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RESENHA SOBRE A CRISE IMOBILIÁRIA DE 2008

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BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
RESENHA CRÍTICA SOBRE A CRISE IMOBILIÁRIA DE 2008 - FILME INSIDE JOB 
(TRABALHO INTERNO) 
 
1. INTRODUÇÃO SOBRE A CRISE 
A crise do “subprime”, também conhecida como “bolha imobiliária americana”, iniciou-se a 
partir da forte queda do índice Dow Jones em julho de 2007, motivada pela hipótese do colapso 
hipotecário, que arrastou várias instituições financeiras a falência. 
Durante os anos de 2007 e 2008 a situação já estava insustentável, os preços dos títulos 
“subprime” e dos imóveis despencaram. Então, um novo cenário começou a surgir depois da 
expansão imobiliária. O dinheiro em circulação diminuiu, bancos e financeiras começaram a ser 
vendidos e muitos até anunciaram seu fechamento. Foi a partir dessa situação que o governo norte-
americano resolveu intervir e ajudar os bancos e hipotecárias financeiramente. 
A crise começou a se tornar mais grave quando o Congresso americano aprovou a liberação 
de 700 bilhões de dólares para socorrer o sistema financeiro. O FED - – Federal Reserve System 
(Sistema de Reserva Federal dos Estados Unidos “Banco Central”), passou a emprestar ainda mais 
dinheiro para empresas que lidavam com a hipoteca de imóveis e a comprar os títulos hipotecários 
dos bancos que estavam falindo, configurando uma forte intervenção estatal na economia americana. 
O auge da crise foi deflagrado com a quebra de um dos bancos de investimentos mais 
tradicional dos EUA o Lehman Brothers, deixando milhares de americanos, que não conseguiram 
pagar suas hipotecas, sem casa e desencadeando uma crise nas bolsas do mundo todo. 
 
2. COMO A GANÂNCIA DOS EXECUTIVOS LEVOU O MUNDO A PIOR CRISE 
FINANCEIRA DA ECONOMIA MODERNA. 
Em meados de 2001 e 2002, confiantes de que o mercado imobiliário continuaria em alta, os 
bancos dos Estados Unidos, ajudados pela falta de regulamentação no mercado financeiro, 
investiram mais do que deviam em hipotecas de alto risco, do tipo C ou menos, porém estavam 
classificadas como AAA, esse tipo de crédito era chamado de “subprime”. Depois de uma alta até 
2006, o preço dos imóveis começou a cair e os juros altos afastaram novas possibilidades de crédito. 
Como a oferta passou a ser maior que a procura, o mercado imobiliário dos EUA ficou cada vez mais 
desvalorizado. 
Os bancos que concediam empréstimos para os compradores de imóveis tinham que obedecer 
a certos limites de concessão. Para que houvesse expansão deste limite, algumas empresas, 
 
como Fannie Mae e Freddie Mac, passaram a comprar as carteiras de crédito imobiliário. Isso 
implicava numa manobra financeira que liberava os bancos para emitir mais crédito aos 
compradores, que juntamente com as empresas hipotecárias e financeiras começaram a emprestar e 
financiar cada vez mais. 
Comprar casas passou a ser objetivo de quem queria, além do imóvel próprio, fazer algum 
investimento, pois se comprava barato e revendia-se mais caro, apenas com dinheiro de empréstimos. 
Qualquer um poderia retirar um empréstimo ou financiar um imóvel, mesmo quem estava 
desempregado e não possuía renda, conseguia ser aprovado pelo banco para receber um 
financiamento, e poderia dar a própria casa como garantia para vários empréstimos. Quando o preço 
dos imóveis começou a cair, as instituições não tinham dinheiro para cobrir suas dívidas. O mercado 
financeiro começou a desmoronar. 
O economista Leandro Roque explica em seu comentário “Como ocorreu à crise financeira 
americana”, a respeito do papel das empresas citadas no contexto da crise de 2008: 
“Tradicionalmente, quando uma pessoa pega um empréstimo para 
comprar um imóvel, cria-se uma dívida entre ela e o banco. Se a pessoa irá 
honrar sua dívida ou não, é problema do banco. No cenário americano, 
Freddie e Fannie fizeram com que os bancos não mais se preocupassem com 
nada disso, pois eles sabiam que, tão logo concedessem um empréstimo 
imobiliário, Fannie e Freddie estavam lá para comprar este empréstimo a um 
valor acima do montante concedido.” 
Como foi visto no Filme Inside Job – Trabalho Interno, vários empresários das grandes 
organizações, que participaram desses negócios, com era o caso de George Soros, Barney Frank, 
David Mc Cormick, Scott Talbott, Gillian Tett, Nouriel Roubini, Glenn Hubbard, Eliot Spitzer, 
dentre muitos outros envolvidos, não sentiram arrependimento ao saber que enquanto aumentavam 
cada vez mais o seu patrimônio, e desfrutavam de uma vida extremamente luxuosa, inúmeras 
famílias estavam sendo prejudicadas, perdendo seus empregos e suas casas. 
 
