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Livro de Resumos ISAAM

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LIVRO DE RESUMOS DO 
I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES 
NA AMAZÔNIA 
Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
 
i I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
 
GRUPO DE ESTUDOS DE ARTRÓPODES DA AMAZÔNIA 
 
 
 
LIVRO DE RESUMOS DO 
I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES 
NA AMAZÔNIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 a 20 de setembro de 2019 
Museu Paraense Emílio Goeldi - Auditório Paulo Cavalcante 
Campus de Pesquisa – Av. Perimetral, 1901 
Terra Firme, Belém, Pará 
 
ii I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
 
 
 
 
I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA – SAAM 
 
COMITÊ DE ORGANIZAÇÃO (Equipe I SAAM)
Secretaria 
Jéssica Maria Menezes Soares 
Maria Thayane da Silva Mendonça 
Paulo Roberto Pantoja Gomes 
 
Comissão Geral 
Caroline Costa de Souza 
Cláudia Cristina Monteiro Castelo Branco 
Xavier 
Marcos Quintino Drago Bisneto 
 
Comissão Financeira 
Níthomas Mateus das Neves Feitosa 
 
Comissão de Divulgação 
Amanda de Azevedo Silva 
Bruna Letícia Barreto Façanha 
Cláudio de Jesus Silva Júnior 
Heitor Antunes de Castro 
Lucas dos Anjos Rodrigues 
Talissa Lobato dos Passos 
Talita Costa Viana 
Vanessa Carolinna Ribeirinho Vidal 
Comissão Editorial 
Bruna Letícia Barreto Façanha 
Jéssica Maria Menezes Soares 
Rony Peterson Santos Almeida 
 
Comissão de Infraestrutura 
Amanda de Azevedo Silva 
Bruna Letícia Barreto Façanha 
Cláudia Cristina Monteiro Castelo Branco 
Xavier 
Cláudio de Jesus Silva Júnior 
César Augusto Chaves Favacho 
Heitor Antunes de Castro 
Jéssica Maria Menezes Soares 
Lucas dos Anjos Rodrigues 
Marcos Quintino Drago Bisneto 
Maria Thayane da Silva Mendonça 
Níthomas Mateus das Neves Feitosa 
Paulo Roberto Pantoja Gomes 
Rodrigo Rendeiro Barbosa 
Rony Peterson Santos Almeida 
Sofia Lins Leal Xavier de Camargo 
Talissa Lobato dos Passos 
Talita Costa Viana 
 
 
iii I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Comissão Científica 
César Augusto Chaves Favacho 
Flávio Roberto de Albuquerque Almeida 
Lilian Fernanda Belo Serrão 
Rodrigo Rendeiro Barbosa 
Rony Peterson Santos Almeida 
Sofia Lins Leal Xavier de Camargo
Concurso de Fotografia e Ilustração 
César Augusto Chaves Favacho 
Rony Peterson Santos Almeida 
 
 
 
COMITÊ DE AVALIAÇÃO
Resumos: 
Bruna Letícia Barreto Façanha 
Caroline Costa de Souza 
Cláudia Cristina Monteiro Castelo Branco 
Xavier 
Cláudio de Jesus Silva Júnior 
Flávio Roberto de Albuquerque Almeida 
Heitor Antunes de Castro 
Lilian Fernanda Belo Serrão 
Marcos Quintino Drago Bisneto 
Maria Thayane da Silva Mendonça 
Níthomas Mateus das Neves Feitosa 
Paulo Roberto Pantoja Gomes 
Rodrigo Rendeiro Barbosa 
Rony Peterson Santos Almeida 
Sofia Lins Leal Xavier de Camargo 
Talissa Lobato dos Passos 
Talita Costa Viana 
Vanessa Carolinna Ribeirinho Vidal 
Fotografias: 
Bruno Garcia Alvares 
Fernando da Silva Carvalho Filho 
Pedro Luiz Vieira Del Peloso 
 
Ilustrações: 
Fernando da Silva Carvalho Filho 
 
 
 
 
iv I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Apresentação 
 
O Simpósio de Artrópodes na Amazônia (SAAM) é um evento científico que nasce da importância 
da pesquisa acerca dos artrópodes amazônicos, conectando pesquisadores, alunos de graduação, pós-
graduação e profissionais da área para discutirem acerca das pesquisas que estão sendo realizadas. 
Com o foco para a discussão sobre os artrópodes amazônicos, em especial, voltado à zoologia, 
ecologia e importância médica desses animais. Buscamos realizar o primeiro evento permanente em 
escala regional, capaz de difundir e apresentar as pesquisas em andamento no estudo dos Artrópodes, 
estimular novas e propiciar parcerias. 
O grupo de Estudos de Artrópodes da Amazônia (GEAA) com o apoio do Museu Paraense Emílio 
Goeldi (MPEG) e da ASCON/MPEG, realizaram o primeiro SAAM. O simpósio ocorreu no período 
de 16 a 20 de setembro de 2019, no Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, 
localizado na Avenida Perimetral, nº 1901, bairro Terra Firme, Belém, Pará. 
O evento contou com palestras, minicursos, apresentação de trabalhos e premiações. As palestras 
foram ministradas por pesquisadores especialistas do MPEG, Universidade Federal do Pará (UFPA), 
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) 
e Universidade da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL). Os minicursos oferecidos 
abordaram ferramentas acerca de estudos de artrópodes, desde a demonstração de técnicas de coleta 
até a confecção de mapas para visualizar a distribuição dos táxons. Foram realizadas apresentações 
de pesquisas científicas já concluídas, em forma de painéis, e com eles a troca de conhecimento 
durante as discussões acerca de taxonomia, sistemática, ecologia, saúde, divulgação científica e 
educação ambiental. Por fim, premiamos as melhores fotografias, ilustrações científicas e os melhores 
trabalhos apresentados no evento. 
Dessa forma, apresentamos um pouco do que foi o I SAAM, esperamos que tenham gostado e 
aguardamos todos nas próximas edições. 
Assinado, 
Equipe SAAM 
 
 
v I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Cronograma 
 HORÁRIO ATIVIDADES 16/09 (segunda-feira) 
A
B
ER
TU
R
A
 08:30 – 11:00 CREDENCIAMENTO 
11:00 – 12:00 
Biodiversidade na Amazônia 
Dr. Inocêncio Gorayeb (MPEG) 
12:00 – 14:00 ALMOÇO 
C
R
U
S
TA
C
EA
 
14:00 – 15:15 
 
Diversidade e evolução de Crustacea: seria um grupo monofilético? 
Dr. Cléverson dos Santos (MPEG) 
15:15 – 16:00 
Valor socioeconômico dos Crustáceos na Amazônia: da pesca a aquicultura 
Drª. Cristiana Maciel (UFPA – Bragança) 
16:00 – 16:15 INTERVALO 
16:15 – 17:00 
Crustáceos da costa amazônica: diversidade e padrões ecológicos em habitats 
bentônicos 
Drª. Daiane Aviz (MPEG) 
 17/09 (terça-feira) 
H
EX
A
P
O
D
A
 
09:00 – 10:30 
Por que Hexapoda é o melhor grupo do Universo? 
Dr. Fernando Carvalho Filho (MPEG) 
10:30 – 10:45 INTERVALO 
10:45 – 12:00 
Coleção entomológica do MPEG: Diversidade, histórico, avanços e perspectivas 
Dr. Orlando Tobias (MPEG) 
12:00 – 14:00 ALMOÇO 
14:00 – 15:00 
Por que alguns mosquitos são melhores vetores do que outros? 
MSc. Andressa Aragão (UFPA – Belém) 
M
YR
IA
P
O
D
A
 
15:00 – 16:00 
Miriapodologia no Brasil, com ênfase na fauna da Amazônia 
Dr. Amazonas Chagas Junior (UFMT – Cuiabá) 
16:00 – 16:15 INTERVALO 
16:15 – 17:00 
Conhecimento atual sobre os diplópodes da Amazônia brasileira 
MSc. Thaís Melo de Almeida (INPA) 
 18/09 (quarta-feira) 
A
R
A
C
H
N
ID
A
 
09:00 – 10:00 
Taxonomia de aranhas no século XXI 
Dr. Alexandre Bonaldo (MPEG) 
10:00 – 11:00 
Aranhas saltadoras: comportamento, evolução e diversidade 
Dr. Gustavo Ruiz (UFPA – Belém) 
11:00 – 11:15 INTERVALO 
11:15 – 12:00 
 
Ecologia e Diversidade de Aranhas 
Drª. Regiane Saturnino Ferreira (UEMASUL – Imperatriz/MA) 
12:00 – 14:00 ALMOÇO 
D
IV
U
LG
A
Ç
Ã
O
 
C
IE
N
TÍ
FI
C
A
 
 
14:00 – 16:00 Apresentação de Trabalhos (Painéis) 
16:00 – 16:15 
A Importância da Divulgação Científica sobre Artrópodes na Amazônia 
Integrantes do GEAA 
16:15 – 17:00 Palestra de Encerramento e Premiações 
 19-20/09 (quinta e sexta-feira) 
 
09:00 – 12:00 
14:00 – 18:00 
Minicursos 
 
 
 
vi I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Minicursos 
 
 
Fotografia de Natureza 
César A. C. Favacho e Talissa L. dos Passos 
 
Objetivo: Explorar os conceitos primordiais da fotografia; Apresentar as principais 
funções de equipamentos fotográficos; Apresentar as “regras” de composição, 
luminosidade e foco como guias para as melhores fotos; Preparar os alunos para 
obterem os melhores resultados com os equipamentos que estiverem disponíveis. 
 
 
Técnicas de coleta e conservação de Artrópodes 
para coleções científicas 
Bruna L.B. Façanha, Cláudia C. M. C. B. Xavier, Cláudio J. Silva Júnior, Heitor 
A. Castro, Marcos C. Drago Bisneto, Rodrigo R. Barbosa, Talita C. Viana 
 
Objetivos: Explanar a importância das coleções científicas; Demonstrar os métodos 
de coleta de artrópodes; Apresentar as diversas formas de conservação de artrópodes 
para coleções científicas; Capacitar os alunos para a confecção de caixas 
entomológicas com fins institucionais e didáticos como produto final do minicurso. 
 
