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LIVRO DE RESUMOS DO I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 i I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 GRUPO DE ESTUDOS DE ARTRÓPODES DA AMAZÔNIA LIVRO DE RESUMOS DO I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA 16 a 20 de setembro de 2019 Museu Paraense Emílio Goeldi - Auditório Paulo Cavalcante Campus de Pesquisa – Av. Perimetral, 1901 Terra Firme, Belém, Pará ii I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA – SAAM COMITÊ DE ORGANIZAÇÃO (Equipe I SAAM) Secretaria Jéssica Maria Menezes Soares Maria Thayane da Silva Mendonça Paulo Roberto Pantoja Gomes Comissão Geral Caroline Costa de Souza Cláudia Cristina Monteiro Castelo Branco Xavier Marcos Quintino Drago Bisneto Comissão Financeira Níthomas Mateus das Neves Feitosa Comissão de Divulgação Amanda de Azevedo Silva Bruna Letícia Barreto Façanha Cláudio de Jesus Silva Júnior Heitor Antunes de Castro Lucas dos Anjos Rodrigues Talissa Lobato dos Passos Talita Costa Viana Vanessa Carolinna Ribeirinho Vidal Comissão Editorial Bruna Letícia Barreto Façanha Jéssica Maria Menezes Soares Rony Peterson Santos Almeida Comissão de Infraestrutura Amanda de Azevedo Silva Bruna Letícia Barreto Façanha Cláudia Cristina Monteiro Castelo Branco Xavier Cláudio de Jesus Silva Júnior César Augusto Chaves Favacho Heitor Antunes de Castro Jéssica Maria Menezes Soares Lucas dos Anjos Rodrigues Marcos Quintino Drago Bisneto Maria Thayane da Silva Mendonça Níthomas Mateus das Neves Feitosa Paulo Roberto Pantoja Gomes Rodrigo Rendeiro Barbosa Rony Peterson Santos Almeida Sofia Lins Leal Xavier de Camargo Talissa Lobato dos Passos Talita Costa Viana iii I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Comissão Científica César Augusto Chaves Favacho Flávio Roberto de Albuquerque Almeida Lilian Fernanda Belo Serrão Rodrigo Rendeiro Barbosa Rony Peterson Santos Almeida Sofia Lins Leal Xavier de Camargo Concurso de Fotografia e Ilustração César Augusto Chaves Favacho Rony Peterson Santos Almeida COMITÊ DE AVALIAÇÃO Resumos: Bruna Letícia Barreto Façanha Caroline Costa de Souza Cláudia Cristina Monteiro Castelo Branco Xavier Cláudio de Jesus Silva Júnior Flávio Roberto de Albuquerque Almeida Heitor Antunes de Castro Lilian Fernanda Belo Serrão Marcos Quintino Drago Bisneto Maria Thayane da Silva Mendonça Níthomas Mateus das Neves Feitosa Paulo Roberto Pantoja Gomes Rodrigo Rendeiro Barbosa Rony Peterson Santos Almeida Sofia Lins Leal Xavier de Camargo Talissa Lobato dos Passos Talita Costa Viana Vanessa Carolinna Ribeirinho Vidal Fotografias: Bruno Garcia Alvares Fernando da Silva Carvalho Filho Pedro Luiz Vieira Del Peloso Ilustrações: Fernando da Silva Carvalho Filho iv I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Apresentação O Simpósio de Artrópodes na Amazônia (SAAM) é um evento científico que nasce da importância da pesquisa acerca dos artrópodes amazônicos, conectando pesquisadores, alunos de graduação, pós- graduação e profissionais da área para discutirem acerca das pesquisas que estão sendo realizadas. Com o foco para a discussão sobre os artrópodes amazônicos, em especial, voltado à zoologia, ecologia e importância médica desses animais. Buscamos realizar o primeiro evento permanente em escala regional, capaz de difundir e apresentar as pesquisas em andamento no estudo dos Artrópodes, estimular novas e propiciar parcerias. O grupo de Estudos de Artrópodes da Amazônia (GEAA) com o apoio do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e da ASCON/MPEG, realizaram o primeiro SAAM. O simpósio ocorreu no período de 16 a 20 de setembro de 2019, no Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, localizado na Avenida Perimetral, nº 1901, bairro Terra Firme, Belém, Pará. O evento contou com palestras, minicursos, apresentação de trabalhos e premiações. As palestras foram ministradas por pesquisadores especialistas do MPEG, Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL). Os minicursos oferecidos abordaram ferramentas acerca de estudos de artrópodes, desde a demonstração de técnicas de coleta até a confecção de mapas para visualizar a distribuição dos táxons. Foram realizadas apresentações de pesquisas científicas já concluídas, em forma de painéis, e com eles a troca de conhecimento durante as discussões acerca de taxonomia, sistemática, ecologia, saúde, divulgação científica e educação ambiental. Por fim, premiamos as melhores fotografias, ilustrações científicas e os melhores trabalhos apresentados no evento. Dessa forma, apresentamos um pouco do que foi o I SAAM, esperamos que tenham gostado e aguardamos todos nas próximas edições. Assinado, Equipe SAAM v I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Cronograma HORÁRIO ATIVIDADES 16/09 (segunda-feira) A B ER TU R A 08:30 – 11:00 CREDENCIAMENTO 11:00 – 12:00 Biodiversidade na Amazônia Dr. Inocêncio Gorayeb (MPEG) 12:00 – 14:00 ALMOÇO C R U S TA C EA 14:00 – 15:15 Diversidade e evolução de Crustacea: seria um grupo monofilético? Dr. Cléverson dos Santos (MPEG) 15:15 – 16:00 Valor socioeconômico dos Crustáceos na Amazônia: da pesca a aquicultura Drª. Cristiana Maciel (UFPA – Bragança) 16:00 – 16:15 INTERVALO 16:15 – 17:00 Crustáceos da costa amazônica: diversidade e padrões ecológicos em habitats bentônicos Drª. Daiane Aviz (MPEG) 17/09 (terça-feira) H EX A P O D A 09:00 – 10:30 Por que Hexapoda é o melhor grupo do Universo? Dr. Fernando Carvalho Filho (MPEG) 10:30 – 10:45 INTERVALO 10:45 – 12:00 Coleção entomológica do MPEG: Diversidade, histórico, avanços e perspectivas Dr. Orlando Tobias (MPEG) 12:00 – 14:00 ALMOÇO 14:00 – 15:00 Por que alguns mosquitos são melhores vetores do que outros? MSc. Andressa Aragão (UFPA – Belém) M YR IA P O D A 15:00 – 16:00 Miriapodologia no Brasil, com ênfase na fauna da Amazônia Dr. Amazonas Chagas Junior (UFMT – Cuiabá) 16:00 – 16:15 INTERVALO 16:15 – 17:00 Conhecimento atual sobre os diplópodes da Amazônia brasileira MSc. Thaís Melo de Almeida (INPA) 18/09 (quarta-feira) A R A C H N ID A 09:00 – 10:00 Taxonomia de aranhas no século XXI Dr. Alexandre Bonaldo (MPEG) 10:00 – 11:00 Aranhas saltadoras: comportamento, evolução e diversidade Dr. Gustavo Ruiz (UFPA – Belém) 11:00 – 11:15 INTERVALO 11:15 – 12:00 Ecologia e Diversidade de Aranhas Drª. Regiane Saturnino Ferreira (UEMASUL – Imperatriz/MA) 12:00 – 14:00 ALMOÇO D IV U LG A Ç Ã O C IE N TÍ FI C A 14:00 – 16:00 Apresentação de Trabalhos (Painéis) 16:00 – 16:15 A Importância da Divulgação Científica sobre Artrópodes na Amazônia Integrantes do GEAA 16:15 – 17:00 Palestra de Encerramento e Premiações 19-20/09 (quinta e sexta-feira) 09:00 – 12:00 14:00 – 18:00 Minicursos vi I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Minicursos Fotografia de Natureza César A. C. Favacho e Talissa L. dos Passos Objetivo: Explorar os conceitos primordiais da fotografia; Apresentar as principais funções de equipamentos fotográficos; Apresentar as “regras” de composição, luminosidade e foco como guias para as melhores fotos; Preparar os alunos para obterem os melhores resultados com os equipamentos que estiverem disponíveis. Técnicas de coleta e conservação de Artrópodes para coleções científicas Bruna L.B. Façanha, Cláudia C. M. C. B. Xavier, Cláudio J. Silva Júnior, Heitor A. Castro, Marcos C. Drago Bisneto, Rodrigo R. Barbosa, Talita C. Viana Objetivos: Explanar a importância das coleções científicas; Demonstrar os métodos de coleta de artrópodes; Apresentar as diversas formas de conservação de artrópodes para coleções científicas; Capacitar os alunos para a confecção de caixas entomológicas com fins institucionais e didáticos como produto final do minicurso. Edição de imagens e ilustrações científicas Paulo R. P. Gomes, Níthomas M. N. Feitosa e Maria Thayane S. Mendonça Objetivo: Aprender os conceitos básicos de edição e correção de imagens e ilustrações; Aprender a elaborar pranchas para publicação em revistas científicas. vii I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Minicursos Ilustração Científica: Histórico, Aplicação e Técnicas Benedito M. Nunes e Gustavo C. Tavares Objetivo: Introduzir o aluno à história e as técnicas aplicadas aos mais variados tipos de ilustrações voltados para o campo das Ciências Biológicas; Possibilitar o conhecimento sobre as diferentes aplicações da ilustração científica e suas contribuições na produção de conhecimentos científicos; Abordar noções de desenho em preto e branco nas técnicas de grafite e nanquim e em cores em aquarela e lápis de cor; Abordar aspectos técnicos do desenho, materiais e a elaboração de ilustrações científicas; Iniciação à prática do desenho por meio da aplicação de recursos técnicos com ênfase na ilustração científica, utilizando matérias tradicionais como lápis grafite. Confecção de mapas de distribuição geográfica de táxons Caroline C. de Souza Objetivo: Mostrar por meio da prática, a acessibilidade ao software livre QGis e seus atributos para a elaboração de mapas básicos. viii I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Índice Taxonomia & Sistemática .............................................................................................................11 UM NOVO GRUPO DE ESPÉCIES DO GÊNERO Edessa Fabricius, 1803 (HEMIPTERA, PENTATOMIDAE, EDESSINAE) DA AMAZÔNIA Breno Batista Campos, Benedito Mendes Nunes & José Antônio Marin Fernandes ...............12 LISTA PRELIMINAR DE ESPÉCIES DE ODONATA (INSECTA) DE CAPITÃO POÇO Cristian Camilo Mendoza, Ana Lígia Martins & Lenize Batista