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Embriologia: Desenvolvimento Animal

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BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 
PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ 
 
Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 
EMBRIOLOGIA 
 
Olá pessoal. Começaremos o tema 
relacionado à embriologia. A seguir serão 
apresentados e discutimos os principais 
conceitos e tópicos que são cobrados nos 
concursos. 
 
Primeiramente. 
 
A embriologia é a parte da Biologia 
que estuda o desenvolvimento dos 
embriões animais. 
 
Nessa área há grandes variações de assuntos, visto que os animais 
invertebrados e vertebrados apresentam muitos diferentes aspectos e 
níveis evolutivos. 
 
Mas, para começarmos, há aspectos que devem ser memorizados 
em Biologia do desenvolvimento, pois, o conceito de desenvolvimento 
envolve diversos aspectos, a saber: 
 
a. Multiplicação de células, por meio de mitoses sucessivas. 
Durante o desenvolvimento embrionário, o tipo de divisão 
celular que domina é a mitose. A meiose só ocorre para a 
formação dos gametas!!! 
 
b. Crescimento, devido ao aumento do número de células e das 
modificações volumétricas em cada uma delas. Essas alterações 
irão preparar a células para futuras divisões meióticas e para 
que as mesmas adquiram as suas funções celulares específicas. 
 
c. Diferenciação ou especialização celular, com modificações 
no tamanho e forma das células que compõem os tecidos. 
Essas alterações é que tornam as células capazes de cumprir 
com as suasfunções biológicas. 
 
Outra forma de categorizar o que eu disse anteriormente a respeito 
dos processos que ocorrem durante o desenvolvimento animal, em 
geral, ocorre em três fenômenos principais, não em sequência, 
BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 
PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ 
 
Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 
masinter-relacionados de tal modo que cada um deles pode dominar 
uma parte do desenvolvimento. A seguir, descrevo eles: 
 
a. Divisões celulares – embora existam durante todo o 
desenvolvimento, ocorrem em número muito maior no 
desenvolvimento embrionário. Este processo, realizado por 
mitoses sucessivas, permite obter um elevado número de 
células com o mesmo patrimônio genético original do zigoto; 
 
b. Morfogênese – movimentos celulares em grande escala, 
originando os principais folhetos germinativos (ectoderme, 
mesoderme e endoderme); 
 
c. Organogênese – a partir de células indiferenciadas dos 
folhetos germinativos vai ocorrer a diferenciação, formando-se 
tecidos. Estes vãose inter-relacionar e formar órgãos e 
sistemas de órgãos. 
 
Nesse ponto apresentei duas formas diferentes de ver o processo 
embrionário. São formas diferentes que acho importante citar para que 
vocês possam se preparar para a prova. 
 
Agora, continuando com as explicações do processo embrionário. 
No início do desenvolvimento, as células são indiferenciadas, ou seja, 
não adquiriram uma função específica. 
Mas, a partir da evolução do desenvolvimento embrionário as 
células irão formar os folhetos embrionários (a endoderme, a 
mesoderme e a ectoderme). 
 
A partir desse ponto as células ativam programações genéticas 
específicas que irão resultar na definição da morfologia da célula 
(fusiforme no caso dos miócitos, estreladas como os neurônios ou 
poliédricas como as células epiteliais) e, também, na definição de qual 
papel citológico irão exercer nos tecidos (nutrição, defesa, transporte, 
contração, dentre outros). 
 
 
 Como tudo começa???? 
 
 
 
 
BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 
PROFESSOR: PAULO ROBERTO MARTINS QUEIROZ 
 
Prof. Paulo Roberto Martins Queiroz www.pontodosconcursos.com.br 
 
O ponto de partida da aula começa 
com a fecundação. Por meio da 
fecundação ocorre o encontro do 
gameta masculino (espermatozóide) com 
o feminino (óvulo), o que resulta na 
formação do zigoto ou célula-ovo (2n). 
 
Na fecundação ocorre a união dos 
23 cromossomos de origem paterna com 
os 23 cromossomos de origem materna. 
O resultado é a ativação de 
programações genéticas que resultarão 
no início dos processos mitóticos visando 
o desenvolvimento do embrião, feto e, 
finalmente, no indivíduo formado. 
 
O processo embrionário segue passos específicos e característicos. 
Nesse ponto do módulo farei um resumo do que veremos. 
 
Após a fecundação o desenvolvimento embrionário apresenta as 
etapas de segmentação. Essa fase irá desde a formação do zigoto até 
o estágio de blástula. 
 
Ainda, após a segmentação pode-se encontrar um estágio 
intermediário, a mórula. 
 
Em seguida, ocorre a gastrulação. Agastrulaçãocorresponde ao 
período de desenvolvimento de blástula até a formação da 
gástrula.Nesse período do desenvolvimento embrionário começa o 
processo de diferenciação celular, ou seja, as células vão adquirindo 
posições e funções biológicas específicas. 
 
 
 
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A partir desse ponto não tem mais volta. Quero dizer que uma vez 
ativada a programação genética para a diferenciação da célula, não tem 
mais retorno. 
A célula irá sofrer ativações genéticas que resultarão na mudança 
da sua morfologia e aquisição de funções específicas por toda a sua vida 
celular e das futuras linhagens celulares derivadas a partir dela. 
 
Continuando o desenvolvimento 
embrionário, encontraremos o período 
daorganogênese. Nessa fase há a 
formação dos órgãos do animal, 
estágio em que as células que 
compõem os respectivos tecidos se 
apresentarão especializadas e 
exercerão as suas funções biológicas 
específicas. 
 
 
 
O que falei até aqui foi um resumo do panorama geral do 
desenvolvimento embrionário. Mas, para entendermos melhor todo o 
contexto do desenvolvimento embrionário, irei retomar alguns pontos 
que irão explicar o que descrevi anteriormente. Sem essas informações 
não podemos completar o raciocínio do processo. 
 
O primeiro ponto consiste no entendimento da organização 
citológica do gameta feminino. 
 
Os óvulos (os gametas femininos) são classificados em função 
das diferentes quantidades de vitelo (reservas nutritivas) e das suas 
variadas formas de distribuição no interior do citoplasma. 
 
Mas quem é o vitelo? 
O vitelo é uma reserva de nutrientes existente na célula-ovo dos 
animais para nutrir o embrião, enquanto o novo ser não consegue 
alimentar-se sozinho. 
Nos mamíferos placentários, a quantidade de vitelo no zigoto (outra 
denominação para a célula-ovo) é pequena, apenas o necessário 
enquanto o ovo fecundado não chega ao útero, onde ele receberá 
nutrientes da mãe através da placenta. Já as aves possuem uma 
concentração imensa de vitelo em seus ovos (a gema e a clara), pois a 
1)Ectoderme; 2)Mesoderme; 3) Endoderme. 
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geração se dá externamente. Durante esse 
processo, o embrião encontrará ali o alimento 
necessário para se nutrir. 
 
Na composição do vitelo encontramos 
proteínas, lipídios e glicogênio. 
 
Então, essas duas características(a 
quantidade de vitelo e a sua distribuição 
no citoplasma da célula-ovo) determinam 
aspectos diferentes no desenvolvimento 
embrionário. 
 
A seguir, serão apresentados os tipos de 
células-ovo e a sua ocorrência. 
 
