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INFLUENCIA JESUITA SOBRE OS INDIOS 	Comment by Silvana Frezarin: acentuar
BECKER, Ana Karoline José Iurk Martins	Comment by Silvana Frezarin: - A folha deve apresentar margem de 3cm à esquerda, 2 cm à direita, 3cm na parte superior e 2cm na parte inferior.Corrigir
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HABOSKI, Édna Irene
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo uma avaliação crítica de como chegou- se até esse modelo de educação através da influência jesuítica, quais as marcas ao longo da história o porquê não há mais interesse da parte escolar de ensinar a cultura indígena aos novos alunos, e quais foram as falhas deixadas pela companhia de jesus, já que foi usado de violência para chegar a tal modelo de educação, os autores tiveram suas obras escritas em tempos diferentes, concordando entre si de tal violência utilizada, esse período conturbado de certa forma, já que a companhia veio para encontrar novos devotos, nesse período havia uma crescente demanda de uma nova religião, a Reforma Protestante se dissipava rapidamente, e encontrar novos fieis era um bom começa em uma nova terra, as metodologias utilizadas para catequização são utilizadas até dias atuais, essas maneiras como teatro, se manteve na cultura, nessa questão entra a ideia que só os jesuítas eram capacitados de cultura, mas os povos indígenas também tinham suas maneiras de aprendizado, e que hoje não há nenhum interesse de aprender, o que é totalmente errônea, pois é a história do país.
Palavras Chaves: Influencia. Jesuítas. Índios.
1 INTRODUÇÃO
No presente trabalho há o objetivo de avaliar o tema, entender o período em que a Companhia de Jesus se manteve em território brasileiro, que ainda era conhecido como novo mundo. Responder as questões que levaram os povos indígenas viverem tão distante da sociedade, pois não há um contato que seria o correto de se ter, pois eles fazem parte da história.	Comment by Silvana Frezarin: Os parágrafos devem iniciar a 1,25 cm a partir da margem esquerda. Faça a correção em todo trabalho.
 Encontrar a contribuição deixada por esse período, alcançar um senso comum para as atitudes tomadas em relação a cultura e religião e se atender o que se mantem em nosso meio até os dias atuais. Como uma religião se convém dizer, imposta ao povo indígena conseguiu se manter em forte crescimento até depois da retirada da Companhia de Jesus.
Os métodos pedagógicos trazidos pelos jesuítas, que ao ensinar os nativos que também ao mesmo tempo utilizavam a pregação, histórias para ensinar a religião. Uma missão que se iniciou com o ideal de levar o povo indígena a uma visão do que era a luz para a companhia de Jesus, com o objetivo e econômico e tomou outro caminho, querer novos fieis.
Quais os legados deixados por essa interversão? De que maneira foi apresentada a religião ao povo indígena? Quais são os métodos deixados pela companhia de Jesus até os dias atuais? 
Devemos levar em consideração os duzentos e dez anos em que a companhia esteve em seu trabalho, foi um tempo extenso e conturbado já que mudanças nem sempre são bem aceitas. Ainda com uma grande mudança de vida para os índios, já que seus hábitos estavam sendo modificados com permanecia de um novo povo. O tema pesquisado nos leva a refletir já que nos dias atuais 50% da população no Brasil é católica, a cultura portuguesa ao trazer essa religião ao Novo Mundo se manteve enraizada. 
Os métodos utilizados de influenciar as crianças, podemos dizer que foi bem sucedido quando verificamos os dados, e a quantia de devotos a essa crença, mas não é também uma pena para a cultura indígena. Ter uma influência tão grande em sua cultura que não lhe permitia espaço para escolha, povo oprimido para uma aculturação imposta. Observamos isso por muito tempo nas escolas, já que cultura europeia é bem mais estudada que a indígena, ou acompanhando por anos a luta dos índios por uma terra. A tentativa de conseguir o direito de abitar em um espaço que já os pertenceu, um país que não conhece sua própria história, alunos que estão distantes do aprendizado de suas origens.