 
Edição de imagens e ilustrações científicas 
Paulo R. P. Gomes, Níthomas M. N. Feitosa e Maria Thayane S. Mendonça 
 
Objetivo: Aprender os conceitos básicos de edição e correção de imagens e 
ilustrações; Aprender a elaborar pranchas para publicação em revistas científicas. 
 
 
vii I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Minicursos 
 
 
Ilustração Científica: Histórico, Aplicação e 
Técnicas 
Benedito M. Nunes e Gustavo C. Tavares 
 
Objetivo: Introduzir o aluno à história e as técnicas aplicadas aos mais variados tipos 
de ilustrações voltados para o campo das Ciências Biológicas; Possibilitar o 
conhecimento sobre as diferentes aplicações da ilustração científica e suas 
contribuições na produção de conhecimentos científicos; Abordar noções de desenho 
em preto e branco nas técnicas de grafite e nanquim e em cores em aquarela e lápis 
de cor; Abordar aspectos técnicos do desenho, materiais e a elaboração de ilustrações 
científicas; Iniciação à prática do desenho por meio da aplicação de recursos técnicos 
com ênfase na ilustração científica, utilizando matérias tradicionais como lápis 
grafite. 
 
 
Confecção de mapas de distribuição geográfica de 
táxons 
Caroline C. de Souza 
 
Objetivo: Mostrar por meio da prática, a acessibilidade ao software livre QGis e seus 
atributos para a elaboração de mapas básicos. 
 
 
viii I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Índice 
 
Taxonomia & Sistemática .............................................................................................................11 
UM NOVO GRUPO DE ESPÉCIES DO GÊNERO Edessa Fabricius, 1803 (HEMIPTERA, 
PENTATOMIDAE, EDESSINAE) DA AMAZÔNIA 
Breno Batista Campos, Benedito Mendes Nunes & José Antônio Marin Fernandes ...............12 
LISTA PRELIMINAR DE ESPÉCIES DE ODONATA (INSECTA) DE CAPITÃO POÇO 
Cristian Camilo Mendoza, Ana Lígia Martins & Lenize Batista Calvão .................................13 
SCARABAEINAE (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE) DO PIAUÍ, BRASIL: ESTADO DA 
ARTE 
Daniel Pereira Monteiro, Luan Victor Brandão dos Santos & Jefson Morais Ribeiro .............14 
ANÁLISE DA VARIAÇÃO MORFOLÓGICA DE Saramacia annulata Mello-Leitão 1931 
(OPILIONES, LANIATORES, MANAOSBIIDAE) DA ÁREA DE ENDEMISMO BELÉM 
Karem Adrielly Araújo Campello, Custódio Fernandes Evangelista Júnior & Janice Muriel-
Cunha ........................................................................................................................................15 
CONTRIBUIÇÃO AO INVENTÁRIO DOS PERACARIDA DA COSTA AMAZÔNICA 
BRASILEIRA 
Márcio Tobias Valente de Souza, Cleverson Rannieri Meira dos Santos & Daiane Aviz .......16 
UTILIZAÇÃO DA BIOACÚSTICA PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES DE GRILOS 
NEMOBIINAE SAUSSURE, 1877 (ORTHOPTERA: TRIGONIDIIDAE) NA BARRAGEM DO 
CHASQUEIRO, MUNICÍPIO DE ARROIO GRANDE, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL 
Riuler Corrêa Acosta1, Robson Crepes Corrêa, Gustavo Tavares, Vitor Timm & Edison Zefa17 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente .............................................................................18 
PRESENÇA DE Dolops sp. (CRUSTÁCEA, BRANCHIURA) EM SUBSTRATO DE 
AQUÁRIOS MARINHOS 
Ana Carla de Araújo Gomes, Lucas Gracia Martins & Vicente Savonitti Miranda.................19 
TEMPO DE DESENVOLVIMENTO DE IMATUROS DA ESPÉCIE Mischocyttarus cerberus 
Ducke, 1918 NA REGIÃO DE BELÉM, PARÁ (HYMENOPTERA, VESPIDAE) 
Danielle Amorim, Jeferson Pereira & Orlando Tobias ............................................................20 
DIVERSIDADE E COMPOSIÇÃO DA LEPIDOPTEROFAUNA EM UMA FLORESTA 
SECUNDÁRIA NA AMAZÔNIA ORIENTAL, BRAGANÇA-PA 
Felipe Arian de Andrade Araújo, Wesiley da Silva Monteiro & Wilsea Maria Batista de 
Figueiredo Ready ......................................................................................................................21 
EFEITO BOTTOM-UP NA COMUNIDADE DE ARTRÓPODES ARBORÍCOLAS 
ASSOCIADAS A ÁREAS DE REGENERAÇÃO NATURAL 
Gabrielle Pereira Duarte, Jessica Cardoso Ferreira, Paulo Geovani da Siva Gomes3, Arleu 
Barbosa Viana-Junior & Marlúcia Bonifácio Martins..............................................................22 
 
 
ix I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
COMUNIDADE DE FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) DO SOLO E DA 
VEGETAÇÃO EM ÁREAS DE CANGA NA AMAZÔNIA ORIENTAL BRASILEIRA 
Gracilene da Costa de Melo, Emília Zoppas de Albuquerque, Rony Peterson Santos Almeida & 
Rogério Rosa da Silva ..............................................................................................................23 
CRUSTÁCEOS ESTUARINOS DA BAÍA DO CAETÉ, AMAZÔNIA ORIENTAL 
Jacqueline Adélia Souza Fernandes, Weverton John Pinheiro dos Santos, Wagner César Rosa 
dos Santos, Mara Rúbia Ferreira Barros, Rafael Anaisce das Chagas & Marko Herrmann ....24 
CARCINOFAUNA ASSOCIADA AO CULTIVO DE OSTRAS NO LITORAL AMAZÔNICO 
Jeany Costa da Silva, Lucas Rodrigues de Castro, Weverton John Pinheiro dos Santos, Mara 
Rúbia Ferreira Barros, Marko Herrmann & Rafael Anaisce das Chagas .................................25 
DIVERSIDADE DE ABELHAS EM ÁREA DE PÓS-MINERAÇÃO LOCALIZADA NO 
MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-PA 
Karoline Kauane dos Santos Barbosa, Beatriz Woiski Teixeira Coelho & William de Oliveira 
Sabino .......................................................................................................................................26 
LEVANTAMENTO DE ARTRÓPODES EM ÁREA EXPERIMENTAL DE PLANTAS 
MEDICINAIS E AROMÁTICAS 
Lizandra Maria Maciel Siqueira, Rafhael Gomes de Souza, Lucas Faro Bastos, Fernanda Valente 
Penner & Telma Fátima Vieira Batista .....................................................................................27 
DIVERSIDADE DE ARANHAS DIURNAS EM DUAS ÁREAS DE FLORESTA NO 
MARANHÃO 
Luana Silva Carvalho, Jair Willyans Sousa Guajajara Oliveira, Yasmin Rita Alves Aguiar de 
Paula3, Carla Raissa Cardoso Figueredo, Cláudio de Jesus Silva Júnior & Regiane Saturnino28 
OCUPAÇÃO ESTEREOTIPADA DE CONCHAS DE GASTRÓPODES MARINHOS POR 
PAGUROS Dardanus spp. (ANOMURA: DIOGENIDAE) NA PLATAFORMA NORTE DO 
BRASIL 
Lucas Garcia Martins, Paulo Haniel de Sousa da Natividade, Ana Carla de Araújo Gomes, Rafael 
Anaisce das Chagas, Priscila Sousa Vilela da Nóbrega & Wagner César Rosa dos Santos ....29 
ESTUDO DA FAUNA DE ESCARABEÍNEOS (INSECTA: COLEOPTERA: 
SCARABAEINAE) DO PARQUE ESTADUAL DO UTINGA, MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ 
Lucas Silva de Abreu & Fernando Augusto Barbosa Silva ......................................................30 
DIVERSIDADE DE ABELHAS E VESPAS SOLITÁRIAS EM NINHOS-ARMADINHA EM 
UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO NA AMAZÔNIA 
Luciano Batista Coutinho, Beatriz Woiski Teixeira Coelho & William de Oliveira Sabino ...31 
FORMIGAS ARBORÍCOLAS EM ÁREA DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA, NO 
SUDOESTE DO PARÁ 
Nathalia Silva Felix, Kelly Liane Silva Sampaio, Emely Laiara Silva de Siqueira, Débora 
Rodrigues de Souza Campana & Rogério Rosa Silva ..............................................................32 
TOPOLOGIA DA REDE DE INTERAÇÃO ARTROPODES-PLANTA EM ÁREAS DE 
REGENERAÇÃO POS-MINERAÇÃO 
Paulo Geovani da Siva Gomes, Jessica Cardoso Ferreira , Arleu Barbosa Viana-Junior & 
Marlucia Bonifácio Martins ......................................................................................................33 
 
 
x I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembrode 2019 
PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE Oxyopes salticus Hentz, 1845 EM PASTAGEM 
NO NORDESTE PARAENSE 
Tainá Diulyen dos Santos Matos, Jeynne Pimentel Borges, Layse Oliveira da Silva, Luciane de 
Oliveira da Silva, Lourival Dias Campos & Ivan Carlos Fernandes Martins ...........................34 
FAUNA DE ARANHAS URBANAS DO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ, MARANHÃO, 
BRASIL 
Yasmin Rita Alves Aguiar de Paula, Cláudio de Jesus Silva Júnior, Luana Silva Carvalho, Felipe 
Saraiva Nascimento, Jair Willyans Guajajara Oliveira & Regiane Saturnino ..........................35 
Artrópodes de Interesse Médico ...................................................................................................36 
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS ACIDENTES POR ARANHAS E ESCORPIÕES NO 
MUNICÍPIO DE BELÉM, ESTADO DO PARÁ, NO PERÍODO DE 2013 A 2017 
Neuder Wesley França da Silva ................................................................................................37 
ANÁLISE DE VIAS METABÓLICAS NO ESTUDO DE RESISTÊNCIA EM 
ECTOPARASITAS HEMATÓFAGOS À INSETICIDAS .........................................................38 
Thiago Maués Amaral, Tassia Alana Alves Ferreira, Daniellen Carneiro, Sérgio Augusto 
Antunes Ramos, Fabio da Silva Barbieri & Luciana Gatto Brito .............................................38 
Divulgação Científica & Educação Ambiental ............................................................................39 
INSETÁRIO FÍSICO OU VIRTUAL? 
Kellyanne Lopes Bonta, Eder Benedito da Silva da Costa, Erlesson Ferreira dos Santos, Gabriel 
Ribeiro Gomes, Jorge Adilson Pantoja Almeida Filho & Osvaldo Cavalcante Pinheiro Neto 40 
PROPOSTA DIDÁTICA NO ENSINO DE ZOOLOGIA: CARA A CARA COM ARTRÓPODES 
Nisya Robelly Cardoso Pantoja, Kewin Moreira Lima, Débora dos Remédio Encarnação de 
Souza & Amanda Ramos Pereira .............................................................................................41 
COLEÇÃO DIDÁTICA ZOOLÓGICA COMO FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO 
CIENTÍFICA PARA O APRENDIZADO DE ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL 
Raimundo Francisco Oliveira Nascimento, Paulo Rodrigo Cruz dos Santos, Vanessa Luz Aragão, 
Mayara Fernanda Cabral da Rocha & José Orlando de Almeida Silva ....................................42 
QUEM SÃO OS INSECTA DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO MARAJÓ-BREVES/UFPA? 
Ronald Almeida dos Santos, Ana Caroline Cassiano de Brito, Izan de Sousa Ferreira, Jedilkson 
João Magno de Jesus, Renan Camara Pacheco & Sergio Vinicius Machado dos Santos ........43 
Premiações ......................................................................................................................................44 
 