3. COMO A REGULAMENTAÇÃO OU DESREGULAMENTAÇÃO DO MERCADO 
NÃO CONSEGUIU IMPEDIR A CRISE. 
O trato entre as empresas compradoras de créditos e os bancos aumentou a 
desregulamentação do sistema financeiro mundial, já que a economia americana está intimamente 
entrelaçada a bolsas de valores e a bancos do mundo inteiro. Isto se deu porque a inadimplência 
começou a subir e as pessoas que eram estimuladas a comprar imóveis por meio de crédito bancário, 
cada vez mais deixavam de pagar seus empréstimos, se eximindo de pagar suas dívidas aos bancos, 
que passaram a falir em 2008. 
 
De acordo com Carlos Braga, professor de política econômica internacional da escola suíça 
de negócios IMD, "A crise de 2008 mostrou que a falta de regulamentação dos mercados é perigosa. 
Acreditou-se que as famílias não iriam abusar do crédito fácil e acreditou-se que os bancos não iriam 
abusar da falta de controle. Mas no final, vimos que esta era uma crença perigosa”. 
Antes do estouro da “bolha” em 2008, alguns estudiosos, investidores e conhecedores do 
assunto, já haviam percebido algo errado no mercado de hipoteca americano e que os títulos 
subprimes eram furados, como foi o caso de Robert Shiller, que um ano antes do estouro da bolha 
que levou à quebra dos maiores bancos americanos, escreveu um artigo demonstrando a existência 
dela. 
Quando a “bolha” estava para estourar, Henry Paulson, Secretário do Tesouro em 
2006, tentou evitar o desastre, intervindo junto aos bancos americanos, o que só resultou em um 
Plano já depois do estourar da “bolha”, o chamado Plano de Intervenção 2008. Ao mesmo tempo, o 
FED se tornou o emprestador de última instância para os bancos, a fim de amenizar o efeito da 
quebradeira dos mesmos. 
Como forma a evitar mais quebras, os governos de vários países anunciaram medidas de 
socorro às instituições financeiras, injetando bilhões de dólares nos bancos. Portanto, alguns dos 
fatores que levaram a crise do subprime foram à concessão de empréstimos hipotecários de alto 
risco; a transferência de créditos desenfreada, a manutenção de juros reduzidos pelo FED. 
Um dos pontos mais relevantes do filme é demostrar que o mercado não foi capaz de impedir 
a expansão da crise para outros países justamente devido a fatores como o caso da globalização, que 
interligam e compartilham investimentos, e como a economia dos Estados Unidos é ligada a bolsa de 
valores e a bancos internacionais, o desequilíbrio econômico foi inevitável. 
 
4. REFERÊNCIAS 
Filme INSID JOB – TRABALHO INTERNO – 2010 
REIS, Tiago. Suno Research. Economia. Crise do Subprime: Entenda o Que Foi e Como Afetou a 
Economia Mundial. Acesso em: 24/05/2019. Disponível em: 
<https://www.sunoresearch.com.br/artigos/crise-do-subprime/>. 
NASCIMENTO, Clovís. Administradores.com. Entendendo de uma forma sucinta a bolha 
imobiliária norte americana. Acesso em: 25/05/2019. Disponível em: 
<https://administradores.com.br/artigos/entendendo-de-uma-forma-sucinta-a-bolha-imobiliaria-
norte-americana>. 
http://economia.ig.com.br/2013-10-14/profeta-da-bolha-imobiliaria-vence-o-nobel-de-economia-2013.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plano_de_resgate_econ%C3%B4mico_de_2008
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/crise-do-subprime/
https://administradores.com.br/artigos/entendendo-de-uma-forma-sucinta-a-bolha-imobiliaria-norte-americana
https://administradores.com.br/artigos/entendendo-de-uma-forma-sucinta-a-bolha-imobiliaria-norte-americana

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