 Ouve muitas consequências deixadas por esse período, as influencias boas, e as constrangedoras na história do Brasil, ou até mesmo violentas, pois nenhuma mudança é fácil, principalmente nesse período em que os colonizadores precisavam por assim dizer oprimir o povo indígena, para fácil colonização. O medo de perder fieis também foi um fator nesse período, com a grande crescente dos protestantes quanto mais rápido a catequização melhor. Não importando de como seria essa conversão, o importante era o controle, a inocência dos índios e a recepção amistosa, ajudou a disseminação desta religião no meio indígena. Dessa maneira os índios não esperavam é que com isso ficariam vulneráveis, foram receptivos aos novos visitantes. Um povo que foi considerado bárbaros, e que deveriam ser controlados rapidamente, pois o interesse maior era a matéria prima encontrada em seu território.
 A metodologia bibliográfica ao pesquisar o tema, observar os autores em seus pontos em ralação ao tema, bibliografias distintas entre si, mas que se fundem em pensamentos que leva ao mesmo pensamento. De que quais influencias nos mantemos até hoje, o legado deixado ao longo de décadas, e quais as vantagens dos métodos que até os dias atuais está entre nós. Considerando a história do país a que ponto foi um erro a catequização dos índios, pois se perdeu a verdadeira história do país, já que somos uma mistura de culturas. A partir de cada ideia de cada autor, todos relatam a mesmo influencia violenta que predominou ao longo da educação dos jesuítas, e as dificuldades enfrentadas, por ambas as partes.
2 DESENVOLVIMENTO.
Ogliari (2002, p. 16) descreve que na chegada dos jesuítas o único objetivo era a conversão dos nativos na religião católica e ao mesmo tempo deixá-los civilizados. E a missão religiosa foi muita bem sucedida já que a religião com o maior número de devotos no Brasil, continua sendo a católica. E que é contraditório, é a maneira que tal religião chegou à ascensão, hoje a escolha de ser católico ou não, seguir a religião de bom grado. Os indígenas que tiveram esse primeiro contato com a religião não tiveram a mesma alternativa, a história nos revela que a maneira utilizada para a conversão não foi tão amistosa como deveria. 
A companhia de Jesus foi designada ao país para adaptar os índios a religião dos portugueses, mas a influência não foi apenas religiosa, mas também pedagógica já que ensinaram os índios a ler e escrever. Foram utilizados os métodos pedagógicos que enquanto ensinavam a ler e escrever, também ensinavam a religião que os índios deveriam seguir. Em sua chegada desde o início os nativos foram receptivos, sem qualquer resistência aos visitantes, "Não fazem o menor caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas, e nisso tão inocentes como quando mostram o rosto”. (Tufano 1998, p. 245). Tufano descreve como a nudez se pecado, para os índios a naturalidade da nudez para os jesuítas, colonos, portugueses a vergonha de uma cultura que deveria ser modificada.
Em 1549 Fundação da cidade de Salvador por Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil.
 1553 Chegada do jesuíta José de Anchieta, junto com Duarte da Costa, segundo governador-geral
 1554 Fundação do Colégio de São Paulo, por José de Anchieta e Manuel da Nobrega.
1565 Fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, por Estácio de Sá.
Na chegada dos jesuítas ouve vários momentos importantes datados, como fundação da cidade de Salvador, fundação do colégio e etc., José de Anchieta e Manuel da Nobrega são os jesuítas de maior visibilidade os primeiros a serem enviados ao Brasil. (Tufano, 1998, p. 245). Datas que demonstram a presa da parte da Coroa portuguesa para centralizar o poder no Brasil, e demonstra como a religião e poder caminham juntas ao longo da história da companhia e os índios.
Nas primeiras escolas fundadas pelos jesuítas o foco era as crianças nativas e filhos dos colonizadores para futuros padres da ordem, atualmente a inúmeras escolas e faculdades jesuíticasno país. Os colégios jesuíticos são tradicionais e reconhecidos pelos seus trabalhos pedagógicos, de certa maneira sua missão foi bem sucedida. Em 1554 foi fundado o primeiro Colégio de São Paulo, segundo TUFANO (1998 p. 245). Os fundadores José de Anchieta e Manuel de Nobrega, o que deixa claro que a influência pedagógica foi de grande valia. 