 
 
11 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taxonomia & Sistemática 
 
 
12 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Taxonomia & Sistemática 
 
 
UM NOVO GRUPO DE ESPÉCIES DO GÊNERO Edessa Fabricius, 1803 
(HEMIPTERA, PENTATOMIDAE, EDESSINAE) DA AMAZÔNIA 
 
Breno Batista Campos1, Benedito Mendes Nunes2 & José Antônio Marin Fernandes3 
 
1Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante de Graduação de Ciências 
Biológicas. E-mail: brenobatistacampos@gmail.com 
2Universidade Federal do Pará (UFPA), Departamento de Biociências, Estudante do Programa de Pós-Graduação em 
Zoologia. E-mail: beneditomn@gmail.com 
3Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Professor do Programa de Pós-Graduação em 
Zoologia. E-mail: joseamf@ufpa.br 
 
Resumo 
 
Edessa é um gênero restrito à região Neotropical que apresenta cerca de 300 espécies descritas, em 
grande parte espécies crípticas, e grande diversidade morfológica, a maior dentre os gêneros da 
subfamília. Esse gênero apresenta vários problemas taxonômicos e de nomenclatura causados pela 
falta de uma diagnose confiável, que levou autores a colocarem equivocadamente muitas espécies em 
Edessa. Apesar disso, ainda há muitas espécies a serem descritas, aproximadamente 300, e ainda é 
possível encontrar grupos de espécies com características únicas e novas para o grupo. Assim, estudos 
taxonômicos sobre Edessa são essenciais para a resolução dos problemas que esse táxon apresenta e 
para a compreensão da sua grande diversidade. É válido destacar que, recentemente, outros grupos 
de espécies com conjuntos de características únicas foram elevados à gênero, por exemplo 
Paraedessa Silva & Fernandes, 2013, Grammedessa Correia & Fernandes, 2016 e Plagaedessa 
Almeida & Fernandes, 2018. Esse estudo se encaixa em um projeto maior que objetiva solucionar os 
problemas taxonômicos de Edessa por meio da revisão e da descrição de grupos menores dentro do 
gênero. Um desses grupos é apresentado aqui e inclui espécies caracterizadas por terem antenas 
marrom claro a escuro, ângulos umerais dentiformes e projetados com ápice coberto por mancha preta 
e cório marrom escuro com veias amarelas. Esse grupo é composto por três espécies novas: E. sp. 
n.244, E. sp. n.249 e E. sp. n.245. As descrições foram feitas com base em 37 espécimes provenientes 
de 6 coleções. Machos e fêmeas foram descritos e uma diagnose diferencial apresentada. Um mapa 
de distribuição das espécies é apresentado. Esse grupo é formado por espécies encontradas na 
Amazônia brasileira e internacional. Esse trabalho apresenta informações taxonômicas e geográficas 
que contribuem com o conhecimento da biodiversidade amazônica. 
 
Palavras-chave: espécies novas, biodiversidade. 
 
 
13 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Taxonomia & Sistemática 
 
 
LISTA PRELIMINAR DE ESPÉCIES DE ODONATA (INSECTA) DE 
CAPITÃO POÇO 
 
Cristian Camilo Mendoza1, Ana Lígia Martins2 & Lenize Batista Calvão3 
 
1Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante de Pós-Graduação em Zoologia. 
E-mail: cris_kmlo@hotmail.com 
2Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante de Graduação em Ciências 
Biológicas. E-mail: analigiacb@outlook.com 
3Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante de Pós-Graduação em Ciências 
Biológicas. E-mail: lenizecalvao@gmail.com 
 
Resumo 
 
A ordem Odonata no Brasil contém por 15 famílias, 137 gêneros e 750 espécies. Embora a elevada 
riqueza de espécies que se apresentam no país, o conhecimento sobre a distribuição e ocorrência das 
espécies está fortemente correlacionado com às regiões onde se têm um maior número de 
pesquisadores, principalmente nas regiões sudeste e norte. Por isso, listas de espécies de locais que 
não são de fácil acesso ou afastados das grandes capitais, possuem um grande valor uma vez que 
fornecem informações básicas sobre a ocorrência das espécies. Esses registros permitem uma melhor 
compreensão sobre os padrões de distribuição das espécies podendo ser usados nos planos de 
conservação. Com base nisto, o objetivo do presente estudo foi realizar uma lista preliminar das 
espécies de Odonata que ocorrem no município de Capitão Poço, localizado no nordeste do estado de 
Pará, Brasil. Este município apresenta uma paisagem fragmentada que vão desde remanescentes de 
floresta explorada, passando por sistemas agrossilvopastoris até florestas secundárias de capoeira, 
devido às atividades relacionadas com a agricultura e pecuária. A pesquisa foi desenvolvida durante 
a estação seca em sete riachos de primeira ordem, seguindo a metodologia de coleta ativa com puçá. 
Identificou-se a presença das duas subordens (Zygoptera e Anisoptera), seis famílias, 19 gêneros e 
28 espécies. Registramos a presença de espécies que tem requerimentos ecofisiológicos muito 
heterogêneos, as quais podem ser usadas para indicar uma relação direta com o estado de preservação 
dos habitats já observados em estudos prévios na Amazônia: Acanthagrionadustum Williamson, 
1916 e Argia oculata Hagen, 1865 (habitats degradados), Chalcopteryx rutilans (Rambur, 1842), 
Mnesarete williamsoni Garrison, 2006 e Psaironeura tenuissima (Selys, 1886) (habitats 
intermediários). Considerando o número de riachos amostrados, evidenciou-se uma riqueza elevada 
de espécies no municipio de Capitão Poço, no entanto, acreditamos que a diversidade de odonata 
pode ser maior. Para isso, é preciso realizar futuros estudos que permitam aumentar o conhecimento 
dessa fauna, principalmente devido às mudanças ambientais correntes na região, que podem levar o 
desaparecimento de muitas espécies locais antes mesmo de serem detectadas. 
 
Palavras-chave: Anisoptera, Zygoptera, distribuição de espécies, riachos amazônicos. 
 
 
14 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Taxonomia & Sistemática 
 
 
SCARABAEINAE (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE) DO PIAUÍ, BRASIL: 
ESTADO DA ARTE 
 
Daniel Pereira Monteiro1, Luan Victor Brandão dos Santos2 & Jefson Morais Ribeiro3 
 
1Universidade Federal do Piauí (UFPI), Departamento de Biologia, Estudante de Bacharelado em Ciências Biológicas. 
E-mail: danielpm.pereira@hotmail.com 
2Universidade Federal do Piauí (UFPI), Núcleo de Referência em Ciências Ambientais do Trópico Ecotonal do 
Nordeste, Estudante do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente. 
E-mail: luanbrandao2@outlook.com 
3 Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Mestre em Ciências Biológicas (Entomologia). 
E-mail: jefmorib@gmail.com 
 
Resumo 
 
Os Scarabaeinae, conhecidos popularmente no Brasil como "rola-bostas", apresentam grande 
diversidade de espécies na faixa tropical, sendo de grande importância para os ecossistemas na 
ciclagem de nutrientes. No Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil (CTFB) são registradas 726 
espécies válidas para o país, destas apenas Deltochilum ritamourae é citada para o Piauí tal como 
relatado na última revisão que envolveu o estado. Devido à grande carência de dados 
escarabeidológicos do estado, este estudo tem como objetivo listar os taxa de Scarabaeinae ocorrentes 
no Piauí, através de revisão bibliográfica. Realizamos a pesquisa no período de publicação de 2000 a 
2019, em quatro bases de dados (Portal de Periódicos CAPES; SciELO; Google Acadêmico), 
utilizando os termos: “Scarabaeinae”, “Piauí”, “revison” e “Scarabaeidae”, em diferentes 
combinações. Selecionamos 12 trabalhos a partir dos quais elaboramos uma lista dos taxa registrados. 
Listamos 21 espécies de Scarabaeinae distribuídas em 11 gêneros – Canthidium manni, Canthon 
cinctellus, Canthon enkerlini, Canthon lituratus, Canthon ziggy, Coprophanaeus cyanescens, 
Coprophanaeus pertyi, Coprophanaeus vazdemeloi, Deltochilum pseudoicarus, Deltochilum 
ritamourae, Diabroctis mimas, Dichotomius bos, Dichotomius geminatus, Dichotomius nisus, 
Digitonthophagus gazella, Eurysternus nigrovirens, Genieridium cryptops, Genieridium 
margareteae, Leotrichillum louzadaorum, Ontherus appendiculatus e Trichillum externepuctatum. 
Seis gêneros não estão identificados em nível de espécie – Anomiopus, Ateuchus, Dendropaemon, 
Eurysternus, Onthophagus, Pseudocanthon e Uroxys – totalizando 18 gêneros registrados para o 
estado. Constatamos que nos últimos 19 anos, trabalhos de revisão de gênero e levantamentos 
entomológicos, aumentaram o número de registros de espécies de 1 para 21, e de gêneros de 1 para 
18 no estado do Piauí. Embora o número de registros tenha aumentado, o estado ainda carece de 
informações sobre sua escarabeidofauna, novos levantamentos entomofaunísticos podem trazer 
novos dados sobre áreas não exploradas do estado. 
 
Palavras-chave: revisão, espécies, rola-bostas. 
 
