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Ordem Hymenoptera - Atta sexdens

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21
Atividades Práticas Supervisionadas – APS
Curso: Ciências Biológicas Turma: CB4P14
Ordem Hymenoptera - Atta sexdens 
Caroline Urbano - N47012-7 
Edivânia Barbosa - D88868-4 
Giovana Pain - N38445-0
 Vitória Olegário - D972DB-7 
Vitória Santos - D98CAB-4
2020
ARAÇATUBA/SP
ATTA SEXDENS
CLASSIFICAÇÃO: A Atta sexdens faz parte da ordem Hymenoptera que, além de formigas, compreende também vespas e abelhas. Pertence à grande família Formicidae, na qual há 11 mil espécies cadastradas, embora se estima que existem mais de 20 mil variedades.
Mais de 70% das espécies existentes de formigas cortadeiras estão presentes no Brasil: das 15 espécies de saúvas conhecidas, 10 ocorrem no Brasil e 20 são as subespécies de quenquéns encontradas no território brasileiro. 
PRINCIPAIS SAÚVAS QUE OCORREM NO BRASIL
Dentre elas, a que mais se destaca é a saúva limão. Conhecida por este nome, pois o cheiro exalado quando a cabeça da formiga é espremida lembra muito este fruto. Além deste, também pode ser chamado de formiga-cortadeira, uma vez que utiliza mandíbula para cortar material vegetal verde e com ele cultivar o jardim de fungo, que é a base da alimentação do sauveiro. Os machos alados são geralmente denominados por bitus ou içabitus. Já o termo içá e tanajura são destinados às fêmeas que possuem asas.
OUTRAS SAÚVAS
Outros nomes populares no Brasil são: cabeçuda, caiapó, carregadeira, cortadeira, formiga-cabeçuda, formiga-caiapó, formiga-carregadeira, formiga-cortadeira, formiga-da-roça, formiga-de-mandioca, formiga-saúva, lavradeira, manhuara, maniura, picadeira e roceira.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA ESPÉCIE E SUBESPECIE ATTA
NOTA: 1- Atta bisphaerica; 2- Attacapiguara ; 3- Atta cephalotes; 4- Atta goiana; 5- Atta laevigata; 6- Atta opaciceps; 7- Atta robusta; 8- Atta sexdenspiriventris; 9- Atta sexdensrubropilosa; 10- Atta sexdenssexdens; 11- Atta silvai; 12- Atta vollenweideri.
PRINCIPAIS QUENQUENS QUE OCORREM NO BRASIL
OUTRAS QUENQUÉNS
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA ESPÉCIE E SUBESPÉCIE ACROMYRMEX
NOTA: 1-Ac. ambiguus; 2-Ac. aspersus; 3-Ac. coronatus; 4-Ac. crassispinus; 5-Ac. diasi; 6-Ac. disciger; 7-Ac. heyeri; 8-Ac. hispidusfallax; 9-Ac. hispidusformosus;10-Ac. hystrix; 11-Ac. landoltibalzani; 12-Ac. landoltifracticornis; 13-Ac. landoltilandolti; 14-Ac. laticeps; 15-Ac. laticepsnigrocetosus; 16-Ac. lobicornis;17-Ac. lundicarli; 18-Ac. lundilundi; 19-Ac. lundipubescens; 20-Ac. muticinodus; 21-Ac. niger; 22-Ac. nobilis; 23-Ac. octospinosus; 24-Ac. rugosusrochai;25-Ac. rugosusrugosus; 26-Ac. striatus; 27-Ac. subterraneusbrunneus; 28-Ac. subterraneusmolestans; 29-Ac. subterraneussubterraneus.
CARACTERÍSTICAS:
A Formiga Saúva ( Atta spp. ) é uma formiga cortadeira, ou seja, corta material vegetal (folhas e flores). Muitas pessoas confundem as saúvas com as quenquéns que também são formigas cortadeiras. Para diferenciá-las basta observar o número de pares de espinhos presentes no mesossoma.
Saúvas: As operárias exibem 3 pares de espinhos dorsais e abdômen com pelos;
Quenquém: As operárias têm 4 a 5 pares de espinhos e abdômen rugoso ou liso e brilhante
As operárias da saúva são polimórficas e são divididas em jardineiras, cortadeiras e soldados. Todas são fêmeas estéreis. As jardineiras são as menores e têm como função triturar pedaços de vegetal e colocá-los à disposição do fungo. As cortadeiras são as de tamanho médio. Elas cortam e carregam os vegetais para dentro do formigueiro. Os soldados são os maiores com a cabeça bastante grande. Cortam as folhas auxiliando as cortadeiras, porém têm como função principal proteger a colônia de inimigos naturais. 
