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GIARDÍASE

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Larissa Sodré Coutinho 
 
GIARDÍASE 
→ Parasitose intestinal que compromete o estado 
físico, nutricional e mental, principalmente em 
pacientes pediátricos; 
→ Agente causador: Giardia lamblia → Giardia 
duodenalis (mamíferos); 
→ Ciclo de vida composto por dois estágios: 
trofozoíto e cisto. 
 - Trofozoíto: 
* A transformação do trofozoíto em cisto ocorre por 
inúmeros motivos, como a depleção do colesterol, a 
alcalinização do pH e o excesso de sais biliares. 
 
Figura 1: trofozoíto 
Fonte: Medicina Tropical/editores Sérgio Cimerman, Benjamin Cimerman. — 
São Paulo: Editora Atheneu, 2003, p. 64. 
 - Cisto: 
* Forma infectante → ingestão de cistos. 
* Muito resistentes → permanecem no ambiente 
externo por até dois meses e sobrevivem a baixas 
temperaturas (4ºC - 10ºC). 
 
Figura 2: cisto 
Fonte: Medicina Tropical/editores Sérgio Cimerman, Benjamin Cimerman. — 
São Paulo: Editora Atheneu, 2003, p. 64. 
* Cloração e lavagem de objetos, bem como a 
exposição à luz ultravioleta são insuficientes para 
destruir os cistos. Na maioria dos casos é necessário o 
aquecimento da água acima dos 60ºC. 
* Os cistos passam pelo estômago e chegam ao 
duodeno, onde perdem sua membrana e tornam-se 
trofozoítos. 
* Devido a fatores desconhecidos, a fase de 
“encistação”, isto é, o período em que o trofozoíto se 
retrai e torna-se cisto, ocorre e os cistos são 
eliminados nas fezes de maneira descontínua. Por 
isso, em muitos exames parasitológicos, o resultado 
pode ser falso negativo. 
→ Imunopatogênese 
- Diarreia e má absorção intestinal. 
- Anormalidades morfológicas: redução da lactase, da 
sucrase e da maltase nas membranas das 
microvilosidades. 
- Quando há elevado número de trofozoítos no 
duodeno, há disfunção de vitaminas lipossolúveis, 
ácidos graxos, vitamina B12 e ácido fólico. Além 
disso, os trofozoítos fortemente aderidos ao epitélio 
intestinal, por meio do seu disco adesivo ventral, 
geram lesões mecânicas nas microvilosidades. 
→ Quadro clínico 
- Diarreia, inicialmente líquida, podendo chegar ao 
grau de esteatorreia. 
- Náuseas + desconforto abdominal + perca de peso 
→ Complicações 
- Insuficiência nutricional + crescimento de crianças 
prejudicado + fenômenos inflamatórios + 
hipogamaglobulinemia + hiperplasia linfóide nodular 
+ deficiência de folato (macrocitose e anemia 
megaloblástica) 
→ Tratamento 
- Secnidazol (dose única): adulto – 2g; crianças – 
30mg/kg. 
- Tinidazol (dose única): adulto – 2g; crianças – 
50mg/kg. 
- Metronidazol: adulto – 250mg, 2X ao dia durante 5 
dias; crianças – 15mg/kg durante 5 dias. 
→ Gravidez e Lactação 
- Assintomáticas/sintomas leves no primeiro 
trimestre: não tratadas, caso haja necessidade utiliza-
se paramomicina (não disponível no Brasil) 
- 2º ou 3º trimestre metronidazol ou paramomicina. 
→ Controle de cura: exame de fezes a partir do 7º dia 
do término da medicação, em dias alternados, e 
realizando-se, preferencialmente 3 coletas.

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