Calvão .................................13 SCARABAEINAE (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE) DO PIAUÍ, BRASIL: ESTADO DA ARTE Daniel Pereira Monteiro, Luan Victor Brandão dos Santos & Jefson Morais Ribeiro .............14 ANÁLISE DA VARIAÇÃO MORFOLÓGICA DE Saramacia annulata Mello-Leitão 1931 (OPILIONES, LANIATORES, MANAOSBIIDAE) DA ÁREA DE ENDEMISMO BELÉM Karem Adrielly Araújo Campello, Custódio Fernandes Evangelista Júnior & Janice Muriel- Cunha ........................................................................................................................................15 CONTRIBUIÇÃO AO INVENTÁRIO DOS PERACARIDA DA COSTA AMAZÔNICA BRASILEIRA Márcio Tobias Valente de Souza, Cleverson Rannieri Meira dos Santos & Daiane Aviz .......16 UTILIZAÇÃO DA BIOACÚSTICA PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES DE GRILOS NEMOBIINAE SAUSSURE, 1877 (ORTHOPTERA: TRIGONIDIIDAE) NA BARRAGEM DO CHASQUEIRO, MUNICÍPIO DE ARROIO GRANDE, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL Riuler Corrêa Acosta1, Robson Crepes Corrêa, Gustavo Tavares, Vitor Timm & Edison Zefa17 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente .............................................................................18 PRESENÇA DE Dolops sp. (CRUSTÁCEA, BRANCHIURA) EM SUBSTRATO DE AQUÁRIOS MARINHOS Ana Carla de Araújo Gomes, Lucas Gracia Martins & Vicente Savonitti Miranda.................19 TEMPO DE DESENVOLVIMENTO DE IMATUROS DA ESPÉCIE Mischocyttarus cerberus Ducke, 1918 NA REGIÃO DE BELÉM, PARÁ (HYMENOPTERA, VESPIDAE) Danielle Amorim, Jeferson Pereira & Orlando Tobias ............................................................20 DIVERSIDADE E COMPOSIÇÃO DA LEPIDOPTEROFAUNA EM UMA FLORESTA SECUNDÁRIA NA AMAZÔNIA ORIENTAL, BRAGANÇA-PA Felipe Arian de Andrade Araújo, Wesiley da Silva Monteiro & Wilsea Maria Batista de Figueiredo Ready ......................................................................................................................21 EFEITO BOTTOM-UP NA COMUNIDADE DE ARTRÓPODES ARBORÍCOLAS ASSOCIADAS A ÁREAS DE REGENERAÇÃO NATURAL Gabrielle Pereira Duarte, Jessica Cardoso Ferreira, Paulo Geovani da Siva Gomes3, Arleu Barbosa Viana-Junior & Marlúcia Bonifácio Martins..............................................................22 ix I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 COMUNIDADE DE FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) DO SOLO E DA VEGETAÇÃO EM ÁREAS DE CANGA NA AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA Gracilene da Costa de Melo, Emília Zoppas de Albuquerque, Rony Peterson Santos Almeida & Rogério Rosa da Silva ..............................................................................................................23 CRUSTÁCEOS ESTUARINOS DA BAÍA DO CAETÉ, AMAZÔNIA ORIENTAL Jacqueline Adélia Souza Fernandes, Weverton John Pinheiro dos Santos, Wagner César Rosa dos Santos, Mara Rúbia Ferreira Barros, Rafael Anaisce das Chagas & Marko Herrmann ....24 CARCINOFAUNA ASSOCIADA AO CULTIVO DE OSTRAS NO LITORAL AMAZÔNICO Jeany Costa da Silva, Lucas Rodrigues de Castro, Weverton John Pinheiro dos Santos, Mara Rúbia Ferreira Barros, Marko Herrmann & Rafael Anaisce das Chagas .................................25 DIVERSIDADE DE ABELHAS EM ÁREA DE PÓS-MINERAÇÃO LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-PA Karoline Kauane dos Santos Barbosa, Beatriz Woiski Teixeira Coelho & William de Oliveira Sabino .......................................................................................................................................26 LEVANTAMENTO DE ARTRÓPODES EM ÁREA EXPERIMENTAL DE PLANTAS MEDICINAIS E AROMÁTICAS Lizandra Maria Maciel Siqueira, Rafhael Gomes de Souza, Lucas Faro Bastos, Fernanda Valente Penner & Telma Fátima Vieira Batista .....................................................................................27 DIVERSIDADE DE ARANHAS DIURNAS EM DUAS ÁREAS DE FLORESTA NO MARANHÃO Luana Silva Carvalho, Jair Willyans Sousa Guajajara Oliveira, Yasmin Rita Alves Aguiar de Paula3, Carla Raissa Cardoso Figueredo, Cláudio de Jesus Silva Júnior & Regiane Saturnino28 OCUPAÇÃO ESTEREOTIPADA DE CONCHAS DE GASTRÓPODES MARINHOS POR PAGUROS Dardanus spp. (ANOMURA: DIOGENIDAE) NA PLATAFORMA NORTE DO BRASIL Lucas Garcia Martins, Paulo Haniel de Sousa da Natividade, Ana Carla de Araújo Gomes, Rafael Anaisce das Chagas, Priscila Sousa Vilela da Nóbrega & Wagner César Rosa dos Santos ....29 ESTUDO DA FAUNA DE ESCARABEÍNEOS (INSECTA: COLEOPTERA: SCARABAEINAE) DO PARQUE ESTADUAL DO UTINGA, MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ Lucas Silva de Abreu & Fernando Augusto Barbosa Silva ......................................................30 DIVERSIDADE DE ABELHAS E VESPAS SOLITÁRIAS EM NINHOS-ARMADINHA EM UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO NA AMAZÔNIA Luciano Batista Coutinho, Beatriz Woiski Teixeira Coelho & William de Oliveira Sabino ...31 FORMIGAS ARBORÍCOLAS EM ÁREA DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA, NO SUDOESTE DO PARÁ Nathalia Silva Felix, Kelly Liane Silva Sampaio, Emely Laiara Silva de Siqueira, Débora Rodrigues de Souza Campana & Rogério Rosa Silva ..............................................................32 TOPOLOGIA DA REDE DE INTERAÇÃO ARTROPODES-PLANTA EM ÁREAS DE REGENERAÇÃO POS-MINERAÇÃO Paulo Geovani da Siva Gomes, Jessica Cardoso Ferreira , Arleu Barbosa Viana-Junior & Marlucia Bonifácio Martins ......................................................................................................33 x I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembrode 2019 PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE Oxyopes salticus Hentz, 1845 EM PASTAGEM NO NORDESTE PARAENSE Tainá Diulyen dos Santos Matos, Jeynne Pimentel Borges, Layse Oliveira da Silva, Luciane de Oliveira da Silva, Lourival Dias Campos & Ivan Carlos Fernandes Martins ...........................34 FAUNA DE ARANHAS URBANAS DO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ, MARANHÃO, BRASIL Yasmin Rita Alves Aguiar de Paula, Cláudio de Jesus Silva Júnior, Luana Silva Carvalho, Felipe Saraiva Nascimento, Jair Willyans Guajajara Oliveira & Regiane Saturnino ..........................35 Artrópodes de Interesse Médico ...................................................................................................36 ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS ACIDENTES POR ARANHAS E ESCORPIÕES NO MUNICÍPIO DE BELÉM, ESTADO DO PARÁ, NO PERÍODO DE 2013 A 2017 Neuder Wesley França da Silva ................................................................................................37 ANÁLISE DE VIAS METABÓLICAS NO ESTUDO DE RESISTÊNCIA EM ECTOPARASITAS HEMATÓFAGOS À INSETICIDAS .........................................................38 Thiago Maués Amaral, Tassia Alana Alves Ferreira, Daniellen Carneiro, Sérgio Augusto Antunes Ramos, Fabio da Silva Barbieri & Luciana Gatto Brito .............................................38 Divulgação Científica & Educação Ambiental ............................................................................39 INSETÁRIO FÍSICO OU VIRTUAL? Kellyanne Lopes Bonta, Eder Benedito da Silva da Costa, Erlesson Ferreira dos Santos, Gabriel Ribeiro Gomes, Jorge Adilson Pantoja Almeida Filho & Osvaldo Cavalcante Pinheiro Neto 40 PROPOSTA DIDÁTICA NO ENSINO DE ZOOLOGIA: CARA A CARA COM ARTRÓPODES Nisya Robelly Cardoso Pantoja, Kewin Moreira Lima, Débora dos Remédio Encarnação de Souza & Amanda Ramos Pereira .............................................................................................41 COLEÇÃO DIDÁTICA ZOOLÓGICA COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PARA O APRENDIZADO DE ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL Raimundo Francisco Oliveira Nascimento, Paulo Rodrigo Cruz dos Santos, Vanessa Luz Aragão, Mayara Fernanda Cabral da Rocha & José Orlando de Almeida Silva ....................................42 QUEM SÃO OS INSECTA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO MARAJÓ-BREVES/UFPA? Ronald Almeida dos Santos, Ana Caroline Cassiano de Brito, Izan de Sousa Ferreira, Jedilkson João Magno de Jesus, Renan Camara Pacheco & Sergio Vinicius Machado dos Santos ........43 Premiações ......................................................................................................................................44 11 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Taxonomia & Sistemática 12 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Taxonomia & Sistemática UM NOVO GRUPO DE ESPÉCIES DO GÊNERO Edessa Fabricius, 1803 (HEMIPTERA, PENTATOMIDAE, EDESSINAE) DA AMAZÔNIA Breno Batista Campos1, Benedito Mendes Nunes2 & José Antônio Marin Fernandes3 1Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante de Graduação de Ciências Biológicas. E-mail: brenobatistacampos@gmail.com 2Universidade Federal do Pará (UFPA), Departamento de Biociências, Estudante do Programa de Pós-Graduação em Zoologia. E-mail: beneditomn@gmail.com 3Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Professor do Programa de Pós-Graduação em Zoologia. E-mail: joseamf@ufpa.br Resumo Edessa é um gênero restrito à região Neotropical que apresenta cerca de 300 espécies descritas, em grande parte espécies crípticas, e grande diversidade morfológica, a maior dentre os gêneros da subfamília. Esse gênero apresenta vários problemas taxonômicos e de nomenclatura causados pela falta de uma diagnose confiável, que levou autores a colocarem equivocadamente muitas