De acordo com Gonçalves (2016 p. 64)
Na segunda metade do século XVI, os jesuítas, liderados por Nobrega, organizavam-se em “duas” “instituições” educacionais: as casas de bê-á-bá, voltadas particularmente para as crianças indígenas e mamelucas, e alguns colégios, cujos alunos eram os chamados “internos” { ...}	Comment by Silvana Frezarin: Espaço entrelinhas simples
 A maneira mais fácil de catequisar e trazer a luz aos indígenas como os jesuítas acreditavam ser o correto, a maneira encontrada foi através das crianças, pois da parte dos adultos havia a resistência. Dessa maneira se inicia o trabalho pedagógico da companhia, através de teatro, canto, dança e a arte dramática, deixava atrativo a religião para os novos alunos. Os jesuítas observavam a influência do pajé sobre a sua tribo, e começaram a desmistificar a sua autoridade, tirando a sua autoridade, criam na conversão sem maiores enfrentamentos.
 Quando pesquisado o tema não me permiti manter uma única visão, pois nesse caso a religião caminhou com a educação, ambas foram parte importante nesse período e influenciaram o processo na colonização. Mas me senti mais presa a ideia da religião, e a maneira que foi imposta aos índios, os autores demonstram que a educação foi apenas um caminho, para impor a religião. 
A influência pedagógica dos jesuítas foi o princípio do que nós conhecemos hoje na educação, foi o princípio do que o Brasil iria conhecer como educação as marcas deixadas são existentes até os dias atuais. Como relata ARANHA, os métodos utilizados pra a catequização dos índios, e que são utilizados atualmente. "Anchieta usava diversos recursos para atrair a atenção das crianças: teatro, música, poesia, diálogos em verso. Pelo teatro e dança, os meninos, aos poucos, aprendiam a moral e a religião cristão”. (ARANHA, 2006, P.141). Revi tal afirmação e cheguei à conclusão de que seria tão pouco achar que o primeiro contato com a música, teatro e dança dos indígenas foi através dos jesuítas.
De maneira alguma o primeiro contato dos índios com danças e teatros seria através dos jesuítas, os índios com certeza tinham sua maneira de ensinar seus filhos, ricos em sua cultura. Suas músicas, danças e artesanatos, claro que seria atrativo de início para eles tão diferença cultural, mas não há a mudança, a marginalização de seus hábitos. O contato que temos atualmente com a cultura indígena é tão distante do que realmente poderia ser, como deveria ser, eles foram invadidos e não ao contrário. 
 Um povo com uma cultura tão ampla, mais marginalizada para os jesuítas os índios não haviam tido contato com a luz, no aspecto religioso não haviam tido contato com a luz da religião, estavam no obscuro da condição humana. Oque é de um preconceito, pois criam que deveriam se livrar dos índios que não aceitassem a nova religião imposta pelos jesuítas (GAMBINI, 1988, p. 159). Pesquisando esse tema deixa claro o preconceito está entre nós a muito tempo GAMBINI relata o pensamento preconceituoso, que os jesuítas criam carregar toda a verdade e que a opressão era o melhor a se fazer com quem não aceitasse a nova religião apresentada ao povo indígena. 
Para os jesuítas do século XVI, como de resto para o homem branco em geral, os índios não foram jamais tocados pela luz: sua natureza, sua cultura, seus corpos e almas nunca ultrapassaram o obscuro limiar da condição humana. (GAMBINI, 1988, p. 159).	Comment by Silvana Frezarin: Espaço entrelinhas simples
 Pensamentos como este, que pairavam na mente dos jesuítas é o que dificultou o convívio com os índios, se só havia o bem e o mau, e os índios não haviam tido contato som Deus na ideia dos jesuítas, então pertenciam as trevas. Assim enquanto ensinavam as crianças a ler e escrever, também os ensinavam religião, através de histórias, pregações e procissões, crendo que traziam a luz para um povo tão incrédulo. Mas ao trazer a luz para os nativos, como os jesuítas acreditavam que estavam fazendo, trouxe a perca de identidade dos índios, como é relato na obra O ESPELHO INDIO, de Gambini.
