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CARTILHA - FISIOTERAPIA APLICADA A PNEUMOLOGIA

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FISIOTERAPIA APLICADA A PNEUMOLOGIA 
 
 
 
 
 
CARTILHA 
ORIENTAÇÕES E 
EXERCÍCIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2020 
 
 
OXIGENOTERAPIA 
CONCEITO: 
A fração inspirada de oxigênio (FiO2), 
o ar ambiente é de aproximadamente 21%, 
quando há necessidade de se ofertar mais 
oxigênio o paciente é submetido a 
oxigenoterapia, com o objetivo de manter a 
PaO2 dentro dos valores de normalidade, 
manter a nutrição, a oxigenação dos tecidos 
e dos sistemas respiratórios sem prejuízo ao 
paciente. 
INDICAÇÃO: 
 Hipoxemia (PaO2 < 60 mmHg e/ou SaO2 
< 90%); 
 Risco de Hipóxia; 
 Traumatismo grave; 
 Infarto Agudo do Miocárdio; 
 Terapia em curto prazo (ex: pós 
anestésico). 
EFEITOS TÓXICOS: 
 Ressecamento das VA, 
 Atelectasia por absorção, 
 Depressão do SNC, 
 Liberação dos radicais livres, 
 Lesões do endotélio alveolar, 
 Edema intersticial e alveolar, 
 Hipertensão Arterial pulmonar, 
 Fibrose pulmonar. 
 ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO 
 Sistema de Baixo Fluxo 
o Administrar o O2 em baixas 
concentrações, menores de 35% de FiO2, 
introduzido por cateter nasal, cânula nasal, 
cateter trastraqueal e máscara facial simples. 
o Nesse sistema não é possível modular 
a FiO2 para o paciente, portanto, é ofertado 
por litros modulados no aparelho, com o 
resultado do cálculo. 
 1 l/min – 24% 
 2 l/min – 28% 
 3 l/min – 32% 
 4 l/min – 36% 
 5 l/min – 40% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CANULA NASAL: Empregado quando o 
paciente requer uma concentração média ou 
baixa de O2. É relativamente simples e 
permite que o paciente converse, se alimente 
sem interrupção de O2. 
 
 
 
 
 
 
MÁSCARA FACIAL SIMPLES: Serve como 
veículo para administração de medicações 
inaláveis e umidificar as vias aéreas. 
 
 
 
 
 
CATETER NASAL: inserção de uma sonda 
de aspiração concentrada a uma fonte de 
O2, através das fossas nasais até a 
nasofaringe. 
 
 
 
 
CATETER TRASTRAQUEAL: Introdução de 
cateter através de TOT ou Traqueóstomo. 
Posicionar entre o 2º e 3º anel traqueal. 
Utilizado quando há obstrução das VA´s. 
 
 
 
 
 
 
 
 Sistema de Alto Fluxo 
o Administrar o O2 acima de 40% – 50% 
com a segurança de regular a FiO2; 
o É ofertado de forma fracionada ao 
paciente que necessita de um fluxo superior 
a 60l/min. 
Pode ser administrado através do sistema 
de Venturi, método mais seguro e exato para 
liberar a concentração necessária de O2, 
sem considerar a profundidade ou frequência 
da respiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS COM RESERVARTÓRIO: 
Coletam e armazenam O2 entre as 
inspirações do paciente. 
 O paciente utiliza o suprimento de 
reserva quando seu fluxo inspiratório for 
maior que o fluxo de O2. Oferecem FiO2 
maiores que os sistemas de baixo fluxo. 
Máscara simples: 
 O corpo da máscara coleta e armazena 
O2 entre as inspirações do paciente; 
 Variações de fluxo de 5 a 12 lpm. 
 Fornece FiO2 variáveis. 
Máscara de reinalação parcial: 
 Sem válvula anti-retorno; 
 FiO2 de 60 – 80%; 
 Reinalação parcial do CO2 expirado no 
reservatório. 
Máscara de não reinalação: 
 Com válvula anti-retorno; 
 FiO2 de até 90%; 
 Não há reinalação do CO2 expirado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Macronebulização 
Possui objetivo de ofertar O2 e 
umidificar o sistema respiratório. 
Consta em um copo umidificador para 
criar névoa, uma traqueia e uma interface. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICAS DE REEXPANSÃO PULMONAR 
CONCEITO: 
 
 
 
 
 
