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TEORIA GERAL DO PROCESSO U1- NOÇÕES TEÓRICAS BÁSICAS DO PROCESSO U1S2 – Fontes e métodos alternativos de resolução ÉTTORE DE LIMA Forma clássica de resolução de conflitos República Federativa do Brasil: separação de poderes Apesar de uno e indivisível, o poder estatal tem suas funções divididas de acordo com as atividades por ele predominantemente desenvolvidas. Assim, podemos falar em Poder Legislativo (função típica consistente em legislar, criar leis), Poder Executivo (função típica calcada em executar graciosamente as leis) e Poder Judiciário (função precípua consistente em prolatar a solução concreta de conflitos). Poder Judiciário: Uma vez que esteja instaurado o conflito de interesses e não tenha sido possível uma composição amigável entre as partes, uma autocomposição, caberá ao Poder Judiciário solucionar o litígio, impondo às partes sua decisão (Estado Jurisdicional. Forma clássica de resolução de conflitos • Relembrando.... • Pretensão: entendimento de uma parte de que tem direito a alguma coisa, e a outra pessoa não tem este mesmo direito material. • Lide: conflito de interesse qualificado por uma pretensão resistida. Formas alternativas de resolução de conflitos Não há proibição às formas alternativas de solução de conflitos, mas, sim um cenário de coexistência dos meios alternativos de solução de conflitos com o Poder Judiciário. CONCEITUAÇÃO: mecanismos de resolução de conflitos que não se valem das normas do ‘direito processual civil’, mas de outras, inclusive de natureza contratual, para atingir o mesmo objetivo. Estrutura dos mecanismos de solução de conflitos 1) Autotutela. 2) Autocomposição: negociação; reconhecimento jurídico do pedido; renúncia do direito que se fundamenta a ação. TÉCNICAS: negociação; mediação; conciliação e avaliação neutra de um terceiro. 3) Heterocomposição: heterocomposição pública (judiciário - processo) e heterocomposição privada (arbitragem). ARBITRAGEM 1) Arbitragem: técnica de solução de conflitos expressamente autorizada pelo ordenamento jurídico brasileiro, em que uma terceira pessoa (que não o Estado- juiz) tem o poder/dever de solucionar o conflito instaurado entre partes que se predispuseram a se submeter a tal forma de solução. É, portanto, delegada a solução do litígio a árbitros que decidirão soberanamente o destino que será dado ao conflito. Formas alternativas de resolução de conflitos 2) Conciliação: o grau de participação do conciliador é maior, podendo inclusive sugerir soluções, pois o mediador participa com menor intensidade da construção do acordo, enquanto o conciliador poderá sugerir soluções para o conflito, participando mais ativamente da obtenção do consenso junto às partes do que na mediação. Formas alternativas de resolução de conflitos 3) Mediação: Na mediação, como na conciliação, o poder de decidir o conflito (por meio do acordo) pertence exclusivamente às partes e não ao terceiro. Diferenças entre mediação e conciliação: 1) O grau de intervenção do terceiro, que será então denominado, dependendo do caso, mediador ou conciliador → o objeto do mediador é fazer com que cada uma das partes compreenda a situação e as razões da outra, facilitando a comunicação. Por sua vez, o conciliador busca o acordo das partes com participação mais intensa. 2) A mediação se dá preferencialmente nos casos em que houver vínculo de relação continuada anterior entre as partes, na conciliação, de preferência, tal vínculo anterior não estará presente. Isso é o que preceitua o art. 165, §§ 2º e 3º, do Código de Processo Civil. Diferenças entre mediação e conciliação: Conceitos Processo: o vocábulo “processo” vem do latim (procedere), no sentido de seguir adiante, marcha avante ou caminhada. Se trata do instrumento por meio do qual se dá a função jurisdicional. Procedimento: é a materialização do processo. É a parte formal do processo estipulada por lei. Autos: são a materialização física do processo. Consulta dos autos do processo Tendências • Crise no judiciário→ Direito tende a favorecer a heterocomposição privada e a autocomposição.
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