A célula-ovo animal é classificada com base na quantidade e 
distribuição de vitelo que há em seu citoplasma. Pode ser oligolécito, 
heterolécito, telolécito ou centrolécito. 
 
Ovos oligolécitos são aqueles que possuem pouco vitelo, 
distribuído de forma homogênea por todo o citoplasma. Contudo, há um 
leve acúmulo de vitelo em um dos pólos da célula, que passa a se 
chamar pólo vegetativo. O outro pólo passa a se chamar pólo animal. No 
póloanimal encontraremos o núcleo da célula. Animais com esse tipo de 
ovo são os mamíferos,anfioxos e equinodermos. 
 
Ovos heterolécitos são aqueles que possuem grande quantidade 
de vitelo, distribuída de forma não-homogênea. O pólo vegetativo 
apresenta uma concentração muito maior de vitelo em relação ao pólo 
animal. Animais com esse tipo de ovo são os moluscos, anfíbios e 
anelídeos. 
 
Ovos telolécitos são aqueles que possuem uma quantidade de 
vitelo tão grande (ainda maior que a do heterolécito) que faz com que 
as estruturas citoplamáticas (as organelas, por exemplo) e o núcleo 
fiquem totalmente no pólo animal do ovo. Animais com esse tipo de ovo 
são as aves, os peixes que produzem pequena quantidade de ovócitos, e 
os répteis. 
 
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Ovos centrolécitos são aqueles que possuem o vitelo concentrado 
ao redor do núcleo. Esse ovo não possui pólos e está presente nos 
artrópodes. 
 
Aqui vai uma explicação. Qual é a diferença entre célula-ovo (que 
irei chamar de ovo), zigoto, óvulo e ovócito? 
Usei esses termos várias vezes. Mas guardem assim, célula-ovo e 
zigoto são as mesmas células. Representam o ovócito fecundado pelo 
espermatozóide e em processo de geração de novas células por mitose. 
O ovócito é o gameta feminino liberado pelo ovário. 
E óvulo é a célula fecundada contendo os pronúcleos feminino e 
masculino. 
 
Dessa forma, o ovo é uma célula que contém todas as estruturas 
necessárias à formação de uma nova vida: 
 
* Núcleo – com conteúdo genético diplóide (2n – 46 
cromossomos), resulta da reunião dos núcleos do óvulo e do 
espermatozóide; 
 
* Protolecito – também designado por vitelo germinativo; é 
composto pelo citoplasma ativo da célula (hialoplasma e organelas); 
 
* Deutolecito – também designado por vitelo de nutrição, é 
composto por nutrientes, nomeadamente proteínas, lipídios e glicogênio. 
 
Passo inicial do desenvolvimento embrionário, a fecundação ou 
fertilização. 
 
 
 
 
 
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Fecundação ou Fertilização 
 
Ocorre no primeiro terço da 
tuba uterina (antiga trompa de 
Falópio). 
Primeiro o espermatozóide 
tem as membranas plasmática e 
do acrossoma(complexo de 
Golgi) fundidas, resultando na 
liberação das seguintes enzimas: 
 
 
 
 
1 – HIALURONIDASE = enzima cuja ação é na Corona Radiata do 
ovócito; 
2 - ACROSINA e NEURAMINIDASE = enzimas cuja ação é na Zona 
Pelúcida do ovócito. 
 
Assim quando o espermatozóide 
passa pelas duas barreiras (corona 
radiata e zona pelúcida), e se funde 
com a membrana plasmática do 
ovócito II, a zona pelúcida e a própria 
membrana plasmática do ovócito II se 
tornam impermeáveis a novas 
entradas de gametas masculinos. Ou 
seja, só tem um ganhador. 
 
 
 
 
 
As estruturas do espermatozóide que penetram no ovócito II, 
segundo os embriologistas (MOORE, 1997) são: 
 
1. Núcleo do espermatozoide (n=23); 
 
2. Microtúbulos do flagelo; 
 
3. Mitocôndrias do flagelo. 
 
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A coroa radiada ou corona 
radiata cerca o óvulo e consiste em 
duas ou três camadas de células 
foliculares. Estão ligadas à camada 
protetora exterior do óvulo, a zona 
pelúcida. A sua principal função em 
muitos animais é a de fornecer 
proteínas vitais à célula.Aparece 
durante a ovocitação, mas pode 
desaparecer após a fertilização. 
A zona pelúcida é uma 
barreira física acelular que serve 
para proteger os ovócitos e pré-
embriões de antígenos durante o 
período de fecundação. 
 
Aqui cabe uma informação. Toda mitocôndria é herdada como uma 
herança materna. Isso significa que mesmo com a entrada das 
mitocôndrias do espermatozóide no citoplasma do ovócito, essas 
organelas paternas são ubiquitinadas e destruídas. À princípio, não há 
herança paterna de mitocôndrias. 
 
A ubiquitina é uma proteína encontrada nas células dos eucariotos 
constituída por 76 aminoácidos que desempenha uma função importante 
na regulação de proteínas. Ela marca proteínas indesejadas para que 
sejam degradadas por estruturas citoplasmáticas chamadas de 
proteassomas. 
Diferentemente de outras vias proteolíticas, a via da ubiquitina 
envolve consumo de ATP. A degradação protéica é feita em uma série 
de etapas que resultam na ubiquitinação da proteína a ser destruída, 
esse processo permite que a célula elimine proteínas de modo bastante 
específico e é esta regulação que exige energia. 
 
Agora, retornando ao processo da fertilização. Assim quando as 
estruturas do espermatozoide penetram o gameta feminino, o ovócito II 
termina a meiose II, originando o óvulo (n=23) e o 2o Corpúsculo Polar 
(n=23). Lembre que o corpúsculo polar não é viável para a reprodução. 
Os núcleos do espermatozóide e do óvulo aumentam de tamanho 
e são denominados de pronúcleo masculino e feminino. 
 
Então, após a fecundação temos os seguintes resultados: 
 
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1. Determinação do número diplóide da espécie. No caso da 
espécie humana serão 46 cromossomos (2n = 46); 
 
2. Determinação do sexo X ou Y. Lembre-se que o parental 
masculino define o sexo da criança em virtude da segregação 
dos gametas, pois são formadas duas populações de 
espermatozóides. Umacarregando o cromossomo X e a outra 
parte dos espermatozóides carregando o cromossomo Y. 
 
3. Aumento da variabilidade genética. A função da fecundação 
é permitir a combinação de moléculas de DNA (os 
cromossomos) em um novo indivíduo que irá possuir 
características de ambos os parentais. Assim, temos uma nova 
combinação de genes a partir dos genes dos parentais. 
 
4. Estimulo às clivagens.Agora, ocorrerão divisões mitóticas 
que irão produzir as células formadoras do embrião visando a 
futura formação do feto e, por fim, de um novo indivíduo. 
 
Próximo passo: a segmentação. Na segmentação (ou clivagem) 
encontramos alguns tipos de células e divisões. Vamos definir esses 
conceitos abaixo: 
 
A partir do zigoto, as mitoses irão formar osblastômeros, que 
são células indiferenciadas. 
 
