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Obesidade Mórbida 1,7 bilhão “globesity“ 64% 40,6 % 2,5 milhões de mortes/ano 4,5% morte/ano SM Obesidade doença OBESIDADE MÓRBIDA É considerada uma doença crônica, progressiva, fatal, geneticamente relacionada e caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura e do desenvolvimento de outras doenças associadas (co- morbidades). Aumento da preocupação do público leigo com obesidade N u m e ro d e m a té ri a s n a m íd ia CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE Índice de Massa Corpórea IMC = peso / altura² IMC Até 20 21 – 25 26 – 30 31 – 35 36 – 40 41 – 50 51 – 60 > 60 Descrição Abaixo do peso Normal Sobrepeso Obesidade moderada Obesidade severa Obesidade mórbida Super-obesidade Super-super-obesidade ➢ Problema grave de saúde pública: 1/3 da população do mundo ocidental ➢ Brasil: 30 milhões de desnutridos x 60 milhões de obesos ➢ Considerada doença crônica que provoca ou acelera o desenvolvimento de outras doenças e causa morte precoce Epidemiologia ➢ Brasil 40% da população adulta tem excesso de peso - 1 milhão são considerados obesos mórbidos e cerca de 50 – 100 mil pessoas morrem/ano precocemente devido a obesidade Epidemiologia ➢ Somos o 6o no ranking de países com maior número de obesos, atrás apenas dos EUA (onde existem 141 milhões de obesos), Alemanha, Inglaterra, Itália e França. Epidemiologia Prevalência de Obesidade Sociedade ocidental, mas começando a globalizar. Mulher: baixa condição sócio-econômica. Homem: alta condição sócio-econômica. ETIOLOGIA DA OBESIDADE Sedentarismo Evolução do Homem Criança Gordinha = Adulto Obeso besidade e Genética Qual desses fatores prevalece? Physiological influences on glucose Afferent factors in appetite regulation GLP-1 estimula a regeneração e neoformação e de número de células b em modelos animais Farilla et al. Endocrinology 2003;144:5149–5158. Bulotta et al. J Mol Endocrinol 2002;29:347–360. Neogênese de célula b Proliferação de célula b Hipertrofia de célula b Apoptose de célula b regeneração e neoformação de células b b-cell Obesidade: comorbidez Hérnias. Ptose mamária. Intertrigos. Carcinoma endométrio e mama [mulher]. Carcinoma próstata e cólon [homem] Diminuição homônios sexuais- aumento de androgênio e estrogênio livre.androgênio e convertido a estrogênio por aromatização na célula gordurosa. Obesidade: comorbidez Aumento tolerância à glicose, resistência insulina, diabetes. Hipertensão arterial; Síndrome X-colesterol, glicose, PB. Colelitíase. Veias varicosas, flebite, úlcera perna. Esteatose hepática. Pletora, diaforese. TIPOS DE OBESIDADE Obesidade Visceral Obesidade Global GINÓIDE ANDRÓIDE Tratamento clínico Inanição: perigoso Dietas muito pouco calóricas; Proteína econômica modifica rapidamente, proteína em pó; batidas e líquidos; Baixos carbohidratos, mas alguma gliconeogenese (menos proteína muscular); Aumento de exercícios: exercícios regulares são muito importantes; Tratamento clínico Medicamentos: CGH, H.Tireóide, agentes catecolaminérgicos (efeitos colaterais: excitação do SNC, aumento da FC, insônia e náuseas), Prozac, diflenfuramina (aumenta a circulação de serotonina, a qual diminui o apetite); Modificação de comportamento, comida em excesso e exercício diário. Psicoterapia. BUSCA DA SOLUÇÃO DEFINITIVA Cirurgia Bariátrica “A OBESIDADE É UMA DOENÇA CRÔNICA E INCURÁVEL” “A cirurgia é o único tratamento,no momento, que oferece a possibilidade de redução e manutenção do peso a longo prazo”. “Ela não deve ser o último recurso a ser considerado no obeso mórbido”. FUNDAMENTOS DO TRATAMENTO CIRÚRGICO Avaliação pré-op. rigorosa: multidisciplinar Indicação cirúrgica adequada: cirurgião e multidisciplinar Acompanhamento permanente :multidisciplinar Cuidados toda vida: multidisciplinar INDICAÇÕES PARA CIRURGIA DA OBESIDADE MÓRBIDA IMC > 40, sem comorbidez; IMC > 35, com comorbidez; forte motivação para submeter-se ao procedimento e às mudanças no estilo de vida; sem doença psiquiátrica significante; Idade entre 18-70 anos; inteligência p/ entender o procedimento cirúrgico e as mudanças que irão ocorrer; Outras considerações Histórico de tentativas de perda de peso anterior; Prática vitalícia de acompanhamento médico, com atividades físicas e dietas; CIRURGIA DA OBESIDADE TIPOS CIRURGIA RESTRITIVA CIRURGIA DISABSORTIVA CIRURGIA MISTA TÉCNICAS CIRÚRGICAS Restritivas (reduzem o tamanho do estômago) GASTRECTOMIA VERTICAL CIRURGIA MISTA: Gastroplastia com bypass Y de Roux Padrão ouro Disabsortivas (provocam disabsorção dos alimentos) Duodenal Switch Gastroplastia com bypass Y de Roux