espécies em Edessa. Apesar disso, ainda há muitas espécies a serem descritas, aproximadamente 300, e ainda é possível encontrar grupos de espécies com características únicas e novas para o grupo. Assim, estudos taxonômicos sobre Edessa são essenciais para a resolução dos problemas que esse táxon apresenta e para a compreensão da sua grande diversidade. É válido destacar que, recentemente, outros grupos de espécies com conjuntos de características únicas foram elevados à gênero, por exemplo Paraedessa Silva & Fernandes, 2013, Grammedessa Correia & Fernandes, 2016 e Plagaedessa Almeida & Fernandes, 2018. Esse estudo se encaixa em um projeto maior que objetiva solucionar os problemas taxonômicos de Edessa por meio da revisão e da descrição de grupos menores dentro do gênero. Um desses grupos é apresentado aqui e inclui espécies caracterizadas por terem antenas marrom claro a escuro, ângulos umerais dentiformes e projetados com ápice coberto por mancha preta e cório marrom escuro com veias amarelas. Esse grupo é composto por três espécies novas: E. sp. n.244, E. sp. n.249 e E. sp. n.245. As descrições foram feitas com base em 37 espécimes provenientes de 6 coleções. Machos e fêmeas foram descritos e uma diagnose diferencial apresentada. Um mapa de distribuição das espécies é apresentado. Esse grupo é formado por espécies encontradas na Amazônia brasileira e internacional. Esse trabalho apresenta informações taxonômicas e geográficas que contribuem com o conhecimento da biodiversidade amazônica. Palavras-chave: espécies novas, biodiversidade. 13 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Taxonomia & Sistemática LISTA PRELIMINAR DE ESPÉCIES DE ODONATA (INSECTA) DE CAPITÃO POÇO Cristian Camilo Mendoza1, Ana Lígia Martins2 & Lenize Batista Calvão3 1Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante de Pós-Graduação em Zoologia. E-mail: cris_kmlo@hotmail.com 2Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: analigiacb@outlook.com 3Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: lenizecalvao@gmail.com Resumo A ordem Odonata no Brasil contém por 15 famílias, 137 gêneros e 750 espécies. Embora a elevada riqueza de espécies que se apresentam no país, o conhecimento sobre a distribuição e ocorrência das espécies está fortemente correlacionado com às regiões onde se têm um maior número de pesquisadores, principalmente nas regiões sudeste e norte. Por isso, listas de espécies de locais que não são de fácil acesso ou afastados das grandes capitais, possuem um grande valor uma vez que fornecem informações básicas sobre a ocorrência das espécies. Esses registros permitem uma melhor compreensão sobre os padrões de distribuição das espécies podendo ser usados nos planos de conservação. Com base nisto, o objetivo do presente estudo foi realizar uma lista preliminar das espécies de Odonata que ocorrem no município de Capitão Poço, localizado no nordeste do estado de Pará, Brasil. Este município apresenta uma paisagem fragmentada que vão desde remanescentes de floresta explorada, passando por sistemas agrossilvopastoris até florestas secundárias de capoeira, devido às atividades relacionadas com a agricultura e pecuária. A pesquisa foi desenvolvida durante a estação seca em sete riachos de primeira ordem, seguindo a metodologia de coleta ativa com puçá. Identificou-se a presença das duas subordens (Zygoptera e Anisoptera), seis famílias, 19 gêneros e 28 espécies. Registramos a presença de espécies que tem requerimentos ecofisiológicos muito heterogêneos, as quais podem ser usadas para indicar uma relação direta com o estado de preservação dos habitats já observados em estudos prévios na Amazônia: Acanthagrionadustum Williamson, 1916 e Argia oculata Hagen, 1865 (habitats degradados), Chalcopteryx rutilans (Rambur, 1842), Mnesarete williamsoni Garrison, 2006 e Psaironeura tenuissima (Selys, 1886) (habitats intermediários). Considerando o número de riachos amostrados, evidenciou-se uma riqueza elevada de espécies no municipio de Capitão Poço, no entanto, acreditamos que a diversidade de odonata pode ser maior. Para isso, é preciso realizar futuros estudos que permitam aumentar o conhecimento dessa fauna, principalmente devido às mudanças ambientais correntes na região, que podem levar o desaparecimento de muitas espécies locais antes mesmo de serem detectadas. Palavras-chave: Anisoptera, Zygoptera, distribuição de espécies, riachos amazônicos. 14 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Taxonomia & Sistemática SCARABAEINAE (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE) DO PIAUÍ, BRASIL: ESTADO DA ARTE Daniel Pereira Monteiro1, Luan Victor Brandão dos Santos2 & Jefson Morais Ribeiro3 1Universidade Federal do Piauí (UFPI), Departamento de Biologia, Estudante de Bacharelado em Ciências Biológicas. E-mail: danielpm.pereira@hotmail.com 2Universidade Federal do Piauí (UFPI), Núcleo de Referência em Ciências Ambientais do Trópico Ecotonal do Nordeste, Estudante do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente. E-mail: luanbrandao2@outlook.com 3 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Mestre em Ciências Biológicas (Entomologia). E-mail: jefmorib@gmail.com Resumo Os Scarabaeinae, conhecidos popularmente no Brasil como "rola-bostas", apresentam grande diversidade de espécies na faixa tropical, sendo de grande importância para os ecossistemas na ciclagem de nutrientes. No Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil (CTFB) são registradas 726 espécies válidas para o país, destas apenas Deltochilum ritamourae é citada para o Piauí tal como relatado na última revisão que envolveu o estado. Devido à grande carência de dados escarabeidológicos do estado, este estudo tem como objetivo listar os taxa de Scarabaeinae ocorrentes no Piauí, através de revisão bibliográfica. Realizamos a pesquisa no período de publicação de 2000 a 2019, em quatro bases de dados (Portal de Periódicos CAPES; SciELO; Google Acadêmico), utilizando os termos: “Scarabaeinae”, “Piauí”, “revison” e “Scarabaeidae”, em diferentes combinações. Selecionamos 12 trabalhos a partir dos quais elaboramos uma lista dos taxa registrados. Listamos 21 espécies de Scarabaeinae distribuídas em 11 gêneros – Canthidium manni, Canthon cinctellus, Canthon enkerlini, Canthon lituratus, Canthon ziggy, Coprophanaeus cyanescens, Coprophanaeus pertyi, Coprophanaeus vazdemeloi, Deltochilum pseudoicarus, Deltochilum ritamourae, Diabroctis mimas, Dichotomius bos, Dichotomius geminatus, Dichotomius nisus, Digitonthophagus gazella, Eurysternus nigrovirens, Genieridium cryptops, Genieridium margareteae, Leotrichillum louzadaorum, Ontherus appendiculatus e Trichillum externepuctatum. Seis gêneros não estão identificados em nível de espécie – Anomiopus, Ateuchus, Dendropaemon, Eurysternus, Onthophagus, Pseudocanthon e Uroxys – totalizando 18 gêneros registrados para o estado. Constatamos que nos últimos 19 anos, trabalhos de revisão de gênero e levantamentos entomológicos, aumentaram o número de registros de espécies de 1 para 21, e de gêneros de 1 para 18 no estado do Piauí. Embora o número de registros tenha aumentado, o estado ainda carece de informações sobre sua escarabeidofauna, novos levantamentos entomofaunísticos podem trazer novos dados sobre áreas não exploradas do estado. Palavras-chave: revisão, espécies, rola-bostas. 15 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Taxonomia & Sistemática ANÁLISE DA VARIAÇÃO MORFOLÓGICA DE Saramacia annulata Mello- Leitão 1931 (OPILIONES, LANIATORES, MANAOSBIIDAE) DA ÁREA DE ENDEMISMO BELÉM Karem Adrielly Araújo Campello1, Custódio Fernandes Evangelista Júnior2 & Janice Muriel- Cunha3 1Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Estudos Costeiros (IECOS), Graduada em Ciências Naturais. E-mail: karemcampello@gmail.com 2Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Estudos Costeiros (IECOS), Mestre em Biologia Ambiental. E-mail: custodiofernandesjunior@gmail.com 3Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Estudos Costeiros (IECOS), Doutora em Zoologia. E-mail: j.muriel.cunha@gmail.com Resumo A Amazônia apresenta uma grande diversidade de espécies distribuídas de maneira heterogênea nos ambientes terrestres e aquáticos; estudos com diversos grupos taxonômicos caracterizam oito áreas de endemismo, separadas por rios – estas áreas concentram algumas espécies com distribuições exclusivas. Os opiliões possuem elevadas taxas de endemismo e por isso são considerados bons modelos biogeográficos, entretanto, o grupo é pouco estudado na Amazônia se comparado ao conhecimento já existente para a Mata Atlântica. O presente trabalho foi realizado na área de endemismo Belém (AEBelém), com objetivo de registrar o polimorfismo da espécie Saramacia annulata, avaliar se há populações distintas morfologicamente e possíveis novas espécies. Foram examinados 90 exemplares amostrados em 10 localidades, dentre elas, Belém (PA); Bragança (PA); Buriticupu (MA); Governador Nunes Freire (MA); Nova Timboteua (PA); Olinda Nova do Maranhão (MA); Paragominas (PA); Rondon do Pará (PA), Tailândia (PA) e Viseu (PA), onde os 44 machos examinados foram utilizados para a análise de agrupamento e as 46 fêmeas para registro de polimorfismo. Utilizando uma matriz com 14 caracteres morfológicos e 44 indivíduos, os dados foram submetidos à análise de parcimônia, com busca heurística resultando em uma árvore por consenso estrito. A árvore demonstra não haver populações morfológicas bem distintas para os espécimes examinados, mas confirmam o polimorfismo da espécie. Não houve novas espécies, entretanto, o trabalho registra pela primeira vez o polimorfismo em fêmeas de opiliões, acrescentando também novos dados que completam a diagnose da espécie Saramacia annulata para a área de endemismo Belém e chave de identificação para o gênero, que também teve sua distribuição atualizada. Como um grupo polimórfico, a definição de populações ou espécies pode ser melhor compreendida por meio de dados moleculares e ecológicos, ora inexistentes para o gênero. Algumas das características avaliadas neste trabalho e confirmadas como variáveis, foram e ainda são amplamente utilizadas nas descrições, portanto, apoia-se o uso destes caracteres desde que utilizados com critério, levando em consideração a provável variação. A espécie Saramacia annulata pode auxiliar trabalhos de biogeografia para a AEBelém, pois a espécie é uma das poucas da ordem que está distribuída em toda a área. Palavras-chave: Amazônia, opiliões, polimorfismo. 