O blastômero é a estrutura que resulta da divisão do ovo 
fertilizado durante o desenvolvimento embrionário.No seu caminho até 
ao útero, o ovo permanece livre nos líquidos da secreção tubária e 
uterina. Aqui não vai crescer, mas divide-se ativamente fazendo com 
que se diminuam o tamanho das células-filhas. Chama-se a este 
processo de clivagem, consistindo em sucessivas divisões mitóticas do 
zigoto, resultando em um rápido aumento do número de células. As 
células-filhas originárias do ovo fecundado são denominadas 
blastômeros. Eles vão dar origem à mórula. 
 
O período da segmentaçãovai até a formação da blástula. 
 
Nos óvulos oligolécitos e heterolécitos ocorre também a 
passagem por um estágio intermediário que é a mórula. 
 
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No estágio de blástula o embrião apresenta-se uma camada de 
célulasdenominada de blastoderme que envolve uma cavidade 
centralchamada de blastocele. 
 
Como vimos,a segmentação depende da quantidade de vitelo 
e sua respectiva distribuição. Dessa forma, temos as seguintes 
formas de segmentação: 
 
a) Segmentação total ou holoblástica = o zigoto faz divisão total, 
por apresentar pequena quantidade de vitelo. Essa segmentação pode 
ser: 
 
* Total e desigual = caracterizada por apresentar blastômeros 
de tamanhos diferentes. Formam-se osblastômeros de pequeno 
tamanho ou micrômeros e osblastômeros de maior tamanho, os 
macrômeros.Essa forma de segmentação ocorre em ovos heterolécitos. 
 
b)Segmentação parcial ou meroblástica = o zigoto realiza divisão 
parcial. Ocorre nos ovos com muito vitelo. Nesse caso o pólo 
vegetativo, onde se localiza o vitelo, não entra em divisão. Essa 
segmentação pode ser de dois tipos: 
 
* Parcial discoidal = ocorre em ovos megalécitos, como em 
répteis e aves. A segmentação atinge apenas a região do pólo 
animal. Os blastômeros resultantes dessa segmentação formam um 
disco denominado blastodisco, a partir do qual posteriormente se 
formará o embrião. 
 
* Parcial superficial = ocorre nos ovos centrolécitos, como os 
dos insetos. O núcleo vai se dividindo sucessivamente e os núcleos 
resultantes migram para a periferia do ovo. Nesse local são formadas 
as membranas celulares, apresentando-se uma camada de células, a 
blastoderme, que envolve a cavidade central. 
 
Desenvolvimento embrionário do anfioxo 
 
 Como sabemos todos esses eventos se não podemos fazer 
experiências com os embriões e fetos humanos? 
A resposta vem do fato de usarmos modelos animais para estudos 
comparativos. 
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 Um modelo muito usado é um 
animal marinho conhecido como 
anfioxo. Desse animal obtivemos 
muitas informações a respeito do 
desenvolvimento embrionário. 
 Usarei as informações geradas 
por esse modelo para as devidas 
comparações com o desenvolvimento 
humano, pois ambos os organismos 
compartilham dos mesmos eventos 
celulares. Então, vamos repassar a 
segmentação. 
 
Nasegmentação oóvulo do anfioxo é do tipo oligolécito e 
apresenta segmentação total, quase igual. Muito parecido com o 
modelo humano. Por isso, irei adotar esse modelo para completarmos os 
nossos estudos. 
 
Na segmentação, a1a clivagem (ou seja, a mitose) do ovo é 
vertical, ocorrendo desde o pólo animal até o pólo 
vegetativo.Formam-se os dois primeiros blastômeros que serão 
responsáveis pela futura simetria bilateral do animal. 
 
A 2a clivagem também é vertical, poréma 90o da primeira, 
formando-se quatro células. 
 
A 3a clivagem é horizontal, subequatorial e perpendicular aos 
dois planos anteriores de divisão, originando-se oito células.A divisão 
subequatorial faz com que os blastômeros resultantes tenham 
tamanhos diferentes: 
1. Os micrômeros são as células menores 
2. Os macrômeros são as célulasmaiores. 
 
A 4a clivagem é vertical e a 5a horizontal, atingindo-se um 
estágio de 32 células denominado mórula. Até a formação da mórula 
não há aumento de tamanho do embrião. 
 
Durante as próximas divisões celulares começa a formar-se uma 
cavidade cheia de líquido. O final da segmentação é a formação 
da blástula, estágio embrionário caracterizado por uma camada de 
célula, a blastoderme, envolvendo uma cavidade denominada 
blastocele. 
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A observação da blastoderme permite o reconhecimento de 
micrômeros na região do pólo animale macrômerosno pólo 
vegetativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na gastrulaçãoas modificações sofridas pela blástula criam as 
condições necessárias para a evolução do estágio de gástrula. 
O pólo vegetativo se invagina, os macrômeros invadem a 
blastocele migrando em direção aos micrômeros. A invaginação do 
pólo vegetativo acaba por obliterar a blastocele surgindo uma nova 
cavidade delimitada pelos macrômeros. 
Essa cavidade é o 
arquêntero, intestino primitivo 
do embrião, que se comunica 
com o meio externo por meio de 
uma abertura ou boca primitiva, 
o blastóporo. 
A gástrula apresenta 
dupla camada de células 
circundando o arquêntero. A 
camada externa, constituída 
por micrômeros é a 
ectoderme e acamada interna 
é constituída por macrômeros e 
denomina-se endoderme. 
Na endoderme há uma 
região no teto do arquêntero, 
a mesentoderme. 
 
 
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Na próxima fase que compreende a organogênese, apartir da 
gástrula inicial, ocorre um achatamento dorsal do embrião, a placa 
neural, que será coberta pela ectoderme. Esta placa sofrerá um 
dobramento e terminará formando o tubo neural (tubo nervoso). 
 
Enquanto é formado o 
tubo neural, a 
mesentoderme vai se 
diferenciando para formar a 
mesoderme (bolsas 
evaginadas em ambos os 
lados) e a notocorda (bastão 
central e dorsal). 
Essa mesoderme 
forma pacotes celulares 
dorsais e longitudinais, os 
somitos, de grande 
importância na 
organogênese.Os somitos 
crescem até se 
encontrarem na região 
ventral do embrião. 
 
A cavidade interna dos somitos é chamada celoma e está 
completamente envolvida pela mesoderme. Esse estágio de 
desenvolvimento, chamado nêurula, já mostra o plano fundamental de 
como será o organismo adulto. 
Daí para frente serão diferenciados todos os tecidos e órgãos 
do anfioxo adulto (organogênese).Na organogênese tem-se 
oprocessodeformaçãodosórgãosqueconstituemoanimal,apartirdetrêsfolhe
tosembrionários. 
 
Então, a Neurulação é o 
processoqueoriginaosistemanervosocentraleperiférico.Estaapresentaosse
guinteseventos: 
 
−Aectodermedorsaldoembriãosofreumespessamentoeformaa 
placa neural.Estaseaprofundaepassaasechamardegoteira 
neural; 
 
−aolongododorsodagástrula, a 
ectodermesofreumadepressão,originandoumaespéciedesulco 
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neuralqueaofecharos
aparte anterior
 
 Então, para resumir e organizar as idéias, temos os
eventos já descritos para os es
 
1. Zigoto: célula dipl
com o gameta feminino.
2. Mórula: é a massa de células compacta que resulta das primeiras 
segmentações do zigoto.
3. Blástula: é o estágio em que o embrião apresenta um 
agrupamento celular com uma cavidade cheia de líquido, a 
blastocele. 
4. Gástrula: é o estágio em que o embrião apresenta dois folhetos 
embrionários e uma cavidade interna, o arquêntero, e uma 
abertura, o blastóporo.
5. Nêurula: é o estágio marcado pela formação do tubo neural a 
partir de dobramento do ectoderma dorsal do embrião.
 