 De acordo com Gambini (1988, p. 192)
Como essa ideia não se coaduna com a irresponsável que prefere atribuir aos catequistas o papel de agentes civilizatórios, convém manter a atenção o mais próximo possível do material impérico para que possamos perceber de que modo os jesuítas começaram a destruir a identidade cultural dos indígenas, não arrefeceu no decorrer de mais de quatro séculos.	Comment by Silvana Frezarin: Espaço entrelinhas simples
A influência foi tamanha que destruiu a identidade indígena de tal maneira, que hoje não vemos um índio com a mesma facilidade que vemos estrangeiros, o que é irônico, são suas terras, suas histórias. Enquanto catequisavam, e ensinavam a letra, modificavam sua maneira de viver seus costumes, e por haver tanta inocência, não houve resistência das crianças a se aculturarem rapidamente. Para Gambini a palavra certa não seria a aculturação, mais sim destruição, como relata em sua obra, essa modificação dos costumes trouxe a facilidade para a escravidão dos índios.
Os colonos usaram dessa facilidade pra escravizar os nativos e recebia o apoio da coroa portuguesa, todos aqueles que fossem contraditórios a conversão eram massacrados e escravizados. O que de humano a nisso, como impor de maneira tão terrível um ideal, o desejo econômico é o que predominava, e a missão de novos fieis, e a todo custo, mesmo massacrando os nativos. O que começou da maneira pacifica passa a ser brutal e desumano, “É nessa conjuntura que sua sombra autoritária começa a se mostrar, em lugar do discurso humanitário, até então predominante. (Gambini, 1988, p. 204). Com as dificuldades de aceitação dos índios, as dificuldades financeiras, também enfrentadas pela companhia, a dificuldade de convivência se sobrepõe as boas maneiras dos jesuítas.
Como oferecer mudança e entendimento se foi imposto uma religião nova, não houve um consenso se pode assim dizer, nem rivalidade só o desejo de submissão de um povo sobre outro. Tufano (1998, p. 246) ressalta que os nativos foram massacrados e que sua cultura foi destruída, pelos colonizadores, de certa maneira as missões dos jesuítas facilitaram a escravização dos índios. As mudanças criadas pelos jesuítas facilitaram a captura dos índios pelos colonos, seus rituais pareceram demoníacos para os desbravadores o que auxiliou no interesse de catequizar os nativos.
De acordo com Tufano (1998.p 246)
Os nativos por sua vez, começaram a entender que esses homens estranhos eram violentos e cruéis. Possuíam armas que provocavam muita destruição e contra as quais nada podiam fazer. A dominação europeia no brasil e na América, de modo geral, significou a destruição de quase todas as culturas nativas.	Comment by Silvana Frezarin: Espaço entrelinhas simples
Os indígenas não estavam à altura de povo comparados aos europeus, o que acabou impulsionando a ação jesuítica no Brasil, os portugueses queriam um povo mais civilizado e de fácil controle. A catequização pareceu a melhor maneira de conter o povo indígena, os jesuítas compreendiam que a ação educativa e religiosa auxiliaria na expansão de novos devotos. O que começou com um único objetivo, o poder econômico agora se ampliava atingindo um novo objetivo, aumentar o povo devoto ao catolicismo ampliando o poder da igreja. (GONÇALVES, 2012, p. 62). Todos os autores acabam sempre concordando é a maneira que a influência religiosa foi imposta pelos jesuítas, e como a cultura indígena foi mal compreendida, e que os índios foram vistos como selvagens, e este legado permanece até hoje na História do país. 
Já que até hoje no século XXI, os índios ainda lutam por seus direitos,pelo direito de ir e vir, por terras que a princípio eram suas, e como a catequização os deixaram vulneráveis para a escravização. A influência maior deixada pela Companhia de Jesus é a religião que permanece viva até hoje os jesuítas decidiram ensinar os mais jovens, o que ajudou na propagação da religião. A maneira que foi utilizada pelos jesuítas que prejudicou os índios, talvez não tenha sido a melhor escolhido, o que prejudicou os indígenas no manifesto de sua cultura. Aranha (2006, p. 142), “como uso de sanções violentas era hábito europeu naqueles tempos, esse costume foi trazido para cá”. 
Os relatos bem todas as obras sempre foi que o índio caçava e pescava para sobreviver, só o essencial, com a chegada dos desbravadores até isso se modifica, a violência é inserida em seu cotidiano. Havia apenas a simplicidade, os índios não sabiam que aonde viviam havia grandes riquezas, tanto a natureza belíssima quanto as matérias primas, a inocência era nítida.