A rainha das saúvas é chamada de içá ou tanajura. Ela é muito maior que as operárias e facilmente distinguida do resto da colônia. Apenas uma saúva ocorre por formigueiro e quando esta morre em poucos meses o formigueiro se extingue. Os machos são menores que as rainhas e são chamados de bitus. Sua cabeça e mandíbulas são distintamente menores do que as da rainha, sendo assim facilmente identificados.
 HABITAT
As formigas cortadeiras são as saúvas (gênero Atta) e quenquéns (gênero Acromyrmex), elas possuem o hábito de cortar e transportar vegetais para dentro dos ninhos. No Brasil existe 10 espécies de saúvas e 29 de quenquéns. Costumam se acomodar em áreas de matas, áreas abertas e de lavouras. 
QUENQUÈNS
Seus ninhos são pequenos, geralmente apresentando uma única panela, cuja terra solta aparece ou não na superfície do solo. Algumas espécies fazem o ninho superficialmente coberto de palha, fragmentos e resíduos vegetais, enquanto outras fazem o ninho subterrâneo. 
SAÚVAS
Possuem formigueiro grande (sauveiro), com um monte de terra solta na superfície do solo (murunduns), formado pelo acúmulo da terra retirado pelas formigas das câmaras (panelas). Neste monte de terra solta e fora são encontrados orifícios (olheiros) onde pode ou não ser observadas as saúvas em atividade.
As colônias são maiores e bem visíveis, com várias panelas com galerias de até 400m de comprimento e poços de até 18m, chegando até o lençol freático;
Ninho de saúva (esquerda) e diagrama mostrando a estrutura interna (dentro do solo) (direita) de um sauveiro adulto.
SELEÇÃO DO MATERIAL
As matérias que as formigas utilizam para a formação do formigueiro variam de acordo com as espécies. As formigas saúvas costumam não usar material de plantas tóxicas às formigas e ao fungo, tem preferência por material mais rico em nutrientes (jovem), escolhem as que são de mais fácil digestão pelo fungo e prezam o teor de umidade na massa vegetal.
O SAUVEIRO
O sauveiro, isto é, o formigueiro da saúva, é constituído por dezenas a centenas de câmaras subterrâneas que são ligadas entre si e com a superfície do solo por meio de galerias. Uma característica para a identificação de um sauveiro é um monte de terra solta.
Localizado na superfície do solo, que é formado pelo acúmulo de terra, que também são chamadas de panelas. Sobre e fora do monte de terra solta, são encontrados orifícios onde podem ou não ser observadas as saúvas em atividade; são denominados olheiros.
Sobre estes montes e fora deles podem ser observados vários orifícios, denominados olheiros, por onde as formigas têm acesso ao interior do ninho. Dentro do formigueiro as formigas escavam várias câmaras que são interligadas por galerias. Nestas câmaras podem ser encontradas câmaras com fungo e com lixo e formigas mortas. A câmara onde fica a rainha é denominada câmara real.
Os sauveiros podem conter centenas ou milhares de operárias, cria (ovos, larvas e pupas), uma rainha, responsável pela postura dos ovos e indivíduos alados (reprodutores), machos (bitus) e fêmeas (tanajuras ou içás), em algumas épocas do ano. As operárias possuem um gradiente de tamanho, variando de bem pequenas até os soldados, cuja cabeça pode ter até 3cm de largura. As operárias são responsáveis pela escavação do ninho (abertura de novas câmaras), pela procura e corte de material vegetal e pelo cuidado com a cria, com a rainha e com o fungo.
REPRODUÇÃO DAS SAÚVAS 
A fundação de novas colônias ocorre nos meses de outubro a dezembro. Cada fêmea alada sai do ninho onde nasceu para acasalar‐se, em um fenômeno denominado revoada ou voo nupcial. Nesta época o sauveiro liberta, anualmente, grande número de içás e bitus, em média 2.900 içás e 14.250 bitus, embora possa haver grande variação intercolonial. A cada 6 mil içás apenas 3 (0,05%) dão origem a novos formigueiros e as outras são derrotadas por inimigos naturais.
Somente sauveiros considerados adultos, com cerca de 38 meses de idade a contar de sua fundação, produzem içás e bitus. Na região sudeste do Brasil, o voo nupcial realiza‐se entre outubro e dezembro, nos dias claros, quentes e úmidos.
