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Habilidades sociais e inteligência emocional - Um relato de experiência a luz da analise do comportamento


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Habilidades sociais e inteligência emocional: um relato de experiência a luz da
analise do comportamento
Article  in  Brazilian Journal of Development · January 2020
DOI: 10.34117/bjdv6n4-136
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Nadia Flausino Vieira Borges
Universidade Federal de Tocantins
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Brazilian Journal of Development 
 
 Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n.4,p.18484-18496 apr. 2020. ISSN 2525-8761 
 
 
18484 
Habilidades sociais e inteligência emocional: um relato de experiência a luz 
da analise do comportamento 
 
Social skills and emotional intelligence: an experience report in the light of 
behavior analysis 
 
 
DOI:10.34117/bjdv6n4-136 
 
Recebimento dos originais: 09/03/2020 
Aceitação para publicação: 09/04/2020 
 
 
Ana Gabriela Ferreira Brito 
Mestranda em Ensino em Ciências e Saúde 
Instituição: Universidade Federal do Tocantins - UFT 
E-mail: anagfbrito@gmail.com 
 
Angela Noleto da Silva 
Doutoranda em Educação 
Instituição: Universidade de Brasília – UNB 
E-mail: angelanoleto@mail.uft.edu.br 
 
Katia Cristina Custódio Ferreira Brito 
Doutora em Educação 
Instituição: Universidade Federal do Tocantins - UFT 
E-mail: katiacristina@uft.edu.br 
 
Márcia Flausino Vieira Alves 
4Mestranda em Educação 
Instituição: Universidade Federal do Tocantins - UFT 
E-mail: marcia.flausino.vieira@gmail.com 
 
Maynnara Terra Ramos 
Bacharel em Psicologia 
Instituição: Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP/ULBRA 
E-mail: maynnaraterra@gmail.com 
 
Nádia Flausino Vieira Borges 
Mestre em Educação 
Instituição: Universidade Federal do Tocantins - UFT 
E-mail: nanaflausino@hotmail.com 
 
Tainá Bernardes 
Especialista em Psicologia do Esporte 
Instituição: Faculdade Unyleya 
E-mail: tainabernardesp@gmail.com 
 
mailto:katiacristina@uft.edu.br
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 Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n.4,p.18484-18496 apr. 2020. ISSN 2525-8761 
 
 
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Wesquisley Vidal de Santana 
Mestrando em Ensino em Ciências e Saúde 
Instituição: Universidade Federal do Tocantins – UFT 
E-mail: wesquisley_santana@hotmail.com 
 
 
RESUMO 
O relato a seguir refere-se aos procedimentos e resultados obtidos através de um atendimento 
clinico a partir da Analise do Comportamento. O participante do sexo masculino, 20 anos, 
ensino superior incompleto e com queixa de desenvolvimento de autoconhecimento, 
inteligência emocional. Mediante a tais questões, percebeu-se um índice baixo de habilidades 
sociais e portanto, o processo terapêutico buscou proporcionar ao cliente, a aquisição de novos 
repertórios comportamentais, sendo estes realizados através do Treinamento de Habilidades 
Sociais, Diário de Registro de Comportamento (D.R.C.s), e técnicas comportamentais. 
Através dos resultados obtidos na Escala de Beck e no Inventário de Habilidades Sociais e 
comportamentais do cliente foi possível observar que as intervenções realizadas foram 
efetivas, melhorando assim a qualidade de vida do cliente. 
 
Palavras chave: habilidades sociais; analise do comportamento; inteligência emocional. 
 
ABSTRACT 
The following report refers to the procedures and results obtained through clinical care from 
the Behavior Analysis. The male participant, 20 years old, with incomplete higher education 
and complaining of developing self-knowledge, emotional intelligence. Through these issues, 
a low index of social skills was perceived and therefore, the therapeutic process sought to 
provide the client with the acquisition of new behavioral repertoires, these being carried out 
through Social Skills Training, Behavior Record Journal (DRCs) , and behavioral techniques. 
Through the results obtained on the Beck Scale and on the client's Social and Behavioral Skills 
Inventory, it was possible to observe that the interventions performed were effective, thus 
improving the client's quality of life. 
 