Dessa forma, na embriologia 
vertebrados o tipo de segmentação varie conforme a quantidade 
de vitelo do ovo 
diferentedo anfioxo, o plano fundamental é muito semelhante.
Ou seja, durante a diferenciação posterior (organogênese) 
notocorda é substituída pela coluna vertebral
órgãos apresentarão vários avanços evo
complexidade e competência de execução das atividades biológicas 
respectivas. 
 
 
 
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queaofecharosbordostorna-seo tubo neural
parte anteriororiginaoencéfaloeaposterior,a medulaespinal.
Então, para resumir e organizar as idéias, temos os
eventos já descritos para os estágios de desenvolvimento 
célula diplóide resultante da fusão do gameta masculino 
com o gameta feminino. 
é a massa de células compacta que resulta das primeiras 
segmentações do zigoto. 
é o estágio em que o embrião apresenta um 
agrupamento celular com uma cavidade cheia de líquido, a 
é o estágio em que o embrião apresenta dois folhetos 
embrionários e uma cavidade interna, o arquêntero, e uma 
abertura, o blastóporo. 
é o estágio marcado pela formação do tubo neural a 
partir de dobramento do ectoderma dorsal do embrião.
Dessa forma, na embriologia dos vertebrados
tipo de segmentação varie conforme a quantidade 
 e a gastrulação possa dar-se de maneira 
anfioxo, o plano fundamental é muito semelhante.
urante a diferenciação posterior (organogênese) 
notocorda é substituída pela coluna vertebral e 
órgãos apresentarão vários avanços evolutivos, aumentando a 
complexidadee competência de execução das atividades biológicas 
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o tubo neural, no qual 
a medulaespinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Então, para resumir e organizar as idéias, temos os seguintes 
o do embrião: 
ide resultante da fusão do gameta masculino 
é a massa de células compacta que resulta das primeiras 
é o estágio em que o embrião apresenta um 
agrupamento celular com uma cavidade cheia de líquido, a 
é o estágio em que o embrião apresenta dois folhetos 
embrionários e uma cavidade interna, o arquêntero, e uma 
é o estágio marcado pela formação do tubo neural a 
partir de dobramento do ectoderma dorsal do embrião. 
vertebrados embora nos 
tipo de segmentação varie conforme a quantidade 
se de maneira 
anfioxo, o plano fundamental é muito semelhante. 
urante a diferenciação posterior (organogênese) a 
e os tecidos e 
, aumentando a 
complexidade e competência de execução das atividades biológicas 
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Folhetos embrionários: tipos e funções 
 
Outro elemento a ser estudado consiste no destino das células 
localizadas nos folhetos embrionários. Normalmente, as células dos três 
folhetos embrionários (ectoderme, mesoderme e endoderme) 
sofrerão um processo de diferenciação, de acordo com as funções que 
cumprirão no organismo adulto. 
 
Nos vertebrados, os tecidos, órgãos e sistemas originam-se conforme 
a tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características para classificação dos animais pluricelulares 
 
 Outro parâmetro importante a ser estudado é a classificação dos 
organismos em função das estruturas que possuem e as suas 
organizações anatômicas. Nesse ponto do material iremos descrever 
alguns desses parâmetros: 
 
 Para começarmos podemos relacionar a parte anatômica dos 
organismos. Anatomicamente, os organismos podem ser classificados 
em animais com simetriaradial. A simetria radial é aquela em que um 
Folheto 
Estrutura do 
embrião 
Estrutura no adulto 
Ectoderme 
• camada celular 
externa 
• tubo neural 
(nervoso) 
• cristalino dos olhos 
• epiderme 
• anexos da epiderme: pêlos, glândulas, 
etc 
• revestimento interno da boca e do ânus 
• esmalte dos dentes 
• receptores sensitivos 
• encéfalo, gânglios e medula espinhal 
Mesoderme 
• somitos: 
 
epímero (dorsal) 
mesômero 
(médio) 
hipômero (ventral) 
• vértebras 
• derme 
• tecido muscular 
• tecido ósseo 
• sistema circulatório 
• aparelho urogenital 
Endoderme 
revestimento do 
arquêntero 
• revestimento interno do aparelho 
digestório 
• revestimento interno do aparelho 
respiratório 
• revestimento interno da bexiga, fígado e 
pâncreas 
 
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eixo, e não apenas um plano, passa através do animal, e as partes se 
repetem em volta desse eixo. Este tipo de simetria é encontrado em 
cnidários (celenterados), equinodermos, dentre outros. A simetria radial 
representa um tipo de adaptação para um determinado tipo de vida. Por 
exemplo, esta simetria está relacionada aos animais fixos ou sésseis. 
 
Asimetriabilateralpredomina no reino animal. Os animais 
bilaterais possuem lados esquerdo e direito, faces ventral e dorsal e 
extremidades anterior e posterior. A extremidade anterior é aquela em 
que fica localizada a cabeça, que contém o centro de comando nervoso. 
A extremidade posterior é aquela em que, na maioria das vezes, situa-
se o ânus e os orifícios reprodutores.Nesse tipo de simetria existe um 
plano sagital que divide o animal em duas metades equivalentes. De 
modo geral, a simetria bilateral é relacionada ao modo de vida de "ir em 
busca" do alimento de uma forma mais dirigida. Ou seja, essa simetria 
está relacionada aos organismos adaptados à locomoção (nadar, 
caminhar, por exemplo). É nesse modelo que nos enquadramos. 
 
 Ainda, encontramos como parâmetro de estudo a SEGMENTAÇÃO 
(metameria) homônoma (segmentos "iguais"). Nessetipo de 
segmentação os segmentos ou anéis são estruturalmente idênticos. Nos 
anelídeos os segmentos são limitados externamente por sulcos 
transversais e neles se repetem em sucessão regular determinados 
órgãos ou partes de órgãos externos e internos. Só o segmento cefálico, 
no qual está situada a boca e outros órgãos específicos, tais como, os 
órgãos dos sentidos e tentáculos, se distinguem dos restantes 
segmentos que são, entre si, equivalentes. 
 
 Já a SEGMENTAÇÃOheterônoma (segmentos diferentes) 
favorece a flexibilidade do corpo.Esse é um tipo de segmentação em que 
os segmentos ou anéis do corpo apresentam dimensões e por vezes 
formas diferentes. É o que acontece nos artrópodes, em que os 
segmentos apresentam, geralmente, consideráveis variações 
estruturais.Geralmente os segmentos unem-se e formam regiões 
distintas: cabeça, tórax e abdómen. Em algumas espécies, a cabeça e o 
tórax estão ligados, formando o cefalotórax. 
 
