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Introdução a homeopatia Prof(a): Natalia Vitoria P. de Medeiros HISTÓRIA DA HOMEOPATIA Propostos no final do Século XVII pelo medico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann, esse decepcionado com a medicina de seu tempo. 2 Lei dos semelhantes de Hipócrates Nova medicina a partir das palavras gregas “homoios” (“semelhante”) e “pathos” (“aquilo de que se sofre”) Sistematizou a hipótese e comprovou por meio de um enorme trabalho experimental. Hipócrates 3 HISTÓRIA DA HOMEOPATIA Pai da medicina Medicina experimental Doenças causadas por causas naturais e não místicas Encorajar nos doentes a capacidade de curar a si próprios Médico interprete- apenas auxilia o organismo na cura da doença LEI DOS CONTRÁRIOS LEI DOS SEMELHANTES ALOPATIA HOMEOPATIA HISTÓRIA DA HOMEOPATIA HIPÓCRATES “A doença é produzida pelos semelhantes e pelos semelhantes o paciente retorna à saúde” 5 Toda substância, em dose adequadas, que provoca determinados sintomas num individuo saudável, é capaz de curar um doente que apresente sintomas semelhantes. TEORIA DA HOMEOPATIA HIPÓCRATES NÃO SE APROFUNDOU NOS ESTUDOS Grande importância na introdução de novas planta medicinais, até o século XVII, o estudo e o tratamento das doenças baseavam-se numa combinação das teorias de galeno. Volta dos avanços da medicina; Da alquimia para química moderna; Defendia a dosagem exata e de que todas as plantas e metais continham ingredientes ativos que podiam curar doenças; 6 GALENO PARACELSO( 1493-1541) Pai da química HISTÓRIA DA HOMEOPATIA “um veneno pode ser ou não veneno, depende apenas da dose” “O que faz o homem ficar doente também o cura” 7 SAMUEL HAHNEMANN Demonstração clínica e estabelecimento do método terapêutico HISTÓRIA DA HOMEOPATIA (1755-1843) Nasceu na Saxônia - Alemanha, na cidade de Meissen, em 10 de abril de 1755. Filho, sobrinho e neto de pintores de porcelana e aquarelistas Aos 20 anos, ingressa no curso de medicina em Leipzig (Alemanha). Aos poucos, ele mesmo financia seus estudos, com traduções e aulas particulares de grego e francês. Hahnemann continua os estudos em Viena; Posteriormente, mudou-se para a Transilvânia - Áustria, e para sobreviver trabalhou como médico particular e bibliotecário de um importante barão. Foi aceito na maçonaria, e que mais tarde, se revelou fundamental para a expansão da homeopatia em toda a Europa. 8 SAMUEL HAHNEMANN Demonstração clínica e estabelecimento do método terapêutico HISTÓRIA DA HOMEOPATIA (1755-1843) Concluído seus estudos práticos em medicina, após um ano e dois meses, Hahnemann deixou seu trabalho com o barão e resolveu dedicar-se à sua tese para a conclusão do curso de medicina, mudando-se então para a Baviera, para a Universidade de Erlangen, ao norte de Nuremberg, na Alemanha; Em 1779, após seis meses de preparação, concluiu o curso de medicina; Depois do seu doutoramento em medicina (1779), conheceu o farmacêutico Haeseler e sua filha Henriette, com quem veio a se casar. Na farmácia do seu sogro iniciou suas experiências de química, ao mesmo tempo em que manteve a atividade médica. Iniciou uma vida itinerante de cidade em cidade trabalhando como médico, publicando artigos e traduzindo obras científicas. Vira um medico clinico de grande properidade 9 SAMUEL HAHNEMANN Demonstração clínica e estabelecimento do método terapêutico HISTÓRIA DA HOMEOPATIA (1755-1843) Em 1790 Hahnemann traduziu o “Tratado de Matéria Médica”, obra em dois volumes do médico escocês William Cullen, tendo ficado impressionado com a afirmação a quinquina, um alcaloide presente na quina, é responsável pela cura da malária pelo fortalecimento do estômago. Essa doença apresenta episódios de febre que são intercalados com períodos em que o paciente parece estar muito bem. Samuel começou a tomar a quinina e apresentou os sintomas da malária. Pediu que alguns amigos também tomassem e eles também apresentaram esses sintomas. Ele concluiu que aquela substância que é capaz de causar determinados sintomas numa pessoa saudável, é capaz de curar uma pessoa doente que apresente esses mesmos sintomas. Reforço do princípio da similitude Matéria Médica homeopática 10 SAMUEL HAHNEMANN Demonstração clínica e estabelecimento do método terapêutico HISTÓRIA DA HOMEOPATIA (1755-1843) 1792- começou a tratar em uma casa de saúde para enfermos mentais. Hahnemann curou casos de loucura. 