Uma fêmea pode acasalar‐se com até oito machos. A longevidade do macho é bastante curta, pois logo após a cópula, com apenas uma fêmea, ele morre. A fêmea, uma vez inseminada, encontra um local propício para dar início a um novo sauveiro, cortasuas asas com o auxílio das pernas e mandíbula, faz um orifício no solo e inicia uma nova colônia.
CICLO DE DESENVOLVIMENTO
ALIMENTAÇÃO
As operárias da saúva alimentam-se basicamente da seiva que as plantas liberam enquanto estão sendo cortadas. Pedaços de material vegetal são levados até o formigueiro onde existe um fungo que as formigas cultivam. As operárias então picam em pequeninos pedaços o material vegetal e o inserem no meio do fungo, que vive deste substrato. Envoltas neste fungo são encontradas as larvas que dele se alimentam.
As formigas cortadeiras não se alimentam de folhas, mas sim do fungo que cultivam nas folhas. O material que serve de alimento para o fungo é Leucocoprinus gongylophorus.
PREDADORES NATURAIS
Aves, pássaros, lagartos, anfíbios, mamíferos.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
Formigas: as defensoras da natureza
Elas estão em quase todos os lugares. São mantenedoras e defensoras da natureza. Por trás das paredes de sua casa, milhares de perninhas caminham frenéticas em busca de alimento para uma colônia repleta de irmãs que fazem de tudo para sobreviver. As formigas são um dos artrópodes que mais se diversificaram no planeta, ocupando diversos nichos em praticamente qualquer habitat da Terra (com exceção dos pólos).
Conhecidos por qualquer pessoa, esses insetos formam imensas sociedades no solo, árvores e residências. Cada sociedade é comandada por uma ou mais fêmeas, as rainhas, que recebem alimento, abrigo e proteção por outras castas de formigas: as operárias e os soldados. A simbiose é tão perfeita entre esses organismos que um formigueiro pode existir por anos, onde cada indivíduo tem sua participação no sucesso e manutenção do todo.
No entanto, a fama das formigas não é nada boa. Pergunte para qualquer produtor rural o que ele acha dessas pequenas. Formigas são consideradas pragas tanto no ambiente rural quanto no doméstico, que atacam sem dó as plantações e alimentos deixados em cima da mesa. Elas fazem isso pela sua sobrevivência: aquilo que as formigas levam para suas tocas será seu alimento, ou participará do cultivo do fungo ingerido pelas formigas cortadeiras. O que para o ser humano é a destruição de um patrimônio, para elas é simples busca de comida.
Se por um lado a fama desses pequenos insetos não é boa, por outro elas são vitais para o equilíbrio da natureza. Formigas estão longe de ser animais detestáveis, que só existem para acabar com plantações. Pelo contrário! São animais que mantém uma relação tão próxima com o ambiente, mantendo interações com várias espécies para proporcionar um ambiente mais diverso e saudável para a plantação do fazendeiro que só quer exterminá-las.
Logo de cara as formigas exercem papel importante na aeração e incorporação de matéria orgânica ao solo. Ao escavar, para construir suas galerias, as formigas revolvem o solo. Isso permite que o ar atmosférico penetre nas camadas mais baixas de terra para ser utilizado por milhares de organismos que vivem ali. Um solo aerado apresenta espaços entre os grãos de terra que irão abrigar, além do oxigênio, a água das chuvas que ficará disponível para as plantas. Além disso, o solo mais fofo facilitará o desenvolvimento das raízes.
Potencializando esse benefício, ao carregar aquilo que “rouba” dos humanos (e outros produtos de seu forrageio) para seus formigueiros, as formigas levam matéria orgânica ao solo. Essa matéria orgânica irá se decompor e fornecer nutrientes necessários ao desenvolvimento dos vegetais.
Formigas criam relações muito próximas com várias espécies de plantas, onde os dois organismos são beneficiados nessa parceria. É o que chamam de mirmecofilia. Pesquisas mostram que esses insetos têm participação fundamental na reprodução dos vegetais. 
As formigas entram em contato com o pólen ao buscar pelos nectários florais, depósitos do suculento néctar utilizado na alimentação desses insetos. A planta fornece a comida e a formiga, mesmo sem querer, garante que o vegetal consiga gerar descendentes.