 O texto acima foi desenvolvido mais no sentido de prepará-los 
para os nomes “estranhos” da biologia. No modelo humano não 
encontramos a metameria. O nosso plano anatômico criou regiões 
específicas que são a cabeça, o tórax e o abdôme. Cuidado com os 
peguinhas nos concursos com os nomes estranhos. 
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NÚMERO DE FOLHETOS EMBRIONÁRIOS 
 
Na embriologia, um parâmetro 
muito importante é a classificação dos 
organismos quanto ao número de 
folhetos embrionários. Nos animais são 
encontrados dois tipos: 
 
1. Diblásticos.Nos organismos 
diblásticos as estruturas do corpo são 
derivadas a partir da ectodermee da 
endoderme. 
2. Triblásticos.Nessesorganimsos 
os tecidos do corpo são derivados dos 
três folhetos embrionários, ou seja, a 
ectoderme,mesodermee a endoderme. 
 
 
PRESENÇA OU NÃO DE CAVIDADE CORPORAL(= CELOMA) 
 
Outra denominação consiste na presença de uma cavidade central 
na qual estarão localizados os órgãos do animal. Essa cavidade é o 
celoma. Com relação a esse parâmetro temos os organismos: 
 
1. Acelomados.Nesse modelo 
os organismos apresentam a 
mesoderme compacta e não há 
cavidade corporal. 
2. Pseudocelomados.Nesses 
animais a cavidade corporal está 
parcialmente revestida pela 
mesoderme. 
3. Celomados.Os organismos 
apresentam uma cavidade 
corporal completamente revestida 
pela mesoderme. 
 
 
 
ORIGEM DO CELOMA 
 
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Além da presença do celoma outro parâmetro a ser memorizado é 
com relação à origem do celoma. O celoma pode ser formado nos 
animais a partir de duas origens: 
 
a) ESQUIZOCÉLICA 
Nos esquizocelomados (do 
grego schizos, dividido, fendido), o 
celoma se forma a partir de fendas 
internas surgidas nas massas 
mesodérmicas do embrião.Exemplos: 
anelídeos, artrópodos, moluscos. 
 
b) ENTEROCÉLICA 
Nos enterocelomados (do 
grego enteron, intestino), o celoma se 
forma a partir de bolsas que brotam 
do teto do intestino 
primitivo.Exemplos: equinodermos e 
CORDADOS. 
 
DESTINO (evolução) DO BLASTÓPORO 
 
Ainda, durante a gastrulação vimos a formação dos folhetos 
embrionários e do intestino primitivo ou arquêntero. 
 
O arquêntero se comunica o meio externo por meio de uma 
abertura, o blastóporo. 
 
O blastóporo é decisivo para impulsionar o desenvolvimento da 
estrutura do embrião. O que quero dizer: dependendo da origem da 
formação do blastóporo e sua evolução teremos o aparecimento da boca 
ou do ânus no animal. 
 
São duas formas de evolução:BIOLOGIA – PAPILOSCOPISTA – POLÍCIA FEDERAL 2012 
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1. Protostômios.Nesse modelo, o blastóporo origina a boca. O ânus 
poderá abrir-se posteriormente. 
 
2. Deuterostômios.Oblastóporo origina o ânus e a boca abre-se 
posteriormente. 
 
 
 
 
 
 
E o motivo de se saber disso para o concurso? 
É simples. Você deve memorizar que o ser humano não 
apresenta metameria, é triblástico, celoma, enterocelomado e 
deuterostômio. 
Procure relembrar esses conceitos a partir do que eu defini 
no parágrafo anterior. 
 
Desenvolvimento dos órgãos reprodutores 
 
Como ocorre a definição do sexo? E os órgãos reprodutores? Esses 
pontos devem ser lembrados para o concurso pois suscitam conceitos 
importantes. 
Primeiro, o sexo é definido pelo sexo cromossômico, ou seja, a 
presença dos cromossomos X e Y. No cromossomo Y encontramos o 
gene SRY que interage com genes localizados no cromossomo X e no 
cromossomo 9. Dessa interação, caso haja sinalização no mesmo 
sentido, ou seja, masculino, há a ativação de genes que levarão à 
masculinização do embrião. Quero dizer, formar-se-ão as gônadas 
masculinas (testículos) e o aparelho peniano. 
O desenvolvimento dos órgãos reprodutores antes do nascimento 
pode ser dividido em duas etapas: 
Na primeira, o sexo genético do feto, determinado pelos 
cromossomos sexuais (lembre-se do gene SRY) e autossômicos e o fator 
determinante testicular (TDF), causa o desenvolvimento das gônadas 
indiferenciadas em testículo ou ovário. 
A segunda etapa é a formação dos órgãos sexuais acessórios, o 
que inclui a genitália externa e a interna. 
As gônadas indiferenciadas do embrião têm três tipos celulares: 
1- células que vão originar gametas (oogônias ou 
espermatogônias); 
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2- precursoras de células que nutrem os gametas em 
desenvolvimento (células granulosas no ovário; células de Sertoli no 
testículo); 
3- precursoras de células que secretam hormônios sexuais (células 
tecais no ovário; células de Leydig no testículo). 
 
A figura a seguir ilustra os destinos possíveis da genitália 
indiferenciada. 
 
ANEXOS EMBRIONÁRIOS 
 
Além de darem origem aos 
diferentes tecidos, órgãos e sistemas do 
organismo adulto, os três folhetos 
embrionários participam da 
formação dos anexos embrionários 
dos vertebrados: 
 
1. saco vitelino 
2. alantóide 
3. âmnion 
4. córion 
 
 
Com relação aos anexos embrionários, os animais são classificados 
em dois grandes grupos: 
 
1. AMNIOTAS (ou Alantoidianos). 
Correspondem aos Répteis, Aves e Mamíferos. Nesses organismos 
encontram-se todos os anexos embrionários. 
 
2. ANAMNIOTAS (ou Analantoidianos). 
Correspondem aos peixes e anfíbios. Nesses organismos encontra-
se apenas o saco vitelino. 
 
Sabendo-se dessas informações, você deve entender e conhecer o 
funcionamento de cada anexo embrionário. 
 
 
ORIGEM EMBRIONÁRIA DOS ANEXOS 
 
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Os anexos embrionários são derivados de duas estruturas básicas 
no embrião: 
 
* SOMATOPLEURA 
Estrutura composta pelos folhetos ectodermee mesoderme. 
Exemplos: 
1. CÓRIO(n) – respiração (trocas gasosas). 
2. ÂMNIO(n) – proteção (traumatismos, desidratação). 
 
* ESPLANCNOPLEURA 
Estrutura formada a partir da endoderme emesoderme. 
Exemplos: 
1. SACO VITELINO – Reservatório de nutrientes. 
2. ALANTÓIDE – Reservatório de excretas; respiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saco vitelino 
Envolve o vitelo e garante a nutrição do embrião. A endoderme 
e o folheto visceral da mesoderme envolvem o deutolecito (gema), 
formando um saco ligado ao intestino do embrião pelo pedúnculo 
vitelino. Esta membrana fornece nutrientes ao embrião, que retira do 
deutolecito; 
 
Alantóide 
Forma-se a partir do tubo digestivo e tem a forma de uma 
vesícula; nos répteis e nas aves ele tem por função recolher 
excretas do embrião e permitir as trocas respiratórias através da 
casca. 
Um pequeno divertículo muito vascularizado, da zona posterior do 
intestino, da endoderme e do folheto visceral da mesoderme forma 
inicialmente um saco e depois acaba por envolver completamente a 
cavidade amniótica e o saco vitelino, ficando em contato com o 
córionpelo lado interior. Estas duas membranas formam o alantocórion. 
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Oalantóide tem função respiratória e armazena os produtos de excreção 
do embrião. 
 
