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Parmênides - 1º anos

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FILÓSOFOS 
PRÉ-SOCRÁTICOS 
PARMÊNIDES 
p. 76-77 
1º anos 
FILOSOFIA 
Professora: Valdenise Morais 
 
PARMÊNIDES DE ELEIA (510 – 445 a. C.) 
Παρμενίδης ὁ Ἐλεάτης 
• Foi um dos principais filósofos gregos pré-socráticos da 
Antiguidade. Seus estudos estiveram baseados nos temas 
sobre a ontologia do ser, da razão e da lógica. 
• Descendente de uma família rica e ilustre recebeu boa 
educação sendo admirado por seus conterrâneos por levar 
uma vida regrada e exemplar. Seu interesse pela filosofia o 
levou a se aproximar das ideias do filósofo Pitágoras (582-
497) e da escola itálica. Esteve em Atenas, porém não se 
aprofundou nas questões difundidas por ele. 
• Seu pensamento influenciou a filosofia da antiguidade bem 
como a filosofia moderna e contemporânea. Sua frase mais 
célebre é: “O ser é e o não ser não é.” 
 
 
ARCHÉ 
• Parmênides não formulou uma teoria cosmológica baseada em um princípio 
(arché) material e definido. Para o filósofo, havia uma espécie 
de organização racional no universo que era infinita, uma, indivisível, imutável 
e imóvel. 
• A teoria parmenidiana estava centrada no que ele chamou de “ser”(O Ser é 
uno, imóvel, eterno e imutável, sem princípio nem fim, contínuo e indivisível). 
O ser das coisas era o princípio fundamental, baseado em uma espécie de 
ideia infinita e universal. Dessa maneira, tudo o que existia possuía o “ser” 
dentro de si. O que existe, ou seja, que possui o ser, pode ser enunciado e 
pensado. O que não existe não poderia, na visão do filósofo, ser pensado e 
nem enunciado. 
 
 
ARCHÉ 
• Para Parmênides, era dotado de existência somente aquilo 
que existe infinitamente e de maneira imóvel, ou seja, 
somente por meio das essências. A essência é o que aponta 
o ser existente em algo ou alguém. Essa essência é fixa, 
eterna e imutável, e as mudanças que percebemos nas 
coisas são, na realidade, fruto de nossos sentidos 
enganosos. 
• “O ser é e o não ser não é”, frase proferida por Parmênides, 
indica que o ser (o que existe) é, pois é idêntico a si mesmo 
e indica a si mesmo. O não ser não é, pois não existe, não 
possui identidade. As identidades são as definições de 
uma lógica rudimentar já utilizada por Parmênides, mas 
ainda muito próximas a uma metafísica. 
 
 
ESCOLA MOBILISTA 
 Toda a mutação é 
ilusória; 
• É preciso enxergar aquilo 
que está por detrás das 
aparências e das 
transformações; 
• Influenciou muito Platão, 
sendo personagem 
central de um de seus 
principais diálogos, o 
Parmênides. 
 
ESCOLA MOBILISTA 
Há no pensamento parmenidiano a 
distinção entre realidade e aparência. 
Desse modo, o primeiro argumento que 
ele apresenta contra o mobilismo é o de 
que o movimento é apenas aparente, ou 
seja, se as coisas mudam de forma, como 
as rochas que, ao passar dos anos, tornam-
se grãos de areia, esse movimento ocorre 
em um aspecto superficial. Pelo 
pensamento, conseguimos ir além do que 
nos diz a experiência sensível e 
percebemos que a verdadeira realidade é 
imutável 
 
POEMAS 
• Dos seus poemas restaram-nos 154 versos e eles dividem-se em três partes. A 
primeira é uma introdução onde ele coloca como chegou às suas revelações. O 
filósofo conta a sua viagem imaginária pela morada da deusa da justiça que o 
conduzirá ao coração da verdade. A deusa mostra a Parmênides o caminho da 
opinião que conduz à aparência e ao engano e o caminho da verdade que conduz à 
sabedoria do ser. Cada um desses caminhos será tratado nas duas partes seguintes. 
• Na segunda parte ele argumenta que o que é diferente do que geralmente os 
homens supõem que seja. Nessa parte, intitulada Caminho da Verdade (alétheia), 
ele coloca o que a razão nos diz e ele faz isso através da metafísica dedutiva. 
Começa por premissas que ele acredita serem verdadeiras e dedutivamente ele 
chega a conclusões que também devem ser verdadeiras. Seus argumentos lógicos 
reconstruídos podem ser expressos da seguinte forma: 
 
 
POEMAS 
• 1 - Ou algo existe ou algo não existe. 
• 2 - Se é possível pensar em algo, esse algo pode existir. 
• 3 - Nada não pode existir. 
• 4 - Se podemos pensar em algo esse algo não é nada. 
• 5 - Se podemos pensar em algo esse algo tem quem ser 
alguma coisa. 
• 6 - Se podemos pensar em algo esse algo tem que existir. 
• Na sequencia Parmênides expõe que somente nos resta 
dizer que esse algo é, pensar ou dizer que esse algo não 
é impossível. Esse algo que é tem portanto 
obrigatoriamente que ser incriado e imperecível. 
 