1796- publica o primeiro ensaio sobre a nova doutrina: “Ensaio sobre um novo principio para descobrir as virtudes curativas das substâncias medicinais”, assim como vários outros artigos e críticas aos métodos médicos da época, evidenciando a sua repulsa pela medicina tradicional e a sua indiferença às farmácias e farmacêuticos, pois não aceitava o fato do médico homeopata utilizar tais estabelecimentos e profissionais para a produção e dispensação dos medicamentos homeopáticos; 1799- Uso da Atropa Belladona no tratamento da escarlatina; Em razão dos enormes sacrifícios pessoais e familiares de Hahnemann, a homeopatia expandiu-se por toda a Europa, graças ao esforço gigantesco desse obstinado médico, que recebia doentes de várias partes do velho mundo e, com isso, sua técnica foi levada a todos os lugares da Europa. 11 SAMUEL HAHNEMANN Demonstração clínica e estabelecimento do método terapêutico HISTÓRIA DA HOMEOPATIA (1755-1843) A sexta e última edição do “Organon da arte de curar” só foi publicada após o seu falecimento e o de sua esposa, com a ajuda financeira dos americanos Dr. William Boericke e Dr. James William Ward. Segundo especialistas, ele foi tão traduzido quanto a Bíblia, o que demonstra o quão talentoso foi este médico, em busca de uma medicina mais humanista e acessível, democrática em sua concepção e aplicação; Em 1811, Hahnemann volta a Leipzig, onde publica o primeiro volume da Matéria Médica Pura (coletânea das propriedades curativas dos medicamentos) e consegue autorização para dar aulas na universidade. Recebe apoio de seus jovens alunos: trinta e sete deles contribuem com as experimentações necessárias ao segundo volume da Matéria Médica Pura, lançado em 1816. O sexto e último volume é lançado em 1821; Em 1828, Hahnemann publica a primeira edição do Tratado das Doenças Crônicas, que traz uma inovação: a consideração, no estudo de cada caso, também dos sintomas anteriores àqueles mais recentes, que motivaram a consulta; Ele morre em 2 de julho de 1843, aos 88 anos de idade. A HOMEOPATIA NO BRASIL 12 O médico francês Jules Benoit Mure- 21 de novembro de 1840, desembarcou no Brasil e foi o primeiro a divulgar a prática no país, por isso, nesta data comemora-se, no Brasil, o dia da Homeopatia. Jules Benoit Mure 1844 Escola de Homeopatia do Rio de Janeiro Baixo custo A homeopatia cresce com a criação de ambulatórios e enfermarias nas forças armadas- Dr. Nilo Cairo, que funda a revista homeopática do paraná e escreve um livro de homeopatia A HOMEOPATIA NO BRASIL 13 1912 Faculdade Hahnemanniana de medicina; 1916 Hospital Hahnemanniano do Brasil; 1936 A associação Paulista de Homeopatia (APH); Especialização em homeopatia; 1952 Torna-se obrigatório o ensino de técnicas de farmácia homeopática nas faculdades de farmácia do Brasil. A HOMEOPATIA NO BRASIL 14 1980 Homeopatia foi aceita, no Brasil, como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina, em 4 de julho de 1980. Uma medicina preocupada com a totalidade do doente e, por isso mesmo, preventiva; Uma medicina que oferece a possibilidade de saúde para todos e que não depende de alta tecnologia para atingir seus objetivos; Uma medicina cujo medicamento custa em torno de US$ 3 (três dólares) e que tem por princípio a prescrição de um único medicamento por vez. Características da homeopatia A HOMEOPATIA NO BRASIL Farmacopeia Homeopática Brasileira- decreto n° 71.211 15 1972 1959Lei nº 1.552 Obrigatoriedade do ensino de farmacotécnica homeopática nasfaculdades de farmácia do Brasil. A primeira edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira foi aprovada em 1976, e a Segunda em 1998, sendo que existem várias publicações