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XXIII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC A metodologia participativa como estratégia para o desenvolvimento e conservação da Amazônia GOVERNO DO BRASIL PRESIDENTE DA REPÚBLICA Dilma Vana Rousseff MINISTRO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO José Aldo Rebelo Figueiredo CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO REPRESENTANTE DO PIBIC/CNPq Lucimar Batista de Almeida MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI DIRETOR Nilson Gabas Júnior COORDENADORA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Ana Vilacy Galúcio COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO E EXTENSÃO Maria Emília da Cruz Sales PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA • PIBIC/MPEG COMITÊ INTERNO Presidente: Wolmar Benjamin Wosiacki (CZO) Vice-presidente: Márlia Coelho Ferreira (CBO) MEMBROS Glenn Harvey Shepard (CCH) Maria Candida Barros (CCH) Pedro Viana(CBO) Alberto Akama (CZO) Cristine Bastos do Amarante (CCTE) Rogério Rosa da Silva (CCTE) COMITÊ EXTERNO DE AVALIAÇÃO Ana Maria Giulietti Harley Instituto Tecnológico Vale de Desenvolvimento Sustentável Marcia Bezerra Universidade Federal do Pará José Antônio Marin Fernandes Universidade Federal do Pará Regilene Angélica da Silva Souza Universidade Federal Rural da Amazônia Suezilde Amaral Ribeiro Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Museu Paraense Emílio Goeldi Coordenação de Pesquisa e Pós-Graduação Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica 29 de junho a 3 de julho de 2015 Museu Goeldi - Auditório Paulo Cavalcante Campus de Pesquisa - Av Perimetral, 1901 Terra Firme, Belém, Pará XXIII SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC A metodologia participativa como estratégia para o desenvolvimento e conservação da Amazônia NÚCLEO EDITORIAL DE LIVROS (MPEG) PRODUÇÃO EDITORIAL Iraneide Silva Angela Botelho Tereza Lobão PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO Andréa Pinheiro FOTOS Claudia López Juliano Almeida Sol González APOIO Hidro • Fadesp • Hileia IMPRESSÃO Graphitte Belém-PA Seminário de Iniciação Científica – PIBIC (23: 2015: Belém, PA). A metodologia participativa como estratégia para o desenvolvimento e conservação da Amazônia – Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2015. 114 p. 1. História Natural – Brasil – Amazônia. 2. Iniciação Científica – Resumos – Seminário. 3. Iniciação Científica – Interdisciplinaridade Científica – Brasil – Amazônia. 4. Botânica. 5. Ecologia. 6. Sistemática. 7. Ciências da Terra. 8. Zoologia. 9. Antropologia. 10. Arqueologia. 1. Título. CDD 508.072 Apresentação A METODOLOGIA PARTICIPATIVA COMO ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO E CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA O planejamento da ocupação e desenvolvimento da Amazônia sempre foi centrado em decisões verticais, impostas por governantes ou agentes externos, sem preocupação com as sociedades locais, como observado na ocupação para exploração da borracha no início do século XX; na colonização da região, organizada pelo governo militar, com a abertura da rodovia Transamazônica na década de 1970; na década de 1990, com a força da exploração madeireira e do agronegócio, caracterizado atualmente pelo arco do desmatamento. Mais recentemente, a implantação de hidrelétricas na região convulsionou populações locais em Rondônia, no Pará e no Mato Grosso. Surge como resposta uma nova visão de desenvolvimento, com o ideal da “Amazônia para o amazônida”. Além disso, para compreender a dimensão e a diversidade da região, é necessária uma análise integrada de diversos saberes, que nomeamos de interdisciplinar. Essas duas vertentes, fomentadas e integradas por muitos pesquisadores recentes, que priorizam os anseios dos residentes e suas diversas culturas materiais e imateriais, passam a ser fundamentais para a implantação de políticas públicas. No entanto, o amazônida continuou a ser analisado e gerenciado sob uma ótica externa, com um abismo separando o pesquisador e o pesquisado. Talvez a grande mudança de paradigma para o desenvolvimento sustentável da Amazônia possa ocorrer de maneira mais singela, com uma mudança no enfoque metodológico que possibilite, de fato, alterar as realidades locais. É nesse contexto que a adoção de metodologias participativas pode auxiliar não só numa melhor compreensão das dimensões estudadas (retorno esperado para o pesquisador), como também contribuir para a emancipação política dos grupos sociais estudados (retorno necessário ao pesquisado). Essa busca de uma visão mais holística e integradora, que leve em consideração os anseios e as necessidades locais, também servirá como bússola moral para os futuros pesquisadores que trabalham na Amazônia. Em consonância com esses ideais, o Museu Paraense Emílio Goeldi, no XXIII Seminário de Iniciação Científica busca contribuir para a formação das novas gerações que irão determinar o destino futuro da região com a maior biodiversidade do mundo. Alberto Akama Coordenação de Zoologia Museu Paraense Emílo Goeldi Índice COMUNICAÇÕES ORAIS Taxocenose de serpentes de Serra do Navio, Amapá, Brasil ANDRÉ LUIZ SOARES NUNES ........................................................................................ 17 Identificação e organização dos exemplares da família Potamotrygonidae do acervo ictiológico do Museu Paraense Emílio Goeldi ALFREDO MÁRCIO MIRANDA CARDOSO .......................................................................... 18 Filogenia e filogeografia de Cymbilaimus lineatus (Aves: Thamnophilidae) BERNARDO ONÇA PRESTES .......................................................................................... 19 Ictiofauna dos ecossitemas aquáticos do municipio de Ourém (PA) CAMILA FERREIRA LEÃO .............................................................................................. 20 Revisão taxonômica de Rhynchocyclus olivaceus (Aves: Rhynchocyclidae) com base em morfometria, caracteres de plumagem e caracteres moleculares CARLYNNE CHINA SIMÕES ........................................................................................... 21 Riqueza, composição e abundância de Calliphoridae e Sarcophagidae (Diptera) em áreas de várzea e terra firme na Vila de Calafate, Magalhães Barata, Pará, Brasil CAROLINE COSTA DE SOUZA ........................................................................................ 22 Diversidade de Araneidae (Araneae) da Floresta Nacional de Caxiuanã, Portel/ Melgaço, Pará: subsídios à compreensão de modificações ambientais no arquipélago do Marajó CLÁUDIA CRISTINA MONTEIRO CASTELO BRANCO XAVIER .................................................... 23 Mantodea da grande Belém: levantamento, desenvolvimento e comportamento CÉSAR AUGUSTO CHAVES FAVACHO .............................................................................. 24 Inventário de vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae, Polistinae) do Parque Ecológico Gunnar Vingren, Belém, Pará FÁBIO SILVA DO ROSÁRIO ............................................................................................ 25 Filogeografia de Dendrexetastes rufigula (Aves: Dendrocolaptidae) com base em marcadores moleculares mitocondriais e nucleares GILMAX GONÇALVES FERREIRA ...................................................................................... 26 Anfíbios e répteis da Floresta Nacional do Pau-Rosa, Amazonas, Brasil GISELE CASSUNDÉ FERREIRA ......................................................................................... 27 Variação geográfica em Kentropyx striata (Daudin, 1802) (Reptilia: Squamata: Teiidae) GIOVANNI SAMPAIO PALHETA ....................................................................................... 28 Distribuição das borboletas frugívoras (Lepidoptera, Nymphalidae) na coleção entomológica do Museu Paraense Emílio Goeldi IAN DE SOUSA MENEZES ............................................................................................ 29 Coleta e identificação de moscas (Diptera: Calyptratae) visitantes de materiais orgânicos e em lixo no mercado Ver-o-Peso, Belém, Pará, Brasil JÉSSICA MARIA MENEZES SOARES .................................................................................30 Variação morfológica cefálica da tribo Hydropsini na Amazônia brasileira (Dipsadidae, Xenodontinae) JORGE FELIPE ABREU COSENZA ................................................................................... 31 Levantamento de Tabanidae (Insecta: Diptera) em campina do Baixo Tocantins, Cametá, Pará KAMILA MONTEIRO DE SOUZA ..................................................................................... 32 Insetos de dossel obtidos com um novo método de coleta LUCAS DOS ANJOS RODRIGUES .................................................................................... 33 Inventário do grupo Drosophila tripunctata (Diptera, Drosophilideae) em recursos naturais LUIZ HENRIQUE DA SILVA GOUVEIA ............................................................................... 34 Mecanismo de defesa dos Membracídeos: um estudo de Palatabilidade LAYS JOSINO GUERREIRO ............................................................................................. 35 Variação morfológica em Sapajus apella (Linnaeus, 1758) (Primates: Cebidae) LUÍZA DE CARVALHO BARROS ....................................................................................... 36 Descrição de uma nova espécie do gênero Bunocephalus (Siluriformes: Aspredinidae) do Médio Amazonas MANUELA DOPAZO DE VASCONCELLOS LEÃO .................................................................. 37 Inventário de vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae) na área do Clube da Aeronáutica de Belém (CAER-BE) MILEUDIANE OLIVEIRA PINHEIRO ................................................................................... 38 Riqueza e composição em espécies de aranhas da Floresta Nacional de Caxiuanã, Amazônia Oriental PAULO ROBERTO PANTOJA GOMES ............................................................................... 