15 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Taxonomia & Sistemática 
 
 
ANÁLISE DA VARIAÇÃO MORFOLÓGICA DE Saramacia annulata Mello-
Leitão 1931 (OPILIONES, LANIATORES, MANAOSBIIDAE) DA ÁREA DE 
ENDEMISMO BELÉM 
 
Karem Adrielly Araújo Campello1, Custódio Fernandes Evangelista Júnior2 & Janice Muriel-
Cunha3 
 
1Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Estudos Costeiros (IECOS), Graduada em Ciências Naturais. 
E-mail: karemcampello@gmail.com 
2Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Estudos Costeiros (IECOS), Mestre em Biologia Ambiental. 
E-mail: custodiofernandesjunior@gmail.com 
3Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Estudos Costeiros (IECOS), Doutora em Zoologia. 
E-mail: j.muriel.cunha@gmail.com 
 
Resumo 
 
A Amazônia apresenta uma grande diversidade de espécies distribuídas de maneira heterogênea nos 
ambientes terrestres e aquáticos; estudos com diversos grupos taxonômicos caracterizam oito áreas 
de endemismo, separadas por rios – estas áreas concentram algumas espécies com distribuições 
exclusivas. Os opiliões possuem elevadas taxas de endemismo e por isso são considerados bons 
modelos biogeográficos, entretanto, o grupo é pouco estudado na Amazônia se comparado ao 
conhecimento já existente para a Mata Atlântica. O presente trabalho foi realizado na área de 
endemismo Belém (AEBelém), com objetivo de registrar o polimorfismo da espécie Saramacia 
annulata, avaliar se há populações distintas morfologicamente e possíveis novas espécies. Foram 
examinados 90 exemplares amostrados em 10 localidades, dentre elas, Belém (PA); Bragança (PA); 
Buriticupu (MA); Governador Nunes Freire (MA); Nova Timboteua (PA); Olinda Nova do Maranhão 
(MA); Paragominas (PA); Rondon do Pará (PA), Tailândia (PA) e Viseu (PA), onde os 44 machos 
examinados foram utilizados para a análise de agrupamento e as 46 fêmeas para registro de 
polimorfismo. Utilizando uma matriz com 14 caracteres morfológicos e 44 indivíduos, os dados 
foram submetidos à análise de parcimônia, com busca heurística resultando em uma árvore por 
consenso estrito. A árvore demonstra não haver populações morfológicas bem distintas para os 
espécimes examinados, mas confirmam o polimorfismo da espécie. Não houve novas espécies, 
entretanto, o trabalho registra pela primeira vez o polimorfismo em fêmeas de opiliões, acrescentando 
também novos dados que completam a diagnose da espécie Saramacia annulata para a área de 
endemismo Belém e chave de identificação para o gênero, que também teve sua distribuição 
atualizada. Como um grupo polimórfico, a definição de populações ou espécies pode ser melhor 
compreendida por meio de dados moleculares e ecológicos, ora inexistentes para o gênero. Algumas 
das características avaliadas neste trabalho e confirmadas como variáveis, foram e ainda são 
amplamente utilizadas nas descrições, portanto, apoia-se o uso destes caracteres desde que utilizados 
com critério, levando em consideração a provável variação. A espécie Saramacia annulata pode 
auxiliar trabalhos de biogeografia para a AEBelém, pois a espécie é uma das poucas da ordem que 
está distribuída em toda a área. 
 
Palavras-chave: Amazônia, opiliões, polimorfismo. 
 
16 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Taxonomia & Sistemática 
 
 
CONTRIBUIÇÃO AO INVENTÁRIO DOS PERACARIDA DA COSTA 
AMAZÔNICA BRASILEIRA 
 
Márcio Tobias Valente de Souza1, Cleverson Rannieri Meira dos Santos2 & Daiane Aviz3 
 
1Faculdade Estácio de Castanhal, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: tobiasvalente7@gmail.com 
2Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenação de Zoologia, Laboratório de Invertebrados Aquáticos, 
Pesquisador. E-mail: crsantos@museu-goeldi.br 
3Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenação de Zoologia, Laboratório de Invertebrados Aquáticos. 
E-mail: daiane.aviz@gmail.com 
 
Resumo 
 
A superordem Peracarida é um dos grupos de maior diversidade dentre os Crustacea, ocupando 
principalmente os habitats bentônicos de ecossistemas marinhos, embora representantes do grupo 
sejam encontrados em ambientes dulcícolas e terrestres. Peracáridos desempenham importantepapel 
ecológico na ciclagem da matéria orgânica e nas teias tróficas marinhas, servindo de alimento para 
outros invertebrados e para vertebrados, como peixes. Apesar de abundantes, o grupo é um dos menos 
conhecidos dentre os crustáceos na costa amazônica. Este trabalho propõe um levantamento da 
diversidade taxonômica de peracáridos não parasitos para ambientes da costa amazônica brasileira, 
através do levantamento de dados secundários disponíveis na literatura científica e análise do acervo 
da Coleção Carcinológica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Foram levantadas informações 
sobre taxonomia, dados sobre ocorrência geográfica (localidades, coordenadas geográficas, 
distribuição etc.) e informações ecológicas sobre habitat (profundidade, tipo de fundo, etc.). Os dados 
de taxonomia foram revisados e atualizados, conforme WoRMS Editorial Board 
(http://www.marinespecies.org). O levantamento resultou no registro de 6 ordens (Amphipoda, 
Isopoda, Cumacea, Mysida, Lophogastrida e Tanaidacea), 34 famílias, 45 gêneros e 46 espécies de 
Peracarida para costa norte do Brasil. Isopoda foi a ordem com maior diversidade (13 famílias, 23 
gêneros e 31 espécies), seguida por Amphipoda (9 famílias, 12 gêneros e 8 espécies), Tanaidacea (5 
famílias, 5 gêneros e 5 espécies), Mysida (uma família, 4 gêneros e 6 espécies), Cumacea (5 famílias 
e um gênero) e Lophogastrida (uma família). Em relação a distribuição batimétrica, a maioria das 
espécies ocorreram em águas rasas da plataforma interna (entremarés até cerca de 40 m) e média (>40 
até 100 m). As espécies do entremarés foram registradas principalmente em praias, manguezais, 
marismas e recifes biológicos (Sabellariidae). A partir da análise do acervo do MPEG, obteve-se 
primeiros registros para costa norte brasileira para: ordem Lophogastrida; isópodes Anthuridae; 
tanaidáceos das famílias Pagurapseudidae e Paratanaidae; cumáceos das famílias Pseudocumatidae, 
Gynodiastylidae e Ceratocumatidae; e o lophogastrídeo da família Lophogastridae. O trabalho é o 
primeiro inventário para a subordem na região amazônica e os dados obtidos contribuem 
expressivamente para o conhecimento da distribuição e diversidade do grupo. 
 
Palavras-chave: Crustacea, diversidade, ambientes costeiros, costa norte brasileira. 
 
 
17 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Taxonomia & Sistemática 
 
 
UTILIZAÇÃO DA BIOACÚSTICA PARA IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES 
DE GRILOS NEMOBIINAE SAUSSURE, 1877 (ORTHOPTERA: 
TRIGONIDIIDAE) NA BARRAGEM DO CHASQUEIRO, MUNICÍPIO DE 
ARROIO GRANDE, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL 
 
Riuler Corrêa Acosta1, Robson Crepes Corrêa2, Gustavo Tavares3, Vitor Timm4 & Edison 
Zefa5 
 
1Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Departamento de Zoologia, Estudante do Programa de Pós-
Graduação em Biologia Animal. E-mail: riuler94@hotmail.com 
2Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Departamento de Zoologia, Estudante do Programa de Pós-
Graduação em Biologia Animal. E-mail: robsonccorrea@gmail.com 
3Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Departamento de Zoologia, Estudante do Programa de Pós-
Graduação em Biologia Animal. E-mail: vitor.timm@hotmail.com 
4Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante do Programa de Pós-Graduação em 
Zoologia. E-mail:gustavoctavares@gmail.com 
5Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Instituto de Biologia, Docente do PPG Biologia Animal. 
E-mail: edzefa@gmail.com 
 
Resumo 
 
Nemobiinae Saussure, 1877 apresenta 340 espécies válidas e ampla distribuição mundial. Além de 
inúmeras espécies, seus habitats limitam-se a ambientes úmidos, principalmente banhados. A 
identificação das espécies de grilos é baseada na diagnose da morfologia externa e dos escleritos 
fálicos dos machos, porém, há casos em que as espécies são indistinguíveis morfologicamente. Dessa 
forma, o objetivo do trabalho foi a identificação, por meio da caracterização do som de chamado, de 
algumas espécies de Nemobiinae coletados na Barragem do Chasqueiro. Os sons foram registrados 
em laboratório com gravador Sony PCM-D50 e microfone acoplado dentro da arena, em temperatura 
ambiente de 21ºC. Os sinais acústicos e os espectrogramas foram analisados no software Avisoft para 
a obtenção da frequência dominante em Hz (FD) (maior intensidade do componente físico) e taxa de 
pulso (TP) (número de pulsos emitidos por segundo). Os gráficos e a análise estatística foram gerados 
no software RStudio. Os quatro indivíduos encontrados foram coletados na serapilheira de um 
fragmento de mata na região da Barragem do Chasqueiro, município de Arroio Grande, Rio Grande 
do Sul, Brasil (32º12’20”S 53º01’23”W). A diagnose dos escleritos fálicos dos machos coletados 
forneceu dados para identificação a nível de gênero, indicando Eunemobius Hebard, 1913, entretanto, 
as genitálias se dispõem de forma igual, morfologicamente. Assim, os sons possibilitaram distinguir 
quatro possíveis espécies simpátricas, sendo Eunemobius sp.1 com FD de 4551±116.9 (4481 – 4684) 
e TP de 48±2 (46 – 50); Eunemobius sp.2 com FD de 5569±49.7 (5512 – 5598) e TP de 73±0 (73 – 
73); Eunemobius sp.3 com FD de 4880±49.7 (4823 – 4909) e TP de 50±1 (49 – 51); e Eunemobius 
sp.4 com FD de 4363±99.3 (4306 – 4478). Devido a anormalidade dos dados, foi realizado um teste 
de Kruskal-Wallis, tendo como resultado o valor de p<0.05 para FD e TP, isto é, as frequências 
dominantes e as taxas de pulso se mostram diferentes para os quatro espécimes analisados. Embora 
os caracteres morfológicos e fálicos não forneçam informações suficientes para separar os quatro 
espécimes coletados de Eunemobius a nível específico, a bioacústica se mostrou como uma 
ferramenta importante para a determinação específica dos exemplares analisados neste trabalho. 
 
Palavras-chave: Eunemobius, som de chamado, frequência dominante, taxa de pulso. 
 