Key words: social skills; behavior analysis; emotional intelligence. 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Atualmente, sabe-se que a Inteligência Emocional (IE) é uma habilidade que pode trazer 
benefícios e qualidade de vida ao individuo. Famosas revistas nacionais divulgam informações 
sobre a temática, na qual relatam que o coeficiente de inteligência (QI) vem perdendo lugar 
para o coeficiente emocional (QE), na qual, através de observações e autocontrole de seus 
próprios comportamentos, o individuo consegue se relacionar melhor e assim, ter como 
consequência vivências mais positivas (ALLEGRETTI, 2015; GASPARINI, 2015; 2017). 
O conceito da IE ainda não esta sendo amplamente discutido dentro do contexto 
psicoterapêutico, de forma oposta ao campo educacional e organizacional (OBERST; 
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LIZERETTI, 2004). Entretanto, existem fatos que comprovam que a falta deste desemprenho 
influencia no desenvolvimento e manutenção de diversos distúrbios psicológicos (OBERST; 
LIZERETTI, 2004). Sendo assim, considera-se válida a fusão destes campos que podem 
auxiliar no desemprenho e o bem estar do individuo. 
Dentro da Psicologia, a Análise do Comportamento é uma abordagem que busca 
compreender o indivíduo baseado na sua interação com o ambiente (MOREIRA; MEDEIROS, 
2007. p. 213). Na Análise do Comportamento, um termo muito utilizado são as Habilidades 
Sociais, que segundo Bolsoni-Silva e Carrara (2010) é um conjunto de comportamentos 
emitidos diante das demandas de uma situação interpessoal, desde que maximizem os ganhos 
e reduzam as perdas para as interaçõessociais. Del Prette e Del Prette (2010) declaram que a 
relações entre Análise do Comportamento e as Habilidades Sociais são definidas através de 
uma conexão histórica de produções a partir do comportamento social. 
Entretanto, segundo Caballo (2002), a conceitualização do termo ‘Habilidades Sociais’ 
não é possível, sendo este totalmente flexível. Tais autores fazem esta afirmativa por 
entenderem que os comportamentos se adequam de acordo com o contexto cultural em que o 
sujeito está inserido, podendo também, depender de outros fatores como sexo, idade, região e 
classe social (CABALLO, 2002). Evidentemente, não existe um parâmetro determinante de 
habilidades sociais (CABALLO, 2002), porém, Trower (1984) citado por Caballo (2012) 
afirma que de uma forma intuitiva, conseguimos identificar quais são as habilidades sociais. 
O comportamento socialmente habilidoso é esse conjunto de comportamentos emitidos 
por um indivíduo em um contexto interpessoal que expressa os sentimentos, atitudes, desejos, 
opiniões ou direitos desse indivíduo, de um modo adequado à situação, respeitando esses 
comportamentos nos demais, e que geralmente resolve os problemas imediatos da situação 
enquanto minimiza a probabilidade de futuros problemas (CABALLO 2002, p. 365). 
Dentro destas habilidades, podem ser incluídos comportamentos como o de iniciar, 
manter e finalizar uma conversa; pedir ajuda; fazer e responder a perguntas; fazer e recusar 
pedidos; defender-se; expressar sentimentos, agrado e desagrado; pedir mudança no 
comportamento do outro; lidar com críticas e elogios; admitir erro e pedir desculpas e escutar 
empaticamente, dentre outros (MURTA, 2005. apud CABALLO, 2002). 
 Dell Prette; Dell Prette (2014), ao apresentarem o IHS, afirmaram que independente 
do comportamento, ocorrendo em situação social, este é considerado como um desempenho 
social. Entretanto, este pode ser considerado socialmente competente, ou não. “O desempenho 
social pode ser considerado como uma sequencia e sobreposição de componentes 
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comportamentais. Cognitivo-afetivos e fisiológicos com que reagimos diante de uma demanda 
social” (DELL PRETTE; DEL PRETTE, 2014, p.14). 
O presente relato tem como objetivo apresentar o atendimento realizado no SEPSI – 
Serviço de Psicologia, clínica-escola do CEULP/ULBRA – Centro Universitário Luterano de 
Palmas, cujo demanda do cliente era referente a busca de autoconhecimento e aprimoramento 
de inteligência emocional. O cliente buscou assistência psicológica no Núcleo Alteridade e em 
seguida foi encaminhado ao SEPSI. Primeiramente ocorreu o acolhimento com relato de suas 
queixas e expectativas do processo terapêutico. A partir disso, a cliente foi encaminhada para 
atendimento psicoterapêutico individual, a luz da Análise do Comportamento. 
 
