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Entrevista inicial no psicodiagnóstico

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Caracteriza-se por ser um tipo de avaliação usada so-
mente no contexto clinico. 
Que pode ser feita tanto por contato entre profissionais ou uma solicitação por escrito. 
 Essa primeira entrevista com os pais/responsáveis 
é feita separada do paciente e é importante destacar que 
nem sempre as informações trazidas por eles correspondem 
a realidade observada. 
 Uma forma de se conseguir a autorização e dar ao 
adolescente ciência sobre o processo é dividindo a primeira 
entrevista em dois momentos: um momento inicial com o pa-
ciente e depois um momento com ele e seus responsáveis 
para se explicar o funcionamento do psicodiagnóstico. 
 Importante sempre pedir autorização para se 
fazer isso e, em casos de crianças, avisar a ela se for pre-
ciso ir até a escola. 
Fluxograma de etapas da entrevista inicial 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O psicodiagnóstico 
 
 
 
 
 
 Inicia a partir da demanda recebida de outro profissional (as 
vezes acontece do paciente pedir uma avaliação por conta pró-
pria, porém é mais raro) e partir dela é montado o plano de 
avaliação, sabendo qual o foco ou demanda para escolher as téc-
nicas e instrumentos mais adequados para se usar. 
 
 As entrevistas iniciais são feitas com: 
① O profissional que solicitou 
 Normalmente se questiona o motivo pelo qual houve o en-
caminhamento e quais as percepções que ele tem do paciente, 
ajudando no levantamento de hipóteses para a construção do 
plano de avaliação. 
 
② O paciente 
 Vai confirmar ou não as primeiras impressões do profissi-
onal que solicitou, além de ser o primeiro contato. 
 Com adultos é importante verificar se o paciente sabe por-
que está indo lá, para o avaliador saber quais os conhecimentos 
que ele possui sobre suas dificuldades e esclarecer qualquer fan-
tasia que tenha sido criada sobre esse encaminhamento. 
 Com adolescentes é importante que ele se sinta responsá-
vel pelo seu processo de avaliação, por isso o ideal é que a pri-
meira entrevista após a coleta de dados seja com ele (é neces-
sário pedir autorização dos pais). 
 
 
 
 
 
 
 
③ Pais/ responsáveis 
 No caso de crianças, adolescentes ou adultos dependentes 
para: 
 Saber quais as expectativas deles com relação à avaliação; 
 Obter informações sobre os motivos n Importante ques-
tionar se eles sabem a razão da avaliação e como percebem 
as queixas de seus filhos (no caso de crianças e adolescen-
tes); 
 Fazer esclarecimentos n Explicar que ocorre dentro de 
um tempo limitado e que vai tentar conversar com a criança 
 
 
 
 
 
 
 
 
para tentar entender a queixa usando técnicas que podem 
ir de brincadeiras à aplicação de instrumentos, além de que 
no final será dada uma devolutiva tanto para os pais/res-
ponsáveis como para o paciente e o profissional solicitante; 
 Construir um vínculo e uma relação de confiança entre 
profissional e responsável. 
 
 
 
 
 
 
④ Outros familiares ou pessoas envolvidas no contexto do 
paciente 
 Exemplo de crianças que passam mais tempo com babás ou 
familiares de idosos com Alzheimer. As vezes acontece com pro-
fessores, médicos ou outros profissionais que acompanham o 
paciente pois é importante avaliar o contexto, além de que atra-
vés deles podemos aprofundar as queixas, tentando compreen-
der como elas ocorrem em outros lugares, ou motivos que leva-
ram a procurar a avalição. 
 
 
 
 
 
 
1ª Etapa – Paciente encaminhado 
 
(Contato com a fonte de encaminhamento para 
obter informações) 
2ª Etapa – Entrevista com paciente e respon-
sáveis 
Paciente 
Adulto – 
Feita com o 
paciente 
Paciente Ado-
lescente – 
Pode ser 
feita com o 
paciente de-
pois com os 
pais 
Paciente Cri-
ança – Pri-
meiro feita 
com os pais e 
depois com a 
criança 
3ª Etapa – Entrevista com outras fontes 
(Sempre com autorização, pode-se coletar de 
outras fontes como outros familiares, profes-
sores ou profissionais que acompanhem) 
{ no psicodiagnóstico } 
Alicia Vitória | Graduanda em Psicologia | IG: @aliciavit_ | passeidireto.com/perfil/5136569 
 