Âmnio 
Na porção anterior da região cefálica do embrião, uma dobra da 
ectoderme e o folheto parietal da mesoderme irá cobrir o embrião. Este 
fica no centro de uma cavidade amniótica, preenchida pelo líquido 
amniótico. Esta membrana protege dos choques, funcionando como uma 
almofada líquida e impede a dessecação. O âmnio contém água, 
envolvendo todo o embrião, oferecendoproteção contra 
traumatismos e ressecamento. 
 
Córion 
É a película mais externa e se justapõe à casca que envolve o ovo 
dos répteis e aves, exercendo função respiratória.Devido à formação 
do âmnio, a dobra exterior da ectoderme e do folheto parietal da 
mesoderme desenvolve-se, circundando o âmnio e o saco vitelino. Esta 
membrana fica em íntimo contato com as membranas da casca e 
delimita um espaço designado celoma extra-embrionário. Devido à sua 
ligação com a casca, esta membrana mobiliza minerais para a 
construção do esqueleto, tal como ajuda na respiração. 
 
Nos embriões de mamíferos apresenta-se uma formação 
especial, a placenta, através da qual o embrião realiza, com a 
corrente circulatória da mãe, as trocas alimentares e gasosas, 
além da eliminação dos excretas. 
 
Placenta 
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Durante os primeiros dois meses forma-se a placenta, em forma 
de disco e com origem mista (vilosidades do córion e endométrio 
materno, em cujas lacunas as vilosidades mergulham). 
 
A placenta humana implanta-se na camada intermediária da 
decídua (nome dado ao endométrio durante a gravidez), denominada de 
camada esponjosa. Depois do parto, quando o útero reduz de tamanho 
significativamente, forma-se área de clivagem (descolamento) que, 
gradativamente, descola a placenta. A placenta humana impede 
moléculas de alto peso molecular de entrarem em contato com o feto. O 
sangue da mãe nunca se mistura com o do feto, uma vez que, os vasos 
sanguíneos de ambos não são contínuos, ou seja, a continuidade é 
assegurada pelo sistema artério-venoso da placenta, por si só um filtro 
importante. 
 
A placenta resulta de composição mista: endométrio uterino 
da mãe + cório e alantóide modificado (cordão umbilical = alanto-
córion) do embrião. Ela apresenta projeções do córion (vilosidades 
coriônicas) que penetram na espessa camada do endométrio, o qual 
é ricamente vascularizado durante a gravidez. Os vasos sangüíneos do 
embrião se ramificam pelas vilosidades coriônicas e ficam muito 
próximos do sistema sangüíneo da mãe. 
 
A placenta é um anexo embrionário existente apenas nos 
mamíferos placentários, através da qual ocorrem as trocas entre a mãe 
e seu filho. É formada pelos tecidos do óvulo, embriologicamente 
derivada do córion. Pela placenta o concepto "respira" (ocorrem as 
trocas de oxigênio e gás carbônico), "alimenta-se" (recebendo 
diretamente os nutrientes por difusão do sangue materno) e excreta 
produtos de seu metabolismo (excretas nitrogenadas). 
A placenta é também órgão endócrino importante na gravidez, 
envolvida na produção de diversoshormônios: progesterona, 
gonadotrofina coriônica (hCG), hormônio lactogênico placentário, 
estrogênio (principalmente o estriol). 
 
 
Cordão umbilical 
É um longo cordão constituído por duas artérias e uma veia além 
de um material gelatinoso (substância/geléia de Wharton). 
Na zona ventral do embrião forma-se, a partir do âmnio e da 
mesoderme, o cordão umbilical, que liga o embrião à placenta. No 
cordão existem duas artérias e uma veia que transportam gases, 
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nutrientes, hormônios, dentre outros, e retiram excreções. A placenta 
garante, portanto, o desenvolvimento embrionário num animal em que 
o deutolecito é quase inexistente, retirando os nutrientes da circulação 
materna. 
Resumindo, a veia umbilical transporta sangue rico em oxigênio 
proveniente da placenta e as artérias carregam sangue pobre em 
oxigênio. Então já que os pulmões do feto não estão em funcionamento, 
a placenta é que fica responsável em fazer o papel deles. 
O cordão ainda é formado a partir do saco amniótico (forma o 
epitélio do cordão), do alantoide (forma a veia e as artérias umbilicais) e 
da vesícula vitelínica. O feto fica dentro de uma bolsa cheia de líquido 
amniótico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO HUMANO 
 
O embrião: Logo após a fecundação, o ovo começa a se dividir em 
mais células. 
 
1º MÊS 
Na terceira semana, apresenta forma tubular, com esboço da 
cabeça, coração, tubo neural e uma cauda. Na quarta semana, o 
embrião é formado por milhões de células, com esboço da maioria dos 
sistemas vitais. Seu tamanho nesta etapa é de 6mm. 
A gestante: As mulheres, em sua maioria, nem sabe que estão 
grávidas. Aguardam atraso menstrual para fazer exame. 
Mas, desde o início do primeiro trimestre a gestante tem 
alterações hormonais: cresce a taxa de progesterona. 
 
2º MÊS 
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O embrião: Na oitava semana, o embrião transforma-se em feto. 
Os principais órgãos estão desenvolvidos. Pode-se perceber o esboço de 
um rosto. As narinas estão formadas e os ouvidos, em formação. Os 
dedos, mais nítidos, ainda estão ligados por membranas. Braços e 
pernas aumentaram. Nesta fase, o feto tem 2,5 cm, o equivalente a um 
morango. 
A gestante: Ainda não sente nenhum movimento do feto. Mas 
pode estar sofrendo com enjôos, sono excessivo, aumento da freqüência 
urinária, tonturas e alterações de apetite. Esses sintomas, quando 
aparecem, podem cessar no segundo trimestre. 
 
3º MÊS 
O feto: Apesar da cabeça ainda ser grande em relação ao corpo, e 
os membros, curtos, o feto começa a se parecer mais com um bebê. 
Na 12º semana, já movimenta os lábios, faz biquinho e beicinho. 
Os dedos das mãos e dos pés apresentam unhas. O intestino é capaz de 
absorver glicose. A calota craniana completa sua ossificação. Seu peso é 
em torno de 13 gramas e altura entre 7 e 9 centímetros. 
A gestante: Se sentiu aqueles sintomas desagradáveis do início da 
gravidez, pode comemorar: tudo começa a passar. 
 
4º MÊS 
O feto: A partir da décima quarta semana, está sendo nutrido pela 
placenta - que equivale ao "enraizamento" do feto. Por isso diminuem os 
riscos de aborto espontâneo. Sobrancelhas e cílios estão crescendo e a 
pele é bem fina, deixando ver as redes de vasos sanguíneos. 
Na décima sexta semana já chupa os polegares, mede 14 
centímetros e pesa 100 gramas. 
A gestante: A gravidez começa a ficar mais visível e a gestante se 
sente melhor sem os sintomas do primeiro trimestre. 
O feto se mexe bastante, mas nem todas conseguem perceber os 
movimentos fetais. 
 