As técnicas de reexpansão são 
utilizadas para aumentar a expansibilidade 
toracopulmonar, a complacência, a 
ventilação, o volume corrente e aumentar as 
capacidades pulmonares. 
Além disso as manobras melhoram a 
oxigenação, aumentam a força muscular dos 
músculos respiratórios, reverte atelectasias e 
auxilia a remoção de secreções brônquicas 
devido ao aumento do fluxo aéreo. 
Tipos de pacientes que podem evoluir 
para um Colapso Pulmonar: 
 Pacientes com doenças respiratórias e 
neuromusculares; 
 Pacientes acamados por longos períodos; 
 Pacientes intubados e em diversos tipos de 
P.O (abdominais e torácicos). 
Cabe ressaltar que essas técnicas 
dependem sempre da colaboração e da 
participação do paciente. É recomendável 
que os exercícios respiratórios sejam 
realizados com uma frequência diária de três 
sessões, com três séries de 20 ciclos 
respiratórios, com intervalos de descanso de 
2 a 3 minutos e sempre observar o 
comportamento do paciente 
As técnicas de reexpansão pulmonar 
mais utilizadas são: 
 FRENO LABIAL: Esse exercício tem 
como objetivo aumentar o VC e diminuir a 
frequência respiratória, melhorando a 
oxigenação por manutenção de pressão 
positiva nas vias aéreas. 
Paciente realiza inspiração nasal lenta e 
expiração contra a resistência dos lábios 
franzidos. Tempo expiratório pode ser longo 
ou curto. 
 
 
 EXERCÍCIO RESPIRATÓRIO 
DIAGRAGMÁTICO: Para este exercício, o 
paciente realiza uma inspiração profunda e 
lenta pelo nariz e, em seguida, faz uma 
expiração com a utilização da técnica freno 
labial. Na fase inspiratória, deve realizar uma 
contração voluntária do músculo diafragma, 
fazendo com que haja uma distensão 
abdominal. 
Esse exercício permite uma maior 
expansão pulmonar, por aumento da 
ventilação nas bases, beneficiando aqueles 
cuja complacência pulmonar esteja 
diminuída. Favorece um deslocamento maior 
do volume corrente, aplicando este exercício 
na posição sentada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INSPIRAÇÃO FACIONADA: Neste 
exercício, a inspiração deve ser por via 
nasal, suave, e interrompida no seu 
transcurso por período de apnéia; pode ser 
programada em seis tempos. As várias 
inspirações devem ser realizadas dentro de 
um mesmo ciclo respiratório e a expiração 
pela boca e atingir níveis próximos ao VRE. 
A realização desta técnica pode trazer 
melhora na complacência pulmonar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS 
COM INSPIRAÇÃO MÁXIMA 
SUSTENTADA: Este exercício consiste em 
uma inspiração nasal profunda, lenta e 
uniforme, seguida de uma apneia pós-
inspiratória para, logo após realizar-se a 
expiração pela boca, sem que esta atinja o 
VR. O motivo da apneia pós- inspiratória é 
para que se possa obter uma melhor 
distribuição do ar inspirado, a fim de 
melhorar trocas gasosas. 
Esta técnica exige um esforço grande dos 
pacientes, por isso ela deve ser utilizada 
somente naqueles que possam suportá-la. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INSPIRAÇÃO DESDE O VOLUME 
RESIDUAL: Este exercício tem como 
objetivo aumentar ventilação nas regiões 
apicais. 
Paciente realiza expiração prolongada 
até VR, seguida de inspiração profunda 
expandindo as regiões não dependentes. Na 
expiração até o VR, ocorre oclusão dos 
bronquíolos da região dependente facilitando 
a ventilação dos não dependentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MANOBRA DE COMPRESSÃO-
DESCOMPRESSÃO: Este exercício 
favorece tanto a reexpansão pulmonar 
quanto a desobstrução das vias aéreas e a 
expectoração. 
Terapeuta coloca a mão na base inferior 
das últimas costelas do paciente. Enquanto 
o paciente expira o fisioterapeuta faz uma 
compressão torácica para dentro e para 
baixo, e posteriormente uma descompressão 
súbita quando o paciente inicia a inspiração. 
Isto gera uma elevação no fluxo da expiração 
e uma variação súbita de fluxo durante a 
inspiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MANOBRA DE BLOQUEIO 
TORÁCICO: Atingir regiões pulmonares 
comprometidas pela deficiência ventilatória. 
Este exercício consiste na aplicação de 
uma força através das mãos do 
fisioterapeuta no final da expiração, em um 
dos hemitórax do paciente, fazendo com que 
o volume de ar colocado nas vias aéreas do 
paciente ocupe principalmente o hemitórax 
contralateral ao bloqueio, permitindo assim 
maior expansão deste. Está indicado para 
quadros de atelectasias encontradas no 
pulmão não bloqueado, durante a ventilação 
mecânica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIGIENE BRÔNQUICA 
CONCEITO: 
 A terapia de higiene brônquica 
é um conjunto de intervençõescapazes de 
promover ou auxiliar o paciente na remoção 
de secreções das vias aéreas. 
OBJETIVOS: 
 Aumentar a mobilização de secreção e 
sua expectoração – retenção e 
hipersecretividade; 
 Prevenir infecções pulmonares; 
 Melhorar função pulmonar 
INDICAÇÕES: 
 Acúmulo de secreção; 
 Insuficiência respiratória aguda com 
acúmulo de secreção; 
 Atelectasias; 
 Pneumonias; 
 Fibrose cística; 
 Bronquiectasias; 
 Bronquite crônica. 
 