de Farmacotécnicas Homeopáticas de diversos autores farmacêuticos de cunho não oficial, mas consagradas pelo uso, sendo que a primeira farmacotécnica data de 1917, e foi escrita pelo Dr. Meira Penna, médico Homeopata. PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA 16 Similar cura similar Lei dos similares Para curar uma doença, temos de procurar medicamentos que possam suscitar sintomas similares no organismo humano saudável. A DOENÇA NA HOMEOPATIA Resultado de uma reação insuficiente do organismo; 17 DOENÇA Necessidade de estimular a reação orgânica; A administração de um medicamento deve provocar sintomas semelhantes aos do paciente- acarreta um aumento transitório dos sintomas; Eliminação fim do efeito farmacológico e inicio do efeito biológico de sinal contrário dinamização evita efeitos maléficos aos pacientes. 18 INDICAÇÃO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO Depende das características pessoais e reacionais do paciente; O médico homeopata deve ter a capacidade de reconhecer a patogenia que melhor se adequa ao quadro sintomático manifestado pelo doente; Um doente é tratado como uma unidade corpo- mente, que recebe continuamente influências dos ambientes natural e social; Paciente com úlcera gástrica Hemorragias frequentes; Diarreias explosivas; Gosto amargo na boca; Sensação de sufoco com falta de ar à noite; Grande inquietude de espírito; Ansiedade; Sensação de ardor no estômago. Arsênio (Arsenicum álbum) Experimentação no organismo saudável é a única forma de conhecer os efeitos farmacológicos de uma substancia medicinal; 19 PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA EXPERIMENTAÇÃO Proibido em animais e em indivíduos doentes Metodologia do ensaio-duplo cego; Experimentação em varias dinamizações; Sintomas físicos, emocionais e mentais são anotados; Retira-se os sintomas do placebo; Experimentais Efeitos toxicológicos Analise clínica terapêutica Imagem do produto Princípio da infinitesimalidade ou dose mínima No início Hahnemann administrou doses substanciais de medicamentos aos seus pacientes, o que causou, por vezes, agravamentos e até reações tóxicas abandono da terapêutica homeopática. 20 PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA Diluição em água ou em álcool Agitações vigorosas ou sucussões Aumento da potência Como algumas substâncias a serem testadas eram tóxicas ou eram venenos de serpentes, durante as “provas” as quantidades ingeridas eram muitíssimo pequenas. Provavelmente, advém daí o Princípio Homeopático das Diluições Infinitesimais, para o qual as soluções mais diluídas são as mais potentes. POTENCIALIZAÇÃO 21 PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA A potencialização faz com que as substâncias inertes e diluídas passem a ser ativas por conta da liberação da sua energia; A energia da substância é liberada através da potencialização e mantém-se mesmo nas doses mais baixas. A substancia deve ser agitada intensamente (chamado de sucussão). Caso seja em pó, a substância deve ser vigorosamente triturada. PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA 22 Lei de Arndt-Schultz Levedura Doses altas de uma substância tóxica- inibição do crescimento. Doses baixas de uma substância tóxica- estimulo do crescimento. Explica o fenômeno da potencialização Um estímulo químico forte gera baixa energia vital; Um estímulo químico fraco gera alta energia vital. Simillimum- medicamento homeopático único Hahnemann ao estabelecer sua metodologia de experimentação em homem sadio estabeleceu que devêssemos estudar cada medicamento isoladamente obtendo a patogenesia do medicamento. Por isso, ele administrava os medicamentos isoladamente, um por vez, por ser mais racional e para evitar interações entre diferentes medicamentos. O médico homeopata procura individualizar o quadro sintomático do paciente para procurar o simillimum. 