 
POEMAS 
• Na terceira parte, intitulada Caminho da Opinião (doxa), sobre a qual não podemos ter 
nenhuma certeza, ele faz uma descrição de como ele vê o mundo. Para ele essa sua 
descrição é falsa e enganosa pois é simplesmente o resultado de uma ordenação de 
palavras, mas essa ordenação é a melhor coisa que os homens podem fazer, sendo portanto 
a melhor descrição apresentada. Aqui ele expõe as crenças das pessoas simples. São 
conjuntos de teorias físicas como o dualismo entre o limitado e o ilimitado, que ele 
relaciona com a luz e as trevas, fazendo da realidade física uma mistura e uma luta entre 
esses dois elementos. É através dessa divisão que ele ordena as qualidades. Na comparação 
entre a luz e a escuridão, a escuridão é a negação da luz. Diferenciou as qualidades da 
natureza em positivas e negativas tomando por base outros opostos como vida e morte, 
fogo e terra, masculino e feminino, quente e frio, ativo e passivo, leve e pesado. Assim para 
ele nosso mundo se divide em duas esferas, as de qualidade positiva (luz, vida, fogo, 
masculino, quente, ativo, leve) e as de qualidade negativa (escuridão, morte, terra, 
feminino, frio, passivo, pesado). As qualidades negativas são uma negação das qualidades 
positivas e Parmênides utiliza os termos "não ser" para o negativo e "ser" para o positivo. 
 
“VIA DA VERDADE” E “VIA DAS 
OPINIÕES” 
 • A “via da verdade” (alétheia) é a via 
que leva ao Ser, o caminho do 
pensamento e da reflexão que conduz 
à contemplação do Ser eterno, da 
verdade oculta na aparência. 
• A “via das opiniões” (doxa) é o 
caminho das aparências e dos 
sentidos, a via da ilusão e da 
superficialidade. É o caminho da 
opinião dos homens e do senso 
comum que leva ao nada, ao não-ser. 
 
 
POEMA 
Ouve! E leva contigo a minha mensagem quando a 
tiveres recebido! Vê que só há duas vias de 
investigação concebíveis: 
Uma é a vida do que é, e o que o não ser não pode 
ser. 
Uma é o caminho da Persuasão, a criada da Verdade. 
Agora eis o outro! 
Este é o caminho não é, e que ele não pode ser. 
Esse caminho – ouve o que te digo! - é um caminho 
que não pode ser concebido. 
Pois não podes conhecer o que não é. Isso não se 
pode fazer; tampouco pode ser dito. 
 (PARMÊNIDES apud POPPER, O mundo de Parmênides, p. 84.) 
 
POEMA 
Parmênides começa a contar o seu poema acima falando de 
sua viagem sobrenatural até a deusa que lhe prometera 
revelar a verdade que até então não tinha sido revelada aos 
homens. A verdade da deusa é dita em duas partes: na 
primeira parte (a Vida da Verdade) é dito que não devemos 
confiar nos sentidos, apenas na razão e na prova (ou 
refutação) lógica; já a segunda parte (a Via das Conjecturas 
Humanas) é que o mundo é, na verdade, um bloco esférico de 
matéria onde a mudança e o movimento não ocorrem. Em 
outras palavras, a deusa afirma que no mundo real as 
mudanças não ocorrem, mas os seres humanos (que vivem 
sendo iludidos por seus sentidos e sentimentos) acabam 
vendo coisas que não existem. 
 
APARÊNCIA X REALIDADE 
 
Marilyn, lado direito 1964, obra de Andy Warhol 
 
APARÊNCIA X REALIDADE 
• Os nossos olhos veem a lua diminuir e aumentar de tamanho 
durante o mês enquanto troca de fase, mas ela não aumenta 
e nem diminui, somos apenas enganados por um jogo de luz 
e sombra. É por essa razão que os sentidos devem ser 
abandonados, apenas um argumento lógico pode chegar a 
verdade que até então pertence aos deuses. 
• Para Parmênides, a revelação da deusa chega a sermais 
assustadora quanto mais se pensa nela, pois confirma que o 
que vemos e sentimos não é real, que é preciso abandonar os 
sentidos e abraçar a razão pura para sabermos algo 
verdadeiro. 
 
 
 
 
“Não importa por onde eu comecei, pois para lá eu voltarei 
sempre.” 
“A linguagem é a etiqueta das coisas ilusórias.” 
“Pois pensar e ser é o mesmo.” 
“O ser é e não pode não ser e o não ser não é e não pode 
ser de modo algum.”

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