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Urgência e Emergência I 
Asma 
❖ Consiste em uma doença crônica das vias aéreas, caracterizada pela hiper-reatividade 
intermitente das vias aéreas e obstrução variável do fluxo. 
FATORES EXACERBATÓRIOS 
✓ Infecções (principalmente virais); 
✓ Exposição a alérgenos; 
✓ Poluição ambiental; 
✓ Atividade física; 
✓ Medicações; 
✓ Estresse emocional. 
QUADRO CLÍNICO 
❖ Geralmente causa dispneia, sensação de pressão sobre o tórax e sibilos expiratórios (se 
for muito grave, podem estar presentes em toda a respiração). Esses sintomas geralmente 
estão presentes durante as fases de exacerbações da doença, apresentando-se de 
intensidades diferentes de acordo com a gravidade. 
DIAGNÓSTICO 
❖ Após uma boa anamnese (entendendo os fatores precipitantes e gravidade/frequência 
dos sintomas), deve-se proceder para o exame físico em busca de sinais de obstrução 
respiratória, geralmente encontrando-se sinais de esforço respiratório (uso da 
musculatura acessória, depressão de fúrcula, bater de asas nasais), sibilos à ausculta e, 
em casos graves, ausência de sons respiratórios na ausculta. 
Se houver rebaixamento do nível de consciência (Glasgow 8) ou silenciamento do tórax, deve-se proceder com IOT. 
CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE 
EXAMES COMPLEMENTARES 
❖ Não são necessários ao diagnóstico, apenas sendo indicados para avaliação da 
gravidade e rastreio de fatores exacerbatórios. Dentre os principais, pode-se solicitar 
oximetria de pulso (indica necessidade de O2), espirometria (geralmente não disponível 
no PS), Raio X de tórax (mostra sinais de PNM, TB, demais infecções e sinais de 
hiperinsuflação), hemograma (mostra sinais de infecção), eletrólitos (indicam 
complicações e possíveis indicações de internação), ECG (indicado para pacientes > 50 
anos pelo risco de cardiopatias associadas) e gasometria arterial (feita apenas na 
disponibilidade e na presença de desconforto respiratório grave – VEF1 < 50%). 
TRATAMENTO 
❖ Como trata-se de um paciente na emergência, de ante mão deve-se estabelecer 
monitorização rigorosa de sinais vitais (PA, FC, FR, oximetria), dois acessos venosos 
periféricos (para uso em caso de agravamento) e reavaliação constante. 
❖ Na presença de desconforto respiratório, deve-se instituir oxigênio em cateter nasal até 
5L/min na iminência de hipoxemia (SatO2 < 92%). Ainda, como terapia broncodilatadora, 
deve-se optar por um Beta2 agonista de curta duração em forma de spray (salbutamol 
4 a 8 puffs a cada 20min, refazendo esse ciclo 3 vezes) ou inalação (fenoterol 10 gotas 
diluído em 5ml de soro fisiológico – pode associar com ipratrópio 40 gotas caso não haja 
resposta apenas com o SABA ou VEF1 < 60%). 
❖ Ainda, para pacientes moderados a graves, deve-se instituir um corticoide, como 
prednisona 40-80mg VO 1x ao dia por 7 dias ou, se necessário, pode-se optar pela 
metilprednisolona 20-60mg EV de 6/6h (ou hidrocortisona 200 a 300mg 1x ao dia – ambos 
por 3 dias). 
❖ Se, ainda, não houve melhora do quadro, pode-se instituir o sulfato de magnésio 1-2g EV 
diluído em 100-500ml de SF 0,9% em 20min. É uma medicação mais indicada para 
quadros graves ou com VEF1 < 30%. 
Todos os pacientes devem ser reavaliados a cada 20min. Demais medicações apenas devem ser instituídas se 
houver necessidades, como antibióticos (caso haja infecção) e adrenalina (se houver anafilaxia). 
CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO 
✓ VEF1 < 25% na admissão; 
✓ VEF1 < 40% após o tratamento instituído; 
✓ Dispneia grave. 
ALTA HOSPITALAR 
❖ Alta hospitalar apenas para paciente com VEF1 > 60%. De forma geral, todos os pacientes 
devem receber uma receita para casa contendo um corticoide VO para uso até por 7 
dias e uma carta de encaminhamento a UBS para estabelecimento de um tratamento 
de manutenção efetivo ao paciente (isso não deve ser feito na emergência).

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