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Endocardite infecciosa

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Priscilla Prado – turma 22 B 1 
 Endocardite infecciosa 
® Infecção microbiana do endocárdio ou endotélio vascular dos vasos locais. 
® Doença de evolução incidiosa, com alta mortalidade. 
 
PATOGÊNESE 
Lesão característica: vegetação -> formação 
de um pequeno coágulo na parede das válvulas, 
ou cavidade cardíaca ou na parede vascular. 
Pode ter de 2mm até 6cm de comprimento. 
É identificada através do ecocardiograma 
(transtorácico ou transesofágico) e tem 
origem no acúmulo de microorganismos com 
plaquetas, fibroblastos, colágeno e leucócitos. 
Dependendo do seu tamanho, pode soltar um pedaço e formar um trombo, causando TEP, AVC, IAM. 
Quando o paciente possui seu sistema imune saudável, os linfócitos e leucócitos conseguem destruir a 
vegetação antes que ocasione efeitos sistêmicos. Porém no paciente imunossuprimido, essa formação 
não é contida. 
 
Principais causas : prótese valvar, endocardite prévia, cardiopatia reumática, procedimentos odontológicos, 
usuários de drogas IV. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
• EVN: endocardite por valva nativa 
• EDA: endocardite por drogas 
• EPP: endocardite precoce por prótese valvar 
• ETP: endocardite tardia por prótese valvar (pós 1ºano) 
 
 
Priscilla Prado – turma 22 B 2 
ETIOLOGIA 
1) BACTERIANA 
- Streptococco -> EVN e ETP. S. viridans é o mais comum 
- Staphylococcus -> EDA e EPP 
 
2) FÚNGICA : mais comum em EPP 
3) POLIMICROBIANA : mais comum em EPP e ETP 
 
FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES 
Paciente com prótese valvar pré-existente, com episódio de endocardite infecciosa prévio, com cardiopatia 
congênita e transplantado cardíaco. 
 
QUADRO CLÍNICO 
Febre, emagrecimento, anorexia, sudorese e calafrios (devido citocinas), prostração, sopros cardíacos 
(devido lesão endotelial), (devido resposta imune), dor torácica e dispneia (possível TEP), hemiparesia e 
afasia de expressão (possível AVC), hemorragias sub-ungueais, nódulos de Osler (nodulações avermelhadas 
e dolorosas nas poupas dos dedos - 10%), petéquias, lesões de Janeway (ponta dos dedos), manchas de 
Roth (fundo de olho). 
 Nódulos de Osler Hemorragia subungueal 
 
 
 
 
 
 
 Manchas de Roth 
 
 
 
 
Priscilla Prado – turma 22 B 3 
QUADROS SUSPEITOS 
• Febre + sopros + esplenomegalia 
• Novo sopro cardíaco (mudou de lugar) 
• Sinais e sintomas de embolia (dor, dispneia, cianose) 
• Paciente com sepse sem origem identificável 
• Paciente com febre e prótese valvar, ou com cardiopatia congênita 
• Paciente imunossuprimido ou usuário de droga 
• Paciente que passou por procedimento odontológico (canal) 
• Paciente com cálculo urinário (colocação de duplo J transuretral) 
• Paciente com histórico de curetagem 
 
Bactérias mais prováveis de acordo com o local inicial da infecção (TGU, boca, útero) -> cobrir 
microrganismo. 
 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS : critérios de Duke 
• MAIORES 
- Hemocultura + com bactéria 
- Achado ecocardiográfico + : com massa intracardíaca móvel (vegetação) 
 
• MENORES 
- Doença cardíaca prévia e usuário de droga 
- Apresenta febre 
- Embolização arterial 
- Manchas de Roth 
- Hemorragia subungueal 
- Nódulos de Osler 
- Lesões de Janeway 
 
Para fechar endocardite : 
2achados maiores OU 1 achado maior e > 2 critérios menores 
Priscilla Prado – turma 22 B 4 
DIAGNÓSTICO 
ECOCARDIOGRAMA: transtorácico (vê < 0,05mm) e transesofágico (vê > 5mm). 
Realizado no diagnóstico, controle do tratamento e cura. 
Se o transtorácico vier normal, pedir um transesofágico. Se o transesofágico vier normal mas o paciente 
tiver a clínica, aguardar 1 semana para refazer, pois a vegetação pode ainda estar em formação. 
Fazer o ecocardiograma: no início, no meio e no final. Sempre comparando o mesmo tipo, por ex: comparar 
transesofágico com transesofágico. Refazer o ecocardiograma quando o paciente começar a apresentar 
complicações ou para avaliar a regressão da vegetação. 
 
HEMOCULTURA: 2 frascos de veia periférica (10mL no adulto e 5mL na criança). 
As coletas devem ser realizadas de veias diferentes, para não induzir o resultado. Não é necessário esperar 
o paciente fazer febre ou calafrios para coletar, e seu resultado demora de 3 a 5 dias. 
 
TRATAMENTO 
Se bacteriana: 4-6 semanas 
Se viral: 8-12 semanas 
 
Caso a vegetação não regrida com o tratamento vigente ou a cultura vier para outro organismo, 
desconfiar de outra etiologia. 
 
Escolha do antibioticoterapia 
o Fez algum procedimento odontológico? Se sim -> Strepto = atb para GRAM + 
o Sofreu algum corte na mão ou pé que demorou para cicatrizar? Se sim -> Strepto ou Staphylo = atb 
para GRAM + 
o Se homem - biopsiou a próstata nos últimos 60d? Se sim -> GRAM +, GRAM-, anaeróbio 
o Fez algum procedimento no TGU - implantação de cateter, duplo J? Se sim -> GRAM - = cefa 2ª ou 
quino 2ª 
o Teve aborto e realizou curetagem? Se sim -> GRAM +, GRAM-, aneróbio 
o Faz uso de droga EV? Se sim -> GRAM + Staphylo (oxacilina)

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