2 MÉTODO 
2.1 SUJEITO PARTICIPANTE DA PESQUISA 
Pedro (nome fictício), 20 anos, acadêmico de ciências da computação, solteiro. Buscou 
atendimento no Núcleo Alteridade e foi encaminhado pelo mesmo para o Serviço de 
Psicologia – SEPSI em fevereiro de 2017. Mudou-se para Palmas há dois anos para cursar 
faculdade. Neste período sentiu-se bastante perdido quanto à nova rotina e em se organizar em 
relação ao tempo e agenda. Relatou se sentir sozinho e com dificuldade de fazer novas 
amizades, percebendo estar muito ligado as atividades e companhias relacionadas a sua cidade 
natal, no interior do estado. 
 
2.2 AMBIENTE E MATERIAIS 
Os atendimentos ocorrem no Núcleo de Atendimento a Comunidade do 
CEULP/ULBRA, que vem oferecendo serviços voluntários desde de 2008 em Palmas-TO. 
Segundo Ribeiro (2014), os serviços promovidos pelo Núcleo tem o propósito de contribuir 
através de um trabalho de transformação a nível social, humanizado e de articulação com os 
serviços médicos e escolas, integrando educação e saúde. Juntamente com os serviços de 
outros cursos ofertados, como de Biomedicina, Serviço Social, Direito, Fisioterapia e 
Enfermagem, inclui-se o de Psicologia que oferece atendimento gratuito, realizado pelos 
estagiários do curso supervisionados por professores. 
Localizado na Avenida JK, quadra 108 norte, Alameda 12, o SEPSI, serviço de 
Psicologia, atualmente tem oferecido os serviços de psicoterapia individual (para crianças, 
adolescentes e adultos), avaliação psicológica, avaliação neuropsicológica e psicoterapia em 
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grupos. No consultório, os pertencentes a este são três cadeiras, uma mesa que continha um 
relógio e lenços. A sala apresenta temperatura e iluminação artificial. 
As sessões foram realizadas em um consultório do SEPSI. Para avaliação e coleta de 
dados foram utilizados: Questionário de História Vital de Lazarus (1980); Bateria Fatorial de 
Beck, composto por quatro escala (BAI, BSI, BDI, BHI) (CUNHA, 2001), Diários de 
Registros de Comportamentos (BUENO; BRITTO, 2003) e Inventário de Habilidades Sociais 
– IHS (DELL PRETTE; DEL PRETTE 2014). Para a realização das intervenções, foram 
realizadas técnicas como a Carta à Terapia, Curtograma, Diário de Metas. O uso de materiais 
como livros também se fizeram presentes no decorrer das intervenções. Durante o processo de 
algumas técnicas objetos como celular para apresentação de estímulos auditivos, lenços de 
papel, caneta, papel e impressora também foram desfrutados. 
 
