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1 Habilidades clínicas│Mariana Oliveira│P5 Abdome agudo inflamatório Colecistite Apendicite Pancreatite Diverticulite DIP Etiologia Litiásica: Obstrução do ducto cístico por cálculo. Alitiásica: pacientes em UTI, estresse intenso, trauma, idosos. Obstrução da luz do apêndice. Fecalito, tumor, hiperplasia linfóide, corpo estranho, parasita. Ativação precoce das enzimas pancreáticas. Aguda: Litíase biliar, álcool, medicamentos, neoplasia, CPRE. Obstrução da luz do divertículo. Fecalito, corpo estranho, parasita. *Maior incidência no cólon sigmóide (FIE). DSTs: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis, Mycoplasma hominis, Mycoplasma genitalium,, Gardnerella vaginalis, Bacteróides spp. Quadro clínico Dor em hipocôndrio direito (desencadeada pela ingestão de alimentos gordurosos) - Irradiação: ombro/ escápula Dor tipo cólica Anorexia, náuseas, vômitos, febre baixa Icterícia (coledocolitíase) *Estado geral preservado *Dor por > 6h Dor migratória: epigástrio/ periumbilical → FID (ponto de McBurney) Anorexia, náuseas, febre baixa *Idosos: apresentação atípica (dor lombar) Dor em faixa/ barra (quadrante superior com irradiação para o dorso) - piora com a alimentação Posição genupeitoral Náuseas e vômitos Icterícia (litíase biliar) Dispnéia* Distensão abdominal (íleo paralítico) Pancreatite crônica Esteatorréia + DM + calcificações Emagrecimento, desnutrição Dor em FIE Dor em cólica Náuseas, vômitos, anorexia, febre baixa Dor hipogástrica/ pélvica Disúria Dispareunia Sangramento uterino Alteração menstrual Corrimento fétido com coloração amarelada/ esverdeada Febre Exame físico Sinal de Murphy (aumento súbito da dor e interrupção brusca da inspiração) + Posição antálgica Vesícula palpável *Ponto cístico: linha hemiclavicular 2 cm abaixo do rebordo costal (fundo da vesícula). Blumberg + (ponto de McBurney) - Linha entre a cicatriz umbilical e espinha ilíaca ântero-superior entre o terço médio e lateral) Rovsing (distensão do ceco após deslocação do ar na FIE) Sinal do psoas (apêndice retrocecal) - paciente em DD com pernas fletidas, faz-se a extensão de uma das pernas para Sinal de Grey-Turner - flancos e Cullen - periumbilical (sangramento retroperitoneal) Paniculite Blumberg + (irritação peritoneal) Abdome rígido (peritonite) Blumberg + Massa em FIE Dor a palpação dos anexos e a mobilização do colo uterino Blumberg + (irritação peritoneal) https://www.youtube .com/watch?v=UWg 3Ud2w4HA trás provocando um estiramento das fibras do músculo psoas) - Indica inflamação do psoas Sinal do obturador (apêndice pélvico) - flete a coxa do paciente e faz-se uma rotação interna da coxa e pede para o paciente fazer força contra a resistência do médico) Lapinsky Lenander (diferença entre a temperatura axilar e anal) Dunphy (tosse) Massa em FID (fleimão) Abdome rígido (peritonite) *Peritonite (inflamação do peritônio parietal) https://www.youtub e.com/watch?v=8u Z6L4iascs Complicações Perfuração Sepse/ Choque Perfuração Sepse/ Choque Derrame pleural (esquerdo) Pseudocisto Choque Perfuração Fístulas Sepse/ Choque Sepse/ Choque Diagnóstico USG Leucograma Escore de Alvarado USG/ TC Leucograma Critérios de Ranson, Apache Aumento de 3x da lipase* e amilase PCR (gravidade) Classificação de Hinchey TC Leucograma Critérios maiores e menores Quadro clínico + USG + leucograma Tratamento Colecistectomia *Evitar uso de opióides (contração do esfíncter de Oddi) Apendicectomia Suporte clínico (hidratação agressiva, medicamentos sintomáticos, dieta 0, ATB) *Tratar causas de base. Não