ou Fobi-Capella Caracteriza-se pela criação de uma pequena bolsa gástrica proximal na pequena curvatura com reconstrução do trânsito gastrointestinal fazendo-se através de uma alça jejunal em Y de Roux Maior parte do estômago, duodeno e jejuno proximal são excluídos do trânsito alimentar “A Gastroplastia com By Pass em Y de Roux (GBP) laparoscópica é uma cirurgia desafiadora que requer excessiva dissecção, transecção e restauração da continuidade intestinal, experiência em sutura e grampeamento laparoscópico” Cirurgia Bariátrica Laparoscópica A Cirurgia Bariátrica Laparoscópica resulta em uma menor supressão da função pulmonar, menos atelectasia, minimização da dor e melhora da oxigenação. Técnica Diabetes não pode ser revertido Diabetes vem de secreção inadequada de insulina Diabetes e obesidade são doenças intimamente ligadas No que acreditávamos O que estamos aprendendo Diabetes pode ser revertido Glicemia NORMAL lá pelo 4º ou 5º P.O. PORQUE? Normalização da glicemia como efeito primario da cirurgia… e não como consequencia direta da perda de peso Rubino F MD; Marescaux, J Annals of Surgery vol. 239(1) January 2004 pp 1-11 DIABETES TIPO 2 COMO UM DOENÇA “INTESTINAL” Rubino F (2006) JCEM 9:497-507 fatores Anti-incretina Incretinas (GIP, GLP-1, IGF-1, etc) Secreção precoce de insulina ação da insulina - - + + Ingestão de Glicose e gordura DIABETES TIPO 2 TAXAS DE REMISSÃO DO DOENÇA BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX DERIVAÇÃO BILEO-PANCREÁTICA 98,9% . (Imedi 47, 9% (Le 83,7% ; (Imedi Modificado de Buchwald – JAMA, 2004 GASTROPLASTIA VERTICAL - MASON 73,2% (Interm ediaria Equipe Multidisciplinar A equipe multidisciplinar é entendida como um grupo de profissionais de áreas diversas, trabalhando em harmonia de ações e objetivos, visando avaliar, orientar e seguir os pacientes portadores de obesidade mórbida em programas de cirurgia bariátrica, dividindo tarefas com o cirurgião, zelando pela proteção da boa relação médico- paciente e contribuindo na conquista e manutenção dos bons resultados, como também na resolução das situações de complicações ou insucessos. I° CONSENSO BRASILEIRO MULTISSOCIETÁRIO EM CIRURGIA DA OBESIDADE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR IMPORTÂNCIA Mudanças físicas e fisiológicas Troca de doença por controle Pode ficar magro e desnutrido Implica em mudanças psicológicas É melhor cuidar o distúrbio nutricional da cirurgia do que a doença obesidade e suas comorbidezes EQUIPE MULTIDISCIPLINAR AS MUDANÇAS físicas: - emagrece - cai a pele - a pele muda - sente frio - muda o paladar - sente menos fome - sacia com pouco - tem diarréia - fezes mal cheirosas - tem “dumping” - desnutre - reengorda - tem complicações - não sabemos tudo AS MUDANÇAS psicológicas: - fica “feia(o)” - está feliz - faria de novo - é outra vida - nem se compara - sente-se “normal” agora - tem medo de reengordar - se deprime - está compulsiva(o) - está bebendo - quer se suicidar - necessita internação - não quer voltar atrás - não sabemos tudo NINGUÉM QUIS DESFAZERÉ IMPORTANTE A ADERÊNCIA DO PACIENTE AO ACOMPANHAMENTO E É NOSSO DEVER BUSCAR PERMANENTEMENTE Metas dos cuidados no pós-op. O segmento a longo prazo é a chave do sucesso Consultas médicas periódicas Grupos de apoio Outros eventos ou reuniões Screen para possíveis problemas Enfatizar dieta, atividade física e cuidados de outras co-morbidades Hábitos que contribuem para sucesso da cirurgia Comer 3 refeições e 2 lanches por dia Beber 1,2 a 1,8 litros por dia; 58% evitam bebidas gaseificadas 92% necessitam de vitaminas, 68% de cálcio e 39 de ferro Dormir em media 7 horas por noite Praticar exercícios 4x/semana por 40 min. 69% dos pacientes acompanham o peso semanalmente Seguimento A cada 3 meses até a estabilização do peso (geralmente 18 meses), após anualmente Hemograma completo – anemia Estudo do sono – apnéia do sono Transaminases e biopsia hepática – esteatohepatite Avaliação periódica da densidade óssea Exercícios Limite para caminhada pelas primeiras 6-12 semanas Pacientes que apresentam maior sucesso praticam exercícios por 40 min. 4x ou mais por semana É importante o acompanhamento de um profissional de educação física Para o obeso (ex-obeso), o que é QUALIDADE DE VIDA? SAÚDE – resolução ou melhora das comorbidades. Sociais: troca hábitos vida, assentos ônibus, cinto de segurança, capacidade higiene pessoal, facilidades no vestuário, capacidade cruzar pernas, múltiplos banhos, coloca meias, amarra os sapatos, cortar unhas dos pés, ciclo vicioso Econômica: emprego, seguros.
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