2.3 PROCEDIMENTO 
Após ser encaminhado pelo Núcleo Alteridade e realizado sua inscrição no SEPSI, o 
cliente participou do acolhimento, realizado por um terapeuta-estagiário, na qual é apresentada 
a demanda do cliente, assim como os seus desejos e expectativas em relação ao atendimento. 
A partir da demanda apresentada por Pedro, este foi encaminhado para psicoterapia individual. 
O cliente foi atendido durante o primeiro semestre do ano de 2017 por outra terapeuta-
estagiaria, que repassou o caso ao concluir o estágio em clínica, sendo que esta, além de 
realizar procedimentos e atendimentos que influenciaram no resultado final deste cliente, 
também aplicou em Pedro, testes que representaram o percurso do mesmo na psicoterapia. 
Foram realizadas 21 sessões terapêuticas, uma vez por semana, de aproximadamente 50 
minutos cada. Os atendimentos clínicos deram-se de acordo com a abordagem 
comportamental, sendo compreendido por cinco fases: Linha de Base, Intervenção I, 
Avaliação Pós-Férias, Intervenção II e Avaliação Final. 
 
2.3.1 Linha de Base (1ª a 4ª sessão) 
A linha de base é o período de avaliação inicial, entre a 1ª e a 4ª sessão sem intervenções, 
tendo apenas como a coleta de dados acerca da vida e queixa de Pedro. Estas informações 
foram recolhidas através dos relatos verbais apresentados por Pedro e com os resultados 
obtidos através da: (a) Escala de BECK: Inventário de Ansiedade de Beck- BAI; A Escala de 
ideação suicida de Beck -BSI ; Inventário de depressão de Beck -BDI; e a Escala de 
Desesperança- BHS (CUNHA, 2001), visando investigar o quadro de desesperança e de 
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ansiedade intensa, relatada por ela; (b) Questionário Multifatorial de Historia vital 
(LAZARUS, 1980); (c) carta à terapia com objetivo de identificar expectativas e metas no 
processo terapêutico; (d) Curtograma (ANDRADE, 2010), com o objetivo de conhecer o 
cliente, bem como as coisas que o agrada ou desagrada. 
 
2.3.2 Intervenção I (5ª a 9ª sessão) 
A partir deste momento, as intervenções começaram a ser concretizadas. O diário de 
registro de comportamento, na qual é solicitado que o cliente observe e registre a forma na 
qual lida com situações desconfortáveis, foi uma das técnicas utilizadas. Pedro, 
majoritariamenteapresentava situações na qual conseguia lidar com tais situações, mostrando 
sempre que apresentava potencial para criar estratégias de enfrentamento de tais situações. 
Foi realizada a educação sobre ansiedade, na qual a hiperventilação foi ensinada a Pedro, 
entretanto, esta tinha como finalidade produzir um estado ansioso nele, para que seu Sistema 
Nervoso Autônomo Simpático fosse estimulado e gerasse respostas como sudorese, 
dificuldade para respirar, formigamento, boca seca, sensação de desmaio, entre outros. Tal 
procedimento fez com que o cliente percebesse que em situações aversivas, o corpo reage 
produzindo respostas fisiológicas, sendo estas descritas por Pedro. Em seguida foi aplicado o 
treino de controle respiratório, com o objetivo de ativar o Sistema Nervoso Autônomo 
Parassimpático. Este sistema é responsável pelo equilíbrio das funções orgânicas, sendo assim, 
Pedro, ao utilizar a técnica, conseguiu equilibrar suas respostas a situações aversivas. 
O Túnel do Tempo, instrumento criado por Arenales – Loli (2011) também foi utilizado 
com a intenção de estimular a fala e trazer assuntos ainda não ditos no ambiente clinico. 
Durante a vivência, foi possível compreender principalmente questões relacionadas ao 
contexto familiar e social. 
A comunicação foi trabalhada com o cliente através de uma atividade de venda. Pedro 
leu sobre uma empresa no inicio da sessão, e ao terminar a leitura, o cliente teve que vender o 
produto dentro do seetting. Através de questionamentos, criticas e objeções, o produto foi 
vendido com sucesso. 
No nono atendimento, realizamos uma lista com metas trimestrais. Tais metas estavam 
relacionadas a diversos campos da vida do cliente, como relacionamentos, profissional, 
acadêmica, saúde e afins. A proposta foi traçar estratégias para a concretização de tais metas 
e após 3 meses, retornarmos a aquela lista e observássemos o que de fato o cliente tinha 
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conseguido conquistar. Também traçamos estratégias para a concretização destes. Também 
foi entregue um programa de férias para que o cliente seguisse. 
 