complicado: Clínico (ATB + suporte clínico) Complicado: Cirúrgico (ressecção da alça) ATBs Rotina de exames do Abdome Agudo 1. AP de abdome em ortostase 2. AP do abdome em decúbito dorsal 3. PA de tórax https://www.youtube.com/watch?v=UWg3Ud2w4HA https://www.youtube.com/watch?v=UWg3Ud2w4HA https://www.youtube.com/watch?v=UWg3Ud2w4HA https://www.youtube.com/watch?v=8uZ6L4iascs https://www.youtube.com/watch?v=8uZ6L4iascs https://www.youtube.com/watch?v=8uZ6L4iascs 4. Beta-HCG 5. Sumário de urina 6. Amilase Abdome agudo obstrutivo, vascular, perfurativo e hemorrágico Obstrutivo Perfurativo Vascular Hemorrágico Etiologia Parada da eliminação de gases e fezes. Mecânico: Volvo, bridas, tumor, corpo estranho, bezoar, hérnia, intussuscepção. Funcional: íleo paralítico. Perfuração de víscera oca (esôfago → reto) Úlceras gástricas, duodenais, diverticulite, doença inflamatória intestinal, corpo estranho, trauma, neoplasia. *Peritonite química e bacteriana. Isquemia mesentérica ou intestinal. Aterosclerose, uso de drogas vasoconstritoras (cocaína, digitálicos), trombose, embolia. *Pacientes com história de cardiopatias (fibrilação atrial, IAM, AVC) Sangue livre na cavidade abdominal. Ruptura de aneurisma, artérias viscerais, tumores, gravidez ectópica rota, trauma abdominal. Quadro clínico Parada da eliminação de gases e fezes Dor abdominal em cólica de início súbito Diarréia paradoxal (aumento dos mov. peristálticos) Acidose/ alcalose metabólica Obstrução alta: Vômitos precoces; Distensão abdominal; Som metálico na ausculta; Dor em cólica (periumbilical); Peristalse intestinal aumentada Obstrução baixa: Náuseas e vômitos tardios com aspecto fecalóides; Dor abdominal; Distensão; Peristalse intestinal aumentada Estrangulada: Alça em sofrimento; Isquemia; Necrose de alça; RHA ausentes; Distensão abdominal; Piora do estado geral; Febre; Leucocitose; peritonite; Dor súbita de forte intensidade (procura imediata do PS) Vômitos, náuseas Isquemia mesentérica aguda Dor abdominal súbita e intensa, vômitos, diarréia Embolia arterial: menor área de infarto (afeta o vaso distalmente); Doenças cardiovasculares - Mais frequente Trombose arterial: maior área de infarto (afeta o vaso proximalmente); Aterosclerose, vasculites - Menos frequente Trombose venosa: Jovens com cardiopatias. Isquemia mesentérica crônica Dor abdominal pós-prandial + perda de peso + aversão a comida Dor intensa Náuseas, vômitos Exame físico Distensão abdominal Defesa abdominal Desidratação Hipotensão arterial Aumento dos RHA (metálico) - com a evolução do quadro Peritonite Abdome em tábua Distensão abdominal Sinal de Jobert Posição antálgica (imóvel) Ausência de RHA Quadro clínico desproporcional ao exame físico (sem peritonite) Inicialmente: abdome flácido, exame físico Palpação de massa pulsátil (aneurisma) Distensão abdominal Taquicardia Taquipnéia Hipotensão Palidez, pele fria tornam-se ausentes Percussão: hipertimpanismo Toque retal (tumor, fecaloma) Sinal de Gersuny: palpação do fecaloma (megacólon) Desconforto respiratório (acúmulo de gás) pobre, RHA aumentados ou normais, timpanismo. Progressão da isquemia: distensão abdominal, timpanismo, fezes sanguinolentas, hematoquezia, peritonite Toque retal: fezes com aspecto de “geléia de framboesa” Oligúria Lentificação do enchimento capilar Pulso fino *Sinal de cullen e Grau-Turner (hemorragia retroperitoneal) Complicações Perfuração Isquemia e necrose das alças intestinais Choque hipovolêmico, séptico Choque séptico Choque Choque hipovolêmico Diagnóstico Clínico (anamnese + exame físico + imagem) - Distensão