16 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Taxonomia & Sistemática CONTRIBUIÇÃO AO INVENTÁRIO DOS PERACARIDA DA COSTA AMAZÔNICA BRASILEIRA Márcio Tobias Valente de Souza1, Cleverson Rannieri Meira dos Santos2 & Daiane Aviz3 1Faculdade Estácio de Castanhal, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: tobiasvalente7@gmail.com 2Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenação de Zoologia, Laboratório de Invertebrados Aquáticos, Pesquisador. E-mail: crsantos@museu-goeldi.br 3Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenação de Zoologia, Laboratório de Invertebrados Aquáticos. E-mail: daiane.aviz@gmail.com Resumo A superordem Peracarida é um dos grupos de maior diversidade dentre os Crustacea, ocupando principalmente os habitats bentônicos de ecossistemas marinhos, embora representantes do grupo sejam encontrados em ambientes dulcícolas e terrestres. Peracáridos desempenham importantepapel ecológico na ciclagem da matéria orgânica e nas teias tróficas marinhas, servindo de alimento para outros invertebrados e para vertebrados, como peixes. Apesar de abundantes, o grupo é um dos menos conhecidos dentre os crustáceos na costa amazônica. Este trabalho propõe um levantamento da diversidade taxonômica de peracáridos não parasitos para ambientes da costa amazônica brasileira, através do levantamento de dados secundários disponíveis na literatura científica e análise do acervo da Coleção Carcinológica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Foram levantadas informações sobre taxonomia, dados sobre ocorrência geográfica (localidades, coordenadas geográficas, distribuição etc.) e informações ecológicas sobre habitat (profundidade, tipo de fundo, etc.). Os dados de taxonomia foram revisados e atualizados, conforme WoRMS Editorial Board (http://www.marinespecies.org). O levantamento resultou no registro de 6 ordens (Amphipoda, Isopoda, Cumacea, Mysida, Lophogastrida e Tanaidacea), 34 famílias, 45 gêneros e 46 espécies de Peracarida para costa norte do Brasil. Isopoda foi a ordem com maior diversidade (13 famílias, 23 gêneros e 31 espécies), seguida por Amphipoda (9 famílias, 12 gêneros e 8 espécies), Tanaidacea (5 famílias, 5 gêneros e 5 espécies), Mysida (uma família, 4 gêneros e 6 espécies), Cumacea (5 famílias e um gênero) e Lophogastrida (uma família). Em relação a distribuição batimétrica, a maioria das espécies ocorreram em águas rasas da plataforma interna (entremarés até cerca de 40 m) e média (>40 até 100 m). As espécies do entremarés foram registradas principalmente em praias, manguezais, marismas e recifes biológicos (Sabellariidae). A partir da análise do acervo do MPEG, obteve-se primeiros registros para costa norte brasileira para: ordem Lophogastrida; isópodes Anthuridae; tanaidáceos das famílias Pagurapseudidae e Paratanaidae; cumáceos das famílias Pseudocumatidae, Gynodiastylidae e Ceratocumatidae; e o lophogastrídeo da família Lophogastridae. O trabalho é o primeiro inventário para a subordem na região amazônica e os dados obtidos contribuem expressivamente para o conhecimento da distribuição e diversidade do grupo. Palavras-chave: Crustacea, diversidade, ambientes costeiros, costa norte brasileira. 17 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Taxonomia & Sistemática UTILIZAÇÃO DA BIOACÚSTICA PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES DE GRILOS NEMOBIINAE SAUSSURE, 1877 (ORTHOPTERA: TRIGONIDIIDAE) NA BARRAGEM DO CHASQUEIRO, MUNICÍPIO DE ARROIO GRANDE, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL Riuler Corrêa Acosta1, Robson Crepes Corrêa2, Gustavo Tavares3, Vitor Timm4 & Edison Zefa5 1Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Departamento de Zoologia, Estudante do Programa de Pós- Graduação em Biologia Animal. E-mail: riuler94@hotmail.com 2Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Departamento de Zoologia, Estudante do Programa de Pós- Graduação em Biologia Animal. E-mail: robsonccorrea@gmail.com 3Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Departamento de Zoologia, Estudante do Programa de Pós- Graduação em Biologia Animal. E-mail: vitor.timm@hotmail.com 4Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante do Programa de Pós-Graduação em Zoologia. E-mail:gustavoctavares@gmail.com 5Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Instituto de Biologia, Docente do PPG Biologia Animal. E-mail: edzefa@gmail.com Resumo Nemobiinae Saussure, 1877 apresenta 340 espécies válidas e ampla distribuição mundial. Além de inúmeras espécies, seus habitats limitam-se a ambientes úmidos, principalmente banhados. A identificação das espécies de grilos é baseada na diagnose da morfologia externa e dos escleritos fálicos dos machos, porém, há casos em que as espécies são indistinguíveis morfologicamente. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi a identificação, por meio da caracterização do som de chamado, de algumas espécies de Nemobiinae coletados na Barragem do Chasqueiro. Os sons foram registrados em laboratório com gravador Sony PCM-D50 e microfone acoplado dentro da arena, em temperatura ambiente de 21ºC. Os sinais acústicos e os espectrogramas foram analisados no software Avisoft para a obtenção da frequência dominante em Hz (FD) (maior intensidade do componente físico) e taxa de pulso (TP) (número de pulsos emitidos por segundo). Os gráficos e a análise estatística foram gerados no software RStudio. Os quatro indivíduos encontrados foram coletados na serapilheira de um fragmento de mata na região da Barragem do Chasqueiro, município de Arroio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil (32º12’20”S 53º01’23”W). A diagnose dos escleritos fálicos dos machos coletados forneceu dados para identificação a nível de gênero, indicando Eunemobius Hebard, 1913, entretanto, as genitálias se dispõem de forma igual, morfologicamente. Assim, os sons possibilitaram distinguir quatro possíveis espécies simpátricas, sendo Eunemobius sp.1 com FD de 4551±116.9 (4481 – 4684) e TP de 48±2 (46 – 50); Eunemobius sp.2 com FD de 5569±49.7 (5512 – 5598) e TP de 73±0 (73 – 73); Eunemobius sp.3 com FD de 4880±49.7 (4823 – 4909) e TP de 50±1 (49 – 51); e Eunemobius sp.4 com FD de 4363±99.3 (4306 – 4478). Devido a anormalidade dos dados, foi realizado um teste de Kruskal-Wallis, tendo como resultado o valor de p<0.05 para FD e TP, isto é, as frequências dominantes e as taxas de pulso se mostram diferentes para os quatro espécimes analisados. Embora os caracteres morfológicos e fálicos não forneçam informações suficientes para separar os quatro espécimes coletados de Eunemobius a nível específico, a bioacústica se mostrou como uma ferramenta importante para a determinação específica dos exemplares analisados neste trabalho. Palavras-chave: Eunemobius, som de chamado, frequência dominante, taxa de pulso. 18 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 19 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente PRESENÇA DE Dolops sp. (CRUSTÁCEA, BRANCHIURA) EM SUBSTRATO DE AQUÁRIOS MARINHOS Ana Carla de Araújo Gomes1, Lucas Gracia Martins2 & Vicente Savonitti Miranda3 1Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Sócioambiental e dos Recursos Hídricos, Graduanda em Engenharia de Pesca. E-mail: anaaraujo.engenharia@gmail.com 2Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Sócioambiental e dos Recursos Hídricos, Graduando em Engenharia de Pesca. E-mail: lucas@pesca.pet 3Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto de Ciências Agrárias, Doutor em Biotecnologia. E-mail: vicente.miranda@ufra.edu.br Resumo Argulídeos são crustáceos da subfamília Branchiura que podem ser encontrados na superfície corporal, como nadadeiras e branqueas de peixes em ambiente natural ou de cultivo. A desova desses arlulídeos é distinta em relação aos demais crutáceos pois, a fêmea abandona o hospedeiro afim de depositar os ovos em substrato sólido característico, como raízes, troncos e pedras. O trabalho tem como objetivo analisar a presença de Dolops sp. no substrato de aquários marinhos composto de aragonita, material esse que diverge das características usuais do ambiente em que os argulídeos costumam desovar. A coleta foi realizada por meio de sifonagem de fundo e pipetagem das amostras recolhidas, consoante a este fato a análise foi efetuada através da lupa para reconhecimento da fauna zooplanctônica. As amostras foram coletadas em aquários marinhos do laboratório do projeto de Conservação de Coleções de Ciências Naturais, localizado na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Atestou-se sucesso reprodutivo desses crutáceos,haja vista que a presença de indivíduos juvenis coletados apontam a adaptação dos organismos ao ambiente e, seu desenvolvimento indica que sua manutenção no substrato de aragonita se dá por conta da deposição de matéria orgânica residual da alimentação dos peixes e formação do biofilme, logo admite-se plasticidade comportamental dado que as espécies ornamentais que coexistem nos aquários geralmente não fazem parte do seu aporte de hospedeiros naturais. Entende-se também que possuem uma grande amplitude ecológica, visto que, a presença e reprodução desses parasitos em um ambiente controlado é incomum. Palavras-chave: reprodução, crustáceo, peixes ornamentais, hospedeiros. 