uma lei pode ter períodos de vacância divergentes em diferentesregiões do Brasil
EFICÁCIA: produção de efeitos da norma.
· Eficácia técnica: a norma terá eficácia técnica, se preencher os requisitos estatais para que produza efeitos.
· Eficácia fática: a norma terá eficácia fática, preenchendo os requisitos sociais para que produza efeitos (existência do objeto ou de tecnologia).
· Eficácia social: a norma terá eficácia social, se a sociedade e/ou as autoridades a respeitam (seu comando ou sua sanção).
VIGOR: a força de obrigar, que a norma tem.
 
REVOGAÇÃO: perda de validade da lei (anulação).
Se uma norma A estabelecer a revogação de outra, essa perda de validade ocorrerá quando a nova norma A for publicada ou após o período de vacância. Entretanto, como durante o período de vacância a nova norma (A), mesmo sendo válida, não pode produzir efeitos, significa que, ao decorrer desse período, a norma antiga ainda estará valendo, até que que termine o vacátion legis, quando isso acontecer a norma A entrará em vigência e anulará a norma antiga.
Resumo:
· A norma anterior só perderá a validade quando a nova norma se tornar vigente.
RESUMO:
· A norma é válida se pertence ao ordenamento jurídico e, para isso, precisa ter validade formal e material.
· A norma é vigente se, em tese, pode ser aplicada.
· A norma é eficaz se, em concreto, pode ser aplicada.
· A norma tem vigor, quando possui força para obrigar.
· A norma foi revogada, quando saiu do ordenamento.
	DIREITO NATURAL X DIREITO POSITIVO X PÓS-POSITIVISMO
	
DIREITO NATURAL: DIREITOS ESSENCIAIS A QUALQUER SER HUMANO EM QUALQUER ÉPOCA OU PERÍODO HISTÓRICO. ESTÁ RELACIONADO A LEIS DA NATUREZA. ESSAS LEIS PODEM ENVOLVER ALGUNS FUNDAMENTOS BASEADOS NA NATUREZA DAS COISAS (COMO ACONTECEU NA GRÉCIA ANTIGA); EM UMA VONTADE DIVINA (COMO NO PERÍODO MEDIEVAL); OU ATÉ MESMO NA RAZÃO (COMO ACONTECEU NO PERÍODO MODERNO).
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS NATURAIS:
- ATEMPORALIDADE (LEIS ETERNAS).
- UNIVERSALIDADE (LEIS QUE ESTÃO PRESENTES EM TODOS OS LUGARES).
- IMUTÁBILIDADE (LEIS QUE NÃO MUDAM). 
- AS LEIS NATURAIS NÃO SÃO ESCRITAS.
· JUSNATURALISMO
MOVIMENTO INTELECTUAL QUE TEM COMO OBJETO DE ANÁLISE O DIREITO NATURAL. OS JUSNATURALISTAS ACREDITAM EM UMA IMPORTÂNCIA DO DIREITO NATURAL EM RELAÇÃO AO DIREITO POSITIVO. PARA ELES O DIREITO NATURAL EXISTE INDEPENDENTEMENTE DO DIREITO POSITIVO.
DIREITO POSITIVO: DIREITO BASEADO NA LEI DOS HOMENS. ESTÁ RELACIONADO A LEIS HUMANAS, NESCESSARIAMENTE ESCRITAS E POSTAS PELA AUTORIDADE COMPETENTE. NO PERÍODO DA GRÉCIA ANTIGA, MEDIEVAL E MODERNO AS LEIS POSITIVAS ESTAVAM PRESENTES NO ORDENAMENTO E ERAM DESCRITAM PELO GOVERNADOR. 
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO POSITIVO:
- TEMPORALIDADE (LEIS QUE NÃO SÃO ETERNAR)
- SINGULARIDADE (LEIS QUE SERVEM A REGIÕES ESPECÍFICAS).
- MUTABILIDADE (LEIS SUJEITAS A MUDANÇAS).
- AS LEIS POSITIVAS SÃO ESCRITAS.
· POSITIVISMO JURÍDICO 
MOVIMENTO INTELECTUAL QUE SE CONTRAPÕE AO JUSNATURALISMO E TEM COMO OBJETO DE ESTUDO O DIREITO POSITIVO. OS POSITIVISTAS ACREDITAM QUE O DIREITO POSITIVO É MAIS IMPORTANTE DO QUE O DIREITO NATURAL. PARA ELES O DIREITO POSITIVO EXISTE INDEPENDENTE DO DIREITO NATURAL. 
· PÓS-POSITIVISMO
COM O PASSAR DO TEMPO SURGIU O PÓS-POSITIVISMO, MOVIMENTO INTELECTUAL QUE VISA SUPERAR O POSITIVISMO JURÍDICO A PARTIR DA APROXIMAÇÃO DO DIREITO, DA MORAL E DA POLÍTICA CONSCIDERANDO NOVAS FORMAS DE INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS (NORMA HERMENÊUTICA JURÍDICA)

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