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26 DE MARÇO DE 2020 RINOTRAQUEÍTE INFECCIOSA BOVINA O BHV-1 é um importante patógeno em bovinos, sendo responsável por causar a IBR = Rinotraqueíte Infeciosa Bovina grandes perdas econômicas em criações, estando relacionado a uma ampla gama de manifestações clínicas. Os animais infectados, mesmo sem doença aparente, tornam-se portadores pelo resto da vida, pois o vírus estabelece infecção latente nos gânglios dos nervos sensoriais (principalmente trigêmeo e sacral) que pode se reativar periodicamente. Pode ser assintomática, mesmo assim permanece disseminando a carga viral, a presença de um simples portador no rebanho é uma fonte de infecção para toda a propriedade. As lesões localizam-se particularmente em mucosas dos tratos respiratório e genital e na pele, caracterizadas principalmente pela formação de vesículas, pústulas e úlceras superficiais que podem evoluir e tornar-se cobertas por pseudomembranas, que apesar de cicatrizadas a infecção permanece latente por toda a vida do animal. TAXONOMIA ● Família: Herpesviridae ● Subfamília: Alphaherpesvirinae ● Gênero: Varicellovirus TRANSMISSÃO As principais portas de entrada do vírus são as superfícies mucosas do trato respiratório e genital. Se propagam por aerossóis e secreções corpóreas. Animais mais velhos são mais susceptíveis para o ambiente e transmitem de forma mais fácil. Além disso, animais confinados têm maior risco de contaminação pela facilidade de transmissão. ● Secreções ● Direta o Sexualmente ● Indiretas o Fômites PATOGENIA (BoHV-1 e BoHV-5) A severidade das infecções é influenciada por vários fatores: ● Virulência, THAÍSSA DIB 26 DE MARÇO DE 2020 ● Idade, ● Imunidade do hospedeiro ● Normalmente ocorrem infecções subclínicas assintomáticas 1. O vírus penetra no hospedeiro; 2. Liga-se a células epiteliais onde ocorre o primeiro ciclo de replicação; 3. Desse sítio de infecção, o vírus é transportado pelos monócitos para outros órgãos, desenvolvendo suas formas clínicas. FORMAS CLÍNICAS ● Vulvovaginite pustular infecciosa (VIP): Infecção específica de bovinos causada pela cepa BHV-1. Dificilmente os proprietários percebem, somente quando apresentam distúrbios reprodutivos – aborto, retorno ao cio; ● Balanopostite pustular infecciosa: Mucosa hiperêmica e pustulada em região de prepúcio, podendo levar a aderência peniana; ● Aborto pós-vacinação: O uso de vacinas conseguindo fazer alguma infecção: o Vacinas inativadas são eficazes contra vírus que ainda não entraram na célula. ● Redução de fertilidade: Retorno ao cio, nascimento de animais fracos e aborto - para ser observado é necessário supervisão contínua de seus índices zootécnicos: ● Problemas Respiratórios e Conjuntivais: Tosse, conjuntivite, fotofobia e lacrimejamento seroso-mucopurulento e profuso (Epífora), pode evoluir a ceratite e ulceração por infecções secundárias – Geralmente regride em 5-10 dias se não houverem complicação; ● Forma nervosa: Sinais caracterizados pela anorexia, corrimento nasal e ocular e sinais nervosos. Tem curso de 4-15 dias e usualmente leva a morte dos animais. ● Forma sistêmica-neonatal: Manifesta-se em bezerros neonatos infectados no final da gestação, durante ou após o parto. É invariavelmente fatal e os animais desenvolvem lesões necróticas no trato digestório e linfonodos podendo comprometer o trato respiratório SINAIS CLÍNICOS THAÍSSA DIB 26 DE MARÇO DE 2020 ● PI: 1-4 dias FORMA GENERALIZADA ● Febre ● Secreções serosas ocular e nasal ● Lesões orais ulcerativas/papulativas ● Salivação ● Anorexia ● Hiperemia de mucosa nasal ● Diminuição produtiva (Leite) ● Agravamento da secreção nasal mucopurulenta ● Respiração bucal com pescoço estendido ● Dispneia ● Morte súbita Raro FORMA RESPIRATÓRIA (IBR) ● Tosse ● Rinite ● Estomatite erosiva ● Traqueíte ● Faringite ● Laringite ● Hiperemia de mucosa nasal ● Corrimento nasal (seroso-mucopurulento) FORMA GENITAL ● Abortamento (5º - 8º mês de gestação) ● Endometrite necrosante ● Infertilidade temporária ● Oofarite necrosante e hemorrágica ● Morte embrionária ● Lesões de ovidutos ● Encurtamento de ciclo estral ● Vulva edemaciada e hiperêmica ● Secreção FORMA NERVOSA ● Depressão profunda ● Nistagmo ● Opistótono ● Tremores ● Marcha para trás/círculos ● Andar cambaleante ● Convulsões ● Quedas THAÍSSA DIB 26 DE MARÇO DE 2020 ● Inabilidade de ingestão de água e apreensão de alimentos ● Cegueira ● Ranger de dentes DIAGNÓSTICO ● LABORATORIAL o Soroneutralização e ELISA ▪ Deteção de Atc o * Isolamento Viral e PCR1 ▪ Material a ser coletado: Sangue, coleta de mucosas, capa flogística o Histopatológico ▪ Imunohistoquímica ▪ Importante nos constatar lesões características e observar corpúsculos de inclusão ● DIFERENCIAL SINTOMAS RESPIRATÓRIOS o Pasteurella o Haemofilus o Broncopneumonias bacterianas secundárias o Pneumonias por vírus sincicial bovino o Parainfluenza-3 SINTOMAS REPRODUTIVOS o IBR o Brucelose o Leptospirose o Tricomoníase o Neospora o Campilobacteriose SINTOMAS NERVOSOS o Listeriose o Raiva o Abcessos cerebrais o Poliencefalomalácia o Síndrome de privação de água o Cetose o Encefalopatia hepática (por plantas tóxicas (Senecio spp) 1 O melhor método de diagnóstico – Utiliza-se a Imunofluorescência THAÍSSA DIB 26 DE MARÇO DE 2020 SINTOMAS DE CONJUNTIVITE o Ceratoconjuntivite por Moraxella bovis CONTROLE E PROFILAXIA Os surtos normalmente ocorrem com mais frequência em rebanhos submetidos a situações de estresse ou após introdução de animais portadores e usualmente provém de uma infecção latente e é disseminado ao animais suscetíveis. Transporte, mudanças bruscas na dieta e condições climáticas adversas podem desencadear a doença. Como é um vírus latente é muito difícil o controle do rebanho pós-infecção. ● MANEJO o Cuidado com a introdução de novos animais no rebanho – Quarentena o Cuidados contra o estresse dos animais (imunossupressão) o Medidas sanitárias adequadas ● Segregação dos acometidos ● VACINAS o Replicativas = Que induzem boa imunidade (Pode induzir a latência, forma subclínica e aborto, nunca administrar em fêmeas prenhes) o Inativadas = Precisam de várias doses ● INFECTADOS o Podem ser tratados com antibióticos de largo espectro para prevenir infecções bacterianas secundárias THAÍSSA DIB
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