de alças, níveis líquidos, empilhamento de moedas, sinal - - do grão de café Clínico: exame físico + imagem Pneumoperitônio Laboratório: Leucocitose, hemoconcentração, acidose metabólica, elevação do lactato. Imagem: TC + contraste, Angiografia (padrão-ouro) História clínica + exames de imagem - Líquido livre na cavidade abdominal Tratamento Clínico: hidratação intensa, correção dos distúrbios HEL, analgesia, sonda para retirar líquido. Cirúrgico: comprometimento de alças ou obstrução completa. (tumor, obstrução em alça fechada, hérnia, peritonite) Medidas de suporte: hidratação, analgesia, ATB. Cirúrgico: fechar perfuração. Clínico: ATB, anticoagulantes (papaverina), hidratação, correção dos distúrbios HEL, analgesia Cirúrgico: embolectomia, revascularização, ressecção de alças necrosadas - irritação peritoneal, isquemia, sofrimentode alça Second Look (24-48h) Cirúrgico Reposição volêmica Estabilização hemodinâmica Diarréias agudas e crônicas Aguda Crônica Definição Elevação da frequência (+ de 3x/ dia) ou diminuição da consistência das fezes (líquidas, pastosas) por menos de 14 dias. Elevação da frequência (+ de 3x/ dia) ou diminuição da consistência das fezes (líquidas, pastosas) por mais de 30 dias ou ocorrência de 3 episódios de diarreia no período de 60 dias. *Autolimitadas Etiologia Vírus (rotavírus), bactérias (E. coli, Salmonella, Shigella), protozoários, helmintos Medicamentos (ATB) Doença inflamatória intestinal Neoplasias *Transmissão: solo, água e alimentos contaminados. *Viagem recente Síndrome da má absorção Síndrome do intestino irritável Infecção crônica (protozoários, helmintos) Pancreatite crônica Doença celíaca Intolerância a lactose Doença de Crohn Retocolite ulcerativa Quadro clínico Diarréia Náuseas Dor abdominal difusa Inflamatória: presença de sangue, muco, dor abdominal intensa, leucocitose, tenesmo, urgência fecal e febre. Não inflamatória: ausência de sangue, muco e febre, diarréia de grande volume. Alternância dos hábitos intestinais (diarréia/ constipação) Náuseas, vômitos Dor abdominal Sintomas extra abdominais: dermatite, infertilidade, atraso puberal, distúrbios neurológicos e psiquiátricos Esteatorréia Exame físico Desidratação Toque retal Palpação abdominal (investigar a presença de massas) Distensão abdominal Diagnóstico Clínico Parasitológico de fezes Cultura de fezes Hemograma EDA + biópsia Sorologia Parasitológico de fezes Tratamento Não-infecciosa: hidratação oral (SRO), hidratação venosa (sinais de desidratação mais intensos), correção dos distúrbios HEL Infecciosa: ATB Medicamentos sintomáticos + Probióticos *Evitar uso de antidiarreicos em casos de diarreia infecciosa. Restrição alimentar (lactose, glúten) Reposição de nutrientes (síndromes de má absorção) Tratar causa da diarréia *Diarréia por uso de ATBs = Colite pseudomembranosa (Clostridium difficile) Parasitoses intestinais Transmissão Quadro clínico Complicações Ascaridíase (Ascaris lumbricoides) VO: Alimentos contaminados com ovos - Fecal oral Síndrome de Loeffler (quadro pulmonar semelhante a pneumonia - tosse, dispnéia, eosinofilia) Edema, urticária Dor abdominal Distensão abdominal Vômitos Lesões hepáticas Obstrução intestinal Desnutrição *Podem ser expulsos pela boca ou nariz, fezes Ancilostomíase (Amarelão, Necator Americanus) Penetração das larvas filarióides através da pele - Solo contaminado Dermatite no local de penetração das larvas - urticária, petéquias Sintomas pulmonares: tosse, expectoração sanguinolenta,infiltrado pulmonar Febrícula Dor epigástrica, náuseas, vômitos Sangue oculto nas fezes