20 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente TEMPO DE DESENVOLVIMENTO DE IMATUROS DA ESPÉCIE Mischocyttarus cerberus Ducke, 1918 NA REGIÃO DE BELÉM, PARÁ (HYMENOPTERA, VESPIDAE) Danielle Amorim1, Jeferson Pereira2 & Orlando Tobias3 1Universidade do Estado do Pará (UEPA), Estudante do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. E-mail: daniellecamorim@hotmail.com 2Universidade Federal do Pará (UFPA), Estudante do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. E-mail: jefersonpereiraf@hotmail.com 3Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenação de Zoologia, Entomologia, Pesquisador. E-mail: orlando@museu-goeldi.br Resumo As vespas possuem desenvolvimento holometábolo passando pelas fases de ovo, larva e pupa, cada um apresentando tempo de desenvolvimento específico de acordo com a espécie e localidade. A região de Belém apresenta clima equatorial chuvoso, que confere temperaturas elevadas à região; havendo pouca variação durante o ano. O trabalho objetiva verificar o tempo médio de desenvolvimento dos imaturos da espécie na região amazônica, o qual pode variar se comparado com outras regiões. O estudo foi realizado no campus de pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, Pará, entre Setembro de 2018 e Maio de 2019. Para analisar o tempo de desenvolvimento dos imaturos, colônias foram inventariadas e monitoradas semanalmente, com o auxílio de mapas gráficos para verificar o conteúdo de cada célula do ninho e assim acompanhar os estágios de desenvolvimento. Ao fim do período de monitoramento, verificou-se o número de dias e foi calculado o número médio de cada estágio de cada colônia. Obteve-se 35 colônias registradas. O desenvolvimento dos imaturos apresentou, em média (dias): 9,1±1,3 dias sub-estágio ovo; 13,7±2,5 dias sub-estágio larva; e 9,3±1,1 dias sub-estágio pupa. Trabalhos publicados também podem oferecer outros dados como comparativo do padrão de desenvolvimento dos imaturos entre regiões. A subespécie M. cerberus styx, apresentou 16,59±4,88 dias sub-estágio ovo; 22,64±6,78 dias sub- estágio larva; e 16±2,65 dias sub-estágio pupa. Outras espécies como M. drewseni também apresentam dados comparativos. Em Belém, PA apresentou 11,1 dias sub-estágio ovo; 20,2±6,1 dias sub-estágio larva; e 14,8±0,8 dias sub-estágio pupa. Em Rio Claro, SP a mesma espécie apresentou 15,1±2,9 dias sub-estágio ovo; 26,5±5,6 dias sub-estágio larva; e 18,9±3,1 dias sub-estágio pupa. Além destes, outra localidade foi comparada, em Curitiba, PR a espécie apresentou 11,3±1,1 dias sub-estágio ovo; 34,7±2,6 dias sub-estágio larva; e 19,9±2,6 dias sub-estágio pupa. Dessa forma é possível comprovar que o desenvolvimento dos imaturos é mais acelerado na região Norte. Palavras-chave: ciclo colonial, clima, metamorfose. mailto:daniellecamorim@hotmail.com mailto:jefersonpereiraf@hotmail.com mailto:orlando@museu-goeldi.br 21 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente DIVERSIDADE E COMPOSIÇÃO DA LEPIDOPTEROFAUNA EM UMA FLORESTA SECUNDÁRIA NA AMAZÔNIA ORIENTAL, BRAGANÇA-PA Felipe Arian de Andrade Araújo1, Wesiley da Silva Monteiro2 & Wilsea Maria Batista de Figueiredo Ready3 ¹Museu Paraense Emílio Goeldi/Universidade Federal do Pará (MPEG/UFPA), Estudante do Programa de Pós- graduação em Zoologia. E-mail: araujo.felipearian@gmail.com ²Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Estudos Costeiros, Campus Universitário de Bragança. E-mail: wesiley.monteiro7@gmail.com ³Universidade Federal do Pará (UFPA), Professora do Instituto de Ciências Biológicas, Campus Universitário do Guamá. E-mail: wilseaf@gmail.com Resumo Borboletas são organismos muito utilizados como modelo em estudos de qualidade ambiental, uma vez que sua diversidade responde a quaisquer mudanças na composição vegetal. Este trabalho inventariou a lepidopterofauna em um fragmento de floresta secundária da porção oriental da Amazônia, na zona rural do município de Bragança-PA, região caracterizada por conter ambiente altamente modificado devido à ação antrópica ao longo de sua história. Utilizamos armadilhas contendo iscas de frutas fermentadas para coleta passiva e redes entomológicas tipo Van Someren- Rydon (VSR) para coleta ativa. Os indivíduos capturados foram sacrificados por meio da compressão do abdome; posteriormente, em laboratório, montados, identificados e depositados em coleção zoológica. Para avaliar a composição da lepidopterofauna da área, utilizamos o programa BioStat 5.9.8.5, onde averiguamos os índices de abundância, diversidade de Simpson (D = Σ n (n – 1) / N (N – 1)) e o Índice Shannon (H’ = - Σ (ni / N) ln (ni / N)). Ao total, 582 indivíduos foram coletados, representando 57 espécies, distribuídos em seis famílias, sendo Nymphalidae a mais abundante (87,8%), outros taxa não apresentaram importante representatividade, sendo seus valores abaixo de 5,3% para Riodinidae, Pieridae (3,4%), Lycaenidae (1,4%) e Papilionidae (1,2%), consistindo o menor valor para Hesperiidae (0,9%). A abundância de Nymphalidae é explicada devido à adaptação destes organismos em explorar recursos em ambientes fragmentados. Quanto aos indicadores de diversidade, segundo o índice de Simpson, a comunidade de borboletas da área inventariada possui pouca diversidade de espécies, apresentando índice de dominância alto (0,775) e de baixa diversidade (0,224). O índice de Shannon evidenciou pouca riqueza e uniformidade de espécies (0,544). Habitualmente florestas secundárias apresentam baixa diversidade e abundância de espécies, deste modo, a perda de espécies de plantas devida ações antropogênicas resulta diretamente no declínio da lepidopterofauna, dado que estes organismos desenvolveram interações ecológicas espécie- específicas com espécies botânicas. Este padrão de diversidade reduzido pode ser esperado para outros grupos de invertebrados, assim sendo, somente espécies adaptadas a condições degradadas conseguem ter maior sobrevivência. Portanto, são necessários futuros estudos para investigar a diversidade local de borboletas considerando as variações climáticas anuais. Palavras-chave: inventário de lepidópteros, ecologia de comunidade, floresta de capoeira. 22 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente EFEITO BOTTOM-UP NA COMUNIDADE DE ARTRÓPODES ARBORÍCOLAS ASSOCIADAS A ÁREAS DE REGENERAÇÃO NATURAL Gabrielle Pereira Duarte1, Jessica Cardoso Ferreira2, Paulo Geovani da Siva Gomes3, Arleu Barbosa Viana-Junior4 & Marlúcia Bonifácio Martins5 1Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Biologia, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: duarte.gabrielle100@gmail.com 2 Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Biologia, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: jesscardosof@gmail.com 3 Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenação de Zoologia, Graduado em Ciências Biológicas. E-mail: geovanigomes18@gmail.com 4Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenaçãode Zoologia, Doutor em Ecologia e Conservação. E-mail: arleubarbosa@gmail.com 5Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenação de Zoologia, Pós-doutorado em Ecologia e Evolução. E-mail: marlucia@museu-goeldi.br Resumo A dinâmica predador-presa regula a estrutura da comunidade de artrópodes e pode ser afetada por mudanças em seu habitat. Assim, os efeitos bottom-up influenciam a distribuição de insetos herbívoros arbóreos alterando a disponibilidade de recursos para a assembleia de artrópodes predadores. Dessa forma, este estudo examinou o efeito da estrutura do habitat (riqueza e abundância de árvores) sobre a abundância de insetos herbívoros e artrópodes predadores em áreas de regeneração natural pós mineração. Realizamos as coletas no município de Paragominas, Pará, nos meses de janeiro e março de 2019, dentro dos limites da mineradora de bauxita Hydro-Alunorte. Demarcamos 14 pontos de coleta, sete para cada tratamento (áreas de florestas e regeneração natural desde 2014). Em cada ponto inserimos um transecto de 250 x 4 metros para amostragem de todas as plantas que continham a circunferência na altura do peito > 10 cm e 30% de área foliar até oito metros de altura. As ordens Coleoptera, Hemiptera, Lepidoptera, Orthoptera e Phasmatodea foram inseridas dentro da guilda herbívora. As ordens Mantodea, Neuroptera, Aranea, Pseudoscorpiones, Scorpiones e Opiliones na guilda predadora. Somente a riqueza de espécies de plantas diferiu significativamente entre os habitats de floresta e regeneração natural. Coletamos um total de 1751 insetos herbívoros e 904 artrópodes predadores, sendo as ordens Coleóptera (1412 indivíduos), Hemíptera (226), Araneae (837) e Opiliones (63) as mais representativas. Verificamos que a abundância de plantas foi a única variável a influenciar o aumento da abundância de insetos herbívoros. No entanto, não foi possível observar evidência que a estrutura da vegetação ou a quantidade de insetos herbívoros afetem a abundância de organismos predadores. Assim, podemos concluir que o efeito bottom-up dentro desse sistema é parcial, uma vez que fatores associados aos produtores (plantas) afetam o nível trófico dos consumidores primários (herbívoros), e estes consequentemente não afetam o nível trófico superior (predadores). Porém, salientamos a necessidade de um maior refinamento taxonômico de cada guilda trófica associada a esse trabalho. Isso auxiliará em conclusões mais robusta sobre como a cascata trófica dentro dos sistemas de regeneração estão acontecendo para assim termos uma melhor avaliação dos processos ecológicos atuantes. Palavras-chave: cascata trófica, estruturação de habitat, floresta amazônica, guilda ecológica. 