2.3.3 Avaliação Pós-Férias (10ª e 11ª sessão) 
Após o período de recesso, retornamos ao atendimento, na qual questões referentes ao 
programa de férias foram retomadas e avaliadas. O cliente relatou sobre os pontos que mais 
apresentou dificuldade e facilidade e fazer, e baseados nestes relatos e em uma nova carta a 
terapia, foram triados novos objetivos para o semestre. 
 
2.3.4 Intervenção II (12ª a 20ª sessão) 
Foi solicitado que o cliente criasse novas metas trimestrais, e que avaliasse, através do 
quadro de metas, questões relacionadas a o que ele estava fazendo para atingir tais objetivos. 
Segue abaixo o quadro com as metas apresentadas pelo mesmo. 
 
METAS TRIMESTRAIS 
Continuar correndo e ter conseguido 
fazer 8 km; 
Continuar melhorando os hábitos alimentares; 
Apesar das metas pessoais, jamais deixar 
de dar atenção a família, amigos e a 
Deus; 
Ter uma ideia e planejamento de qual será 
meu próximo projeto. Testar a ideia para 
verificar se é viável iniciar o projeto; 
Aumentar meu network; Iniciar o hábito de escrever; 
Adquirir massa muscular; Iniciar o estudo de inglês; 
Curso envolvendo a área financeira; Se aperfeiçoar e treinar apresentações; 
Continuar se dedicando no 
desenvolvimento pessoal: 
● Ajuda profissional 
● Cursos 
● Livros 
● Vídeos 
Encontrar alguma forma de expor e mostrar o 
quê tenho aprendido: 
● Página no facebook 
● Textos 
● Palestra/Apresentação (Na Igreja ou 
IDream) 
 
O livro Caderno de Exercícios de Inteligência Emocional de Ilios Kotsou (2011), 
também foi utilizado. Este apresenta estratégias e reflexões que, dentro do ambiente 
terapêutico proporcionou uma grande evolução referente a esta área, na qual a cada semana 
uma atividade do livro era realizada. 
Para incentivar determinadas áreas que o cliente gostaria de evoluir, foi proposta a 
apresentação (palestra) sobre uma temática a escolha do cliente. O mesmo, após duas semanas 
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de preparo a apresentou, dentro do consultório, sobre auto responsabilidade. Foram apontados 
pontos positivos sobre a apresentação e feita sugestões sobre. 
É importante destacar que durante todo este processo, o DRC foi utilizado 
semanalmente, na qual, as questões trazidas pelo cliente foram trabalhadas, principalmente, 
através de questionamentos socráticos. Destas questões, muitas eram relacionadas a 
importância sobre opinião de pessoas que se apresentassem relevantes socialmente e 
pessoalmente. 
 
2.3.5 Avaliação Final (21ª sessão) 
Na ultima sessão a temática referente as metas trimestrais foram abordadas, na qual, o 
cliente apresentou os pontos que considerou mais fácil de cumprir, assim como os que 
apresentou mais dificuldade. O mesmo criou novas estratégias referente as metas que não 
conseguiu cumprir e também abordou sobre comportamentos que pretende manter para 
continuar obtendo resultados positivos. Realizamos com a aplicação da Escala de Beck e 
também do IHS – Del Prette, na qual, auxiliará a compreender o desempenho do cliente no 
decorrer do processo psicoterapêutico. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Os resultados serão apresentados a partir de dados estatísticos através do Inventário de 
Habilidades Sociais – IHS e da Escala de Beck. Entretanto também foi perceptível a 
confirmação destes através dos diálogos ocorridos dentro do contexto clínico, bem como 
através dos diários de registro de comportamento. 
 