 
18 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ecologia, Comportamento & 
Meio Ambiente 
 
 
19 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
PRESENÇA DE Dolops sp. (CRUSTÁCEA, BRANCHIURA) EM SUBSTRATO 
DE AQUÁRIOS MARINHOS 
 
Ana Carla de Araújo Gomes1, Lucas Gracia Martins2 & Vicente Savonitti Miranda3 
 
1Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Sócioambiental e dos Recursos Hídricos, Graduanda em 
Engenharia de Pesca. E-mail: anaaraujo.engenharia@gmail.com 
2Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Sócioambiental e dos Recursos Hídricos, Graduando em 
Engenharia de Pesca. E-mail: lucas@pesca.pet 
3Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto de Ciências Agrárias, Doutor em Biotecnologia. 
E-mail: vicente.miranda@ufra.edu.br 
 
Resumo 
 
Argulídeos são crustáceos da subfamília Branchiura que podem ser encontrados na superfície 
corporal, como nadadeiras e branqueas de peixes em ambiente natural ou de cultivo. A desova desses 
arlulídeos é distinta em relação aos demais crutáceos pois, a fêmea abandona o hospedeiro afim de 
depositar os ovos em substrato sólido característico, como raízes, troncos e pedras. O trabalho tem 
como objetivo analisar a presença de Dolops sp. no substrato de aquários marinhos composto de 
aragonita, material esse que diverge das características usuais do ambiente em que os argulídeos 
costumam desovar. A coleta foi realizada por meio de sifonagem de fundo e pipetagem das amostras 
recolhidas, consoante a este fato a análise foi efetuada através da lupa para reconhecimento da fauna 
zooplanctônica. As amostras foram coletadas em aquários marinhos do laboratório do projeto de 
Conservação de Coleções de Ciências Naturais, localizado na Universidade Federal Rural da 
Amazônia (UFRA). Atestou-se sucesso reprodutivo desses crutáceos,haja vista que a presença de 
indivíduos juvenis coletados apontam a adaptação dos organismos ao ambiente e, seu 
desenvolvimento indica que sua manutenção no substrato de aragonita se dá por conta da deposição 
de matéria orgânica residual da alimentação dos peixes e formação do biofilme, logo admite-se 
plasticidade comportamental dado que as espécies ornamentais que coexistem nos aquários 
geralmente não fazem parte do seu aporte de hospedeiros naturais. Entende-se também que possuem 
uma grande amplitude ecológica, visto que, a presença e reprodução desses parasitos em um ambiente 
controlado é incomum. 
 
Palavras-chave: reprodução, crustáceo, peixes ornamentais, hospedeiros. 
 
 
20 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
TEMPO DE DESENVOLVIMENTO DE IMATUROS DA ESPÉCIE 
Mischocyttarus cerberus Ducke, 1918 NA REGIÃO DE BELÉM, PARÁ 
(HYMENOPTERA, VESPIDAE) 
 
Danielle Amorim1, Jeferson Pereira2 & Orlando Tobias3 
 
1Universidade do Estado do Pará (UEPA), Estudante do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. 
E-mail: daniellecamorim@hotmail.com 
2Universidade Federal do Pará (UFPA), Estudante do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. 
E-mail: jefersonpereiraf@hotmail.com 
3Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenação de Zoologia, Entomologia, Pesquisador. 
E-mail: orlando@museu-goeldi.br 
 
Resumo 
 
As vespas possuem desenvolvimento holometábolo passando pelas fases de ovo, larva e pupa, cada 
um apresentando tempo de desenvolvimento específico de acordo com a espécie e localidade. A 
região de Belém apresenta clima equatorial chuvoso, que confere temperaturas elevadas à região; 
havendo pouca variação durante o ano. O trabalho objetiva verificar o tempo médio de 
desenvolvimento dos imaturos da espécie na região amazônica, o qual pode variar se comparado com 
outras regiões. O estudo foi realizado no campus de pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi, 
Belém, Pará, entre Setembro de 2018 e Maio de 2019. Para analisar o tempo de desenvolvimento dos 
imaturos, colônias foram inventariadas e monitoradas semanalmente, com o auxílio de mapas gráficos 
para verificar o conteúdo de cada célula do ninho e assim acompanhar os estágios de 
desenvolvimento. Ao fim do período de monitoramento, verificou-se o número de dias e foi calculado 
o número médio de cada estágio de cada colônia. Obteve-se 35 colônias registradas. O 
desenvolvimento dos imaturos apresentou, em média (dias): 9,1±1,3 dias sub-estágio ovo; 13,7±2,5 
dias sub-estágio larva; e 9,3±1,1 dias sub-estágio pupa. Trabalhos publicados também podem oferecer 
outros dados como comparativo do padrão de desenvolvimento dos imaturos entre regiões. A 
subespécie M. cerberus styx, apresentou 16,59±4,88 dias sub-estágio ovo; 22,64±6,78 dias sub-
estágio larva; e 16±2,65 dias sub-estágio pupa. Outras espécies como M. drewseni também 
apresentam dados comparativos. Em Belém, PA apresentou 11,1 dias sub-estágio ovo; 20,2±6,1 dias 
sub-estágio larva; e 14,8±0,8 dias sub-estágio pupa. Em Rio Claro, SP a mesma espécie apresentou 
15,1±2,9 dias sub-estágio ovo; 26,5±5,6 dias sub-estágio larva; e 18,9±3,1 dias sub-estágio pupa. 
Além destes, outra localidade foi comparada, em Curitiba, PR a espécie apresentou 11,3±1,1 dias 
sub-estágio ovo; 34,7±2,6 dias sub-estágio larva; e 19,9±2,6 dias sub-estágio pupa. Dessa forma é 
possível comprovar que o desenvolvimento dos imaturos é mais acelerado na região Norte. 
 
Palavras-chave: ciclo colonial, clima, metamorfose. 
 
mailto:daniellecamorim@hotmail.com
mailto:jefersonpereiraf@hotmail.com
mailto:orlando@museu-goeldi.br
 
21 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
DIVERSIDADE E COMPOSIÇÃO DA LEPIDOPTEROFAUNA EM UMA 
FLORESTA SECUNDÁRIA NA AMAZÔNIA ORIENTAL, BRAGANÇA-PA 
 
Felipe Arian de Andrade Araújo1, Wesiley da Silva Monteiro2 & Wilsea Maria Batista de 
Figueiredo Ready3 
 
¹Museu Paraense Emílio Goeldi/Universidade Federal do Pará (MPEG/UFPA), Estudante do Programa de Pós-
graduação em Zoologia. E-mail: araujo.felipearian@gmail.com 
²Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Estudos Costeiros, Campus Universitário de Bragança. 
E-mail: wesiley.monteiro7@gmail.com 
³Universidade Federal do Pará (UFPA), Professora do Instituto de Ciências Biológicas, Campus Universitário do 
Guamá. E-mail: wilseaf@gmail.com 
 
Resumo 
 
Borboletas são organismos muito utilizados como modelo em estudos de qualidade ambiental, uma 
vez que sua diversidade responde a quaisquer mudanças na composição vegetal. Este trabalho 
inventariou a lepidopterofauna em um fragmento de floresta secundária da porção oriental da 
Amazônia, na zona rural do município de Bragança-PA, região caracterizada por conter ambiente 
altamente modificado devido à ação antrópica ao longo de sua história. Utilizamos armadilhas 
contendo iscas de frutas fermentadas para coleta passiva e redes entomológicas tipo Van Someren-
Rydon (VSR) para coleta ativa. Os indivíduos capturados foram sacrificados por meio da compressão 
do abdome; posteriormente, em laboratório, montados, identificados e depositados em coleção 
zoológica. Para avaliar a composição da lepidopterofauna da área, utilizamos o programa BioStat 
5.9.8.5, onde averiguamos os índices de abundância, diversidade de Simpson (D = Σ n (n – 1) / N (N 
– 1)) e o Índice Shannon (H’ = - Σ (ni / N) ln (ni / N)). Ao total, 582 indivíduos foram coletados, 
representando 57 espécies, distribuídos em seis famílias, sendo Nymphalidae a mais abundante 
(87,8%), outros taxa não apresentaram importante representatividade, sendo seus valores abaixo de 
5,3% para Riodinidae, Pieridae (3,4%), Lycaenidae (1,4%) e Papilionidae (1,2%), consistindo o 
menor valor para Hesperiidae (0,9%). A abundância de Nymphalidae é explicada devido à adaptação 
destes organismos em explorar recursos em ambientes fragmentados. Quanto aos indicadores de 
diversidade, segundo o índice de Simpson, a comunidade de borboletas da área inventariada possui 
pouca diversidade de espécies, apresentando índice de dominância alto (0,775) e de baixa diversidade 
(0,224). O índice de Shannon evidenciou pouca riqueza e uniformidade de espécies (0,544). 
Habitualmente florestas secundárias apresentam baixa diversidade e abundância de espécies, deste 
modo, a perda de espécies de plantas devida ações antropogênicas resulta diretamente no declínio da 
lepidopterofauna, dado que estes organismos desenvolveram interações ecológicas espécie-
específicas com espécies botânicas. Este padrão de diversidade reduzido pode ser esperado para 
outros grupos de invertebrados, assim sendo, somente espécies adaptadas a condições degradadas 
conseguem ter maior sobrevivência. Portanto, são necessários futuros estudos para investigar a 
diversidade local de borboletas considerando as variações climáticas anuais. 
 
Palavras-chave: inventário de lepidópteros, ecologia de comunidade, floresta de capoeira. 
 