ANEMIA (ferro) ICC *Geofagia Esquistossomose (Schistosoma mansoni) Penetração da larva cercária na pele (rio) Dermatite cercariana Diarréia muco sanguinolenta Dor abdominal Tenesmo Hipertensão portal (hepatoesplenomegalia, varizes esofágicas, hemorragia digestiva alta, ascite, circulação colateral, icterícia) Giardíase (Giardia lamblia) Consumo de água e alimentos contaminados por cistos *Piscinas Diarréia aquosa, explosiva Distensão e dor abdominal Má absorção de vitaminas A, D, E , K, B12, ácido fólico, ferro e zinco Amebíase (Entamoeba histolytica) Ingestão de água e alimentos contaminados - Oral-fecal Úlceras no cólon, sigmóide e reto (botão de camisa) Febre, calafrios Náuseas, vômitos Cansaço Distensão abdominal Irritabilidade Hepatomegalia *Alternância entre remissão dos sintomas e crises Abscesso amebiano hepático Megacólon Tóxico Perfuração Hemorragia Teníase Porco: Solium - Consumo de carne de porco mal cozida (cisticerco) Vaca: Saginata - Consumo de carne de boi contaminada Ingestão de ovos ou proglotes de tênia solium - Cisticercose Cólicas intestinais Epigastralgia Fadiga Irritabilidade Cefaléia, náuseas Anorexia Perda de peso *Cisticercose: manifestações neurológicas (HIC, convulsões) Oxiúros (Oxyurus vermicularis) Interpessoal Ingestão de ovos Autoinfecção Prurido anal (noite) Irritabilidade Insônia Náuseas, vômitos Dores abdominais (cólica) *Mulheres: prurido vulvar, corrimento vaginal, ITU Sepse Sepse Infecção + sinais de disfunção orgânica Choque séptico Sepse + hipotensão não responsiva a volume (necessidade de usar drogas vasoativas) + Hiperlactemia PAM > 65 mmHg (Noradrenalina) Lactato > 2 mmol/L (18 mg/dL) *Uma variação aguda de 2 pontos ou mais no SOFA associada à infecção de�ine o estado séptico. Conduta Coletar exames laboratoriais para pesquisar disfunções orgânicas (lactato, Bb, creatinina, hemograma, coagulograma) ⇩ Coleta de 2 hemoculturas de locais diferentes ⇩ Administrar ATB de amplo espectro (foco infeccioso identi�icado: direcionar ATB) ⇩ Hidratação venosa intensa (2 acessos) ⇩ Se persistência da hipotensão - Vasopressores (PAM < 65 mmHg) (Noradrenalina) *Avaliar paciente continuamente Meningite e encefalite Meningite Encefalite Definição Inflamação das meninges Inflamação do parênquima cerebral Etiologia Vírus (Enterovírus, arbovírus, HSV, VZV) Bactéria (N. meningitidis e S. pneumoniae) Fungo Protozoários Helmintos *Notificação compulsória Herpesvírus* HIV Enterovírus Bactérias Protozoários Quadro clínico Febre (calafrios) Cefaléia intensa Sonolência Náuseas, vômitos (jato) Fotofobia Prostração Rebaixamento do nível de consciência Convulsões *Idosos e lactentes possuem manifestações atípicas. Anorexia Cefaléia Fotofobia Vômitos, náusea Alterações do estado mental Crises convulsivas Desorientação, alucinações, psicose, mudanças de personalidade Movimentos anormais (gânglios da base) Mudanças de comportamento Distúrbios de linguagem Febre alta Exame físico Rigidez de nuca Alterações do LCR Sinais de irritação meníngea Kernig Laségue Brudzinski Rigidez de nuca Alterações comportamentais Alterações neurológicas focais Complicações Retardo mental Surdez, hipoacusia Convulsões Paralisia Perdas motoras e sensoriais Distúrbios visuais e de linguagem Hidrocefalia Abscessos cerebrais - Diagnóstico LCR Cultura (sangue, LCR, lesões cutâneas) Sorologias PCR TC, RM LCR Tratamento ATB Aciclovir (viral) ATB (bacteriana) ITU Cistite Pielonefrite Etiologia Sistema urinário baixo (bexiga) E. coli Klebsiella sp Sistema urinário alto (rins, pelve renal ureteres) Quadro clínico Disúria Polaciúria