23 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente COMUNIDADE DE FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) DO SOLO E DA VEGETAÇÃO EM ÁREAS DE CANGA NA AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA Gracilene da Costa de Melo1, Emília Zoppas de Albuquerque2, Rony Peterson Santos Almeida3 & Rogério Rosa da Silva4 1Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Laboratório de Morfologia e Ecologia Funcional de Formigas, Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia, Estudante de Iniciação Científica. E-mail: lenne-131@hotmail.com 2Arizona State University; Tempe, AZ, USA; Natural Museum of Natural History, Smithsonian Institution, Washington, DC, USA, Pós-Doutoranda. E-mail: emilia_albuq@hotmail.com 3Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Laboratório de Morfologia e Ecologia Funcional de Formigas, Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia, Doutorando Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZOOL-UFPA/MPEG). E-mail: ronypeterson@hotmail.com 4Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Laboratório de Morfologia e Ecologia Funcional de Formigas, Coordenação de Ciências da Terra e Ecologia, Pesquisador. E-mail: rogeriorosas@gmail.com Resumo As Cangas, ecossistemas presentes no bioma amazônico, são importantes áreas com afloramento ferruginoso, vegetação campestre, ampla biodiversidade e espécies que apresentam diferentes estratégias de sobrevivência sob estresse hídrico. Apesar da sua importância para a biodiversidade, o conhecimento sobre a fauna, mais especificamente de formigas e sua estratificação nestes ambientes ainda é incipiente. Aqui, comparamos a riqueza e composição de formigas em dois estratos (solo e vegetação) em áreas de Canga. As seguintes hipóteses foram testadas (i) considerando a distribuição de recursos e microhabitats nesses ambientes, o solo terá maior riqueza de espécies; (ii) a composição de formigas será distinta entre solo e vegetação como resultado de diferenças de habitats. As coletas foram realizadas em 2016, em quatro áreas de Canga na Serra Leste dos Carajás, Pará, Brasil. Em cada área, as formigas foram coletadas em 80 iscas de sardinha no solo e na vegetação com distância de 1m, no período seco e chuvoso ao longo de um transecto (190m). Utilizamos áreas como unidade amostral, empregamoas um teste-t pareado para avaliar a riqueza e uma PERMANOVA seguida de uma ordenação (NMDS) para composição. Foram coletadas 26 espécies de formigas, pertencentes a 10 gêneros e seis subfamílias. Treze espécies foram exclusivas do solo, nove da vegetação e quatro foram encontradas em ambos os estratos. Nossas hipóteses foram suportadas. A riqueza de formigas entre os estratos difere, com solo apresentando, em média, duas vezes mais espécies (11) que a vegetação (5). Além disso, a composição de formigas de solo e vegetação diferiram, com formação de dois grupos na ordenação. Essa distinção está relacionada a espécies exclusivas de cada estrato, além de adaptações a vida em estratos de ambientes secos. Nossos resultados contribuem para o conhecimento sobre a fauna e a estratificação da comunidade de formigas em áreas de Canga na Amazônia. Além disso, destacamos a importância do solo na contribuição das espécies e a manutenção da vegetação por apresentar uma fauna distinta e que, possivelmente, desempenha funções diferentes daquelas encontradas no solo Palavras-chave: afloramento ferruginoso, vegetação rupestre, estratificação, Serra Leste. 24 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente CRUSTÁCEOS ESTUARINOS DA BAÍA DO CAETÉ, AMAZÔNIA ORIENTAL Jacqueline Adélia Souza Fernandes¹, Weverton John Pinheiro dos Santos², Wagner César Rosa dos Santos³, Mara Rúbia Ferreira Barros4, Rafael Anaisce das Chagas5 & Marko Herrmann6 1Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Estudante de Graduação em Engenharia de Pesca. E-mail: jacque.souza025@gmail.com 2Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós- Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: weverton_john@hotmail.com 3Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte – CEPNOR, Laboratório de Pesca e Biodiversidade Aquática – LPBAq. E-mail: wagpesca@yahoo.com.br 4Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós- Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: eng.p.marabarros@gmail.com 5Universidade Federal do Pará (UFPa), Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia. E-mail: rafaelanaisce@hotmail.com 6Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós- Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: marko.herrmann@gmx.de Resumo Os estuários são ecossistemas com importância a nível mundial, sendo considerado berçário para inúmeras organismos. Nesses ambientes, a diversidade de crustáceos favorece a ciclagem de nutrientes, favorecendo as teias alimentares. Partindo do exposto, o presente estudoteve como objetivo verificar diferença sazonal na composição de crustáceos estuarinos da Baía do Caeté, Amazônia Oriental. Para isso realizou-se, durante marés de sizígia e utilizando um amostrador cilíndrico, coletas mensais entre abril de 2015 e maio de 2016. No total, encontrou-se 1.739 indivíduos, pertencentes a nove famílias, representadas por 13 espécies. A família mais abundante e diversa foi a Ocypodidae. A diferença sazonal foi testada por meio de uma Análise Multivariada de Variância Permutacional – PERMANOVA, utilizando uma Análise de Coordenadas Principais – PCoA para evidenciar a disposição das comunidades, ambas no software R. A PCoA conseguiu reduzir 37,726% da variação total dos dados. Ao avaliar a ordenação dos dados, é evidente uma sobreposição na localização das amostras entre período chuvoso e o seco, demonstrando que a composição dos crustáceos não difere sazonalmente. Este resultado também foi confirmado pela PERMANOVA (Pseudo F=1,749; p=0.069). Ao analisar as espécies encontradas, verifica-se que a igualdade na composição entre os períodos analisadas deve-se, provavelmente, por ~70% (nove espécies) estarem presentes em ambos períodos. Este trabalho indica que não há diferença na composição de crustáceos estuarinos da Baía do Caeté. Adicionalmente, recomenda-se uma análise aprofundada sobre outras variáveis abióticas e bióticas na busca de outras evidências que corroborem os resultados deste. Palavras-chave: Amazônia, crustáceos, estuário. mailto:jacque.souza025@gmail.com mailto:weverton_john@hotmail.com mailto:wagpesca@yahoo.com.br mailto:eng.p.marabarros@gmail.com mailto:rafaelanaisce@hotmail.com mailto:marko.herrmann@gmx.de 25 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente CARCINOFAUNA ASSOCIADA AO CULTIVO DE OSTRAS NO LITORAL AMAZÔNICO Jeany Costa da Silva1, Lucas Rodrigues de Castro2, Weverton John Pinheiro dos Santos3, Mara Rúbia Ferreira Barros4, Marko Herrmann5 & Rafael Anaisce das Chagas6 1Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Graduação em Engenharia de Pesca. E-mail: jeanycosta114@gmail.com 2Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Graduação em Engenharia de Pesca. E-mail: lucaas3120@gmail.com 3Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós- Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: weverton_john@hotmail.com 4Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós- Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: eng.p.marabarros@gmail.com 5Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós- Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: marko.herrmann@gmx.de 6Universidade Federal do Pará (UFPa), Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia. E-mail: rafaelanaisce@hotmail.com Resumo Em cultivos de ostras são utilizados apetrechos e estruturas (e.g., lanternas e bolsas) que propiciam a criação de um habitat artificial possibilitando a associação de diversos organismos (e.g., anelídeos, moluscos e crustáceos). Tais associações acarretam a presença de organismos oportunistas e/ou predadores, que podem ocasionar competição por espaço e alimento, interferindo diretamente no desenvolvimento das ostras, ocasionando declínio na produtividade e, consequentemente, prejuízos econômicos. O presente estudo objetivou identificar as espécies que compõem a carcinofauna associada ao cultivo de ostras (Crassostrea tulipa) situado no rio Urindeua, estuário amazônico, pertencente ao município de Salinópolis – PA. As coletas foram realizadas entre maio de 2016 e abril de 2017, em maré de sizígia de cada mês, amostrando-se um total de 274 ostras. Em cada mês, retirou- se a carcinofauna associada a superfície das ostras, codificando e fixando-a em formaldeído a 4%, sendo posteriormente transportada ao