 DRENAGEM POSTURAL: Utiliza-se 
da ação da gravidade para auxiliar a 
movimentação das secreções no trato 
respiratório. Promove o deslocamento das 
secreções para as vias aéreas centrais, onde 
podem ser removidas através da tosse. 
Melhora a relação V/Q. 
Recomendações: Hidratação adequada; 
Monitorização dos sinais vitais (SpO2); 
Tempo de aplicação: 15 a 30 minutos em 
cada postura, com o limite de 60 minutos no 
total; Última refeição: a pelo menos 1h e 
meia/2h. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EXPIRAÇÃO LENTA TOTAL COM A 
GLOTE ABERTA EM DECÚBITO 
INFRALATERAL (ELTGOL): Técnica ativo-
passiva ou ativa utilizada para remoção de 
secreção em vias aéreas de médias e 
periféricas. 
Paciente em decúbito homolateral ou 
dependente. Orienta-se o paciente à realizar 
expiração lenta e progressiva, a partir da 
CRF até VR, com a glote aberta (bucal); 
Fisioterapeuta: deve ficar atrás do 
paciente com uma mão exercendo pressão 
abdominal em direção oblíqua à parede 
costal supra lateral na expiração e a outra 
realiza pressão abdominal e no tórax 
dependente. Após várias repetições orienta-
se a tosse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TOSSE DIRIGIDA: Ação reflexa de 
defesa do organismo. 
Posição: paciente sentado com os pés 
apoiados (pequena inclinação anterior do 
tronco, com os ombros rodados para frente e 
antebraços relaxados ou apoiados) ou 
decúbito dorsal (cabeceira elevada, joelhos 
levemente flexionados e pés apoiados no 
colchão). Realizará, inspiração profunda + 
fechamento da glote + contração dos 
músculos abdominais e intercostais 
(aumento da pressão intratorácica) + 
abertura da glote e expulsão do ar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 VIBRAÇÃO E 
VIBROCOMPRESSÃO: São contrações 
isométricas repetidas do ombro e cotovelo 
realizada sobre a parede do tórax, durante a 
fase expiratória, em uma frequência de 12 a 
16 Hz, podendo ser associado a 
compressão. 
É realizada com as mãos espalmadas, 
acopladas e com certa pressão no tórax do 
paciente, o punho e o cotovelo de quem 
aplica deverão permanecer imóveis 
impulsionando os movimentos vibratórios 
(tremor energético) com um trabalho 
mecânico proveniente da musculatura do 
braço e do ombro, deixando os demais 
grupos musculares do membro superiores 
contraídos isometricamente e as articulações 
do punho e do cotovelo imóveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 TÉCNICA DE EXPIRAÇÃO 
FORÇADA (TEF): Elimina secreções e evita 
o colapso de VA’s decorrentes da expulsão 
bruta e forçada do ar. Esforços expiratórios 
realizados com a glote aberta, partindo de 
volumes pulmonares médios e chegando a 
baixos volumes pulmonares (huffs). 
Baixos volumes: move secreções periféricas; 
Altos volumes: move secreções centrais. 
Combinação de 1 ou 2 expirações 
forçadas (huffs) seguidas de períodos de 
controle diafragmático e relaxamento. TEF 
pode ser associada à vibração torácica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AFE: Expiração ativa ou passiva, 
realizada com altos volumes pulmonares, 
onde a velocidade, a força e a extensão 
podem variar a fim de promover 
desobstrução das vias aéreas. Realizada 
com a glote aberta. Deve-se posicionar o 
paciente em decúbito dorsal, e as mãos do 
fisioterapeuta deverão ser colocadas uma 
sobre o tórax e a outra sobre o abdome. 
Aplicar uma compressão no sentido 
ânteroposterior e céfalocaudal. 
 Mão torácica: exerce uma pressão 
obliqua de cima para baixo; 
 Mão abdominal: Efetua pressão 
obliqua, mas em sentido oposto, de baixo 
para.

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