39 Inventário de vespas sociais e abelhas (Hymenoptera: Vespidae, Apidae) no Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves em Belém, Pará, Brasil SUZY MELRY CARDOSO DOS SANTOS ............................................................................ 40 Lista de espécies e catálogo ilustrado de Salticidae (Arachnida, Araneae) da região de Juruti, Pará SÁVIO BENEDELAK FARIAS ............................................................................................ 41 Filogeografia de Phaethornis hispidus (Gould, 1846) (Aves – Trochilidae) TÂNIA FONTES QUARESMA ......................................................................................... 42 Morfologia dos adultos e imaturos de Agroiconota judaica (Fabricius, 1781) (Coleoptera, Chrysomelidae, Cassidinae) TATIANE GOUVEIA C. B. BARATA ................................................................................. 43 Inventário da comunidade de formigas (Hymenoptera: Formicidae) em Nova Ipixuna, Pará, Brasil WANDERLEY DIAS DAS CHAGAS JUNIOR ....................................................................... 44 Avaliação química do óleo essencial das folhas/ramos e flores de Ocimum campechianum Mill. (Lamiaceae) por cromatografia de fase gasosa/espectrometria de massas (CG/EM) ALBERTO RAY CARVALHO DA SILVA .............................................................................. 45 Informatização e digitalização da coleção de macrofungos do Herbário João Murça Pires (MG) EDMAR FERNANDES BORGES FILHO ............................................................................... 46 Levantamento florístico de daninhas Eudicotiledôneas em gramas fornecidas no mercado de Belém, Pará, Brasil EMILENE BALGA CARRILHO ......................................................................................... 47 Riqueza e composição de briófitas do Parque Natural Municipal Arivaldo Gomes Barreto, Macapá, Amapá FÚVIO RUBENS OLIVEIRA DA SILVA ................................................................................ 48 Biometria e germinação de três espécies de palmeiras nativas da Amazônia HELIO BRITO DOS SANTOS JUNIOR ................................................................................ 49 Anatomia foliar do ipê-amarelo [Handroanthus serratifolius (A.H. Gentry) S. Grose – Bignoniaceae] KAREN CIBELLE LAMEIRA DA SILVA ............................................................................... 50 Caracterização anatômica de Eleocharis R. Br. (Cyperaceae) ocorrentes em praias dos municípios de Soure e Salvaterra, ilha do Marajó-Pará ......................... 51 LETÍCIA CUNHA DE ANUNCIAÇÃO Estudos taxonômicos do gênero Rhynchospora Vahl (Cyperaceae) nas restingas do estado do Pará, Brasil LAYLA J. C. SCHNEIDER .............................................................................................. 52 Comparação do estoque de raízes finas e liteira de solo em uma cronossequência de florestas secundárias na Estação Cientifica Ferreira Penna, Caxiuanã, na Amazônia Oriental JAINE DA SILVA RIBEIRO ............................................................................................. 53 Informatização, organização e digitalização da coleção histórica e de typus nomenclaturais de fungos Pucciniales do Herbário João Murça Pires (MG) JAMILLE RABELO DE OLIVEIRA ...................................................................................... 54 Levantamento florístico de daninhas Monocotiledôneas em gramas fornecidas no mercado de Belém, Pará, Brasil QUÉSIA SÁ PAVÃO ................................................................................................... 55 Contribuição ao conhecimento taxonômico do gênero Annona L., com ocorrência na localidade Vila Nova, Magalhães Barata, microrregião do Salgado paraense RONIELTON COELHO .................................................................................................. 56 Flora rupestre das cangas da Serra dos Carajás: Chloridoideae (Poaceae) RAISSA LIMA PRAIA RAMOS ....................................................................................... 57 Caracterização anatômica de Pariana campestris Aubl. (Poaceae: Bambusoideae) RODRIGO COSTA PINTO ............................................................................................. 58 Flórula da Serra dos Carajás: Bambusoidea (Poaceae) SIDNEY SANTOS PEREIRA ............................................................................................ 59 Caracterização anatômica de Sporobolus virginicus (L.) Kunth. (Poaceae) ocorrente em restinga e apicum no município de Salinópolis, Pará SUZANE SILVA DE SANTA BRÍGIDA ................................................................................ 60 Riqueza e composição de briófitas do Parque Natural Municipal do Cancão, Serra do Navio, Amapá THAÍS SCARLLETY DE ALMEIDA ALMADA ........................................................................ 61 Caracterização anatômica de Eleocharis geniculata (L.) Roem. & Schult (Cyperaceae) ocorrente em restinga e apicum no município de Salinópolis, Pará WENDELL VILHENA DE CARVALHO .................................................................................. 62 Florística e estrutura da regeneração de palmeiras do estado do Pará WILSON FILGUEIRA BATISTA JÚNIOR .............................................................................. 63 Influência dos resíduos antrópicos sobre os atributos carbono e nitrogênio da biomassa microbiana do solo, município de Tailândia, Pará ARIANA DO ROSÁRIO RODRIGUES ................................................................................. 64 Estudo taxonômico dos Ostracodes e interpretação paleoambiental da Formação Solimões (Mio-Plioceno), município de Eirunepé (AM), Brasil ALLAN MATOS DE LIMA ............................................................................................. 65 Estudos arqueométricos de artefatos cerâmicos provenientes dos sítios arqueológicos Marinaldo, Pau Preto, P32 da região de Salobo (Marabá-PA) e Jacarequara (Barcarena-PA) CLAUBER JACYNTO DA SILVA ....................................................................................... 66 Extração e identificação de compostos voláteis da infrutescência de Montrichardia linifera(Arruda) Schott. DAYANE DANTAS DA SILVA ......................................................................................... 67 Populações tradicionais em paisagens costeiras do estado do Pará: trajetórias históricas e uso da terra DIMAS ALMEIDA DE ASSUNÇÃO ................................................................................... 68 Paisagem, percepção e meio ambiente: uma análise geográfica em uma comunidade rural na zona costeira paraense FELIPE KEVIN RAMOS DA SILVA .................................................................................... 69 Caracterização química de compostos voláteis presentes na inflorescência de Montrichardia linifera (Arruda) Schott FERNANDA MENEZES COSTA ........................................................................................ 70 Estudo arqueométrico de artefatos cerâmicos provenientes do sítio Jabuti- Bragança e dos sítios de Mirim, Reginaldo e Dique BF2, região do Salobo-Marabá, no estado do Pará INGLEDIR SUELY SILVA BARRA ...................................................................................... 71 Biologia da formiga Dolichoderus attelaboides (Hymenoptera, Formicidae, Dolichoderinae) na Amazônia brasileira KELLEN BEATRIZ ARAÚJO ROCHA ................................................................................. 72 Estudo taxonômico da família Cytheruridae Mueller, 1894, (Ostracoda-Crustacea) da Formação Pirabas (Oligo-Mioceno), Pará, Brasil LAYLANA LÍGIA RODRIGUES DE ALMEIDA ........................................................................ 73 Extração e análise dos compostos voláteis presentes nas folhas da espécie Montrichardia linifera (Arruda) Schott. LEANDRO CORDOVIL DOS SANTOS ................................................................................ 74 Taxonomia de sirênios da Formação Pirabas (Oligo-Mioceno), Pará-Brasil RAUL DE AZEVEDO CARVALHO .................................................................................... 75 Caracterização granulométrica, mineralógica e geoquímica dos sedimentos de fundo do canal do Quiriri e rio Pará, baía de Marajó THIAGO PEREIRA DE SOUZA ........................................................................................ 76 O Batismo nos escritos de João Felipe Bettendorff: a aplicação do sacramento para o “bem morrer” dos índios ADRIANO CORRÊA DE SOUSA ...................................................................................... 77 Conservação preventiva na Reserva Técnica da Coleção Etnográfica do Museu Paraense Emílio Goeldi: monitoramento e análise de condições climáticas BIANCA CRISTINA RIBEIRO VICENTE ............................................................................... 78 Catalogação, higienização e organização documental da Coleção Arqueológica do Projeto Médio Urubu presente na Reserva Técnica Mário Ferreira Simões ELAÍNA MONTEIRO FERREIRA CUNHA ............................................................................ 79 Estudo da cultura material arqueológica do sítio Engenho Jaguarari GERSON DE FIGUEIREDO DOS SANTOS ............................................................................ 80 Sistema de informação geográfica para caracterização e espacialização de engenhos dos séculos XVII e XIX no estuário amazônico TAÍS JULIANE DO CARMO ARAÚJO ............................................................................... 81 Xamanismo & urbanização num território índigena – o papel dos rezadores em São Gabriel da Cachoeira (Alto Rio Negro - Amazonas) ELLANA FIAMA SOUZA DA SILVA ................................................................................. 82 Música ka’apor, a práxis musical como medicina: contribuições para uma aproximação à etnomusicologia médica HUGO MAXIMINO CAMARINHA .................................................................................... 