 É interventiva e investigativa 
 Investigativa por: Sendo a entrevista inicial o primeiro con-
tato do psicólogo avaliador com o paciente e seus respon-
sáveis, ela é fundamental para se obter informações sobre 
a demanda que foi encaminhada até ele através do profis-
sional que solicitou, sobre o paciente através do mesmo ou 
seus pais/responsáveis, e como se encontra seu contexto 
atual através de outros profissionais ou outras pessoas que 
estejam envolvidas no cotidiano do paciente. O fato do ava-
liador precisar coletar inúmeros dados para poder montar 
o seu plano de avaliação e poder definir quais instrumentos 
serão utilizados e de que forma caracteriza, desta forma, 
a entrevista inicial como investigativa. 
 Interventiva por: Deve ser feito um acolhimento do paciente 
durante a entrevista pois, além de questões profundas que 
possam surgir posteriormente, o fato de receber um psi-
codiagnóstico também poderá estar carregado de ansiedade 
e angústia, necessitando assim que seja proporcionado um 
ambiente acolhedor, criando um vínculo de confiança entre 
o avaliador e o paciente e/ou seus pais/responsáveis. As-
sim, a entrevista inicial também é caracterizada com inter-
ventiva. 
 
 Perguntas importantes a serem feitas 
 A entrevista inicial também é um momento importante para 
coletar informações sobre o paciente que serão importantes 
para construir o plano de avaliação. 
 Quais técnicas e teste podem ser usados com esse 
paciente? 
 Qual seu nível de compreensão? 
 Qual sua capacidade de comunicação? 
 O paciente faz uso de lentes ou aparelho auditivo? 
 Tem algum problema de visão ou dificuldade motora? 
 É destro ou canhoto? 
 Qual seu nível de escolaridade? 
 
 Também é preciso ter como objetivo a investigação da 
queixa, coletando o máximo de informações possíveis para auxiliar 
no entendimento de como o problema se manifesta. Para isso, 
essas questões são importantes: 
 Desde quando os sintomas se manifestam? 
 Existe algum gatilho? 
 Qual a intensidade? 
 Em que ambiente eles ocorrem? 
 Como o paciente percebe esses sintomas? 
 Qual a influência deles na vida diária? 
 Quais prejuízos pra vida eles vem trazendo? 
 Em quais áreas da vida (social/familiar/educacional/la-
boral) tem trazido prejuízo? 
 Como família, amigos e outras pessoas convivem com 
o paciente e esse problema? 
 
 Deve-se também avaliar qual a realidade atual do paciente. 
 Que tipo de suporte (familiar, social, financeiro) ele 
tem? 
 Com quem vive e quem o auxilia nas suas dificuldades? 
 Já passou por algum atendimento profissional antes? 
 Quais profissionais o acompanham? 
 
 
 Tipos de entrevista 
 
 Livre 
 Característica: n Aberta 
 N n Não existem perguntas pré-formu 
 ladas 
 Postura do paciente: n Ele é livre para trazer as in-
formações que achar importante na ordem que quiser 
 Postura do avaliador: n Ele deve ter em mente os 
temas que serão abordados, pois, em alguns momen-
tos, terá que direcionar a entrevista. 
 Aplicabilidade no psicodiagnóstico: n Bastante usada 
 
 
 Semiestruturadas 
 Característica: n Flexível 
 n Existe um roteiro com algumas per-
 guntas pré determinadas 
 Postura do paciente: n Ele responde às questões de 
acordo com o que o avaliador trás, mas suas respostas 
podem gerar novos questionamentos. 
 Postura do avaliador: n Ele deve ir além das pergun-
 tas pré determinadas 
 n Novas questões podem surgir 
 a partir das respostas do 
 paciente 
 Aplicabilidade no psicodiagnóstico: n Bastante usada 
 
 Estruturada 
 Característica: n Rígida 
 n As perguntas e as alternativas de 
 resposta são pré formuladas 
 Postura do paciente: n Não há espaço para respostas 
diferentes das opções das alternativas. 
 Postura do avaliador: n Deve seguir o roteiro 
 n Novasquestões não serão 
 acrescentadas e as existen-
 tes não podem ser modifica 
 das 
 Aplicabilidade no psicodiagnóstico: n Menos usada.

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