De acordo com Tufano (1998, p. 246) 
Quando eles vieram a bordo, o Capitão estava sentado em uma cadeira, bem vestido, com um colar muito grande no pescoço, e tendo aos pés, por estrado, um tapete. Sancho de Tovar, Simão Miranda, Nicolau Coelho, Aires Correa e todos nós outros que nesta mesma nau vamos com ele, ficamos sentados no chão pelo grande tapete. Acenderam-se tochas. Eles entraram sem qualquer sinal de cortesia ou desejo de dirigir-se ao Capitão ou a qualquer outra pessoa presente, em especial. Todavia, um deles fixou o olhar no colar do Capitão e começou a acenar para a terra e logo em seguida para o colar, como querendo dizer que ali havia outro.	Comment by Silvana Frezarin: Espaço entrelinhas simples
 A carta de Pero Vaz de Caminha deixa claro como os índios agiram de tal inocência, quem conta a um estranho que a ouro em sua terra, pois para eles não havia valor para aquilo que viam no pescoço do Capitão. Como é relatado na carta os índios não tinham boas maneiras aos olhos dos portugueses, não agiam com etiqueta, mesmo frente a uma figura de respeito como o Capitão. Os portugueses observando tais atitudes entenderam que os índios deveriam ser educados em seus padrões, e civilizá-los, pois, naquela terra havia matéria prima que interessava aos portugueses.
As marcas deixadas na História dos indígenas não foram só apenas na educação e religião mais sim também, como tudo isso foi aplicado nos índios, o que dizer sobre a afirmação de Aranha. Que descreve que a violência era costume dos europeus e foi aplicado nos nativos, para o ensino da religião, aprenderam a ler e escrever e não tiveram muita escolha de recusar. Dessa maneira ouve a famosa maneira de forçar a aculturação já que a missão jesuítica estava em crescimento constante. Enquanto os estrangeiros se apropriavam das terras brasileiras, os jesuítas cumpriam seu trabalho de deixar os índios hábitos para o convívio com os colonos. Não haveria mais a nudes, as práticas consideradas barbaras pela companhia de Jesus, ensinariam o seu dialeto e sua religião, crendo que trariam a civilização aos nativos.
Segundo Tufano (1998 p.246) Animados com recepção amistosa que tiveram, os portugueses imaginaram que a colonização seria fácil com o tempo, porém, começaram a perceber que a realidade não era bem assim. Como mudar séculos de tradição e costumes, sem haver um conflito, não seria nada fácil mudar as características dos índios, então se inicia os conflitos. Os viajantes usaram da ingenuidade dos nativos para oprimi-los, e modificar sua cultura, ao afirmarem que era um povo bárbaro, destruíram sua essência. Hoje tratados como estranhos em sua própria terra, lutando pelo direito de viver em solo brasileiro, que por direito é seu, a colonização deveria ter sido amistosa e de troca de cultura, e não de percas.
Ao longo da pesquisa várias indagações, como não aprendemos mais sobre os povos indígenas na escola, os jovens estão distantes da cultura indígena nosso país tem muito mais influência de estrangeiros, do que de sua própria origem. A um senso comum referente aos povos indígenas e que é errôneo, pois havia muitos mais povos do que imaginamos e ainda há, mais devido essa aculturação se perdeu. O interesse de aprender, conviver com esses povos, e as novas gerações cada vez mais distante dessa história, que é tão importante. Temos o contato quando em grandes cidades a um índio e sua família em uma praça, ou rua qualquer vendendo seu artesanato para sobreviver, ou no Dia do Índio na escola.
Como é errado a maneira que a história do Brasil é passada aos alunos, se dá muito mais tempo na história de outros países do que do próprio Brasil, talvez aprendesse mais ao ingressar no meio acadêmico. Na pesquisa para o presente trabalho pude observar como a falhas na educação nas escolas, e um valor maior devesse dar pra os povos indígenas, e o governo se importar mais com seu povo. 