83 A formação de solos antrópicos na Amazônia Oriental JULLYA ROSA A. S. DOS SANTOS ................................................................................. 84 A tradição regional Saracá do rio Urubu, estudada a partir do Sítio Arqueológico Sucuriju LUÍZA SILVA DE ARAÚJO .............................................................................................. 85 A prática social do lazer no meio pesqueiro do litoral paraense MARCUS DOS REIS FERREIRA ....................................................................................... 86 O impacto das atividades humanas do passado nas propriedades do solo PRISCYLA NEVES CARDOSO ......................................................................................... 87 O Museu do Marajó: interação e criatividade no espaço museológico SANDRA REGINA COELHO DA ROSA ............................................................................. 88 Análise iconográfica das urnas funerárias Maracá – Coleção AP-MZ-27: gruta do Pocinho TAYNARA SOARES DO NASCIMENTO SALES ...................................................................... 89 Água na Reserva – um exercício etnográfico sobre mananciais, usos e gestão dos recursos hídricos em um ambiente de Reserva Extrativista YASMIN AINÁ MARTINS BARBOSA LOUREIRO ................................................................... 90 O uso da Indicação Geográfica (IG) para a geração de negócios sustentáveis no estado do Pará ANDREDY MURILO TRINDADE AMORIM .......................................................................... 91 O conceito de identidade nas comunidades de remanescentes de quilombos (Taperinha) do Rio Capim, nordeste paraense CLÁUDIO LÍSIAS MOREIRA XIMENES ............................................................................... 92 PAINÉIS Squamata (Reptilia) da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, Amazônia Central, Brasil FELIPE COSTA POMBO ............................................................................................... 95 Inventário de algumas famílias de Diptera de duas matas urbanas de Belém HEITOR ANTUNES DE CASTRO ...................................................................................... 96 Besouros rola-bostas (Coleoptera: Scarabaeidae: Scarabaeinae) no remanescente florestal do Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Belém, Pará MILCELENE CRISTINA BARROS DA SILVA .......................................................................... 97 Filogeografia de Dendrocolaptes picumnus (Aves: Dendrocolaptidae) com base em marcadores moleculares mitocondriais e nucleares NAYRON FRANCÊS DO NASCIMENTO .............................................................................. 98 Diversidade de Euglossíneos (Hymenoptera – Apidae) no Centro de Endemismo Belém RAFAEL LOBO RAIOL ................................................................................................. 99 Descrição de uma nova espécie de Micrathena (Arachnida, Araneae) da Floresta Nacional de Caxiuanã, Pará VANESSA CAROLINNA RIBEIRINHO VIDAL ...................................................................... 100 Estudo taxonômico de Lecythis Loefl. (Lecythidaceae) da microrregião de Santarém, no estado do Pará, Brasil SOFIA FRANÇA SOBRAL ........................................................................................... 101 Estudo taxonômico de Tachigali Aublet (Leguminosae – Caesalpinioideae) da mesorregião do Baixo Amazonas AGIRLAYNE DE SOUZA REIS ....................................................................................... 102 Monitoramento e caracterização da fauna de mamíferos na ilha de Marajó RAISSA TANCREDI CERVEIRA ...................................................................................... 103 Saber dos funcionários do Museu Emílio Goeldi sobre a reciclagem de resíduos sólidos GABRIEL POMPEU ROSA ........................................................................................... 104 A estrutura e composição do solo determinam a morfologia da fauna de formigas subterrâneas? ÍSIS CAROLINE SIQUEIRA SANTOS ................................................................................ 105 Análise dos vestígiosarqueológicos da vila histórica, sítio Carrazedo PABLO HENRIQUE SANTOS DA SILVA ........................................................................... 106 Cultura material e distribuição espacial dos sítios arqueológicos do Baixo Amazonas MAYARA CRISTINA PEREIRA MARIANO ......................................................................... 107 Mapeamento, caracterização e distribuição dos recursos naturais na paisagem e sua transformação ao longo do tempo na área do Parque Estadual de Monte Alegre CALIL TORRES AMARAL ............................................................................................ 108 A legislação internacional da pesca em ambiente marítimo: reflexo no caso do estado do Pará JOSEFINA JOSÉ DA SILVA .......................................................................................... 109 Modo de vida na comunidade do Pesqueiro, no município de Soure: as tecnologias e a relação com a biodiversidade na ilha do Marajó EVANDRO CARLOS COSTA NEVES ............................................................................... 110 Levantamento socioeconômico dos quintais no município de Belém/PA CAICK MARCELO ROSA MARTINS ............................................................................... 111 Principais espécies manejadas por comunidades tradicionais localizadas ao longo do Rio Capim, nordeste paraense HEMELYN SOARES DAS CHAGAS ................................................................................. 112 Criação do modelo de dados para a Botânica, padronização e informatização dos dados da família Euphorbiaceae presentes na coleção do herbário do Museu Paraense Emílio Goeldi JULIANA CORRÊA DOS SANTOS .................................................................................. 113 Desenvolvimento de uma proposta de navegabilidade para o Portal do Programa de Pesquisa em Biodiversidade da Amazônia Oriental – PPBio DÉBORA CAMPOS RODRIGUES ................................................................................... 114 COMUNICAÇÕES ORAIS resumos > > > 17 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osTaxocenose de serpentes de Serra do Navio, Amapá, Brasil André Luiz Soares Nunes¹ Ana Lúcia da Costa Prudente² João Fabrício Melo Sarmento² A Amazônia é reportada pela sua heterogeneidade no estudo de comunidades. A sinecologia de grau taxonômico, denominada taxocenose, tem a sua estrutura alicerçada no padrão de composição, riqueza, abundância, dieta e forrageio das espécies. Seus resultados auxiliam na compreensão dos hábitats e hábitos, na biologia e nas relações inter e intraespecíficas às quais as espécies são submetidas. Este tipo de estudo ainda é incipiente na região das Guianas, incluindo o estado do Amapá. Portanto, este trabalho objetivou estudar a distribuição e a riqueza de serpentes do município da Serra do Navio, no Amapá, bem como descrever a composição, levantar informações da literatura sobre dieta (itens alimentares, sentido de ingestão e frequência de ocorrência de todos os itens), aspectos reprodutivos das espécies, relacionando-as com dados sobre hábitat, hábito e micro- hábitat. Foram analisados 96 espécimes coletados em inventário de herpetofauna, utilizando-se métodos de Armadilhas de Interceptação e Queda (AIQ) e Procura Limitada por Tempo (PLT), além dos encontros ocasionais e por terceiros, no período de abril a dezembro de 2000. O material analisado correspondeu a uma matriz de dados quantitativa para estimativa (Jack 1) de riqueza no EstimateS. Desse modo, a taxocenose de serpentes de Serra do Navio foi descrita em 49 espécies de serpentes, pertencentes a 31 gêneros e oito famílias. Estas espécies correspondem a 32,66% das espécies válidas registradas para a Amazônia brasileira. No entanto, estima-se uma riqueza de 35,5% de espécies a mais do que o observado neste estudo, através do estimador Jack 1. As espécies com maior abundância relativa foram Atractus latifrons (7,29%), Atractus zidoki (5,21%), Phylodryas viridissima (5,21%), Micrurus lemniscatus (5,21%) e Bothrops brazili (5,21%). Ao avaliarmos as serpentes quanto ao forrageio, foram registradas 25 espécies (54,34%) terrestres e/ou criptozoicas, nove espécies (16,56%) arborícolas, três espécies (6,52%) aquáticas e nove espécies (19,56%) com hábitos fossoriais. Com relação à atividade diária houve maior expressividade das serpentes diurnas, representadas por 22 espécies (47,82%), seguida por 13 espécies (28,26%) em atividade noturna e 11 espécies (23,91%) em atividade diuturna. Novos registros foram feitos para o estado do Amapá, entre estes a extensão leste da distribuição de Atractus punctiventris e a descrição de uma nova espécie para o gênero Erythrolamprus. Palavras-chave: Riqueza. Distribuição. Novos registros. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/08/2014 a 31/07/2015). Curso: Ciências Biológicas/UNAMA. 