 
22 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
EFEITO BOTTOM-UP NA COMUNIDADE DE ARTRÓPODES 
ARBORÍCOLAS ASSOCIADAS A ÁREAS DE REGENERAÇÃO NATURAL 
 
Gabrielle Pereira Duarte1, Jessica Cardoso Ferreira2, Paulo Geovani da Siva Gomes3, Arleu 
Barbosa Viana-Junior4 & Marlúcia Bonifácio Martins5 
 
1Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Biologia, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. 
E-mail: duarte.gabrielle100@gmail.com 
2 Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Biologia, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. 
E-mail: jesscardosof@gmail.com 
3 Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenação de Zoologia, Graduado em Ciências Biológicas. 
E-mail: geovanigomes18@gmail.com 
4Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenaçãode Zoologia, Doutor em Ecologia e Conservação. 
E-mail: arleubarbosa@gmail.com 
5Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Coordenação de Zoologia, Pós-doutorado em Ecologia e Evolução. 
E-mail: marlucia@museu-goeldi.br 
 
Resumo 
 
A dinâmica predador-presa regula a estrutura da comunidade de artrópodes e pode ser afetada por 
mudanças em seu habitat. Assim, os efeitos bottom-up influenciam a distribuição de insetos 
herbívoros arbóreos alterando a disponibilidade de recursos para a assembleia de artrópodes 
predadores. Dessa forma, este estudo examinou o efeito da estrutura do habitat (riqueza e abundância 
de árvores) sobre a abundância de insetos herbívoros e artrópodes predadores em áreas de regeneração 
natural pós mineração. Realizamos as coletas no município de Paragominas, Pará, nos meses de 
janeiro e março de 2019, dentro dos limites da mineradora de bauxita Hydro-Alunorte. Demarcamos 
14 pontos de coleta, sete para cada tratamento (áreas de florestas e regeneração natural desde 2014). 
Em cada ponto inserimos um transecto de 250 x 4 metros para amostragem de todas as plantas que 
continham a circunferência na altura do peito > 10 cm e 30% de área foliar até oito metros de altura. 
As ordens Coleoptera, Hemiptera, Lepidoptera, Orthoptera e Phasmatodea foram inseridas dentro da 
guilda herbívora. As ordens Mantodea, Neuroptera, Aranea, Pseudoscorpiones, Scorpiones e 
Opiliones na guilda predadora. Somente a riqueza de espécies de plantas diferiu significativamente 
entre os habitats de floresta e regeneração natural. Coletamos um total de 1751 insetos herbívoros e 
904 artrópodes predadores, sendo as ordens Coleóptera (1412 indivíduos), Hemíptera (226), Araneae 
(837) e Opiliones (63) as mais representativas. Verificamos que a abundância de plantas foi a única 
variável a influenciar o aumento da abundância de insetos herbívoros. No entanto, não foi possível 
observar evidência que a estrutura da vegetação ou a quantidade de insetos herbívoros afetem a 
abundância de organismos predadores. Assim, podemos concluir que o efeito bottom-up dentro desse 
sistema é parcial, uma vez que fatores associados aos produtores (plantas) afetam o nível trófico dos 
consumidores primários (herbívoros), e estes consequentemente não afetam o nível trófico superior 
(predadores). Porém, salientamos a necessidade de um maior refinamento taxonômico de cada guilda 
trófica associada a esse trabalho. Isso auxiliará em conclusões mais robusta sobre como a cascata 
trófica dentro dos sistemas de regeneração estão acontecendo para assim termos uma melhor 
avaliação dos processos ecológicos atuantes. 
 
Palavras-chave: cascata trófica, estruturação de habitat, floresta amazônica, guilda ecológica. 
 
 
23 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
COMUNIDADE DE FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) DO 
SOLO E DA VEGETAÇÃO EM ÁREAS DE CANGA NA AMAZÔNIA 
ORIENTAL BRASILEIRA 
 
Gracilene da Costa de Melo1, Emília Zoppas de Albuquerque2, Rony Peterson Santos 
Almeida3 & Rogério Rosa da Silva4 
 
1Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Laboratório de Morfologia e Ecologia Funcional de Formigas, Coordenação 
de Ciências da Terra e Ecologia, Estudante de Iniciação Científica. E-mail: lenne-131@hotmail.com 
2Arizona State University; Tempe, AZ, USA; Natural Museum of Natural History, Smithsonian Institution, 
Washington, DC, USA, Pós-Doutoranda. E-mail: emilia_albuq@hotmail.com 
3Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Laboratório de Morfologia e Ecologia Funcional de Formigas, Coordenação 
de Ciências da Terra e Ecologia, Doutorando Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZOOL-UFPA/MPEG). 
E-mail: ronypeterson@hotmail.com 
4Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Laboratório de Morfologia e Ecologia Funcional de Formigas, Coordenação 
de Ciências da Terra e Ecologia, Pesquisador. E-mail: rogeriorosas@gmail.com 
 
Resumo 
 
As Cangas, ecossistemas presentes no bioma amazônico, são importantes áreas com afloramento 
ferruginoso, vegetação campestre, ampla biodiversidade e espécies que apresentam diferentes 
estratégias de sobrevivência sob estresse hídrico. Apesar da sua importância para a biodiversidade, o 
conhecimento sobre a fauna, mais especificamente de formigas e sua estratificação nestes ambientes 
ainda é incipiente. Aqui, comparamos a riqueza e composição de formigas em dois estratos (solo e 
vegetação) em áreas de Canga. As seguintes hipóteses foram testadas (i) considerando a distribuição 
de recursos e microhabitats nesses ambientes, o solo terá maior riqueza de espécies; (ii) a composição 
de formigas será distinta entre solo e vegetação como resultado de diferenças de habitats. As coletas 
foram realizadas em 2016, em quatro áreas de Canga na Serra Leste dos Carajás, Pará, Brasil. Em 
cada área, as formigas foram coletadas em 80 iscas de sardinha no solo e na vegetação com distância 
de 1m, no período seco e chuvoso ao longo de um transecto (190m). Utilizamos áreas como unidade 
amostral, empregamoas um teste-t pareado para avaliar a riqueza e uma PERMANOVA seguida de 
uma ordenação (NMDS) para composição. Foram coletadas 26 espécies de formigas, pertencentes a 
10 gêneros e seis subfamílias. Treze espécies foram exclusivas do solo, nove da vegetação e quatro 
foram encontradas em ambos os estratos. Nossas hipóteses foram suportadas. A riqueza de formigas 
entre os estratos difere, com solo apresentando, em média, duas vezes mais espécies (11) que a 
vegetação (5). Além disso, a composição de formigas de solo e vegetação diferiram, com formação 
de dois grupos na ordenação. Essa distinção está relacionada a espécies exclusivas de cada estrato, 
além de adaptações a vida em estratos de ambientes secos. Nossos resultados contribuem para o 
conhecimento sobre a fauna e a estratificação da comunidade de formigas em áreas de Canga na 
Amazônia. Além disso, destacamos a importância do solo na contribuição das espécies e a 
manutenção da vegetação por apresentar uma fauna distinta e que, possivelmente, desempenha 
funções diferentes daquelas encontradas no solo 
 
Palavras-chave: afloramento ferruginoso, vegetação rupestre, estratificação, Serra Leste. 
 
 
24 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
CRUSTÁCEOS ESTUARINOS DA BAÍA DO CAETÉ, AMAZÔNIA 
ORIENTAL 
 
Jacqueline Adélia Souza Fernandes¹, Weverton John Pinheiro dos Santos², Wagner César 
Rosa dos Santos³, Mara Rúbia Ferreira Barros4, Rafael Anaisce das Chagas5 & Marko 
Herrmann6 
 
1Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Estudante de Graduação em Engenharia de Pesca. 
E-mail: jacque.souza025@gmail.com 
2Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós-
Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: weverton_john@hotmail.com 
3Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte – CEPNOR, Laboratório de Pesca e 
Biodiversidade Aquática – LPBAq. E-mail: wagpesca@yahoo.com.br 
4Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós-
Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: eng.p.marabarros@gmail.com 
5Universidade Federal do Pará (UFPa), Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia. 
E-mail: rafaelanaisce@hotmail.com 
6Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós-
Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: marko.herrmann@gmx.de 
 
Resumo 
 
Os estuários são ecossistemas com importância a nível mundial, sendo considerado berçário para 
inúmeras organismos. Nesses ambientes, a diversidade de crustáceos favorece a ciclagem de 
nutrientes, favorecendo as teias alimentares. Partindo do exposto, o presente estudoteve como 
objetivo verificar diferença sazonal na composição de crustáceos estuarinos da Baía do Caeté, 
Amazônia Oriental. Para isso realizou-se, durante marés de sizígia e utilizando um amostrador 
cilíndrico, coletas mensais entre abril de 2015 e maio de 2016. No total, encontrou-se 1.739 
indivíduos, pertencentes a nove famílias, representadas por 13 espécies. A família mais abundante e 
diversa foi a Ocypodidae. A diferença sazonal foi testada por meio de uma Análise Multivariada de 
Variância Permutacional – PERMANOVA, utilizando uma Análise de Coordenadas Principais – 
PCoA para evidenciar a disposição das comunidades, ambas no software R. A PCoA conseguiu 
reduzir 37,726% da variação total dos dados. Ao avaliar a ordenação dos dados, é evidente uma 
sobreposição na localização das amostras entre período chuvoso e o seco, demonstrando que a 
composição dos crustáceos não difere sazonalmente. Este resultado também foi confirmado pela 
PERMANOVA (Pseudo F=1,749; p=0.069). Ao analisar as espécies encontradas, verifica-se que a 
igualdade na composição entre os períodos analisadas deve-se, provavelmente, por ~70% (nove 
espécies) estarem presentes em ambos períodos. Este trabalho indica que não há diferença na 
composição de crustáceos estuarinos da Baía do Caeté. Adicionalmente, recomenda-se uma análise 
aprofundada sobre outras variáveis abióticas e bióticas na busca de outras evidências que corroborem 
os resultados deste. 
 
Palavras-chave: Amazônia, crustáceos, estuário. 
 
mailto:jacque.souza025@gmail.com
mailto:weverton_john@hotmail.com
mailto:wagpesca@yahoo.com.br
mailto:eng.p.marabarros@gmail.com
mailto:rafaelanaisce@hotmail.com
mailto:marko.herrmann@gmx.de
 
25 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
CARCINOFAUNA ASSOCIADA AO CULTIVO DE OSTRAS NO LITORAL 
AMAZÔNICO 
 
Jeany Costa da Silva1, Lucas Rodrigues de Castro2, Weverton John Pinheiro dos Santos3, 
Mara Rúbia Ferreira Barros4, Marko Herrmann5 & Rafael Anaisce das Chagas6 
 
1Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Graduação em 
Engenharia de Pesca. E-mail: jeanycosta114@gmail.com 
2Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Graduação em 
Engenharia de Pesca. E-mail: lucaas3120@gmail.com 
3Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós-
Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: weverton_john@hotmail.com 
4Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós-
Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: eng.p.marabarros@gmail.com 
5Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto Socioambiental e dos Recurso Hídricos, Programa de Pós-
Graduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais. E-mail: marko.herrmann@gmx.de 
6Universidade Federal do Pará (UFPa), Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia. 
E-mail: rafaelanaisce@hotmail.com 
 