5º MÊS 
O feto: É o período de maior crescimento. Mede em torno de 22 
centímetros e pesa 300 gramas. 
Na vigésima semana nascem cabelos. Braços e pernas estão bem 
desenvolvidos. O feto é bastante ativo (até reage a ruídos externos), 
mas passa por períodos de quietude. 
A gestante: Sente com mais intensidade os movimentos do bebê. 
Pode começar a ter dores nas costas ou em outras partes, porque há 
uma distensão das juntas e dos ligamentos. 
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6º MÊS 
O feto: Ainda não acumulou gorduras e está magrinho.As 
glândulas sudoríparas estão em formação. Com os músculos dos braços 
e das pernas desenvolvidos, exercita-se bastante, mas passa por 
períodos de calmaria. 
Na vigésima quarta semana pesa cerca de 600 gramas e mede em 
torno de 32 centímetros. 
A gestante: É comum que tenha adquirido mais peso. Sente 
intensamente os movimentos fetais. 
 
7º MÊS 
O feto: A pele está vermelha e enrugada. Possui mais papilas 
gustativas do que terá ao nascer - seu paladar é muito aguçado. Ainda 
não tem surfactante, substância importante para o funcionamento 
respiratório. É por isso que os prematuros necessitam de cuidados 
especiais. Na vigésima oitava semana o feto já pesa um quilo e mede 36 
centímetros. 
A gestante: Pode até sentir os pezinhos do futuro bebê. Problemas 
ocasionais: azia, indigestão, câimbras e estrias na barriga. 
 
8º MÊS 
O feto: Na trigésima segunda semana, o bebê é praticamente 
igual ao que será ao nascer. Já diferencia claro e escuro. Por falta de 
espaço, pode permanecer sempre com a cabeça para baixo, em posição 
para o parto. 
Este período, onde o feto mede 41 centímetros, é onde ganha 
mais peso e chega a 1,8 quilos. 
A gestante: Pode sentir desconforto, como falta de ar e vontade 
freqüentemente de fazer xixi - o bebê cresce e está pressionando os 
órgãos. Dormir já não é fácil e pode haver incômodo na região pélvica. 
Está certamente muito ansiosa 
 
9º MÊS 
O feto: Está pronto para sair ao mundo. Um bebê saudável pesa 
em média 3,4 quilos e mede cerca de 51 centímetros. 
A gestante: Sente-se irremediavelmente pesada. Está cheia de 
expectativas em relação ao parto e à saúde do bebê. 
Deve ter engordado de 9 a 11 quilos, volume considerado ideal. 
 
EMBRIOLOGIA EXPERIMENTAL 
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Enquanto cresce o embrião deve manter o padrão genético nas 
novas células que vão se formando. Esse papel é executado pelo DNA, 
mas como fazer para que a partir do zigoto, todos os bilhões de 
células sigam “o caminho e as instruções necessárias, com 
velocidade e precisão desejáveis?” 
 
No embrião, os “comandos” seguem uma “seqüência 
previamente programada”. Os genes não funcionam todos aos 
mesmo tempo. Enquanto um conjunto deles está ativo na 
codificação do processo de desenvolvimento, outros tantos genes 
permanecem “dormentes”, até “o momento de serem ligados”. 
 
Por exemplo, o olho do embrião só se forma depois de aparecer 
o tubo nervoso; este só aparece depois da formação das três camadas 
germinativas (ectoderme, mesoderme e endoderme) que, por sua vez, 
só se diferenciam depois da formação de um tubo digestivo primitivo. 
 
Ao fim do desenvolvimento embrionário humano, todas as 
células do embrião contêm os mesmos 46 cromossomos que 
estavam no zigoto inicial, com as mesmas informações acerca do 
todo o organismo. Se a informação genética é idêntica em todas as 
células que foram formadas por mitose, por que estas são tão 
diferentes? 
 
No início da década de 1930, diversos experimentos foram 
realizados para verificação da importância do núcleo no papel da 
diferenciação celular.Os resultados indicam categoricamente que os 
genes controlam a atividade do citoplasma, definindo os "rumos da 
diferenciação celular”. 
Porém, como todas as células vão se formando por mitoses, 
devemos admitir que núcleos com materialgenético igual podem 
funcionar de formas diferentes, se estimulados 
convenientemente.Assim, apesar de todos os genes estarem 
presentes em todos os núcleos das células do embrião, nem todos os 
genes funcionam ao mesmo tempo. 
 
Algum “fator exterior ao núcleo” deve ser capaz de “ligar” 
ou “desligar” determinados genes, em cada tipo de célula 
Experimentos com embriões demonstraram que certos grupos de 
células, numa determinada fase, influenciam o desenvolvimentoe 
a diferenciação de outros grupos. Esse fenômeno é chamado 
indução embrionária. 
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É muito provável que as células da região indutora produzam 
substâncias que se difundem até a região induzida, estimulando-a 
a se diferenciar de um certo modo (seguindo um certo destino !). 
Assim, de forma coerente, substâncias produzidas por certas 
células poderiam estimular o funcionamento do núcleo de outras 
células vizinhas “despertando genes que estavam dormentes”, 
que passariam a se diferenciar e, por sua vez, poderiam induzir o 
desenvolvimento de um terceiro grupo celular. 
 
Acompanhe um processo de indução embrionária bem 
conhecido: 
O tubo neural induz a ectoderme que o recobre a se 
transformar em partes do futuro olho. 
Os olhos se originam de duas expansões do tubo neural. Cada 
uma das expansões cresce, tomando por fim a forma de uma taça 
(cálice óptico), que originará mais tarde a parte profunda do globo 
ocular. 
O cristalino se forma a partir da ectoderme que se invagina 
por indução do cálice óptico. Uma vez formado, o cristalino induz a 
ectoderme a se transformar em córnea transparente. Ocorre, 
então, no embrião, uma série de eventos em cadeia que levam à 
diferenciação. 
O tubo neural, que havia sido induzido pela mesoderme, induz a 
formação do cristalino; este, por sua vez, induz a formação da córnea. 
Experimentos acoplados a esses mostraram que a indução 
embrionária se realiza por intermédio de substâncias químicas 
que passam da região indutora à induzida; assim, quando, antes da 
formação do cristalino, se coloca um pedaço de celofane entre o cálice 
óptico e a ectoderme, a estrutura não se forma. 
 
EXERCÍCIOS 
 
Questão 1 (Papiloscopista - PC – DF – 2008)Em um caso de estupro 
seguido de homicídio, foi encontrado, na genitália da vítima, material 
semelhante a sêmen, que foi coletado para possível exame de material 
genético. Em uma análise cromossômica desse material, observou-se a 
presença de células haplóides, confirmando a suspeita do tipo de 
material coletado. Analise as afirmativas quanto à conceituação dos 
termos que são comuns a todas elas e assinale a alternativa correta. 
 
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I – O processo de formação de gametas na espécie humana 
envolve a divisão meiótica; 
II – Os espermatozóides apresentam o mesmo número de 
cromossomos de uma célula epitelial. 
III – O material coletado terá pouca importância se o material 
coletado no suspeito não for o sêmen. 
IV – A formação de gametas em humano ocorre somente na fase 
adulta. 
 
(A) Todas as afirmativas estão erradas; 
(B) Há apenas uma afirmativa certa; 
(C) Há apenas duas afirmativas certas; 
(D) Há apenas três afirmativas certas; 
(E) Todas as afirmativas estão certas. 
 