2 Orientadores; pesquisadores – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um os 18 Identificação e organização dos exemplares da família Potamotrygonidae do acervo ictiológico do Museu Paraense Emílio Goeldi Alfredo Márcio Miranda Cardoso¹ Wolmar Benjamin Wosiacki² Atualmente a família Potamotrygonidae está constituída em quatro gêneros (Potamotrygon, Paratrygon, Plesiotrygon e Heliotrygon), cujas espécies apresentam como características morfológicas a coloração variada nas superfícies dorsal e ventral, o tamanho do disco, dentículos dérmicos bem distribuídos em algumas espéciese o surgimento de variações das cores nos ocelos (ex. P. motoro), que são restritos ao gênero Potamotrygon. A família apresenta ampla distribuição na Bacia Amazônica e Paraná-Paraguai, com destaque para algumas espécies endêmicas dos rios Xingu e Tocantins (P. henlei e P. leopoldi, respectivamente). Com isso, foi realizada uma análise externa objetivando a identificação e organização das espécies pertencentes à família, que se encontram depositados no backlog do acervo ictiológico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). A análise foi viabilizada através de estudo comparativo dos exemplares do acervo com a bibliografia disponível para o grupo taxonômico em questão. Foram analisados 299 exemplares da família Potamotrygonidae, cujo gênero predominante neste trabalho foi Potamotrygon, contabilizando o total de 278 exemplares, seguido por Plesiotrygon, com 16 exemplares, Paratrygon com quatro e Heliotygon com um exemplar, que tiveram como áreas de procedência os municípios de Colares, Muaná, Afuá, Cachoeira do Arari e Ilha de Cotijuba. A partir da identificação do material, boa parte das informações sobre as espécies, que apresentavam procedência e data, está sendo resgatada e o material incorporadoao acervo do MPEG. Além disso, foram encontrados exemplares que, em uma primeira análise, provavelmente representam duas novas espécies procedentes da Ilha do Marajó, por não compartilharem as características das espécies conhecidas. Palavras-chave: Myliobatiformes. Arraias de água doce. Morfologia. ¹ Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/09/2014 a 31/07/2015). Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas/UNAMA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 19 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osFilogenia e filogeografia de Cymbilaimus lineatus (Aves: Thamnophilidae) Bernardo Onça Prestes¹ Leonardo de Sousa Miranda² A avifauna da região Neotropical possui uma grande riqueza de espécies endêmicas. O presente trabalho propõe a análise molecular da espécie Cymbilaimus lineatus, amplamente distribuída no território amazônico, como também dos níveis de variabilidade genética e o grau de diferenciação entre as populações deste táxon. Foram analisadas 87 amostras de tecidos, das quais foram sequenciados um gene mitocondrial e dois loci nucleares, abrangendo toda a área de distribuição. Realizaram-se análises de genética populacional para calcular os índices de polimorfismos entre as sequências, quantificados pela diversidade nucleotídica e de haplótipos; a expectativa de evolução neutradas sequências, através dos testes estatísticos Fs de Fu e D de Tajima, além do grau de estruturação das populações na espécie. Foram sequenciados 1.051 pb para o ND2 (mtDNA), 598 pb para o BF5 e 409 pb para o G3PDH (nDNA), o primeiro contendo 148 sítios polimórficos e 23 haplótipos; o segundo 52 sítios polimórficos e 33 haplótipos; e o terceiro 32 sítios polimórficos e 18 haplótipos. Encontramos baixos índices de diversidade nucleotídica e altos de diversidade haplotípica, possivelmente resultado de eventos de gargalo de garrafa, seguidos de rápido crescimento populacional. Tal suposição é corroborada pelos valores negativos nos testes de neutralidade, sendo indicativos de expansão populacional recente. Grande parte do padrão de diversificação de aves amazônicas de terra firme relaciona-se ao fato de os rios impedirem o fluxo gênico entre populações de margens opostas. Entretanto, de acordo com o teste de estruturação populacional, essa correspondência não foi detectada neste estudo. É mais provável que existam cinco linhagens, sendo a mais bem definida referente aos indivíduos do Escudo das Guianas. Os demais apresentam sinais fortes de admistura. Novos estudos são necessários para quantificar parâmetros populacionais como níveis de fluxo gênico, tamanho populacional efetivo e tempo de divergência. Palavras-chave: Cymbilaimus lineatus. Genética de populações. Estruturação populacional. ¹ Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/08/2014 a 31/07/2015). Curso: Ciências Naturais-Biologia/UEPA. ² Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZOOL/MPEG/UFPA). CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um os 20 Ictiofauna dos ecossistemas aquáticos do município de Ourém (PA) Camila Ferreira Leão1 Alberto Akama2 A bacia amazônica possui a maior riqueza de espécies de peixes da Região Neotropical. Sua diversidade contribui com 60% das espécies de água doce da região. Essa diversidade está sendo afetada pelas modificações antrópicas associadas à urbanização, como, por exemplo, o desmatamento e a exclusão de espécies. Essas atividades alteram o funcionamento do hábitat e da cadeia alimentar. Para evitar a degradação ambiental do meio aquático, bem como realizar atividades de manejo, o primeiro passo é reconhecer e diagnosticar os componentes biológicos. As informações obtidas com inventários são a base para estudos mais detalhados, relacionados à ecologia e à conservação das espécies. Este estudo teve como objetivo realizar um levantamento da comunidade de peixes do município de Ourém, estado do Pará. Identificaram-se as espécies presentes e foi elaborada uma listagem contendo a descrição da biologia das espécies. Foram realizadas duas expedições – uma em novembro de 2014 e outra em maio de 2015. Foram selecionados trechos do rio Guamá para as coletas em três turnos: manhã, tarde e noite. Os métodos utilizados foram redes de cerco, redes de arrasto, peneira e malhadeira. O esforço de coleta foi padronizando, sendo quatro coletores durante um período de três horas por turno. Os exemplares capturados foram fixados com formalina a 10%, acondicionados em álcool 70% e levados para o laboratório de triagem. Obteve- se um total de 61 espécies, pertencentes a 15 famílias e cinco ordens, sendo a família Characidae a de maior riqueza, com 27 espécies (44%), seguida de Loricariidae com oito (13%) e Callichthyidae com seis (9%). O gênero de maior riqueza foi o Astyanax, com sete espécies, seguido de Moenkhausia e Corydoras com cinco espécies. Palavras-chave: Neotropical. Inventário. Conservação. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/08/2014 a 31/07/2015). Curso: Ciências Biológicas/UFPA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 21 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osRevisão taxonômicade Rhynchocyclus olivaceus (Aves: Rhynchocyclidae) com base em morfometria, caracteres de plumagem e caracteres moleculares Carlynne China Simões1 Alexandre Aleixo2 Estudos recentes têm atestado a existência de grandes lacunas no conhecimento sobre a avifauna. Algumas espécies reconhecidas como tal, na verdade são complexos de espécies, ou seja, conjuntos de populações parapátricas ou alopátricas bem diferenciadas vocal e geneticamente, que constituem unidades evolutivas distintas. O objetivo deste trabalho é elucidar a história filogeográfica da espécie Rhynchocyclus olivaceus (Aves: Rhynchocyclidae) e verificar o grau de diferenciação evolutiva entre as suas subespécies, com base em marcadores mitocondriais (Citocromo b (Cyt b), NADH desidrogenase subunidade 2 (ND2) e Citocromo Oxidase subunidade 1 (COI)). No total, foram selecionadas 51 amostras, representando cinco subespécies (R. o. guianensis; R. o. sordidus; R. o. olivaceus; R. o. aequinoctialis e R. o. bardus). Para o isolamento do material genético utilizou-se a técnica de fenol-clorofórmio e, posteriormente, o material extraído foi amplificado através da reação em cadeia da polimerase (PCR), sendo em seguida purificado, utilizando PEG 8.000 (Polietileno Glicol 8.000). Após esse processo, o material foi submetido à reação de sequenciamento para posterior análise das sequências obtidas. Com 27 amostras já extraídas, realizou-se o sequenciamento destas para o gene ND2, e de nove amostras para o gene COI. O gene Cyt b está em processo de padronização, assim como a extração e amplificação das demais amostras. Com as sequências editadas e alinhadas foi possível estimaras filogenias para cada marcador separadamente, com base em um banco de dados concatenado (considerando os três genes selecionados). Os resultados obtidos permitiram analisar as relações filogenéticas entre as subespécies, fornecendo uma primeira análise do seu grau de diferenciação evolutiva. Palavras-chave: Diversidade críptica. Ornitologia. Bico-chato-grande. ¹ Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/08/2014 a 31/07/2015). Curso: Ciências Biológicas/UFPA. ² Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um os 22 Riqueza, composição e abundância de Calliphoridae e Sarcophagidae (Diptera) em áreas de várzea e terra firme na Vila de Calafate, Magalhães Barata, Pará, Brasil Caroline Costa de Souza¹ Inocêncio de Sousa Gorayeb² Fernando da Silva Carvalho-Filho² A Amazônia é composta por diversos ecossistemas, dentre estes, floresta de terra firme e várzea. Os insetos estão entre os seres mais biodiversos, sendo a ordem Diptera uma das quatro megadiversas. Para a Amazônia, são conhecidas 22 espécies de Calliphoridae. Quanto aos Sarcophagidae, esta informação não está organizada, porém existem aproximadamente 150 espécies. O objetivo deste trabalho foi estudar a riqueza, a composição e a abundância de Calliphoridae e Sarcophagidae em áreas de várzea e de terra firme, caracterizando, comparando e calculando a similaridade dessa fauna, visto que os estudos em áreas de várzea são incipientes. O estudo foi desenvolvido na vila de Calafate, no município de Magalhães Barata (PA). Foram realizadas duas campanhas de coleta, de quatro dias cada, utilizando armadilhas de captura de moscas. Cada armadilha funcionou durante 72 horas, sendo revisadas a cada 24 horas. Como unidade amostral, utilizou-se uma armadilha funcionando por três dias. Onze armadilhas foram distribuídas aleatoriamente, a uma distância de 100 m entre si. Obteve-se 684 espécimes, sendo 353 califorídeos e 84 sarcofagídeos, dentre os quais 437 alfinetados e 247 em álcool 70%. Foram coletadas seis espécies de califorídeos na terra firme (TF) e na várzea (VZ): Chrysomya albiceps (TF: 47,8%; VZ: 50,6%); C. megacephala (TF: 39,4%; VZ: 44,3%); C. putoria (TF: 5,5%; VZ: 1,3%); Hemilucilia semidiaphana (TF: 3,6%; VZ: 2,5%), Mesembrinella bicolor (TF: 3,3%; VZ: 1,3%) e Eumesembrinella quadrilineata (TF: 0,4%), que é exclusiva de terra firme. Onze espécies de sarcofagídeos coletadas: Peckia chrysostoma (TF: 69,8%; VZ: 54,8%); Pc. Collusor (TF: 5,7%; VZ: 3,2%); Pc. Intermutans (TF: 1,9%; VZ: 6,5%); Pc. Lutzi (TF: 1,9%); Oxysarcodexia amorosa (TF: 3,8%; VZ:12,9%); O. timida (TF: 9,4%; VZ: 3,2%); O. angrensis (TF: 1,9%); O. carvalhoi (TF: 3,8%); O. intonna (TF: 1,9%); Peckiamyia abnormalis (VZ: 12,9%) e Pm. minutipenis (VZ: 6,5%), sendo que Pc. lutzi, O. angrensis, O. carvalhoi e O. intonna são exclusivas de terra firme; e todas do gênero Peckiamyia são exclusivas de várzea. Palavras-chave: Oestroidea. Diversidade. Moscas. