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Anemia ferropriva em crianças

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ANNA LILLIAN CANUTO BITTENCOURT 
 
 
 
 
 Introdução 
• A anemia decorrente da falta de ferro é 
a doença hematológica mais comum do 
período neonatal e da infância; 
• A anemia é, segundo a OMS, a condição 
na qual a concentração sanguínea de 
hemoglobina se encontra abaixo dos 
valores de referência, tornando-se 
insuficiente para atender as necessidades 
fisiológicas exigidas de acordo com a 
idade, sexo, gestação e altitude; 
• A definição operacional da anemia, em 
termos dos níveis de Hb, foi estabelecida 
pela OMS, adotando o nível de: 
 - 11 g/dl para crianças menores de 06 
anos e gestantes; 
 - 12g/dl para crianças de 6 a 14 anos e 
mulheres adultas não grávidas; 
 - 13g/dl para homens adultos. 
 
 Prevalência 
• A anemia ferropriva é considerada um 
dos principais problemas de saúde 
pública devido a: 
 - Elevada prevalência; 
 - Repercussões sobre o crescimento e 
desenvolvimento; 
 
 
 
 
 - Resistência às infecções; 
 - Associação com a mortalidade em 
menores de 02 anos. 
• É a deficiência nutricional mais comum 
em todo o mundo; 
• 25% da população mundial é atingida 
pela carência de ferro; 
 - Os grupos populacionais mais 
atingidos são as crianças de 4 a 24 meses 
de idade, escolares, as adolescentes do 
sexo feminino, as gestantes e as nutrizes. 
• Afeta 43% dos pré-escolares em todo o 
mundo, principalmente nos países em 
desenvolvimento; 
 - Essa elevada prevalência em países 
em desenvolvimento está relacionada 
com a falta de saneamento básico, baixas 
condições socioeconômicas e alta 
morbidade na infância. 
• No Brasil, houve discreta melhora na 
situação da anemia nos últimos anos, 
especialmente por aumento da 
prevalência do aleitamento materno, uso 
de fórmulas enriquecidas, melhoria do 
acesso a fontes alimentares, programas 
de fortificação e enriquecimento de 
alimentos, campanhas educativas 
governamentais e privadas, além de 
modificações ambientais; 
Anemia ferropriva na infância 
ANNA LILLIAN CANUTO BITTENCOURT 
• BRASIL: na faixa etária de menores de 
02 anos, a proporção de anêmicos situa-
se entre 50-83%. 
 
 Fisiopatologia e etiologia 
• A anemia instala-se em consequência de 
perdas sanguíneas e/ou por deficiência 
prolongada da ingestão de ferro 
alimentar; 
• Crianças e adolescentes que apresentam 
acentuada velocidade de crescimento 
possuem uma maior demanda de ingestão 
de ferro; 
• As reservas fisiológicas de ferro no 
recém-nascido e o ferro proveniente do 
leite materno sustentam a demanda do 
lactente até o sexto mês de vida; 
 - As reservas fisiológicas de ferro são 
formadas no último trimestre de 
gestação, então se conclui que a 
prematuridade, pela falta de tempo, e o 
baixo peso ao nascer, pela pequena 
reserva, são causas mais comuns na 
deficiência de ferro no lactente jovem. 
• Na primeira infância, o problema 
agrava-se em decorrência de erros 
alimentares; 
• O leite de vaca, apesar de apresentar o 
mesmo teor em ferro que o leite materno, 
sua biodisponibilidade é muito baixa; 
 - Por isso que recém-nascidos em uso 
de fórmulas precisam de suplementação 
de sulfato ferroso antes dos amamentados 
pelo leite materno. 
• Perdas sanguíneas agudas ou crônicas 
espoliam as reservas de ferro no 
organismo e podem ser consequentes a 
patologias como o refluxo gastro-
esofágico, intolerância à proteína do leite 
de vaca e parasitoses intestinais; 
• O clampeamento tardio do corão 
umbilical (mais ou menos minutos) em 
países em desenvolvimento pode reduzir 
a incidência de deficiência de ferro. 
 
 Quadro clínico 
• A palidez é o sinal mais importante da 
deficiência de ferro; 
• A OMS recomenda usar a palidez 
palmar como um método de triagem para 
anemia; 
 - CUIDADO porque pode ter falso-
negativos e falso-positivos. 
• A pagofagia, o desejo de ingerir 
substâncias pouco usuais como gelo ou 
barro, pode estar presente; 
• Quando o nível de hemoglobina cai para 
<5g/dL a irritabilidade e a anorexia se 
tornam proeminentes; 
• Podem ocorrer taquicardia e 
cardiomegaliam, e sopros sistólicos 
geralmente estão presentes; 
• As crianças podem ser obesas ou estar 
abaixo do peso, com outras evidências de 
má nutrição; 
• A deficiência de ferro pode exercer um 
efeito sobre a função neurológica e 
ANNA LILLIAN CANUTO BITTENCOURT 
intelectual e pode afetar a capacidade de 
concentração, alerta e aprendizado tanto 
em crianças como em adolescentes; 
• Predispõe a cáries dentárias, alterações 
na imunidade não específica, paladar e 
apetite; 
 
 O ferro e recomendações 
• A absorção do ferro no duodeno é 
dependente da natureza do complexo de 
ferro presente no lúmen intestinal: 
 - Ferro ligado ao heme é proveniente de 
fontes de alimentos de origem animal e é 
melhor absorvido, devido a sua alta 
biodisponibilidade; 
 - Ferro não heme está presente em 
alimentos de origem vegetal, sob a forma 
de complexo férrico, que durante a 
digestão é parcialmente reduzido para a 
forma ferrosa, de mais fácil absorção, sob 
a ação do ácido clorídrico, bile e suco 
pancreático. 
• Existem fatores facilitadores da 
absorção férrica, como ácido ascórbico e 
ácido cítrico, e fatores inibidores da 
absorção, como café e refrigerantes; 
• O leite materno possui melhor absorção 
em relação ao de vaca; 
• Pode-se usar alimentos fortificados com 
ferro, como o caso da farinha, porém não 
atinge a faixa etária de maior risco, 
lactente. 
 
 Prevenção 
• A suplementação de ferro em crianças 
de 06 a 24 meses de idade, gestantes e 
lactentes até o terceiro mês pós-parto 
com sulfato ferroso oral é recomendado; 
• Recomendações de acordo com a SBP: 
 - 1mg/kg/dia dos 3-24 meses de idade 
A TERMO, independente do regime de 
aleitamento; 
 - 2mg/kg/dia em crianças PRÉ-
TERMO ou baixo peso <1500g, a partir 
do 30° dia até os 12 meses; 
 - 3mg/kg/dia em PRÉ-TERMO 1000-
1500g, a partir do 30° dia até os 12 
meses; 
 - 4mg/kg/dia em PRÉ-TERMO <100g, 
a partir do 30° dia até os 12 meses. 
• Após o primeiro ano de vida, a 
suplementação em todos os casos reduz-
se para a dose de 1mg/kg/dia por mais 12 
meses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANNA LILLIAN CANUTO BITTENCOURT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
• DE SOUZA QUEIROZ, Suzana; 
MARCO, A. de A. Anemia ferropriva na 
infância. Jornal de Pediatria, v. 76, n. 
Supl 3, p. S299, 2000. 
• VAUGHAN, Victor C.; MCKAY, R. 
James; BEHRMAN, Richard E. Nelson: 
tratado de pediatria. In: Nelson: tratado 
de pediatria. 1983. p. 2028-2028.

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