23 PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA Vitalismo ou força vital O Vitalismo é a doutrina que afirma a existência de um princípio irredutível ao domínio físico-químico para explicar os fenômenos vitais. Nesta concepção o corpo físico dos seres vivos é animado e dominado por um princípio imaterial chamado força vital, cuja presença distinguiria o ser vivo dos corpos inanimados e sua falta ou falência determinaria o fenômeno da morte. A tendência da medicina moderna é a não aceitação do vitalismo. O paradigma da medicina é materialista, por excelência. O paradigma da homeopatia é vitalista. No Vitalismo a força vital é definida como a unidade de ação que rege a vida física, conferindo-lhe as sensações próprias da vida e da consciência 24 PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA Na homeopatia a doença se dá devido ao desequilíbrio da força vital. 25 Vitalismo ou força vital PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA TEORIA VIBRATÓRIA Todo ser vivo e substâncias emitem energia vibratória, ondas eletromagnéticas. Quanto mais a vibração do medicamento for semelhante à vibração do doente, mais perto se chegará da cura. Haverá ressonância. Como se uma onda (do remédio) com determinada frequência e amplitude interferisse em outra onda (do doente) semelhante. 26 27 EFEITO PLACEBO EFEITO TERAPÊUTICO Algumas definições em homeopatia Diluição: É a redução da concentração do insumo ativo pela adição de insumo inerte adequado. 28 Dinamização : É o processo de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas do insumo ativo em insumo inerte adequado. Droga : Matéria prima de origem mineral, vegetal, animal ou biológica, utilizada para preparação do medicamento homeopático. Algumas definições em homeopatia Fármaco Insumo ativo com finalidade terapêutica que, em contato ou introduzida em um sistema biológico, modifica uma ou mais de suas funções.. 29 Formas farmacêuticas derivadas São preparações oriundas do insumo ativo obtidas por diluições em insumo inerte adequado seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas, conforme a farmacotécnica homeopática. Insumo ativo Insumo inerte Algumas definições em homeopatia Escala É a proporção entre o insumo ativo e o insumo inerte empregada na preparação das diferentes dinamizações. As formas farmacêuticas derivadas são preparadas segundo as escalas Centesimal, Decimal e Cinquenta milesimal: Escala Centesimal: preparada na proporção de 1/100 (uma parte do insumo ativo em 99 partes de insumo inerte, perfazendo um total de 100 partes); Escala Decimal: preparada na proporção de 1/10 (uma parte do insumo ativo em nove partes de insumo inerte, perfazendo um total de 10 partes); Escala Cinquenta Milesimal: preparada na proporção de 1/50.000 30 31 Algumas definições em homeopatia Matriz: Insumo ativo de estoque para a preparação de medicamentos homeopáticos ou formas farmacêuticas derivadas. 32 Medicamento homeopático: É toda forma farmacêutica de dispensação ministrada segundo o princípio da semelhança e/ou da identidade, com finalidade curativa e/ou preventiva. É obtido pela técnica de dinamização e utilizado para uso interno ou externo. Medicamento homeopático composto Medicamento homeopático de componente único Algumas definições em homeopatia Potência: É a indicação quantitativa do número de dinamizações que uma matriz ou medicamento homeopático receberam. 33 Sucussão: Processo manual que consiste no movimento vigoroso e ritmado do antebraço, contra anteparo semirrígido, do insumo ativo, dissolvido em insumo inerte adequado. Pode ser também realizado de forma automatizada, desde que simule o processo manual. Tintura- mãe: É preparação líquida resultante da ação de líquido extrator adequado sobre uma determinada droga de origem animal ou vegetal. Matéria médica homeopática Allium cepa 34 Na homeopatia, Allium cepa é prescrito principalmente contra alguns resfriados com tosse e coriza. Estes sintomas são acompanhados por uma cabeça pesada, um corpo queima de ouvidosbloqueados, irritação dos olhos sensíveis à luz. https://www.abrahcon.com/materia-medica/pt/conium-maculatum-73
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