3.1 ESCALA DE BECK 
Fazem parte das Escalas de Beck o Inventário de Depressão (BDI), o Inventário de 
Ansiedade (BAI), a Escala de Desesperança (BHS) e a Escala de Ideação Suicida (BSI) 
(Cunha, 2001). Conforme os manuais, as Escalas Beck, são indicadas para sujeitos entre 17 e 
80 anos de idade (Cunha, 2001). O BDI - Inventário de Depressão Beck trata-se de uma escala 
de auto-relato, de 21 itens, cada um com quatro alternativas, para medida da intensidade da 
depressão. BAI - Inventário de Ansiedade trata-se de uma escala de auto-relato, constituída 
por 21 itens, cada um com quatro níveis que refletem a gravidade de cada sintoma: (a) 
“Absolutamente não”; (b) “Levemente”; (c) “Moderadamente”; (d) “Gravemente”, medindo 
assim a intensidade das respostas de ansiedade. O BHS - Escala de Desesperança trata-se de 
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uma escala que engloba 20 itens, consistindo em afirmações que envolvem cognições sobre 
desesperança, para medida da dimensão do pessimismo. Por fim, o BSI - Escala de Ideação 
Suicida trata-se de uma escala constituída de 21 itens, para investigar ideação suicida. 
 As Escalas de Beck foram aplicadas em Pedro nas datas 05 de abril de 2017 e em 
seguida, 12 de outubro de 2017. Inicialmente, apenas o Inventário de Ansiedade - BAI e o 
Inventário de Depressão - BDI foram aplicados. Em um segundo momento, foi realizada a 
aplicação destes e também da Escala de Ideação Suicida - BSI e Escala de Desesperança - 
BHS, entretanto, por ter tido resultado zero, e não ter sido aplicado anteriormente, estes serão 
considerados irrelevantes. Por fim, todos os inventários foram reaplicados dia 08 de junho de 
2018. No gráfico comparativo a seguir serão expostos detalhadamente os resultados desta 
aplicação. 
 
Gráfico 1: Comparação entre os resultados do BDI e BAI 
 
Fonte: Elaboração própria 
 
Através dos resultados obtidos, foi possível perceber que em relação ao BDI, Pedro 
apresentou o grau leve de depressão, através do escore 14. Já em sua segunda aplicação ele 
obteve escore 0, continuando em grau mínimode depressão. Na ultima aplicação, Pedro 
apresentou escore 4, mantendo assim, o grau mínimo. 
Em relação ao BAI, inicialmente, Pedro apresentou escore 8, demonstrando grau mínimo 
de ansiedade. Na segunda aplicação, o cliente continuou apresentando grau mínimo de 
ansiedade, com escore 7. Na ultima aplicação, Pedro apresentou escore 8 novamente, na qual 
ocorreu novamente a manutenção deste comportamento. 
0
2
4
6
8
10
12
14
16
ESCORES 1º
APLICAÇÃO
ESCORES 2º
APLICAÇÃO
ESCORES 3º
APLICAÇÃO
BAI
BDI
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3.2 INVENTÁRIOS DE HABILIDADES SOCIAIS – IHS 
Segundo os autores do inventário, Dell Prette; Dell Prette (2014), o IHS é um 
instrumento para avaliação, de acordo com nossa realidade, para aferir o repertorio de 
habilidades sociais. O IHS foi aplicado em Pedro nas datas 07 de junho de 2017, em seguida, 
06 de dezembro de 2017 e finalmente 08 de junho de 2018. No gráfico comparativo a seguir 
a seguir serão expostos detalhadamente os resultados. 
 
Gráfico 1: comparação entre a primeira e a segunda aplicação do IHS. 
 