Urgência miccional Dor em região suprapúbica Hematúria Febre alta + calafrios Vômitos, náuseas Prostração Taquicardia Dor lombar Sem febre *Idosos e lactentes podem apresentar sintomas atípicos Sintomas urinários (cistite) Exame físico Dor a palpação da bexiga Giordano + Complicações - Sepse Obstrução renal Necrose da papila Diagnóstico Sumário de urina (piócitos, hematúria, bacteriúria, urina turva) - Mudanças de cor, cheiro, aspecto da urina Urocultura Antibiograma Exames de imagem Sumário de urina Urocultura Tratamento ATB (Cefalexina) ATB (Ciprofloxacino) Dengue: cefaleia, dor retroorbital, dor no corpo exame depois do 5 dia: PCR e IgM exame antes do 5 dia: anti- conduta farmacos q n podem: corticoide, aspirina ate o 5 dia: pesquisa viral 3 dia: NS1 a partir do 6: sorologia Procedimentos Punção lombar Paracentese Prova do laço De�inição Punção do líquido cefalorraquidiano Punção da cavidade peritoneal Indicação Diagnóstica: Investigação etiológica da ascite - Causa hepática, cardíaca, infecção, neoplasia Presença de ascite e deterioração clínica Terapêutica: Paracentese de alívio (desconforto abdominal e respiratório) - Remoção de grandes volumes Contraindicação Presença de infecção cutânea no local da punção Importante distensão de alças (abdome agudo obstrutivo) - perfuração Coagulopatias (plaquetopenia, RNI alargado) Coagulação intravascular disseminada (CIVD) Infecção cutânea, hematomas, vasos, cicatrizes no local de punção *Não há contraindicação absoluta *Os riscos podem ser minimizados com USG *Relativas (deve ser realizada a paracentese em casos de extrema importância) Técnica1. Posicionar paciente em decúbito lateral, posição fetal ou sentado (�letir a cabeça e a coluna, abrindo os espaços intervertebrais) 2. Identi�icar e marcar local da punção: - Palpar cristas ilíacas e traçar linha imaginária entre elas, a qual cruza a linha média ao nível de L4 - Palpar processo espinhoso de L4 e identi�icar espaço intervertebral L3-L4 ou L4-L5 – escolher um deles para punção e marcar com caneta 3. Fazer antissepsia da pele (povedine ou clorexidina) 4. Anestesia da pele (subcutânea) e do trajeto da agulha (lidocaína) Preparação do material utilizado - Antisséptico, gaze, campo fenestrado estéril, luva estéril, avental, máscara, gorro e óculos *Paracentese é um procedimento estéril (alto risco de contaminação) 1. Assepsia da área a ser puncionada. 2. Anestesiar local de punção (lidocaína a 2%) - Anestesiar tecido subcutâneo no local de punção *SEMPRE aspirar antes de realizar a injeção do anestésico (vaso) *Quando aspirar e vier líquido 5. Inserção da agulha de punção 6. Sentir a resistência dos planos atravessados pela agulha: pele, subcutâneo, ligamento supraespinhal, ligamento interespinhal, ligamento amarelo (maior resistência), epidural, dura-máter e subaracnóide 7. Ao sentir a passagem da resistência do ligamento amarelo, introduzir a agulha de 2/2mm, retirando o estilete para identi�icar presença ou não de LCR 8. Medir a pressão de abertura do LCR, assim que esse começar a gotejar 9. Colher 4-5ml do LCR por gotejamento espontâneo ascítico deve-se continuar a injeção do anestésico para anestesiar o peritônio parietal 3. Punção na FIE entre o umbigo e a espinha ilíaca anterossuperior entre o terço médio e o inferior - Avaliar se há vasos colaterais ou alças intestinais *Inserir agulha 45° ou tracionar a pele 2 cm do local a ser puncionado 4. Punção - Jelco + seringa (ir até cavidade peritoneal - líquido ascítico) *Aspirar um pouco do líquido com a seringa para análise laboratorial e cultura (encher seringa) *Inserir jelco o mais profundamente possível e em seguida, retirar guia metálico. *Jelco 14/ 16 - agulha revestida com cateter de silicone que permanece na cavidade após a punção *Esvaziar bexiga antes da punção, se abordagem infraumbilical 5. Conexão do cateter do jelco ao cateter do cálice graduado (coleta do líquido) *Fixar jelco com micropore na pele, para impedir a saída do cateter *Não existe um volume máximo na paracentese! Deve-se retirar o volume su�iciente para possibilitar um alívio aos sintomas do paciente. 