Formigas também foram relacionadas com a dispersão de sementes (mimercocoria). Ao cortar os frutos, elas deixam as sementes expostas, facilitando o contato com o solo e posterior germinação.
Quando as sementes são levadas ao formigueiro, as formigas protegem essas estruturas de predadores, que poderiam consumir as sementes na superfície. No formigueiro ainda existe uma chance dessas sementes não serem comidas e, quem sabe, um dia virarem uma nova plantinha.
Formigueiras são estruturas gigantescas e o transporte das sementes em seu interior faz com que os rebentos germinem longe da planta-mãe, diminuindo a competição entre eles. Mesmo que a distância seja pequena, a redução da competição por recursos ajuda muito na sobrevivência dos vegetais.
Por fim, a relação das formigas com as plantas chegou a outro nível quando árvores passaram a abrigar esses insetos em seu interior e ambas as espécies tiram vantagem nisso. Um exemplo clássico é a embaúba (Cecropia sp.) e formigas do gênero Azteca. As árvores oferecem aos insetos alimento e abrigo no interior de seu caule. Eles, por sua vez, não consomem a planta. Aproveitam o que a embaúba oferece, mas não a depredam, convivendo harmoniosamente. Em troca, as formigas defendem a planta contra herbívoros, atacando vorazmente quando outro inseto, ou ave, tente atacar a embaúba. As formigas também contribuem para o crescimento vegetal, fazendo podas regulares e impedem que lianas, uma espécie de trepadeira, se alojem nas copas das árvores onde vivem, o que traria prejuízos o vegetal hospedeiro.
Possivelmente existem muitos outros benefícios que as formigas trazem ao habitat em que vivem, todos esperando para serem compreendidos pela ciência. Já é hora de mostrar que cada ser vivo tem sua importância onde vive e muitos deles trabalham em parcerias visando uma vida melhor, com mais segurança e alimento. Quando eles viram “pragas”, talvez o ser humano rompeu uma dessas parcerias, quebrando o delicado equilíbrio que a natureza apresenta.
 Prejuízos causados pelas Atta sexdens
 As formigas-cortadeiras são pertencentes aos gêneros Atta, conhecidas como saúvas. São indiscutivelmente as principais pragas florestais do Brasil, já que suas populações em plantios florestais dificilmente diminuem naturalmente.
Pelo contrário, só aumenta com o tempo e a falta de manejo, ataca árvores em todas as idades (desde mudas recém-plantadas até árvores adultas prestes a serem cortadas) e, ao contrário da maioria das pragas, que são sazonais ou ocorrem em surtos cíclicos ao longo dos anos, essas atacam e ocorrem o ano inteiro.
Os problemas com formigas-cortadeiras são ainda maiores no setor florestal, pois as maiorias desses plantios são feitos em grandes monoculturas que ocupam grandes extensões de áreas contínuas no Brasil e são espécies muito polífagas, isto é, atacam uma grande variedade de espécies, tendo sido registradas atacando praticamente todas grandes culturas florestais brasileiras, entre elas várias espécies de eucalipto e pinus, além de acácias, cedro-australiano, mogno-africano, paricá, seringueira, teca e até mesmo o nim-indiano, considerada planta inseticida.
 As formigas-cortadeiras, como dito anteriormente, ocorrem o ano todo e atacam plantas de todas as idades. Essas formigas cortam as folhas frescas e, em alguns casos, ramos mais tenros, sementes e flores, não para a sua alimentação, mas sim para alimentar o fungo simbionte que cultivam no subsolo, dentro de seus ninhos.
Dentro dos viveiros já se deve tomar cuidado, pois podem cortar as mudas. Quando não controladas de maneira preventiva, antes de se iniciar a fase de plantio, podem impedir o estabelecimento de qualquer espécie florestal, já que cortam de forma contínua e ininterrupta, e o seu controle significa a própria sobrevivência das mudas.
Em plantios adultos, podem deixar as árvores completamente desfolhadas, causando perdas em crescimento, tanto em altura quanto diâmetro e, consequentemente, no volume.
Esses prejuízos podem chegar a mais de 60% da produtividadefinal em eucaliptos e, muitas vezes, se não foram combatidas, podem matar as árvores. Há estimativas que o aumento de 1 m2 de terra solta de ninho de saúvas em plantios florestais pode reduzir a produtividade entre 0,04 e 0,13 m3 por hectare.