Todas as ideias de seus autores e como entre a suas bibliografias se complementam em pensamentos de que a violência foi utilizada para chegar a um desejo comum, tanto dos jesuítas quanto dos colonizadores. Não a dúvidas que as palavras doces, e os ensinamentos religiões se transformaram em situações delicadas, o desgaste da parte dos jesuítas. A ideia de os índios serem um povo livre incomodou os jesuítas segundo Gambini (1988, p.204)” Anchieta, por exemplo, irritava-se com o fato de que os índios não tinham um rei que os obrigasse a obedecer,” O que deixa claro que a liberdade dos índios incomodou os jesuítas, como eles estão embaixo de autoridade e assim para eles era o normal, como um povo vive em tal liberdade.
Ao longo das missões as dificuldades foram encontradas, a resistência dos índios, a precariedade dos jesuítas para se firmarem em um local, e ao saírem a volta das práticas da parte dos índios. Uma mudança tamanha não seria fácil, os jesuítas precisavam do controle sobre os nativos, mesmo que fosse traves da violência.
 O controle sobre os povos indígenas, através da violência, é como manchou essa parte da história do Brasil, de tal maneira que sua cultura, é tão distante para as novas gerações. Persiste até os dias atuais, e hoje somos um país com um grande número de católicos, enquanto os índios marginalizados. A educação deveria ser uma maneira de unir os povos e não os afastar, e ao longo da história percebesse como um povo se sobre põem a outro, com atitudes de opressão, influencias que distanciam as ideias e ideais uns dos outros. As culturas deveriam aprender umas com as outras, tirar o que há de melhor de seus aprendizados, e não modificar à sua maneira de viver, insinuar que estão errados da maneira que vivem.
 Chegasse à conclusão que há sim até os dias atuais sem dúvida a influência religiosa e educacional deixada pelos jesuítas. No Brasil há muitas escolas e faculdades jesuíticas, mantem seus ensinamentos conservadores, então sim houve resultados favoráveis para companhia. Mas com um custo alto para os índios, a perca do seu direito de decisão, o direito de manter sua religião, a desapropriação das suas terras e costumes. E ideia de cultura, como já mencionado atribuído como um povo bárbaro e violento, o Brasil mantem a cultura trazida pelos jesuítas a ideia das primeiras escolas o ensino da leitura e escrita. A religião católica por muito tempo empregada das escolas através do ensino religioso, mas porque não ensinar a cultura indígena com o mesmo afinco da católica.
 Hoje temos um país que se fundem as religiões trazidas por outros povos, mas que marginaliza ainda uma essência de seu povo indígena, e não interagi da mesma maneira como com outras culturas. As consequências dessa aculturação trazem a ideia de que as percas foram maiores que os ganhos, o que ganhou em aprendizado estrangeiro, perdeu muito mais de suas próprias ideias, e cultura. Os autores em suas obras deixam a luz da realidade de que não foi fácil para os índios o período de colonização do país, marginalizados, escravizados, massacrados. Receberam os visitantes, mostraram suas riquezas, e receberam em troca a tristezade perder sua identidade, ver o declínio de sua cultura.
Uma terra de grandes paisagens, matérias primas e se perdeu o importante a história de seu povo, hoje o Brasil é uma nação com várias culturas agregadas, comemoramos festas que não era de nosso folclore. A beleza em nosso país por haver tantas culturas juntas, etnias tão diferentes entre si, colônias de povos que procuraram refúgio em momentos de dificuldades. Culturas que são o Brasil, um país livre e cheio de beleza, mas vem deixando uma dessas culturas se perderem, por não haver conhecimento da própria história e de como se chegou até aqui. 
3 METODOLOGIA
Esse estudo teve como base a pesquisa bibliográfica e descritiva todos os autores pesquisados tiveram suas pesquisas publicadas em tempos diferentes, mas isso não impediu de terem ideias semelhantes entre si, mais também distintas e relatos relevantes para essa pesquisa. O caminho tomado para essa pesquisa foi se colocar mais na posição dos índios do que na dos jesuítas, pois as dificuldades que o povo indígena enfrentou foi maior que a dos jesuítas, a influências os favoreceu. A pesquisa bibliográfica nos faz ver o tema de visões diferentes e acompanhar autores de tempos diferentes também facilita esse aprendizado. 