Resumo 
 
Em cultivos de ostras são utilizados apetrechos e estruturas (e.g., lanternas e bolsas) que propiciam a 
criação de um habitat artificial possibilitando a associação de diversos organismos (e.g., anelídeos, 
moluscos e crustáceos). Tais associações acarretam a presença de organismos oportunistas e/ou 
predadores, que podem ocasionar competição por espaço e alimento, interferindo diretamente no 
desenvolvimento das ostras, ocasionando declínio na produtividade e, consequentemente, prejuízos 
econômicos. O presente estudo objetivou identificar as espécies que compõem a carcinofauna 
associada ao cultivo de ostras (Crassostrea tulipa) situado no rio Urindeua, estuário amazônico, 
pertencente ao município de Salinópolis – PA. As coletas foram realizadas entre maio de 2016 e abril 
de 2017, em maré de sizígia de cada mês, amostrando-se um total de 274 ostras. Em cada mês, retirou-
se a carcinofauna associada a superfície das ostras, codificando e fixando-a em formaldeído a 4%, 
sendo posteriormente transportada ao laboratório para identificação taxonômica. Através das 
características morfológicas, verificou-se a presença de seis espécies, pertencentes a seis famílias: 
Balanidae: Amphibalanus amphitrite (1.421 ind.); Alpheidae: Alpheus chacei (quatro ind.); 
Diogenidae: Clibanarius vittatus (12 ind.); Palaemonidae: Macrobrachium surinamicum (seis ind.); 
Panopeidae: Acantholobulus bermudensis (125 ind.); Porcellanidae: Petrolisthes armatus (68 ind.); 
Amphipoda indet. (dois ind.). Verificou-se que A. bermudensis foi a espécie mais constante durante 
as coletas (88,9%), seguido de P. armatus (55,6%), por sua vez, A. amphitrite apresentou maior 
abundância (86,8%) e A. chacei a menor (0,2%). De acordo com a literatura, o P. armatus é 
encontrado nas águas tropicais vivendo intimamente associação com outros organismos (e.g., 
moluscos bivalves), porém, altas densidades deste caranguejo causam estresse nas ostras ocasionando 
um crescimento lento. Conclui-se que o cultivo de C. tulipa realizado no rio Urindeua possui uma 
carcinofauna associada composta por seis espécies de crustáceos, sendo o caranguejo A. bermudensis 
a espécie mais constante e a craca A. amphitrite a mais abundante. Contudo, devido uma provável 
competição por espaço com as ostras cultivadas, recomenda-se a retirada periódicas da carcinofauna 
durante o manejo. 
 
Palavras-chave: ostreicultura, bivalve, fauna associada, crustáceos. 
 
mailto:jeanycosta114@gmail.com
mailto:lucaas3120@gmail.com
mailto:weverton_john@hotmail.com
mailto:eng.p.marabarros@gmail.com
mailto:marko.herrmann@gmx.de
mailto:rafaelanaisce@hotmail.com
 
26 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
DIVERSIDADE DE ABELHAS EM ÁREA DE PÓS-MINERAÇÃO 
LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS-PA 
 
Karoline Kauane dos Santos Barbosa¹, Beatriz Woiski Teixeira Coelho2 & William de 
Oliveira Sabino3 
 
1Universidade do Estado do Pará (UEPA), Museu Paraense Emílio Goeldi, Graduanda de Engenharia Florestal. 
E-mail: kauanebarbosa@gmail.com 
2Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Departamento de Zoologia, Curadoria da Coleção Entomológica. 
E-mail: bwtcoelho@yahoo.com 
3Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Departamento de Zoologia, Pesquisador. E-mail: williamsabino@museu-
goeldi.br 
 
Resumo 
 
Atualmente diversos estudo vem mostrando o declínio que as abelhas têm sofrido em todo o mundo. 
Dentre as principais causas, podemos citar a diminuição de fragmentos florestais, causando uma 
diminuição no seu habitat e na disponibilidade de recursos como pólen, néctar e óleos vegetais e 
redução de sítios de nidificação. Dessa forma, o trabalho pretende avaliar como a mineração vem 
afetando a presença das abelhas e como estão respondendo a regeneração da área explorada. O 
trabalho está sendo realizado no município de Paragominas-PA, em uma mina de bauxita pertencente 
ao grupo Norsk Hydro, distante cerca de 320 km de Belém e 70 km da região central de Paragominas. 
As coletas são realizadas mensalmente em 14 transectos, sendo 7 localizados em área de regeneração 
natural pós-mineração e 7 localizados em área de floresta. Cada transecto possui o tamanho de 250 
metros de comprimento por 4 m de largura. As coletas são realizadas por duas pessoas, que percorrem 
o transecto em direções opostas em busca de abelhas em flor ou em atividade de voo. Após a coleta 
o material é identificado e depositado na coleção entomológica do Museu Paraense Emilio Goeldi. 
De outubro de 2018 a junho de 2019 foram coletadas 512 abelhas. A área em regeneração apresentou 
maior quantidade com cerca de 367 abelhas e a área de floresta apresentou 145 abelhas. Os fatores 
que levam a esses resultados preliminares são a maior presençade espécies com flores em área de 
regeneração em comparação às áreas de floresta que apresentam o dossel mais fechado. Apis melífera, 
uma espécie exótica e de grande distribuição, foi encontrada apenas nas áreas em regeneração, sendo 
a espécie mais abundante nesses locais. Abelhas nativas do gênero Melipona, conhecidas por serem 
muito afetadas pela supressão vegetal, foram encontradas apenas em áreas de floresta ou em áreas de 
regeneração próximas à mata. Nossos resultados mostram a importância de fragmentos de mata 
próximos às áreas de regeneração como fonte de espécies que podem auxiliar em um processo de 
recuperação ambiental mais eficiente. 
 
Palavras-chave: Apidae, Amazônia, Hymenoptera, insetos. 
 
 
27 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
LEVANTAMENTO DE ARTRÓPODES EM ÁREA EXPERIMENTAL DE 
PLANTAS MEDICINAIS E AROMÁTICAS 
 
Lizandra Maria Maciel Siqueira1, Rafhael Gomes de Souza2, Lucas Faro Bastos3, Fernanda 
Valente Penner4 & Telma Fátima Vieira Batista5 
 
1Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto de Ciências Agrárias, Estudante de Graduação em 
Agronomia. E-mail: lizzsiqueira26@gmail.com 
2Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto de Ciências Agrárias, Estudante de Graduação em 
Agronomia. E-mail: fahhsouza26@gmail.com 
3Mestre em Agronomia, Área de Produção Vegetal. email: lucas.fbufra@gmail.com 
4 Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto de Ciências Agrárias, Estudante de Graduação em 
Engenharia Florestal. E-mail: fernandavpenner@gmail.com 
5Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Instituto de Ciências Agrárias, Professsora de Entomologia. 
E-mail: telmabatistacoelho@yahoo.com.br 
 
Resumo 
 
Os artrópodes incluem-se no filo mais numeroso da Terra, com cerca de 1.000.000 de espécies 
conhecidas, sendo considerado quatro vezes o total dos outros grupos reunidos. Possuem uma boa 
adaptação a diversos ambientes, grande capacidade de se reproduzir, resistência a substâncias tóxicas 
e competência para se organizarem socialmente. Em vista disso, teve-se como objetivo levantar os 
indivíduos do filo Arthropoda, afim de verificar a ocorrência destes em uma área de plantio de 
espécies medicinais e aromáticas. A coleta dos indivíduos ocorreu por meio de 15 armadilhas pitfall 
distribuídas aleatoriamente, sendo 5 na área de plantio, 5 em área aberta onde ocorre experimentos e 
5 na bordadura em área de mata, durante 3 dias. Os insetos foram identificados taxonomicamente 
através de chave dicotômica com auxilio de lupas, e os aracnídeos apenas contabilizados. Foram 
coletados 2.808 insetos e aracnídeos, distribuídos nas três áreas mencionadas. Sendo 520 na área de 
plantio, 1.651 na área onde ocorre experimentos da universidade e 637 na bordadura da mata. As 
famílias Carabidae, Staphylinidae, Drosophilidae, Formicidae e Gryllidae foram mais frequentes na 
área de plantio, enquanto que na área experimental obteve-se apenas Staphylinidae e Formicidae e 
próximo a mata as famílias Bostrichidae, Staphylinidae, Formicidae e os Aracnídeos foram mais 
ocorrentes. Isso implica em um desequilibrio de famílias de insetos devido a uma área ter sido 
descampada para que possa ocorrer experimentos de alunos no local. Porém, como a família 
Staphylinidae é bastante abundante no número de espécies, ela encontra-se presente nos três locais 
que foram escolhidos para a instalação das armadilhas. Portanto, faz-se necessário um maior estudo 
sobre as espécies de estafilinídeos que habitam o local, ou ainda como as espécies de plantas 
medicinais e principalmente aromáticas estão atuando na repelência dos individuos. 
 
Palavras-chave: ocorrência, insetos, pitfall, aracnídeos. 
 
 
28 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
DIVERSIDADE DE ARANHAS DIURNAS EM DUAS ÁREAS DE FLORESTA 
NO MARANHÃO 
 
Luana Silva Carvalho1, Jair Willyans Sousa Guajajara Oliveira2, Yasmin Rita Alves Aguiar 
de Paula3, Carla Raissa Cardoso Figueredo4, Cláudio de Jesus Silva Júnior5 & Regiane 
Saturnino6 
 
1Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Centro de Ciências Exatas, Naturais e 
Tecnológicas, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: Luana.S.Carvalho@outlook.com 
2Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Centro de Ciências Exatas, Naturais e 
Tecnológicas, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: jair_wso@hotmail.com 
3Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Centro de Ciências Exatas, Naturais e 
Tecnológicas, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: yasmin.aguiaar@gmail.com 
4Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Centro de Ciências Exatas, Naturais e 
Tecnológicas, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas. E-mail: carllacardosofigueredo@gmail.com 
5Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Laboratório de Zoologia, Pesquisador 
bolsista. E-mail: claudiojr.uepa@gmail.com 
6Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), Centro de Ciências Exatas, Naturais e 
Tecnológicas, Professora Adjunta I. E-mail: sf.regiane@gmail.com 
 
Resumo 
 
Aranhas possuem reconhecida importância biológica, são abundantes, diversas e estão entre os 
maiores predadores invertebrados. Contudo, em várias regiões do Brasil, o conhecimento sobre o 
grupo ainda é incipiente, incluindo o Maranhão. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é descrever 
a diversidade de aranhas diurnas associadas à vegetação arbóreo-arbustiva em duas áreas de floresta 
no Maranhão. A área de estudo engloba a Reserva Florestal do 50° Batalhão de Infantaria de Selva 
(50 BIS), Imperatriz, e a Reserva Extrativista do Ciriaco (RESEX Ciriaco), Cidelândia. A 
amostragem foi realizada com batedor de vegetação, para a coleta de animais diurnos na vegetação. 
Em cada área foram amostrados três pontos, nos quais foram montadas quatro parcelas de 30m x 
10m, paralelamente umas às outras. Cada parcela foi amostrada com o batedor de vegetação por uma 
hora. As aranhas coletadas foram triadas e identificadas no menor nível taxonômico possível. Os 
pontos foram comparados quanto a sua similaridade na composição de espécies utilizando-se o 
NMDS, com o índice de Bray-Curtis. Estimativas de riqueza em espécies foram calculadas com o 
EstimateS, estimador Jackknife 1. Dos resultados: 842 espécimes coletados, sendo 551 juvenis, 291 
adultos, 29 famílias e 101 espécies/morfoespécies; 12 famílias foram representadas apenas por 
jovens. As famílias mais abundantes foram: Araneidae (207 ind.), Salticidae (170 ind.) e Theridiidae 
(86 ind.). Foi registrado maior número de famílias na área do 50º BIS, enquanto na RESEX do Ciriaco 
maior riqueza em espécies, o que foi acompanhado pelo estimador de riqueza, que apontou 83 e 97 
espécies, respectivamente. Quanto à similaridade, matriz de abundância, houve clara distinção entre 
as comunidades das duas áreas, uma maior dispersão entre os pontos do 50º BIS e um agrupamento 
de dois pontos da RESEX do Ciriaco. Fatores como uso e histórico de ocupação das áreas, distância 
geográfica e grande número de singletos pode ser responsáveis pela separação da comunidade entre 
as áreas. Além disso, os resultados apontam que ambas as áreas possuem um grande potencial para a 
ocorrência de espécies ainda não registradas, fato importante considerando que foi o primeiro 
inventário de aranhas diurnas da área de estudo. 
 