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/08/2014 a 31/07/2015). Curso: Ciências Biológicas/UNAMA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 23 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osDiversidade de Araneidae (Araneae) da Floresta Nacional de Caxiuanã, Portel/Melgaço, Pará: subsídios à compreensão de modificações ambientais no arquipélago do Marajó Cláudia Cristina Monteiro Castelo Branco Xavier1 Regiane Saturnino2 As aranhas constituem um grupo de reconhecida importância biológica, pois consistem nos maiores predadores dentre os invertebrados. Araneidae, por sua vez, abundante em regiões neotropicais, é a terceira família mais rica em espécies, além de contar com ampla revisão taxonômica. Ecologicamente, os araneídeos são considerados como bem relacionados com aspectos estruturais do ambiente, dada a dependência da fitofisionomia da paisagem para a fixação das teias. Neste contexto, pesquisas podem fornecer bases para estudos populacionais de comunidades e ecossistêmicos, além de projetos conservacionistas. Desta forma, o objetivo deste projeto é determinar a riqueza e composição da assembleia de Araneidae da Floresta Nacional de Caxiuanã, assim como a complementaridade de espécies entre os pontos amostrados, a fim de fornecer subsídios a um projeto de monitoramento na região. O material utilizado neste trabalho foi coletado em sete áreas distintas da Flona de Caxiuanã entre 2005 e 2006. Foram selecionadas 20 amostras de cada área, totalizando 140, das quais os araneídeos foram triados e identificados sob estereomicroscópio, até o menor nível taxonômico possível. Foram obtidos 1.267 indivíduos, sendo 284 adultos e 983 jovens. Aproximadamente 97% do material já foi identificado em gênero e 72% em espécie. Até o momento, foram identificadas 31 espécies e 13 morfoespécies. Alpaida, Micrathena e Mangora figuram como os gêneros mais abundantes, com 88, 76 e 34 indivíduos, respectivamente. Preliminarmente, a área TEAM 2 apresentou a maior abundância de indivíduos (42) e riqueza em espécies (21). Contudo, proporcionalmente ao número de indivíduos, a área TEAM 1 aparenta ser a mais diversa, uma vez que foram registradas 21 espécies, com apenas 29 indivíduos. A composição em espécies de ambas as áreas mostrou- se bastante similar. O menor número de espécies foi registrado para IBAMA (13) e Terra Preta (12). Análises mais refinadas serão realizadas ao término das identificações. Palavras-chave: Inventário de fauna. Aranhas. Amazônia. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/09/2014 a 31/07/2015). Curso: Licenciatura em Ciências Naturais-Biologia/UEPA. 2 Orientadora; Pesquisadora; Bolsista FADESP (Processo n° 3362) – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um os 24 Mantodea da grande Belém: levantamento, desenvolvimento e comportamento César Augusto Chaves Favacho1 Inocêncio de Souza Gorayeb2 A ordem Mantodea é caracterizada principalmente pelo seu formato corporalmimético de folhas, galhos e sua coloração críptica, com pernas anteriores raptoriais, pronoto alongado, cabeça triangular extremamente móvel e aparelho bucal hipognato. Existem pouquíssimos estudos sobre os louva-a-deus da Região Norte do país, e menos ainda sobre o seu comportamento e biologia. O objetivo deste trabalho foi conhecer mais da diversidade de mantódeos da região e elaborar uma cartilha de identificação para os principais gêneros encontrados. Os exemplares foram coletados nas dependências do Campus do Museu Paraense Emílio Goeldi, no Parque do Utinga, em outros pontos da grande Belém e no município de Cametá (PA). Os exemplares foram mantidos em cativeiro até a fase adulta e depois fixados em alfinetes. Foram utilizadas chaves dicotômicas para a identificação dos gêneros e espécies. Os espécimes foram fotografados em fundo branco e na natureza, para a criação de uma cartilha/ guia para a identificação geral dos insetos da ordem Mantodea da grande Belém. No total, já foram coletados 36 exemplares, dentro de 14 gêneros e seis famílias. Novos dados foram encontrados sobre mimetismo de ninfas de Metriomantis, que se assemelham a percevejos predadores. Também foram registrados dados sobre o gênero Musoniella encontrado nas areias quentes das campinas de Cametá, como exemplares adultos de ambos os sexos, ootecas, jovens e detalhes da biologia dos mesmos. Além disso, observou-se o comportamento predatório de Chaeteessa, cuja alimentação é composta de formigas. Um exemplar de Cardioptera foi coletado pela primeira vez na Região Norte do país, sendo um novo registro que se somará às duas outras ocorrências novas encontradas nos anos anteriores. Uma fêmea de Acanthops criada em cativeiro depositou várias ootecas inférteis, algo nunca registrado para o gênero. Ademais, foi coletado o raro gênero Mantoida, e as observações sobre o seu comportamento mostraram que esses insetos também se alimentam predominantemente de formigas. Palavras-chave: Mantodea. Desenvolvimento. Comportamento. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/08/2014 a 31/07/2015). Curso: Ciências Biológicas/UFPA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 25 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osInventário de vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae, Polistinae) do Parque Ecológico Gunnar Vingren, Belém, Pará Fábio Silva do Rosário1 Orlando Tobias Silveira2 A ordem Hymenoptera compreende aproximadamente 115 mil espécies, com distribuição cosmopolita, despertando o interesse e admiração do homem, por seus representantes exibirem uma grande diversidade de hábitos e complexidade de comportamentos, que culmina na organização social de vespas, abelhas e formigas. O Parque Ecológico Gunnar Vingren visa preservar um ecossistema de importância local e regional, bem como manter e restaurar a Unidade de Conservação. Contudo, a carência de informações, principalmente relacionadas à entomofauna, demonstra a necessidade de se conhecer a área. Assim, tendo como base a diversidade da ordem Hymenoptera e sua importância no ecossistema terrestre, notadamente por ser composta de parasitoides e predadores alimentando-se de outros insetos e regulando o crescimento de algumas populações, este trabalho objetivou inventariar as espécies de vespas sociais (Polistinae) do Parque Ecológico Gunnar Vingren. A partir dos resultados, pretende-se elaborar uma cartilha com fotos e informações adicionais sobre as espécies ocorrentes. As coletas foram realizadas de outubro de 2014 a abril de 2015, no período matutino. Para a captura dos insetos, foram utilizados os métodos de busca ativa com rede entomológica, armadilha suspensa e armadilha Malaise. Foram coletados 534 exemplares e, desses, foram registradas 12 espécies de vespas, distribuídas em três tribos e seis gêneros: Agelaia Lepeletier (1836), Angiopolybia Araújo (1946), Polybia Lepeletier (1836), Polistes Latreille (1836), Synoeca de Saussure (1852) e Mischocyttarus de Saussure (1852). O gênero de maior representatividade em número de espécies foi Polybia (5), distribuídas em P. bistriata (Fabricius, 1804), P. chrysothorax (Lichtenstein, 1796), P. quadricincta (Saussure, 1854), P. rejecta (Fabricius, 1789) e P. sericea (Oliver, 1791). Com exceção deste, os demais gêneros foram representados por uma a três espécies, sendo as mais comuns Polistes infuscatus (81,25%), Polybia rejecta (68,75%) e P. sericea (62,5%). Palavras-chave: Polistinae. Fragmento florestal. Inventário estruturado. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/09/2014 a 31/07/2015). Curso: Engenharia Florestal/UFRA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). CO M U N IC AÇ Õ ESO RA IS - r es um os 26 Filogeografia de Dendrexetastes rufigula (Aves: Dendrocolaptidae) com base em marcadores moleculares mitocondriais e nucleares Gilmax Gonçalves Ferreira¹ Alexandre Aleixo² Neste estudo, busca-se avaliar a existência de grupos geneticamente distintos na espécie politípica Dendrexetastes rufigula, com o objetivo de identificar possíveis unidades evolutivas independentes, seguindo o conceito filogenético de espécie. Para tanto, foram utilizadas amostras de 14 espécimes depositados na coleção de recursos genéticos do Museu Paraense Emilio Goeldi, pertencentes a todas as subespécies descritas para a espécie: D. r. devillei (n=7), D. r. moniliger (n=4), D. r. rufigula (n=2) e D. r. paraensis (n=1, considerada ameaçada). Foram sequenciados 2.437 pares de bases (pb), sendo 997 pb e 1.015 pb dos genes mitocondriais Citocromo b (Citb) e ND2, respectivamente; e 425 bp para o gene nuclear G3PDH. As diversidades haplotípica e nucleotídica encontradas foram de 0,989±0,031 e 0,01153±0,00154 para Citb, 0,923±0,060 e 0,01070±0,00165 para ND2 e 0,378±0,110 e 0,00097±0,00031 para G3PDH, respectivamente. A distância genética entre as subespécies de D. rufigula, considerando os dois marcadores mitocondriais concatenados, variou de 0,5% a 1,9%, enquanto que dentro de cada subespécie a mesma variou de 0,1% a 0,5%. A árvore filogenética de máxima verossimilhança, obtida também com as sequências concatenadas, recuperou três grandes clados em D. rufigula, D. r. rufigula e D. r. devillei, e formaram clados reciprocamente monofiléticos, indicando a sua independência evolutiva. O terceiro clado incluiu D. r. moniliger e D. r. paraensis, sendo a primeira parafilética. Os resultados indicam que a diferenciação genética destas duas subespécies é tênue (0,5%), apesar da diferença morfológica documentada, sendo D. r. paraensis considerada ameaçada e a subespécie menos conhecida, bem como enfatizam a relevância de uma melhor avaliação das relações filogenéticas de D. r. moniliger e D. r. paraensis. Paralelamente, estão sendo analisadas sequências de mais regiões intrônicas de genes nucleares (MUSK 594 pb e BF5 561 bp), que permitirão análises multilocus, como, por exemplo, árvores de espécies. Palavras-chave: Conservação. Dendrexetastes rufigula paraensis. Sistemática. Filogenética. Taxonomia. ¹ Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/09/2014 a 31/07/2015). Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas/UNAMA. ² Orientador; Curador da Coleção Ornitológica – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 27 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osAnfíbios e répteis da Floresta Nacional do Pau-Rosa, Amazonas, Brasil Gisele Cassundé Ferreira¹ Alexandre Luis Padovan Aleixo² Pedro Luiz Vieira Peloso³ A Floresta Nacional do Pau-Rosa (FNPR) é uma unidade de conservação de uso sustentável, inserida em um trecho da área de endemismo de Rondônia. A FNPR está localizada no município de Maués, estado do Amazonas, Brasil. A região do estudo apresenta uma enorme diversidade, porém muitas áreas ainda carecem de estudos direcionados ao inventário da fauna e da flora. Durante os meses de fevereiro e março de 2009, foi realizado o levantamento faunístico na área, com o objetivo de conhecer a diversidade de anfíbios e répteis da FNPR. As coletas concentraram-se na região do rio Paraconi, principalmente nas comunidades de Bragança e São Tomé, e se deram basicamente por meio de 20 armadilhas do tipo interceptação-e-queda (também chamada de Pitfall) – no formato de Y, contendo quatro baldes de 60l – um central, dois anteriores e um posterior, ligados por lona plástica. Além dessas armadilhas, foram realizadas coletas ativas diurnas e noturnas. Para este estudo, o material da FNPR foi completamente reavaliado, sendo necessárias diversas reidentificações. No total, foram analisados 294 espécimes: 72 répteis e 222 anfíbios. Em termos de diversidade, foram encontradas 21 espécies de répteis, sendo 19 Squamata, uma Chelonia e uma Crocodilia, além de 30 anfíbios, sendo duas Gymnophiona e 37 Anura. Cinco espécies novas de anuros foram descobertas durante o estudo (três já descritas). O material foi incorporado ao acervo da coleção herpetológica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Palavras-chave: Herpetofauna. Diversidade. Inventário. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/11/2014 a 31/10/2015). Curso: Ciências Biológicas/UFPA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 3 Pesquisador; Colaborador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um os 28 Variação geográfica em Kentropyx striata (Daudin, 1802) (Reptilia: Squamata: Teiidae) Giovanni Sampaio Palheta¹ Teresa Cristina Sauer de Ávila Pires2 São reconhecidas nove espécies de Kentropyx, das quais cinco ocorrem na Amazônia. Kentropyx striata difere das demais congêneres por possuir escamas dorsais distintamente maiores que as laterais, quilhadas e dispostas em fileiras longitudinais. A espécie ocorre no norte da América do Sul, incluindo o Brasil (Amapá, Pará, Roraima), Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbiae Trinidad. É restrita a áreas de vegetação aberta, implicando em várias populações disjuntas, separadas pela floresta amazônica. Atualmente é considerada monotípica, porém Hoogmoed, em estudo sobre os lagartos do Suriname (1973), propôs o reconhecimento de uma subespécie distinta para os campos de Sipaliwini. Em vista desses dados, o projeto buscou verificar se existem linhagens independentes que justifiquem o reconhecimento de mais de um táxon. Foram analisados caracteres merísticos, morfométricos e hemipenianos dos exemplares de Kentropyx striata da Coleção Herpetológica Osvaldo Rodrigues da Cunha, do Museu Paraense Emílio Goeldi, além de dados da literatura. Foram estudados 288 exemplares, divididos geograficamente em seis grupos: Amapá, Marajó, Roraima, Santarém, Suriname (exceto Sipaliwini) e Sipaliwini. Os caracteres merísticos mais variáveis foram selecionados a partir de gráficos de frequência e analisados através de uma análise discriminante (DA). Os caracteres morfométricos foram analisados em separado, também por uma DA, utilizando- se os resíduos de cada caráter em relação ao eixo 1 de uma análise de componentes principais, para retirar o efeito do tamanho. Os caracteres merísticos separaram, em parte, os vários grupos, mas com grande sobreposição entre eles. Quando os caracteres são analisados separadamente, a variação geográfica observada não é consistente. Os caracteres morfométricos, assim como os hemipênis examinados, tampouco apresentaram diferenças entre os grupos. Portanto, os dados analisados não corroboram a existência de linhagens independentes que justifiquem o reconhecimento de mais de um táxon. Palavras-chave: Amazônia. Variação populacional. Taxonomia. ¹ Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência 01/09/2014 a 31/07/2015). Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas/UNAMA. ² Orientadora; Pesquisadora – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 29 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osDistribuição das borboletas frugívoras (Lepidoptera, Nymphalidae) da coleção entomológica do Museu Paraense Emílio Goeldi Ian de Sousa Menezes1 Marlúcia Bonifácio Martins2 Alessandra Monteiro Lopes3 A coleção entomológica do Museu Paraense Emílio Goeldi contribui para o conhecimento taxonômico e biogeográfico das espécies amazônicas, sendo composta por uma grande diversidade de insetos, dentre os quais destacam-se as borboletas. Apesar de ser um grupo bem estudado sob vários aspectos, o conhecimento sobre a distribuição das espécies ainda é escasso, principalmente no bioma amazônico. O objetivo deste estudo foi mapear a distribuição geográfica das borboletas frugívoras Lepidoptera (Insecta) na Amazônia, com base no material depositado na coleção do MPEG, e disponibilizar os dados no site da instituição. Para o desenvolvimento deste estudo foram utilizadas pranchas de identificação coloridas, fundamentadas em Lamas (1999), D’Abrera (1984), Seitz (1924) e Lewis (1973); comparações com materialidentificado e depositado na coleção, além de consultas a especialistas. Foram realizados os tombamentos dos espécimes em backlog e a incorporação das informações no banco de dados Specify. As imagens das espécies de borboletas serão disponibilizadas online no site do PPBio (MPEG), visando facilitar o uso da coleção para fins de ensino e pesquisa. Até o momento, foram revisados 1.518 espécimes de borboletas de vários estados da Amazônia, sendo a maior quantidade encontrada no estado do Pará, perfazendo um total de 1.492 espécimes, dos quais 1.242 são provenientes do município Melgaço (Caxiuanã). A espécie mais representativa foi Tigridia acesta, com 620 indivíduos, seguida de Bia actorion e Nessaea obrinus, com 253 e 125 indivíduos, respectivamente, apresentando distribuição restrita ao estado do Pará. A espécie Callicore sorana tem distribuição mais ampla, sendo encontrada em quatro dos 10 estados representados na coleção, haja vista que sete dos nove estados amazônicos estão representados na coleção, incluindo Caquetá, na Colômbia, num total de 40 municípios, sendo 28 do Pará. A representatividade geográfica da coleção mostra um padrão de coleta bastante intensificado no Pará, mais especificamente em Caxiuanã. Palavras-chave: Borboletas. Revisão. Mapear. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/09/2014 a 31/07/2015). Curso: Engenharia Florestal/UFRA. 2 Orientadora; Pesquisadora – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 3 Colaboradora; Mestranda em Zoologia (CZO/MPEG/UFPA). CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um os 30 Coleta e identificação de moscas (Diptera: Calyptratae) visitantes de materiais orgânicos e em lixo no Mercado Ver-o-Peso, Belém, Pará, Brasil Jéssica Maria Menezes Soares¹ Inocêncio de Sousa Gorayeb² Fernando da Silva Carvalho-Filho² Os dípteros caliptrados são popularmente conhecidos no Brasil como moscas, e podem ser considerados um dos grupos de insetos mais comuns do mundo, tendo em vista a sua ampla distribuição e ocorrência em diferentes ambientes. Apenas dois trabalhos com dípteros foram realizados em feiras livres da região metropolitana de Belém, ambos sobre moscas de frutas (Tephritidae). Desse modo, o objetivo deste trabalho foi coletar e identificar as moscas visitantes de materiais orgânicos e em lixo no mercado Ver-o-Peso, em Belém (PA), situado às margens da baía do Guajará. Foram realizadas três campanhas de coleta: uma em dezembro de 2014, para reconhecimento do local e identificação dos detritos mais atrativos aos dípteros, e as outras em janeiro e abril de 2015. As armadilhas e as coletas ativas foram dispostas próximas a lixeiras e setores com materiais orgânicos mais atrativos. Em cada área foram expostas de 1 a 3 armadilhas, no total de 10, funcionando durante 72 horas, sendo revisadas a cada 24 horas para a retirada das moscas. Para a captura dos dípteros nas coletas ativas, cada setor do mercado foi percorrido durante 15 a 20 minutos. Foram obtidas 258 moscas, pertencentes a quatro famílias: Muscidae (76,4%), Calliphoridae (19,0%), Sarcophagidae (3,1%) e Faniidae (1,6%). As espécies são: Muscidae: Musca domestica e Atherigona reversura; Calliphoridae: Chrysomya albiceps, C. megacephala, C. putoria, Luclia eximia e L. cuprina; Sarcophagidae: Sarcophaga lambens, Sarcodexia ruficornis e Peckia sp.; Faniidae: Fania sp. Palavras-chave: Feira livre. Amazônia. Caliptrados. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/08/2014 a 31/07/2015). Curso: Ciências Biológicas/UNAMA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 31 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osVariação morfológica cefálica da tribo Hydropsini na Amazônia brasileira (Dipsadidae, Xenodontinae) Jorge Felipe Abreu Cosenza¹ Ana Lúcia da Costa Prudente² Alexandre Felipe Raimundo Missassi³ A tribo Hydropsini é composta por serpentes aquáticas dos gêneros Helicops, Hydrops e Pseudoeryx, as quais apresentam diversas adaptações morfológicas cefálicas relacionadas à captura, subjugação e ingestão de presas. Estas serpentes apresentam dieta basicamente piscívora, sendo que algumas podem ainda se alimentar de anuros e lagartos. Alguns estudos revelaram que serpentes exclusivamente piscívoras tendem a apresentar a cabeça delgada e mais curta, quando comparadas àquelas que se alimentam de anuros e lagartos. Dessa forma, serpentes pequenas não podem utilizar os mesmos recursos alimentares de serpentes maiores, o que sugere uma utilização de diferentes nichos. O objetivo deste estudo foi analisar potenciais divergências e convergências no formato da cabeça de seis espécies de serpentes da tribo Hydropsini presentes na Amazônia brasileira, relacionando com a dieta e o substrato de forrageio. Para tanto, as espécies foram divididas em dois grupos, segundo a frequência relativa de sua dieta e ambiente de forrageio: espécies presentes em ambientes lênticos (Helicops hagmanni, Hydrops martii, H. triangularis e Pseudoeryx plicatilis) e espécies presentes em ambientes lóticos (Helicops angulatus e H. polylepis). Para a análise do formato das cabeças utilizou-se a morfometria geométrica, sendo definidos 19 landmarks em vista dorsal e 12 em vista lateral. Preliminarmente observou-se que as espécies que forrageiam em ambiente lêntico apresentam a cabeça mais delgada e curta, olhos menores e focinho mais afilado, justificando a menor distância entre as narinas. O grupo de serpentes que forrageia em ambiente lótico apresenta a cabeça mais larga e longa, olhos maiores e focinho mais largo, justificando a maior distância entre as narinas. Esta diferença nos caracteres mostra que os grupos apresentaram convergências adaptativas no formato da cabeça para a utilização de diferentes substratos. Palavras-chave: Adaptações morfológicas cefálicas. Recursos alimentares. Ambientes de forrageio. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/08/2014 a 31/07/2015). Curso: Ciências Biológicas/UNAMA. 2 Orientadora; Pesquisadora – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 3 Pesquisador; Bolsista – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um os 32 Levantamento de Tabanidae (Insecta: Diptera) em campina do Baixo Tocantins, Cametá, Pará Kamila Monteiro de Souza¹ Inocêncio de Sousa Gorayeb² As campinas amazônicas são ambientes bastante alterados pela ação antrópica, porém, pouco estudadas. Quanto aos estudos entomológicos, este é o primeiro realizado nas campinas do Baixo Tocantins. Uma das principais causas da perda da biodiversidade na região é a fragmentação de hábitats causada pelo homem. Esta pesquisa tem o objetivo de analisar a riqueza, abundância, sazonalidade de espécies endêmicas, raras e comuns; comparar a tabanofauna da campina com a de outras áreas abertas de capoeira e com a de matas adjacentes a estas; organizar uma coleção de tabanídeos das campinas do Baixo Tocantins e incorporá-la à Coleção Entomológica do Museu Paraense Emílio Goeldi. O estudo foi desenvolvido em áreas de campinas do município de Cametá, na margem esquerda do rio Tocantins. As coletas foram realizadas com armadilha de malaise, armadilha suspensa baixa e em copas de árvores de florestas nas margens das campinas, nos meses de outubro de 2014, e janeiro e abril de 2015, quando as armadilhas funcionaram por 15 dias em cada período. Os insetos estão sendo conservados a seco, montados em alfinetes e em mantas de papelão com algodão. Foram coletados 1.227 exemplares de 20 espécies, de sete gêneros. Na campina, a espécie mais abundante foi Phaetabanus cajennensis, seguida deTabanus importunus. Nas matas adjacentes à campina a espécie mais abundante foi T. importunus, seguida de Chrysops varians. As espécies Dichelacera marginata e T. angustifrons ocorreram exclusivamente na campina. As espécies Acanthocera gorayebi, Chrysops varians, Phaeotabanus fervens e T. sorbillans ocorreram exclusivamente nas matas. O material coletado em abril de 2015 ainda está sendo processado. Ainda serão realizadas duas campanhas de campo – em julho e outubro de 2015, respectivamente, para fechar o cicloanual. Palavras-chave: Fragmentação. Espécies endêmicas. Biodiversidade. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/09/2014 a 31/07/2015). Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas/UNAMA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 33 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osInsetos de dossel obtidos com um novo método de coleta Lucas dos Anjos Rodrigues¹ Fernando da Silva Carvalho Filho² Os artrópodes são o grupo mais diverso dentre os eucariontes, com aproximadamente 1.170.000 espécies descritas. O dossel da floresta desempenha um papel importante nos processos ecológicos, influenciando no fluxo de energia e na dinâmica climática em escala regional e global. Além disso, este também é um dos mais ricos e desconhecidos ambientes do planeta. Estudos sobre os artrópodes de dossel da Amazônia ainda são escassos, principalmente sobre as espécies muito pequenas e difíceis de coletar. O objetivo deste estudo foi avaliar a composição e abundância de insetos coletados com um novo método denominado de prato amarelo suspenso. Este método consiste na utilização de pratos amarelos contendo água, sal e detergente, que são içados para o dossel em plataformas plásticas a uma altura aproximada de 40 a 50 metros. As armadilhas foram colocadas em árvores no Campus de Pesquisa do MPEG e a coleta dos artrópodes foi realizada diariamente. Os espécimes foram depositados na coleção entomológica do MPEG. Até o momento, foram obtidas 10 ordens de insetos: Diptera, Coleoptera, Hemiptera, Hymenoptera, Orthoptera, Blattaria, Psocoptera, Collembola, Trichoptera e Thysanoptera. As três ordens mais abundantes foram Hymenoptera, Hemiptera e Diptera; e a menos abundante foi Trichoptera. Na ordem Hymenoptera, foram coletados três espécimes de uma espécie nova de microvespa do gênero Idris (Ceratobaeus) (família Platygastridae). Além disso, foram obtidos espécimes de Protopolybia emortualis (família Vespidae), que é uma espécie de vespa raramente encontrada, que só havia sido coletada nas margens de rios de matas pristinas. Na ordem Diptera, o único representante da família Tachinidae coletado pertence ao gênero Cryptocladocera, que ainda não havia sido registrado para o Brasil. Palavras-chave: Artrópode. Prato amarelo. Floresta tropical. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/08/2014 a 06/06/2015). Curso: Licenciatura em Ciências Biológicas/UNAMA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um os 34 Inventário do grupo Drosophila tripunctata (Diptera, Drosophilideae) em recursos naturais Luiz Henrique da Silva Gouveia¹ Marlúcia Bonifácio Martins2 O grupo tripunctata de Drosophila tem sido mal representado nas coletas com métodos tradicionais de captura de drosofilídeos na Amazônia. Estes métodos utilizam frequentemente iscas de frutas. Este trabalho objetiva a realização de um inventário para o grupo. O método utilizado foi recolher os recursos caídos no solo e levá-los ao laboratório para verificação dos insetos emergentes. Os recursos foram: frutos, fungos e flores em quatro áreas de parques e praças do município de Belém do Pará (Bosque Rodrigues Alves-BRA, Praça das Castanheiras-PC, Parque do Museu Goeldi-MPEG e Reserva Florestal do Mocambo-MOC). Dois tipos de coleta foram realizados: a coleta dos recursos e a coleta de adultos sobrevoando os recursos no campo. Os Drosophilidae foram identificados ao nível específico. A identificação se concretizou pela análise da terminália do macho, através de comparação com a literatura e/ou material de referência. As fêmeas foram identificadas somente até o grupo. Algumas fêmeas do grupo tripunctata foram mantidas vivas após a coleta ou emergência em laboratório. As linhagens obtidas a partir dessas fêmeas serviram para testar a emergência do grupo em meios de cultura distintos. Este teste foi realizado deixando 10 fêmeas fecundadas em cada tipo de meio de cultura por três dias, variando os tipos de meios a que cada fêmea foi exposta. Flores de Eschweilera ovata (Lecythidaceae) foram encontradas no BRA, na PC e no MOC. Sobrevoando estas flores foram coletados 209 insetos, sendo 107 do gênero Drosophila, com 77 indivíduos do grupo tripunctata. Sobrevoando frutos de Averrhoa carambola (Oxalidaceae) no MPEG foram encontrados 49 insetos, dentre estes 43 drosófilas, mas somente seis pertencentes ao grupo tripunctata. No mesmo local foram encontradas flores de Centrosema virginianum (Fabaceae), com cinco insetos, todos tripunctata. Dos recursos trazidos ao laboratório emergiram 126 tripunctatas de E. ovata e mais 90 indivíduos de outra flor de Lecythidaceae não identificada, na qual não foram coletados drosofilídeos no campo. Dos frutos de carambola emergiram 24 drosofilideos, sendo um único indivíduo de tripunctata. O meio de cultura preparado com E. ovata foi o que obteve maior sucesso na emergência do grupo (53 emergidos). Os demais meios testados foram: banana, carambola, mamão e manga. Os resultados mostraram que flores caídas sobre o solo foram o recurso mais visitado pelas espécies do grupo tripunctata, e também o efetivamente utilizado para a reprodução. Neste estudo destacaram-se as flores de E. ovata, porém flores de outras espécies de Lecythidacea caídas sobre o solo, e provavelmente de outras famílias botânicas, podem constituir recursos para este grupo de espécies, que aparentemente formam uma guilda distinta dos demais drosofilideos. Palavras-chave: Recursos. Emergentes. Meio. Cultura. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/09/2014 a 31/07/2015). Curso: Ciências Biológicas/UFPA. 2 Orientadora; Pesquisadora – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). 