 
Resposta. Item B. Há apenas uma afirmativa certa. O item I está 
correto. Inclusive é a definição do processo de formação dos gametas. O 
item II está errado pois os espermatozóides possuem conteúdo 
haploide, ou seja, 23 cromossomos. Já uma célula epitelial apresenta 
conteúdo diplóide, ou seja, 46 cromossomos. O item III está errado pois 
qualquer tecido é fonte potencial de material genético para análise. 
Quando tem-se sêmen a vantagem é a quantidade de células e, por sua 
vez, mais material genético para análise. Mas qualquer tecido é fonte de 
material genético para análise. A questão é a facilidade de obtenção e 
quantidade de células. O item IV está errado, pois nas mulheres a 
formação dos gametas ocorre ainda no período fetal. Na puberdade há a 
ovulação e, consequente, liberação de ovócitos. Nos homens a formação 
dos gametas começa na puberdade. 
 
 
Questão 2 (Papiloscopista - PF – 2002) Um caso de atropelamento 
seguido de morte foi inicialmente suposto como sendo um acidente de 
trânsito. Porém, durante a autópsia da vítima, foi constatada uma 
gestação de oito semanas, o que levantou a possibilidade de homicídio e 
que o responsável seria o pai. Um teste de paternidade foi realizado 
utilizando fragmentos da vítima e de produtos da gestação, assim como 
material biológico do suspeito, concluindo, com uma probabilidade de 
99,9999%, que era o pai. A partir da situação hipotética apresentada 
acima, julgue os itens subseqüentes. 
 
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a. O melhor material biológico para a análise do perfil genético 
individual do embrião é a placenta. 
b. Em um embrião na oitava semana de gestação, a genitália externa 
ainda não é evidente, mas é possível observar na região da genitália 
externa um tubérculo genital, uma intumescência labioescrotal e 
pregas urogenitais. 
c. Para que o ciclo celular progrida e com isso um embrião se 
desenvolva, é essencial a presença de fatores de crescimento e de 
transcrição. 
d. Um dos mecanismos de diferenciação celular baseia-se na resposta 
celular a gradientes de morfógenos. 
e. As fibras do fuso mantêm o pareamento dos cromossomos 
homólogos durante a mitose. 
 
Resposta. No item a está errado, pois na placenta obtem-se 
células para a análise do perfil de DNA da mãe. Para a criança a melhor 
fonte de material genético seria o líquido amniótico ou algum vaso 
sanguíneo da criança. No item b está correto. Ou seja, nesse período do 
desenvolvimento embrionário já estão formadas as estruturas que irão 
evoluir para formar o aparelho reprodutor da criança. Mas o sinal virá 
posteriormente em função do sexo cromossômico e ativação dos genes 
SRY e TDF caso seja o perfil de cromossomos XY. Se forem os 
cromossomo XX a programação evoluirá para o modelo feminino. Item c 
está correto. Lembre-se que a diferenciação celular é desencadeada pela 
atividade dos genes presentes nos cromossomos sexuais e 
autossômicos. A ativação de fatores de transcrição específicos leva à 
evolução do aparelho reprodutor masculino ou feminino. O item d está 
correto. Os morfógenos são os gradientes de RNA presentes no embrião 
dorsoventralmente e anteroposterior. Esses gradientes levam à 
diferenciação celular e simetria do embrião. O item e está errado pois as 
fibras do fuso mitótico não mantém o pareamento dos cromossomos 
homólogos durante a meiose. Ou seja, o efeito é o contrário. 
 
 
Questão 3 (Papiloscopista - PC – DF – 2006) Desde a formação do 
zigoto até o nascimento, o indivíduo passa por diversas etapas do 
desenvolvimento embrionário. Com aproximadamente 12 semanas de 
vida, o embrião transforma-se em um feto e apresenta seus sistemas 
praticamente formados. Durante esta etapa intra-uterina, o bebê supre 
suas necessidades através do cordão umbilical, que se conecta à 
placenta. A esse respeito, assinale a alternativa correta. 
 
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a. O sistema nervoso central tem origem ectodérmica; 
b. O processo de nidação do embrião se dá na fase de nêurula; 
c. A pele apresenta tecidos de origem somente ectodérmica; 
d. O cordão umbilical apresenta duas veias e duas artérias para 
realizar o transporte do sangue materno e do feto; 
e. A placenta apresenta asvilosidades coriônicas onde ocorre a 
mistura de substâncias entre o sangue da mãe e o do feto. 
 
Resposta: O item correto é o a. O sistema nervoso central e 
periférico é derivado do folheto ectodérmico. O item b está errado pois a 
nidação ocorre anteriormente à fase de nêurula. A nidação ocorre 
durante a formação do blastocisto. O item c está errado pois a pele 
apresenta tecidos de origem ectodérmica (epiderme) e mesodérmica 
(derme e hipoderme); O item d está errado pois são três vasos. No 
cordão existem duas artérias e uma veia que transportam gases, 
nutrientes, hormônios, dentre outros, e retiram excreções. O item e está 
errado pois não há mistura entre sangue materno e fetal. Precisa haver 
proximidade de vasos para trocas por difusão mas jamais contato direto 
entre os sangues. Se ocorresse isso, haver resposta do sistema imune e 
a segurança do feto no útero estaria comprometida. 
 
 
Questão 4 (Papiloscopista - PC – DF – 2008)As impressões digitais 
estão presentes na: 
 
(A) epiderme que apresenta origem embrionária na ectoderme. 
(B) epiderme que apresenta origem embrionária na mesoderme. 
(C) epiderme que apresenta origem embrionária na endoderme. 
(D) pele que apresenta origem embrionária somente na 
ectoderme. 
(E) pele que apresenta origem embrionária somente na 
endoderme. 
 
Resposta. O item correto é o A. A epiderme é de origem 
ectodérmica. Para os demais itens é o seguinte raciocínio. A epiderme é 
de origem ectodérmica e a derme e a hipoderme de origem 
mesodérmica. Qualquer variação está errada. 
 
 
Questão 5 (PC – ES – 2006) Considerando a fecundação e o 
desenvolvimento embrionário humano, julgue os itens que se 
seguem. 
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a)( ) O primeiro trimestre da gestação humana é a fase de 
desenvolvimento do feto, quando predomina a organogênese. 
Nessa fase, é importante evitar, se possível, o uso de 
medicamentos, uma vez que várias drogas interferem na 
formação do embrião, promovendo alterações teratogênicas. 
b)( ) Durante o processo de fecundação, se o 
espermatozoide fecundante carregar o cromossomo X, o bebê será 
do sexo masculino. 
 
 Resposta: O item a está correto. Inclusive ele é um resumo 
muito bom para estudo dessa fase do desenvolvimento embrionário. O 
item b está errado. Lembre-se, se forem os cromossomos X e Y será 
menino e de forem os cromossomos X e X será menina. 
 
 
Questão 6 (PC – ES – 2006) Considerando-se a fecundação e o 
desenvolvimento embrionário humano, julgue o item que se segue. 
 
a)( ) Durante a fertilização, o espermatozóide libera enzimas que 
promovem a fusão das membranas do óvulo e do espermatozóide, 
permitindo a união dos cromossomas do espermatozóide aos do 
óvulo em um só núcleo, restaurando o número diplóide de 
cromossomas. 
 
Resposta: O item está certo. Esse item está ótimo para uma 
revisão a respeito da fecundação e da função do processo de 
fertilização.

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