6. Após a retirada da quantidade desejada de �luido, retirar cateter e fazer curativo Complicações Cefaléia Síndrome da cauda equina Sangramentos Perfuração de alças intestinais e outros órgãos Contaminação do líquido ascítico - Peritonite bacteriana secundária Síndrome hepatorrenal - a retirada de um volume muito grande de líquido ascítico resultar em uma perda muito grande de líquido para o interstício, podendo reduzir a perfusão renal e causar IRA. Para evitar, deve-se administrar albumina para o paciente, evitando a perda de líquido e consequentemente a diminuição do �luxo renal. - Para 1L retirado, administra-se 1 Frasco de albumina Análise Turvo, cor branca-leitosa/ ligeiramente xantocrômica, presença de coágulos, glicose diminuída, leucocitose, cultura + - Infecção bacteriana Límpido, incolor, ausência de coágulos, glicose normal, poucos linfócitos, cultura - - Infecção viral Aspectos macroscópicos - Seroso - Hemorrágico - Turvo - Lactescente - Bilioso Albumina, proteínas, glicose, marcadores tumorais Citologia Bacterioscopia Cultura Ascite De�inição: derrame de líquido na cavidade peritoneal Exame �ísico Abdome globoso Piparote Macicez móvel Círculo de Skoda Preparo do Paciente: No antebraço que não será puncionado, delimitar uma área de 2,5 x 2,5 cm (área recomendada pela Organização Mundial de Saúde = polegada²) e assinalar eventuais "pintas" nela contidas. Depois, garrotear o braço com es�igmomanômetro durante 5 min na média aritmética de pressão sistólica e diastólica. No �im, contar o número de petéquias que aparecem dentro da área delimitada. Técnica recomendada para Dengue: 1. Determinar a pressão arterial do paciente, seguindo as recomendações técnicas. 2. Voltar a in�lar o manguito até o ponto médio entre a pressão máxima e a mínima (Ex.: PA de 120 por 80 mmHg, in�lar até 100 mmHg). O aperto do manguito não pode fazer desaparecer o pulso. 3. Aguardar 5 minutos com o manguito in�lado nesta pressão. Às vezes é preciso rein�lar ar no manguito para manter a pressão desejada. 4. Orientar o paciente quanto ao pequeno desconforto sobre o braço. 5. Após 5 minutos, soltar o ar do manguito e retirá-lo do braço do paciente. 6. Deixar o sangue circular normalmente durante uns 2 minutos. 7. Procurar por petéquias na área onde estava o manguito e abaixo da prega do cotovelo. 8. Escolher o local de sua maior concentração e marcar um círculo (com caneta) do tamanho de 1,78 cm de diâmetro, isto é, pouco menor que uma moedinha de 1 centavo. * 9. Contar nessa área o número de petéquias. A prova do laço é considerada positiva se forem contadas 20 ou mais petéquias. Interpretação: Avaliação da fragilidade capilar. Trombocitopenia. Tromboastenia. Hipovitaminose C. Púrpura de Henoch-Schönlein. Coagulação intravascular disseminada. Hipo�ibrinogenemia. Hipoprotrombinemia. De�iciência de fator VII. D. de von Willebrand. De�iciência de vitamina K. Escarlatina. Hipertensão. Diabetes. Gripe. Sarampo. Escorbuto. Dengue. Febre amarela. Ebola. Marbourg.
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