Palavras-chave: sub-bosque, araneofauna, biodiversidade. 
 
mailto:Luana.S.Carvalho@outlook.com
mailto:jair_wso@hotmail.com
mailto:yasmin.aguiaar@gmail.com
mailto:carllacardosofigueredo@gmail.com
mailto:claudiojr.uepa@gmail.com
mailto:sf.regiane@gmail.com
 
29 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembrode 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
OCUPAÇÃO ESTEREOTIPADA DE CONCHAS DE GASTRÓPODES 
MARINHOS POR PAGUROS Dardanus spp. (ANOMURA: DIOGENIDAE) 
NA PLATAFORMA NORTE DO BRASIL 
 
Lucas Garcia Martins1, Paulo Haniel de Sousa da Natividade2, Ana Carla de Araújo Gomes3, 
Rafael Anaisce das Chagas4, Priscila Sousa Vilela da Nóbrega5 & Wagner César Rosa dos 
Santos6 
 
1Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Estudante de Graduação em Engenharia de Pesca, Laboratório de 
Pesca e Biodiversidade Aquática. E-mail: lucas@pesca.pet 
2Universidade Federal do Pará (UFPA), Estudante de Graduação em Ciências Naturais, Laboratório de Biologia. 
E-mail:paulohaniel.0610@gmail.com 
3Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Estudante de Graduação em Engenharia de Pesca. Projeto de 
Conservação de Ciências Naturais. E-mail: negaabada1@gmail.com 
4Universidade Federal do Pará (UFPA), doutorando em Ecologia (PPGEco/UFPa/Embrapa), pesquisador no Museu de 
Zoologia (MZUFRA). E-mail: rafaelanaisce@gmail.com 
5Universidade Federal do Pará (UFPA), Dra. em Ecologia Aquática e Pesca, Líder do laboratório Pesca e 
Biodiversidade Aquática. E-mail: priscilasvnobrega@gmail.com 
6Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Mestre em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais, Líder do 
Laboratório de Pesca e Biodiversidade Aquática. E-mail: wagpesca@yahoo.com.br 
 
Resumo 
 
Paguroidae é uma superfamília de crustáceos decápodes da infraordem Anomura que inclui as 
espécies popularmente conhecidas como caranguejos-eremitas, ermitões e paguros. Estão descritas 
1100 espécies de Paguroidae distribuídas em 120 gêneros, a maioria é marinha, mas existem 
representantes em estuários, água doce e terrestres. Estes animais apresentam pléon mole e vivem em 
conchas de gastrópodes para proteger seu corpo, é importante avaliar a diversidade de conchas que 
estes animais ocupam devido a disponibilidade das mesmas estar sendo afetada em muitos ambientes 
pela coleta das conchas. Portanto, o objetivo deste trabalho foi identificar as espécies de gastrópodes 
utilizados pelos paguros e verificar a existência de ocupação estereotipada das conchas de gastrópodes 
pelos paguros Dardanus venosus e Dardanus fucosus. A identificação das conchas dos gastrópodes 
foi realizada utilizando literatura específica e, para a análise da ocupação estereotipada das conchas 
utilizou-se o Método de Classificação Multinormal de Espécies (CLAM), dividindo-os em quatro 
grupos com base em sua frequência de ocorrência de ocupação, com um limiar de especialização de 
60%. Os grupos foram: (i) ocupações de concha preferencialmente por D. venosus; (ii) ocupações de 
concha preferencialmente por D. fucosus (iii) ocupações pelas duas espécies (generalistas); e (iv) 
baixa ocorrência de ocupação a ser atribuído a qualquer uma das duas espécies de paguros. As análises 
foram realizadas utilizando o software R, a um nível de significância de 95%. Das oito conchas de 
gastrópodes marinhos, o CLAM identificou três (37,5%) com baixa ocorrência Cingulotereba 
pretiosa, Naticarius canrena e Marsupinas bufo para atribuir como preferência na ocupação por D. 
venosus ou D. fucosus, sendo as demais espécies Charonia averigata, Fusinus ansatus, Chiroceus 
virgineus, Turbinella laevigata, Tonna galea (62,5%) como generalistas, ou seja, sendo ocupadas por 
qualquer uma das duas espécies de paguros. Ressalta-se que não houve uma concha especializada por 
nenhum dos dois paguros. Deste modo, conclui-se que não há diferença na seletividade de conchas 
por paguros Dardanus spp. na costa norte do Brasil, no entanto, a literatura científica cita que a 
escolha da concha pelos paguros está relacionada, principalmente, a disponibilidade e "tamanho 
ideal" de conchas para a ocupação. 
 
Palavras-chave: crustácea, gastrópode, bentônico, ermitão. 
 
30 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
ESTUDO DA FAUNA DE ESCARABEÍNEOS (INSECTA: COLEOPTERA: 
SCARABAEINAE) DO PARQUE ESTADUAL DO UTINGA, MUNICÍPIO DE 
BELÉM, PARÁ 
 
Lucas Silva de Abreu1 & Fernando Augusto Barbosa Silva2 
 
1Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Estudante de Graduação em Ciências 
Biológicas. E-mail: lucasabreu.cb@gmail.com 
2Universidade Federal do Pará (UFPA), Instituto de Ciências Biológicas, Professor do Programa de Pós-Graduação em 
Zoologia. E-mail: fernandoabsilva@yahoo.com.br 
 
Resumo 
 
Os Scarabaeinae (Coleoptera: Scarabaeidae), besouros popularmente chamados de “rola-bosta”, 
constituem importante grupo de animais detritívoros e bioindicadores de impactos ambientais nos 
ecossistemas. Assim como em outros biomas florestais, existem muitas atividades de impacto humano na 
Floresta Amazônica. Com a expansão urbana, muitos remanescentes florestais têm diminuído de área, 
causando uma grande perda da biodiversidade. Este trabalho objetivou realizar um levantamento da fauna 
de escarabeínos de um fragmento de floresta e verificar aspectos da comunidade como sazonalidade, 
diversidade, riqueza e abundância das espécies. O estudo foi desenvolvido no Parque Estadual do Utinga 
(Peut), uma Área de Proteção Ambiental da região metropolitana de Belém. Os métodos de coleta 
consistiram na instalação de dois tipos de armadilha, “pitfall” e interceptação de voo. As armadilhas 
“pitfall” permaneceram em campo por um período de 48 horas e as armadilhas de interceptação de voo 
por um período de duas semanas. Os espécimes coletados foram acondicionados em sacos plásticos de 
tamanho 30x20cm, com etanol 70%, e etiquetadas com identificação do local de coleta. Posteriormente, 
foram levados ao Laboratório de Invertebrados, localizado na Universidade Federal do Pará, onde foi feita 
a triagem, seguida de secagem em estufa de baixa temperatura (45º a 50º graus), e consecutiva 
identificação. Foram coletados 2469 escarabeíneos, distribuídos em 15 gêneros e 31 espécies. As espécies 
mais abundantes foram Canthidium aff. deyrollei (1658 indivíduos (67%)), Dichotomius boreus (147 
indivíduos (6%)), Dichotomius aff. lucasi (110 indivíduos (4,4%)) e Canthon aff. subhyalinus (85 
indivíduos (3,4%)). O gênero com o maior número de espécies foi Canthidium, com oito espécies; logo 
em seguida Anomiopus, Dichotomius e Onthophagus, com três espécies cada. Os resultados apontaram 
para uma grande riqueza de besouros rola-bosta, mostrando que a diversidade desses insetos no fragmento 
de floresta estudado é expressiva, o que aponta para mais estudos em regiões onde a fauna é pouco 
conhecida. 
 
Palavras-chave: besouros, rola-bosta, bioindicadores, levantamento. 
 
 
31 I SIMPÓSIO DE ARTRÓPODES NA AMAZÔNIA - Belém - PA, 16 a 20 de setembro de 2019 
Ecologia, Comportamento & Meio Ambiente 
 
 
DIVERSIDADE DE ABELHAS E VESPAS SOLITÁRIAS EM NINHOS-
ARMADINHA EM UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO NA 
AMAZÔNIA 
 
Luciano Batista Coutinho1, Beatriz Woiski Teixeira Coelho2 & William de Oliveira Sabino3 
 
1Faculdade Estácio /FCAT, Estudante de Graduação em Ciências Biológicas, Bolsista de Iniciação Cientifica MPEG. 
E-mail: lucianocoutinho2014@hotmail.com 
2Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Departamento de Zoologia, Curadoria da Coleção Entomológica. 
E-mail: bwtcoelho@yahoo.com 
3Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Departamento de Zoologia, Pesquisado. E-mail: williamsabino@museu-
goeldi.br 
 
Resumo 
 
Abelhas e vespas solitárias que utilizam cavidades pré-existentes têm sido estudadas através da 
técnica de ninhos-armadilha. O presente trabalho tem como objetivo amostrar esta fauna de abelhas 
e vespas no Parque Estadual do Utinga (PEUT) localizado em Belém, PA, Brasil. No Estado do Pará, 
o conhecimento desta fauna é quase nulo. Foram utilizados ninhos-armadilha de madeira e ninhos de 
bambu com tamanhos variados. Cada conjunto de unidade amostral consiste de um bloco formado 
por seis ninhos-armadilha

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