Também se estima que os gastos com controle de formigas-cortadeiras representem três quartos de todo gasto com manejo de pragas em eucalipto, e até 7% do preço final da madeira em pé na colheita. Além de perdas na produtividade, o ataque de formigas-cortadeiras pode provocar alterações na forma do fuste, prejudicando a colheita e o uso da madeira para fins mais nobres, além da produção exagerada de galhos laterais, em um processo conhecido como envassouramento das árvores.
Sintomas
 Os principais sintomas do ataque de formigas-cortadeiras é o aparecimento de árvores desfolhadas, algumas totalmente peladas, e a presença de folhas picadas ao pé das árvores. Outra característica é que a atividade de corte, geralmente, se inicia da parte baixa da copa para o topo. As folhas cortadas apresentam cortes feitos de forma semicircular ou de meia-lua, muito característica de formigas-cortadeiras.
Região da planta: as partes mais atacadas são as folhas das plantas, mas, eventualmente, pedaços do caule mais macios também são cortados, principalmente em mudas recém-plantadas ou em condução de brotações. Flores e sementes também podem ser cortados e carregados, apesar de ser menos comum. 
Danos
As Atta sexdens vivem em íntima associação com o homem, sendo, dentre os insetos sociais, as que mais se adaptam as condições urbanas. Apesar de a sua grande maioria ser benéfica a natureza quando ocupam espaços domiciliaras as formigas passam a representar um verdadeiro incomodo.
Essas formigas podem trazer algum tipo de perigo ao homem. Muitas espécies possuem veneno, aos quais podem trazer sérios problemas caso seja picado, por exemplo, as formigas cortadeiras/desfolhadoras, que trazem grandes prejuízos a plantação em geral, como as do gênero Atta, e aquelas que podem trazer bactérias, fungos,e outros tipos de microrganismos para a nossa casa. São consideradas pragas por atacarem plantas em áreas de reflorestamento, pastagens, e cultivos agrícolas. Com a camuflagem dos formigueiros e o hábito de trabalho nos horários mais frescos e noturnos, é mais trabalhoso enxerga-las e prever uma infestação. As cortadeiras atacam plantas em qualquer fase de desenvolvimento e são de difícil controle, pois possuem mecanismos.
Estas formigas chegam a provocar prejuízos em florestas inteiras, inviabilizando a produção de madeira. Eucaliptos, pinus, e acácias são suscetíveis aos danos outros alvoo das criaturas são as árvores frutíferas. 
Riscos que as formigas podem causar
Quando saem em busca de alimento, as formigas transitam por qualquer ambiente. Podem passar sobre animais mortos, fezes, latas de lixo e outras áreas contaminadas. Como consequência, acabam carregando agentes patógenos, a exemplo de vírus, fungos e bactérias.
Os venenos das formigas contém várias substâncias (peptídeos biologicamente ativo) que causam reações tóxicas. Cada espécie tem uma variedade principal de proteínas. Para cada ser humano eles podem causar reações locais (vermelhidão, dor com sensação de queimação, calor, inchaço, pústulas estéreis no local da picada) a também reações sistêmicas(coceira, placas no corpo, náuseas, vômitos)
Por mais que as formigas pareçam um ser inofensivo devido ao seu tamanho e, na maioria dos casos, em sua incapacidade de ferir e atacar, a verdade é você JAMAIS deveria comer um alimento com formigas ou um pedaço de qualquer coisa por onde elas tenham passado. Isso porque ela se trata de um inseto e pode ser bastante nociva para a saúde humana, segundo a Ciência.
Estudos científicos já mostraram que as formiguinhas, inofensivas e aparentemente frágeis, estão em qualquer lugar… em qualquer lugar mesmo! Ao todo, acredita-se que elas somem uma comunidade de 10 quadrilhões em todo o planeta, onde já vivem há mais de 100 milhões de anos, muito mais que nossa própria espécie.
	Médicos em todo o mundo apontam que as formigas são verdadeiros agentes transmissores de doenças infecciosas, como gripe, tuberculose, verminoses, intoxicações alimentares, vômito, diarreia e até mesmo a lepra. Tenso, não?
Conforme estudo publicado na Revista de Saúde e Biologia (SaBios), todo esse potencial destruidor das formigas está nas patas. Pelo menos foi isso que a pesquisa identificou em formigas analisadas em ambientes hospitalares, em que foram identificados pelo menos 7 tipos de patogênicos diferentes nas patas dos insetos.
 	 Elas podem interferir até mesmo em resultados laboratoriais, caso passem em uma daquelas plaquinhas de vidro, por exemplo.