laboratório para identificação taxonômica. Através das características morfológicas, verificou-se a presença de seis espécies, pertencentes a seis famílias: Balanidae: Amphibalanus amphitrite (1.421 ind.); Alpheidae: Alpheus chacei (quatro ind.); Diogenidae: Clibanarius vittatus (12 ind.); Palaemonidae: Macrobrachium surinamicum (seis ind.); Panopeidae: Acantholobulus bermudensis (125 ind.); Porcellanidae: Petrolisthes armatus (68 ind.); Amphipoda indet. (dois ind.). Verificou-se que A. bermudensis foi a espécie mais constante durante as coletas (88,9%), seguido de P. armatus (55,6%), por sua vez, A. amphitrite apresentou maior abundância (86,8%) e A. chacei a menor (0,2%). De acordo com a literatura, o P. armatus é encontrado nas águas tropicais vivendo intimamente associação com outros organismos (e.g., moluscos bivalves), porém, altas densidades deste caranguejo causam estresse nas ostras ocasionando um crescimento lento. Conclui-se que o cultivo de C. tulipa realizado no rio Urindeua possui uma carcinofauna associada composta por seis espécies de crustáceos, sendo o caranguejo A. bermudensis a espécie mais constante e a craca A. amphitrite a mais abundante. Contudo, devido uma provável competição por espaço com as ostras cultivadas, recomenda-se a retirada periódicas da carcinofauna durante o manejo. Palavras-chave: ostreicultura, bivalve, fauna associada, crustáceos. mailto:jeanycosta114@gmail.com mailto:lucaas3120@gmail.com mailto:weverton_john@hotmail.com mailto:eng.p.marabarros@gmail.com mailto:marko.herrmann@gmx.de mailto:rafaelanaisce@hotmail.com 26 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente DIVERSIDADE DE ABELHAS EM ÁREA DE PÓS-MINERAÇÃO LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-PA Karoline Kauane dos Santos Barbosa¹, Beatriz Woiski Teixeira Coelho2 & William de Oliveira Sabino3 1Universidade do Estado do Pará (UEPA), Museu Paraense Emílio Goeldi, Graduanda de Engenharia Florestal. E-mail: kauanebarbosa@gmail.com 2Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Departamento de Zoologia, Curadoria da Coleção Entomológica. E-mail: bwtcoelho@yahoo.com 3Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Departamento de Zoologia, Pesquisador. E-mail: williamsabino@museu- goeldi.br Resumo Atualmente diversos estudo vem mostrando o declínio que as abelhas têm sofrido em todo o mundo. Dentre as principais causas, podemos citar a diminuição de fragmentos florestais, causando uma diminuição no seu habitat e na disponibilidade de recursos como pólen, néctar e óleos vegetais e redução de sítios de nidificação. Dessa forma, o trabalho pretende avaliar como a mineração vem afetando a presença das abelhas e como estão respondendo a regeneração da área explorada. O trabalho está sendo realizado no município de Paragominas-PA, em uma mina de bauxita pertencente ao grupo Norsk Hydro, distante cerca de 320 km de Belém e 70 km da região central de Paragominas. As coletas são realizadas mensalmente em 14 transectos, sendo 7 localizados em área de regeneração natural pós-mineração e 7 localizados em área de floresta. Cada transecto possui o tamanho de 250 metros de comprimento por 4 m de largura. As coletas são realizadas por duas pessoas, que percorrem o transecto em direções opostas em busca de abelhas em flor ou em atividade de voo. Após a coleta o material é identificado e depositado na coleção entomológica do Museu Paraense Emilio Goeldi. De outubro de 2018 a junho de 2019 foram coletadas 512 abelhas. A área em regeneração apresentou maior quantidade com cerca de 367 abelhas e a área de floresta apresentou 145 abelhas. Os fatores que levam a esses resultados preliminares são a maior presençade espécies com flores em área de regeneração em comparação às áreas de floresta que apresentam o dossel mais fechado. Apis melífera, uma espécie exótica e de grande distribuição, foi encontrada apenas nas áreas em regeneração, sendo a espécie mais abundante nesses locais. Abelhas nativas do gênero Melipona, conhecidas por serem muito afetadas pela supressão vegetal, foram encontradas apenas em áreas de floresta ou em áreas de regeneração próximas à mata. Nossos resultados mostram a importância de fragmentos de mata próximos às áreas de regeneração como fonte de espécies que podem auxiliar em um processo de recuperação ambiental mais eficiente. Palavras-chave: Apidae, Amazônia, Hymenoptera, insetos. 27 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente LEVANTAMENTO DE ARTRÓPODES EM ÁREA EXPERIMENTAL DE PLANTAS MEDICINAIS E AROMÁTICAS Lizandra Maria Maciel Siqueira1, Rafhael Gomes de Souza2, Lucas Faro Bastos3, Fernanda Valente Penner4 & Telma Fátima Vieira Batista5 1Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto de Ciências Agrárias, Estudante de Graduação em Agronomia. E-mail: lizzsiqueira26@gmail.com 2Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto de Ciências Agrárias, Estudante de Graduação em Agronomia. E-mail: fahhsouza26@gmail.com 3Mestre em Agronomia, Área de Produção Vegetal. email: lucas.fbufra@gmail.com 4 Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto de Ciências Agrárias, Estudante de Graduação em Engenharia Florestal. E-mail: fernandavpenner@gmail.com 5Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto de Ciências Agrárias, Professsora de Entomologia. E-mail: telmabatistacoelho@yahoo.com.br Resumo Os artrópodes incluem-se no filo mais numeroso da Terra, com cerca de 1.000.000 de espécies conhecidas, sendo considerado quatro vezes o total dos outros grupos reunidos. Possuem uma boa adaptação a diversos ambientes, grande capacidade de se reproduzir, resistência a substâncias tóxicas e competência para se organizarem socialmente. Em vista disso, teve-se como objetivo levantar os indivíduos do filo Arthropoda, afim de verificar a ocorrência destes em uma área de plantio de espécies medicinais e aromáticas. A coleta dos indivíduos ocorreu por meio de 15 armadilhas pitfall distribuídas aleatoriamente, sendo 5 na área de plantio, 5 em área aberta onde ocorre experimentos e 5 na bordadura em área de mata, durante 3 dias. Os insetos foram identificados taxonomicamente através de chave dicotômica com auxilio de lupas, e os aracnídeos apenas contabilizados. Foram coletados 2.808 insetos e aracnídeos, distribuídos nas três áreas mencionadas. Sendo 520 na área de plantio, 1.651 na área onde ocorre experimentos da universidade e 637 na bordadura da mata. As famílias Carabidae, Staphylinidae, Drosophilidae, Formicidae e Gryllidae foram mais frequentes na área de plantio, enquanto que na área experimental obteve-se apenas Staphylinidae e Formicidae e próximo a mata as famílias Bostrichidae, Staphylinidae, Formicidae e os Aracnídeos foram mais ocorrentes. Isso implica em um desequilibrio de famílias de insetos devido a uma área ter sido descampada para que possa ocorrer experimentos de alunos no local. Porém, como a família Staphylinidae é bastante abundante no número de espécies, ela encontra-se presente nos três locais que foram escolhidos para a instalação das armadilhas. Portanto, faz-se necessário um maior estudo sobre as espécies de estafilinídeos que habitam o local, ou ainda como as espécies de plantas medicinais e principalmente aromáticas estão atuando na repelência dos individuos. Palavras-chave: ocorrência, insetos, pitfall, aracnídeos. 28 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente DIVERSIDADE DE ARANHAS DIURNAS EM DUAS ÁREAS DE FLORESTA NO MARANHÃO Luana Silva Carvalho1, Jair Willyans Sousa Guajajara Oliveira2, Yasmin Rita Alves Aguiar de Paula3, Carla Raissa Cardoso Figueredo4, Cláudio de Jesus Silva Júnior5 & Regiane Saturnino6 1Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Centro de Ciências Exatas, Naturais e Tecnológicas, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: Luana.S.Carvalho@outlook.com 2Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Centro de Ciências Exatas, Naturais e Tecnológicas, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: jair_wso@hotmail.com 3Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Centro de Ciências Exatas, Naturais e Tecnológicas, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: yasmin.aguiaar@gmail.com 4Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Centro de Ciências Exatas, Naturais e Tecnológicas, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: carllacardosofigueredo@gmail.com 5Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Laboratório de Zoologia, Pesquisador bolsista. E-mail: claudiojr.uepa@gmail.com 6Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Centro de Ciências Exatas, Naturais e Tecnológicas, Professora Adjunta I. E-mail: sf.regiane@gmail.com Resumo Aranhas possuem reconhecida importância biológica, são abundantes, diversas e estão entre os maiores predadores invertebrados. Contudo, em várias regiões do Brasil, o conhecimento sobre o grupo ainda é incipiente, incluindo o Maranhão. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é descrever a diversidade de aranhas diurnas associadas à vegetação arbóreo-arbustiva em duas áreas de floresta no Maranhão. A área de estudo engloba a Reserva Florestal do 50° Batalhão de Infantaria de Selva (50 BIS), Imperatriz, e a Reserva Extrativista do Ciriaco (RESEX Ciriaco), Cidelândia. A amostragem foi realizada com batedor de vegetação, para a coleta de animais diurnos na vegetação. Em cada área foram amostrados três pontos, nos quais foram montadas quatro parcelas de 30m x 10m, paralelamente umas às outras. Cada parcela foi amostrada com o batedor de vegetação por uma hora. As aranhas coletadas foram triadas e identificadas no menor nível taxonômico possível. Os pontos foram comparados quanto a sua similaridade na composição de espécies utilizando-se o NMDS, com o índice de Bray-Curtis. Estimativas de riqueza em espécies foram calculadas com o EstimateS, estimador Jackknife 1. Dos resultados: 842 espécimes coletados, sendo 551 juvenis, 291 adultos, 29 famílias e 101 espécies/morfoespécies; 12 famílias foram representadas apenas por jovens. As famílias mais abundantes foram: Araneidae (207 ind.), Salticidae (170 ind.) e Theridiidae (86 ind.). Foi registrado maior número de famílias na área do 50º BIS, enquanto na RESEX do Ciriaco maior riqueza em espécies, o que foi acompanhado pelo estimador de riqueza, que apontou 83 e 97 espécies, respectivamente. Quanto à similaridade, matriz de abundância, houve clara distinção entre as comunidades das duas áreas, uma maior dispersão entre os pontos do 50º BIS e um agrupamento de dois pontos da RESEX do Ciriaco. Fatores como uso e histórico de ocupação das áreas, distância geográfica e grande número de singletos pode ser responsáveis pela separação da comunidade entre as áreas. Além disso, os resultados apontam que ambas as áreas possuem um grande potencial para a ocorrência de espécies ainda não registradas, fato importante considerando que foi o primeiro inventário de aranhas diurnas da área de estudo. Palavras-chave: sub-bosque, araneofauna, biodiversidade. mailto:Luana.S.Carvalho@outlook.com mailto:jair_wso@hotmail.com mailto:yasmin.aguiaar@gmail.com mailto:carllacardosofigueredo@gmail.com mailto:claudiojr.uepa@gmail.com mailto:sf.regiane@gmail.com 29 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembrode 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente OCUPAÇÃO ESTEREOTIPADA DE CONCHAS DE GASTRÓPODES MARINHOS POR PAGUROS Dardanus spp. (ANOMURA: DIOGENIDAE) NA PLATAFORMA NORTE DO BRASIL Lucas Garcia Martins1, Paulo Haniel de Sousa da Natividade2, Ana Carla de Araújo Gomes3, Rafael Anaisce das Chagas4, Priscila Sousa Vilela da Nóbrega5 & Wagner César Rosa dos Santos6 1Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Estudante de Graduação em Engenharia de Pesca, Laboratório de Pesca e Biodiversidade Aquática. E-mail: lucas@pesca.pet 2Universidade Federal do Pará (UFPA), Estudante de Graduação em Ciências Naturais, Laboratório de Biologia. E-mail:paulohaniel.0610@gmail.com 3Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Estudante de Graduação em Engenharia de Pesca. Projeto de Conservação de Ciências Naturais. E-mail: negaabada1@gmail.com 4Universidade Federal do Pará (UFPA), doutorando em Ecologia (PPGEco/UFPa/Embrapa), pesquisador no Museu de Zoologia (MZUFRA). E-mail: rafaelanaisce@gmail.com 5Universidade Federal do Pará (UFPA), Dra. em Ecologia Aquática e Pesca, Líder do laboratório Pesca e Biodiversidade Aquática. E-mail: priscilasvnobrega@gmail.com 6Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Mestre em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais, Líder do Laboratório de Pesca e Biodiversidade Aquática. E-mail: wagpesca@yahoo.com.br Resumo Paguroidae é uma superfamília de crustáceos decápodes da infraordem Anomura que inclui as espécies popularmente conhecidas como caranguejos-eremitas, ermitões e paguros. Estão descritas 1100 espécies de Paguroidae distribuídas em 120 gêneros, a maioria é marinha, mas existem representantes em estuários, água doce e terrestres. Estes animais apresentam pléon mole e vivem em conchas de gastrópodes para proteger seu corpo, é importante avaliar a diversidade de conchas que estes animais ocupam devido a disponibilidade das mesmas estar sendo afetada em muitos ambientes pela coleta das conchas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi identificar as espécies de gastrópodes utilizados pelos paguros e verificar a existência de ocupação estereotipada das conchas de gastrópodes pelos paguros Dardanus venosus e Dardanus fucosus. A identificação das conchas dos gastrópodes foi realizada utilizando literatura específica e, para a análise da ocupação estereotipada das conchas utilizou-se o Método de Classificação Multinormal de Espécies (CLAM), dividindo-os em quatro grupos com base em sua frequência de ocorrência de ocupação, com um limiar de especialização de 60%. Os grupos foram: (i) ocupações de concha preferencialmente por D. venosus; (ii) ocupações de concha preferencialmente por D. fucosus (iii) ocupações pelas duas espécies (generalistas); e (iv) baixa ocorrência de ocupação a ser atribuído a qualquer uma das duas espécies de paguros. As análises foram realizadas utilizando o software R, a um nível de significância de 95%. Das oito conchas de gastrópodes marinhos, o CLAM identificou três (37,5%) com baixa ocorrência Cingulotereba pretiosa, Naticarius canrena e Marsupinas bufo para atribuir como preferência na ocupação por D. venosus ou D. fucosus, sendo as demais espécies Charonia averigata, Fusinus ansatus, Chiroceus virgineus, Turbinella laevigata, Tonna galea (62,5%) como generalistas, ou seja, sendo ocupadas por qualquer uma das duas espécies de paguros. Ressalta-se que não houve uma concha especializada por nenhum dos dois paguros. Deste modo, conclui-se que não há diferença na seletividade de conchas por paguros Dardanus spp. na costa norte do Brasil, no entanto, a literatura científica cita que a escolha da concha pelos paguros está relacionada, principalmente, a disponibilidade e "tamanho ideal" de conchas para a ocupação. Palavras-chave: crustácea, gastrópode, bentônico, ermitão. 30 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente ESTUDO DA FAUNA DE ESCARABEÍNEOS (INSECTA: COLEOPTERA: SCARABAEINAE) DO PARQUE ESTADUAL DO UTINGA, MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ Lucas Silva de Abreu1 & Fernando Augusto Barbosa Silva2 1Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: lucasabreu.cb@gmail.com 2Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Professor do Programa de Pós-Graduação em Zoologia. E-mail: fernandoabsilva@yahoo.com.br Resumo Os Scarabaeinae (Coleoptera: Scarabaeidae), besouros popularmente chamados de “rola-bosta”, constituem importante grupo de animais detritívoros e bioindicadores de impactos ambientais nos ecossistemas. Assim como em outros biomas florestais, existem muitas atividades de impacto humano na Floresta Amazônica. Com a expansão urbana, muitos remanescentes florestais têm diminuído de área, causando uma grande perda da biodiversidade. Este trabalho objetivou realizar um levantamento da fauna de escarabeínos de um fragmento de floresta e verificar aspectos da comunidade como sazonalidade, diversidade, riqueza e abundância das espécies. O estudo foi desenvolvido no Parque Estadual do Utinga (Peut), uma Área de Proteção Ambiental da região metropolitana de Belém. Os métodos de coleta consistiram na instalação de dois tipos de armadilha, “pitfall” e interceptação de voo. As armadilhas “pitfall” permaneceram em campo por um período de 48 horas e as armadilhas de interceptação de voo por um período de duas semanas. Os espécimes coletados foram acondicionados em sacos plásticos de tamanho 30x20cm, com etanol 70%, e etiquetadas com identificação do local de coleta. Posteriormente, foram levados ao Laboratório de Invertebrados, localizado na Universidade Federal do Pará, onde foi feita a triagem, seguida de secagem em estufa de baixa temperatura (45º a 50º graus), e consecutiva identificação. Foram coletados 2469 escarabeíneos, distribuídos em 15 gêneros e 31 espécies. As espécies mais abundantes foram Canthidium aff. deyrollei (1658 indivíduos (67%)), Dichotomius boreus (147 indivíduos (6%)), Dichotomius aff. lucasi (110 indivíduos (4,4%)) e Canthon aff. subhyalinus (85 indivíduos (3,4%)). O gênero com o maior número de espécies foi Canthidium, com oito espécies; logo em seguida Anomiopus, Dichotomius e Onthophagus, com três espécies cada. Os resultados apontaram para uma grande riqueza de besouros rola-bosta, mostrando que a diversidade desses insetos no fragmento de floresta estudado é expressiva, o que aponta para mais estudos em regiões onde a fauna é pouco conhecida. Palavras-chave: besouros, rola-bosta, bioindicadores, levantamento. 31 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente DIVERSIDADE DE ABELHAS E VESPAS SOLITÁRIAS EM NINHOS- ARMADINHA EM UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO NA AMAZÔNIA Luciano Batista Coutinho1, Beatriz Woiski Teixeira Coelho2 & William de Oliveira Sabino3 1Faculdade Estácio /FCAT, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas, Bolsista de Iniciação Cientifica MPEG. E-mail: lucianocoutinho2014@hotmail.com 2Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Departamento de Zoologia, Curadoria da Coleção Entomológica. E-mail: bwtcoelho@yahoo.com 3Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Departamento de Zoologia, Pesquisado. E-mail: williamsabino@museu- goeldi.br Resumo Abelhas e vespas solitárias que utilizam cavidades pré-existentes têm sido estudadas através da técnica de ninhos-armadilha. O presente trabalho tem como objetivo amostrar esta fauna de abelhas e vespas no Parque Estadual do Utinga (PEUT) localizado em Belém, PA, Brasil. No Estado do Pará, o conhecimento desta fauna é quase nulo. Foram utilizados ninhos-armadilha de madeira e ninhos de bambu com tamanhos variados. Cada conjunto de unidade amostral consiste de um bloco formado por seis ninhos-armadilha
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