35 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osMecanismo de defesa dos Membracídeos: um estudo de Palatabilidade Lays Josino Guerreiro¹ Fernando da Silva Carvalho Filho² Os membracídeos são popularmente conhecidos no Brasil como soldadinhos, e apresentam mais de 600 gêneros e cerca de 3.300 espécies descritas e distribuídas em todos os continentes, exceto na Antártida. Para o Brasil, já foram registradas aproximadamente 1.000 espécies, ainda pouco estudadas. O pronoto dos membracídeos apresenta uma grande variedade de cores, tamanhos e formas, bem como projeções semelhantes a espinhos e tubérculos. Existem várias hipóteses sobre a função do pronoto: camuflagem de algumas espécies, já que se parecem com espinhos, acúleos, flores, brotos e sementes, enquanto outras se parecem com fezes de pássaros. No entanto, há espécies que apresentam pronoto com coloração totalmente destoante do ambiente, como as do gênero Membracis, que são pretas com manchas amarelas e/ou brancas. Neste caso, a hipótese é de que estas cores serviriam como coloração de advertência (ou aposemática), anunciando a sua impalatabilidade para os predadores. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar se a espécie Membracis lunata é impalatável para vertebrados e invertebrados. Os membracídeos foram coletados no Campus de Pesquisa do MPEG, com uso de rede entomológica. Como predadores, foram utilizados 26 louva-a-deus (Stagmatoptera sp.), 26 aranhas saltadoras (Plexippus paykulli) e 26 osgas (Hemidactylus mabouia) coletados na área urbana de Belém, sendo que 13 de cada tipo de predador receberam os soldadinhos e 13 do grupo controle receberam somente gafanhotos. Os membracídeos e gafanhotos foram colocados nos potes dos três tipos de predadores e observados por 30 minutos. Somente os louva-a-deus conseguiram alimentar-se das espécies de membracídeos utilizadas no experimento, enquanto que as aranhas e as osgas as capturaram, mas não conseguiram comê-las. Os gafanhotos foram comidos por todos os predadores. Estes resultados indicam que os membracídeos possuem alguma espécie de substância repulsiva no corpo, e que a coloração do pronoto desta espécie serve como coloração de advertência. Palavras-chave: Soldadinho. Coloração de advertência. Coloração aposemática. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/08/2014 a 06/06/2015). Curso: Licenciatura Plena emCiências Naturais-Biologia/UEPA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um os 36 Variação morfológica em Sapajus apella (Linnaeus, 1758) (Primates: Cebidae) Luíza de Carvalho Barros¹ José de Sousa e Silva Jr.² Os macacos-prego (gênero Sapajus) são animais de médio porte, exclusivos da América do Sul, e podem ser encontrados em diversos tipos de vegetação, ocupando estratos médios e sub-bosque. Esse grupo possui uma taxonomia bastante confusa, devido ao grande polimorfismo presente em suas espécies e deficiência de amostragem. Estudos anteriores evidenciaram que quanto maior a distribuição geográfica das espécies maior a sua variação morfológica. Sapajus apella é a espécie que possui maior distribuição geográfica do gênero, ocupando cinco áreas de endemismo: Guiana, Belém, Xingu, Tapajós e Rondônia. O objetivo deste estudo é investigar a natureza da variação morfológica da espécie, ao longo de sua distribuição geográfica. A primeira fase da pesquisa foi examinar se existe dimorfismo sexual e, em caso positivo, se essa condição deve ser levada em consideração na análise das diferenças entre as populações das diferentes áreas de endemismo. Para isso, foram examinados os crânios dos espécimes adultos presentes na coleção do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Foram realizadas 21 medidas para representar as dimensões da caixa craniana e da mandíbula. Essas medidas foram usadas na Análise de Componentes Principais (PCA) e Análise de Função Discriminante (DFA). Os resultados confirmaram a existência de dimorfismo sexual na espécie, evidenciado principalmente pelo comprimento do canino e espessura da mandíbula. Os resultados indicaram que a análise da variação geográfica deve ser realizada utilizando os dados de sexo. separadamente. Com a tomada das medidas no restante das amostras, serão verificadas as diferenças entre as áreas de endemismo para cada grupo definido, com base no dimorfismo sexual. Palavras-chave: Macaco-prego. Biogeografia. Morfologia. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/09/2014 a 31/08/2015). Curso: Bacharelado em Ciências Biológicas/UFPA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG) 37 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osDescrição de uma nova espécie do gênero Bunocephalus (Siluriformes: Aspredinidae) do Médio Amazonas Manuela Dopazo de Vasconcellos Leão1 Wolmar Benjamin Wosiacki2 As espécies de peixes da família Aspredinidae são conhecidas como “peixe- banjo”, devido à forma do seu corpo, que se assemelha ao instrumento musical conhecido como banjo. Bunocephalus é o gênero mais especioso da família, com 10 espécies válidas, distribuídas nas drenagens das bacias dos rios Magdalena, Orinoco, Amazonas, São Francisco, Paraná-Paraguai, Uruguai, Laguna dos Patos e em alguns rios da encosta ocidental dos Andes. Foi descrita uma nova espécie do gênero Bunocephalus proveniente do Médio Amazonas, município Coari, estado do Amazonas. Análises morfométricas, merísticas, osteológicas e de padrão de colorido foram realizadas, seguindo a bibliografia padrão para o grupo taxonômico, e posteriormente comparadas com as outras espécies do gênero. Bunocephalus sp. n. distingue-se dos congêneres por possuir tubos não uniformes e irregulares ao longo da linha lateral (vs. tubos simples e uniformes), pela presença de dois ossos infraorbitais (vs. presença de três ossos infraorbitais, exceto B. verrucosus), pela porção anterior do espinho da nadadeira peitoral não ossificado, exceto B. aleuropsis, B. amaurus, B. colombianus (vs. ossificado). Bunocephalus sp. n. difere de B. aleuropsis e B. amaurus pela ausência da ornamentação do processo posterior do epoccipital (vs. presença). Difere também de B. aleuropsis pelo comprimento do espinho da nadadeira peitoral 21.1-26.3% (vs. 27.6-29.2%); de B. amaurus. por possuir dois ossos infraorbitais (vs. três); e de B. colombianus pelo número de vértebras 34 (vs. 36-38). São apresentados comentários sobre alocação genérica e relações interespecíficas. Palavras-chave: Peixe-banjo. Siluriformes. Taxonomia. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 01/09/2014 a 31/07/2015). Curso: Bacharelado em Ciências Biológicas/UFPA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/MPEG). CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um os 38 Inventário de vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae) na área do Clube da Aeronáutica de Belém (CAER-BE) Mileudiane Oliveira Pinheiro1 Orlando Tobias Silveira2 A ordem Hymenoptera é uma das mais diversas, tanto em número de espécies quanto em biologia e estilos de vida. Vespas sociais neotropicais pertencentes à família Vespidae e à subfamília Polistinae assumem um papel considerável nas interações ecológicas que induzem à regulação natural das populações de outros insetos. Com o objetivo de potencializar as informações existentes sobre a fauna de vespas sociais da região metropolitana de Belém, realizou-se um inventário na área do Clube da Aeronáutica de Belém (CAER-BE), que apresenta características típicas de floresta secundária. O trabalho realizado maximiza o conhecimento do grupo nesta parte da Amazônia Oriental, gerando dados que podem ser comparados com dados de outras localidades de vegetação semelhante. Para tanto, os espécimes foram coletados por meio de busca ativa, com auxílio de rede entomológica, e por armadilha de interceptação de voo, durante sete meses. Foram capturados 537 espécimes de 24 espécies, distribuídos em 10 gêneros, quais sejam: Agelaia Lepeletier, Angiopolybia Araujo, Charterginus Fox, Chartergus Lepeletier, Mischocyttarus de Saussure, Parachartergus R. Von Ihering, Polistes Latreille, Polybia Lepeletier, Protopolybia Ducke e Synoeca de Saussure. Os maiores números de registros foram de espécies dos gêneros Polistes, Polybia e Mischocyttarus, enquanto os registros de espécies dos gêneros Charterginus e Chartergus foram mais raros. Portanto, a área inventariada proporcionou a geração de dados expressivos para um remanescente florestal urbano, que poderão subsidiar estudos futuros sobre impactos ambientais e suas consequências sobre a fauna de vespas sociais. Palavras-chave: Polistinae. Inventário. Fragmentos florestais. 1 Bolsista PIBIC/CNPq (Vigência: 05/09/2014 a 15/06/2015). Curso: Licenciatura em Ciências Naturais-Biologia/UEPA. 2 Orientador; Pesquisador – Coordenação de Zoologia (CZO/ MPEG). 39 CO M U N IC AÇ Õ ES O RA IS - r es um osRiqueza e composição em espécies de aranhas da Floresta Nacional de Caxiuanã, Amazônia Oriental Paulo Roberto Pantoja Gomes1 Regiane Saturnino2 A araneofauna da Floresta Nacional de Caxiuanã vem sendo estudada mais intensamente desde 1996. Após quase 20 anos, e com algumas compilações sobre a diversidade de aranhas da região, atingiu-se um status razoável de conhecimento sobre o grupo. Desta forma, o maior número de espécies de aranhas na região amazônica foi registrado para a Flona de Caxiuanã, no total de 643 espécies. Mesmo assim, ainda há muito a ser feito e testado para a área, principalmente no que se refere à compreensão de fatores ecológicos determinantes da distribuição da comunidade. Em vista disso, este trabalho objetiva ampliar o conhecimento sobre a riqueza e composição da araneofauna da Flona de Caxiuanã, com base no teste da seguinte hipótese: áreas próximas à Baía de Caxiuanã apresentam maior riqueza em espécies de aranhas. Esta hipótese será testada ao complementar a base de dados de estudos anteriores através de uma análise integrada, sendo relevante aos projetos de monitoramento. A Flona de Caxiuanã localiza-se nos municípios de Portel e Melgaço (PA), onde predomina a floresta ombrófila densa. Foram selecionadas 160 amostras, coletadas entre 2005 e 2006, em quatro áreas próximas à Baía de Caxiuanã, obtidas através de guarda-chuva entomológico e coleta manual noturna. Foram triadas 8.930 aranhas, sendo 6.272 imaturas e 2.658 adultas (1.511 fêmeas e 1.147 machos). As três famílias com maior número de indivíduos adultos
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