MANEJO E CONTROLE
Os prejuízos econômicos com as Atta sexdens são bastante significativos. Acontecem tanto nas áreas urbanas, em jardins ou pomares, quanto em culturas na área rural. Em uma noite elas podem desfolhar uma árvore inteira, mas para que isso não aconteça deve haver um monitoramento constante e rigoroso do desenvolvimento do formigueiro e da cultura, fazendo o controle da praga com o método mais eficaz, como alternativas naturais, mecânicas ou produtos químicos.
CONTROLE NATURAL
Alguns inimigos naturais que atacam formigueiros novos controlando a disseminação da formiga cortadeira como praga são: 
• O gergelim (Sesamum indicum), é uma planta eficiente que causa a regressão no tamanho das esponjas do fungo e aumento na umidade das câmaras, levando a extinção de sauveiros pequenos;
• Predadores, como aves, sapos, lagartos e tamanduás;
• Outras espécies de formigas, como a cuiabana (Paratrechina fulva) que invadem ninhos de saúvas. 
CONTROLE MECÂNICO
Barreiras físicas: Podem ajudar a proteger as plantas do ataque de formigas cortadeiras impedindo que subam no vegetal, como por exemplo, o uso de um cone invertido feito de garrafa PET ou tiras de plástico, ambos com vaselina sólida ou graxa na parte interna, presos ao tronco da planta.
Escavação: Outra opção é escavar os formigueiros ainda jovens com ajuda de uma enxada, causando o desabamento das panelas, a morte da rainha e das outras formigas. O ninho ficará inativo por algum tempo e provavelmente trocará de local.
CONTROLE QUÍMICO
O controle químico é mais prático, porém não é o mais indicado. Esse recurso deve ser utilizado quando os controles mecânicos não forem eficazes para resolver a infestação de formigas.
Iscas granuladas: Possuem baixa toxidade afetando o meio ambiente de forma menos agressiva e são mais seguras para quem for manuseá-las. Ao ingerir o formicida, as formigas contaminam uma parte da população dentro da colônia que também irão morrer. O restante das formigas e a rainha morrerão por falta de alimento, pois o fungo não será mais ser cultivado. 
As iscas granuladas que contêm os princípios ativos de sulfluramida e o fipronil têm sua eficácia comprovada, porém é preciso utilizá-las corretamente: A quantidade de iscas a serem usadas deve ser a informada nas instruções do fabricante. É indicado não as aplicar em dias chuvosos ou com solo úmido para que não se degradem.
Termonebulização: O ideal é que um profissional qualificado analise o ambiente para verificar a necessidade de uma termonebulização. Essa técnica transforma o produto inseticida líquido em fumaça, é usada para grandes formigueiros por ser mais ágil e a intoxicação da colônia ocorre por completo imediatamente.
Formicida em pó: O formicida em pó seco deve ser aplicado diretamente no formigueiro com a ajuda de uma polvilhadeira, que injeta o produto através de uma mangueira e bombeia o pó até que todos os olheiros do formigueiro sejam atingidos.
A expectativa é que em breve tenhamos mais estudos científicos concluídos que comprovem a eficácia de outros métodos de controles naturais para que seja possível reduzir o impacto negativo que é causado ao meio ambiente. 
Assim como também é importante se atentar em utilizar os produtos registrados no Ministério da Agricultura(de uso agrícola) e da Saúde (de uso domissanitário). O aplicador desses produtos deve fazer o uso essencial de equipamentos de proteção individual para que os agentes tóxicos não penetrem a pele, mucosas e vias respiratórias.
REFERÊNCIAS:
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/formigas-cortadeiras
http://www.biologico.sp.gov.br/uploads/files/pdf/prosaf/apostilas/formigas_cortadeiras.pdf
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-06832007000500033&script=sci_arttext
https://pt.wikipedia.org/wiki/Formiga-cortadeira
mirex-s.com.br/formigas-especies-e-colonias.html
www.ufdel.edu.br/fazem/agrociencia/v7n1/artigo12.pdf
revistagloborural.com/GloboRural/0,6993,eec875855-2584-3,00.html
itr.ufrrj.br/portal/wp-content/uploads/2017/09/monografia-camila-raisa-dos-santos-pinto.pdf
www.astralsaudeambiental.com.br
www.eurekabrasil.com
www.revistacampoenegocios.com.br
www.jcnet.com.br
etec.senar.org
desincervice.com.br
www.priscilafilippo.com.br
www.detetizacao-consulte.com.br

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