Uma metodologia que pode facilitar a percepção do tema e como ocorreu o percurso da história, quais as visões de cada autor, como cada um chegou a suas conclusões, e que como a violência foi usada para impor seus ideais. Comparada a alguns outros temas, o tema em questão traz algumas dificuldades de pesquisa, já que o conflito em nossa cultura um país tão católico. Não podendo nos limitar a um único pensamento tentas ideias e as influencias que permanecem vivas e fortes em nosso meio. A pesquisa traz a ideia de oque foi melhor para o tempo avaliado, quais decisões deveriam ser melhor estudas, em que ponto o ser humano chega para conseguir seus objetivos. 
Como podemos avaliar uma história tão extensa a partir de uma única ideia um único pensamento, o povo indígena é muito maior e complexo do que se imagina, uma vasta gama de povos e linguagens que se perdeu ao longo do tempo. Que se fosse para pesquisar seria um longo caminho a percorrer, segundo IBGE a mais de trezentas etnias diferentes de indígenas e duzentas e setenta e quatro línguas. E como escritores, pesquisadores e historiadores são tão importantes para esse nosso conhecimento comum, e temas que deveriam ser mais abordados e escolas e universidades para trazer um senso crítico de como é imposta a nós.
Trazer a consciência do quão é importante aprender a história do seu país, e como chegamos e essa maneira de viver, não conhecemos nossa própria história, e dos povos de nosso país. Os pensamentos errôneos temos ao pensar em cultura indígena a cultura brasileira, e que se misturam com tantas outras, em um país de vários povos e línguas. Que traz as questões de por onde começar uma pesquisa bem sucedida, como analisar os fatos, a falta de informações desde o início da vida escolar. Chegando as conclusões corretas e entender o ponto de vista de cada autor e no que ele pensou ao longo de sua escrita, e como cada pensamento nos influencia.
 São esses fatos que deveriam ser mais discutidos, e como carregamos essas influencias em nosso cotidiano em nem sabemos de como se iniciou, quais povos mais antigos no país. Que palavras que utilizamos são de origens indígenas, europeias e etc., falta o estudo mais aprofundado de nossa própria história, não a marginalização desses povos e a ideia de distanciamento. Durante a pesquisa os autores se completaram em suas ideias para conclusão do trabalho, o foco de cada autor é diferente, um voltado para educação, outra mais para religião. Mesmo assim todos contam a mesma história a dificuldade dos índios durante o período de colonização 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa bibliográfica se propôs como objetivo geral avaliar as consequências deixadas pela influência jesuítica deixada pela companhia de Jesus, propôs juntar a ideia de alguns autores afim de chegar a uma ideia. Autores com suas obras redigidas em tempo diferentes para abranger mais o tema de maneira que não seria apenas uma linha de pensamento. Mesmo com esses autores a ideia sempre chegou a uma conclusão, a influência jesuíta não foi de todo bem aos índios, e deixou marcas na história. A pesquisa levou a caminhos que mostrou como não conhecemos as nossas origens por um todo, e que só trazidos a nós uma cultura mais europeia, e não nos atentamos de como nossa cultura tão ampla chegou até aqui.
As obras pesquisadas contam uma história triste e cheia de perdas para o povo indígena, são percas que não a mias como repara-las, vidas perdias, terras, mão de obra forçada, a escravidão. O massacra de sua cultura, não foi um senso comum, jesuítas ensinavam sua língua e os índios retribuíam, mas sim, a perca de sua identidade, a mudança de cultura. Agora um índio civilizado, perdido em seus costumes, o que era o comum virou vergonha, não havia mais a nudes, a devoção ao seu pajé, e todos seus costumes modificados. Houve o roubo dos costumes, suas ideias desacreditadas, suas terras colonizadas, sua matéria prima roubada, e agora o índio civilizado.
Hoje podemos encontra-los nas grandes cidades, vendendo seus artesanatos para sobreviver, demonstrando sua cultura no chão das grandes praças, a imagem da índia que implora o alimento a seus filhos. Nas assembleias lutando por terras, na cabeça os adornos e vestindo uma bermuda e camiseta para não ofender com sua nudes, o que seria o normal, mas não a nudes é vergonha isso é ser bárbaro. Manifestações no dia do índio, que maneira de honra-los, lhe proporcionando um dia, porque não lhe dando respeito e o ensinamento aos jovens do que é o respeito esse povo tão sofrido. 