Fonte: Elaboração própria 
 
No escore total, foi perceptível o avanço de Pedro indo de repertório médio de 
Habilidades Sociais a um bom repertório (acima da média), passando do percentil 50 para o 
60. Entretanto na ultima aplicação o cliente apresentou uma déficit, apresentando percentil 10. 
Em relação ao escore F1, que se refere ao enfrentamento e autoafirmação com risco, foi 
notório o avanço de Pedro, aumentando 24 pontos. Neste fator encontramos comportamentos 
como devolver mercadoria defeituosa, cobrar dívida de amigos, falar em público conhecido, 
declarar sentimentos amorosos e afins. Na última aplicação, Pedro apresentou um escore 5. 
Já o escore F2 é referente à autoafirmação na expressão de sentimento positivo, foi 
perceptível um pequeno déficit, visto que Pedro diminuiu 5 pontos nesta área. Nesta área 
comportamentos como elogiar familiares, expressar sentimentos positivos, participar de 
conversas e agradecer elogios estão presentes. Referente a última aplicação, Pedro apresentou 
o escore 5. 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
TOTAL F1 F2 F3 F4 F5
ESCORES 1º APLICAÇÃO
ESCORES 2º APLICAÇÃO
ESCORES 3º APLICAÇÃO
Brazilian Journal of Development 
 
 Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n.4,p.18484-18496 apr. 2020. ISSN 2525-8761 
 
 
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O escore F3 é referente a conversação e desenvoltura social. Neste Pedro obteve um 
grande avanço, aumentando 88 pontos. Encerrar, iniciar e manter um dialogo, abordar 
autoridades e pedir favores a colegas são comportamentos que estão presentes neste fator. 
Entretanto, na ultima aplicação Pedro voltou praticamente ao mesmo escore apresentado 
inicialmente. 
A auto exposição a desconhecidos e situações novas refere-se ao escore F4. Nesta área 
Pedro teve um pequeno déficit, diminuindo 10 pontos, já na ultima aplicação Pedro apresentou 
escore 20.. São comportamentos referentes a este escore o falar em público desconhecido, 
pedir favores a desconhecidos e fazer perguntas a desconhecidos. 
Finalmente, o F5 se refere ao autocontrole e agressividade. Nesta área Pedro diminuiu 5 
pontos, finalizando o processo apresentando escore 70. Os comportamentos relacionados a 
esta são os de lidar com critica dos pais, chacotas e cumprimentar desconhecidos. 
Finalmente, concluímos, a partir dos dados apresentados, o avanço de Pedro no 
momento inicial do processo psicoterapêutico, que o auxiliou a criar estratégias de lidar com 
os problemas e situações aversivas. Também foi perceptível o aumento de repertorio de 
habilidades sociais, visto que este auxilia no aumento de qualidade de vida. Entretanto a partir 
da segunda aplicação os dados quantitativos de Pedro se mostraram inferiores da primeira 
aplicação. 
Apesar destes dados se mostrarem como regresso em Pedro, percebe-se que através dos 
comportamentos de Pedro seu avanço. Estes números podem ser justificados mediante a 
semana de provas em que este se apresentava, ou diversos outros fatores que pode influenciar 
os dados nos instrumentos psicométricos. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Desde o inicio do processo psicoterapêutico, Pedro se mostrou disposto e interessado 
em avançar, buscando sempre um ambiente organizado e propicio para seu melhor 
desempenho, tanto pessoal quanto acadêmico. 
As metas foram uma estratégia muito positiva, visto que o mesmo afirmou visualiza-las 
diversas vezes durante a semana, o que ajudou afixar tais propósitos. Durante a terapia, Pedro 
afirmou por vezes abandonar comportamentos procrastinadores e sabotadores, na qual pode 
perceber um avanço nesta área. 
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Finalmente, Pedro valorizava a terapia e a atuação do profissional de Psicologia, 
demonstrando que o autoconhecimento é um fator que poderia o auxiliar muito, na qual 
buscamos obter avanços, que de fato foram obtidos. 
 
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