Não querendo abrir discussões de vestimentas e costumes que talvez impróprios para alguns, como a nudes mencionada, como com a evolução manter tal pratica, mas é a ideia nela embutida. Se os colonos vieram depois, os jesuítas a Coroa Portuguesa e tantos outros, porque são os índios que devem agir como estrangeiros? Como os índios hoje devem agir em sua própria terra, talvez ignorados na rua, marginalizados por querem suas terras de volta, usam de violência. Mas violência que lhe foi ensinada, violência trazida pelos visitantes que foram recebidos em suas terras, e agora lhe tomam tudo, de maneira que a violência que se manteve em suas memorias. Perguntas de difíceis respostas, a cada década o distanciamento ainda maior de tal cultura, não há menção dos índios em nosso dia- a dia, sabemos que existem, e lutam por algo. 
 E como a cultura indígena foi mal compreendida a maneira mais fácil foi neutralizar e oprimir, e sim hoje temos essas influencias em nosso dia a dia, a religião e cultura trazida pela companhia de Jesus. Não há dúvida da força dessa influencia, mas a que custo foi apresentada ao povo do novo mundo. De que maneira apresentado, que causou a resistência que levou os jesuítas a se voltarem para as crianças, acabando com o legado de passagem da cultura de pai para filho. Pois os mais velhos que não aceitaram a religião, estilo de vida as mudanças exigidas pelos jesuítas foram mortas, “Podemos observar a grande expansão demográfica de um lado, simultaneamente a dizimação dos indígenas.,” (Gonçalves,2016, p. 75).
Na obra pesquisada Constituição histórica da educação no Brasil, de NADIA GAIOFATTO GONÇALVES, a autora deixa claro que enquanto havia a expansão, devido a colonização os índios eram massacrados, “dizimados”. Essa história não é mencionada no dia do Índio no contexto escolar, o que aumenta o distanciamento das novas gerações em relação a história de seu próprio país. 
Em 1759, o Marques de Pombal, expulsou os jesuítas do Brasil, tal medida foi tomada devido a vários fatores, a crescente expansão dos jesuítas, a diminuição de da quantidade do ouro e os movimentos contestatórios. 
Para finalizar trago a experiencia de como acadêmica sabia tão pouco sobre o meu próprio país, dificuldades encontradas aolongo de uma colonização forçada ao meu ponto de vista, mais também a refletir se fosse sido diferente como havia de ser. Como teríamos chegado até aqui? Talvez uma troca de ideias, uma apresentação de cada cultura, a troca de conhecimentos não seria o melhor caminho do que a imposição de uma ideia.
 Pois desde o início a ideia que me foi passada ao longo da pesquisa é oprimir os bárbaros para usufruir de suas terras e matéria rica, e conseguir novos fieis para não perder para uma reforma que estava em crescimento. Assim a cultura indígena foi banalizada e perdida de uma certa maneira devido as ideias iniciais, hoje só conhecemos o que restou de uma cultura que é demostrada como tão distante do que vivemos. E usufruímos da influencias como as escolas, universidades, escrita e leitura deixada por esse período como se os índios e suas maneiras de aprendizados não fossem importantes.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia: Geral e Brasil. 2006. 384 f. Editora Moderna, São Paulo, SP, Brasil.
GAMBINI, Roberto. O espelho Índio: os jesuítas e a destruição da alma indígena. 1988. 222 f. Editora Espaço e Tempo, Rio de Janeiro, Brasil.
GONÇALVES, Nádia Gaiofatto. Constituição histórica da educação no Brasil. 2012. 186 f. Editora Intersaberes, Curitiba, PR.
LIVRE, Wikipédia A Enciclopédia. Companhia de Jesus no Brasil. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus_no_Brasil>. Acesso em: 11 dez. 2017.
OGLIARI, Eleno. Missões jesuítico-Guaranis: Patrimônio e Memória. 2002. 134 f. Editora Ibpex Ltda., Curitiba, PR.
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TUFANO, Douglas. Estudos de Língua e Literatura. Volume 1.1998. 417 f. Editora Moderna, São Paulo, SP.
ANEXOS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus_no_Brasil#Expuls%C3%A3o_do_Brasil

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