Buscar

08trabalhodosangeologia

Prévia do material em texto

Fl 4.8 
Ap 1.3 
Curso: Bacharelado em Teologia 
 
Aluno: Carlos Henrique da 
Conceição Seabra 
 
Matéria: Angeologia 
 
Data: 08/02/2008 
 
 
FATECBA – FACULDADE TEOLÓGICA CULTURAL DA BAHIA 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 2 
 
Índice 
 
Introdução..................................................................................................................3 
Conclusão....................................................................................................................32 
Bibliografia....................................................................................................................33 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
 
 
Dic 
MORTE 
 
1) O fim da vida natural, que resultou da QUEDA em pecado {#Gn 2.17; Rm 5.12}. É a 
separação entre o espírito ou a alma e o corpo {#Ec 12.7}. Para os salvos, a morte é 
a passagem para a vida eterna com Cristo {#2Co 5.1; Fp 1.23}. 
 
2) No sentido espiritual, morte é estar separado de Deus {#Mt 13.49-50; 25.41; Lc 16.26; 
Rm 9.3}, e a segunda morte é estar separado de Deus para sempre {#Ap 20.6,14}. 
 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 3 
A bíblia revista atualizada encontra-se 300 versículos que tenham a palavra morte 
 
Morte, óbito, falecimento ou passamento são termos que podem referir-se tanto ao 
término da vida de um organismo como ao estado desse organismo depois do evento. 
As alegorias comuns da morte são o Anjo da Morte, a cor negra, ou o famoso túnel com 
luminosidade ao fundo. 
A morte é o fenômeno natural que mais se tem discutido tanto em religião, ciência, 
opiniões diversas. O Homem, desde o príncipio dos tempos, tem a caracterizado com 
misticismo, magia, mistério, segredo 
Considerações sobre a morte 
Biologicamente, a morte pode ocorrer para o todo, para parte do todo ou para ambos. 
Por exemplo, é possível para células individuais, ou mesmo órgãos morrerem, e ainda 
assim o organismo como um todo continuar a viver. Muitas células individuais vivem por 
apenas pouco tempo, e a maior parte das células de um organismo são continuamente 
substituídas por novas células. 
Também é possível que o organismo morra (geralmente, num caso de morte cerebral) e 
que suas células e órgãos vivam, e sejam usadas para transplantes. Porém, neste caso, 
os tecidos sobreviventes precisam de ser removidos e transplantados rapidamente ou 
morrerão também. Em raros casos, algumas células podem sobreviver, como no caso 
de Henrietta Lacks (um caso em que células cancerígenas foram retiradas do seu corpo 
por um cientista, continuando a multiplicar-se indefinidamente). 
A irreversibilidade é constantemente citada como um atributo da morte. Cientificamente, 
é impossível trazer de novo à vida um organismo morto. Se um organismo vive, é 
porque ainda não morreu anteriormente. No entanto, muitas pessoas não acreditam que 
a morte física é sempre e necessariamente irreversível, enquanto outras acreditam em 
ressuscitação do espírito ou do corpo e outras ainda, têm esperança que futuros 
avanços científicos e tecnológicos possam trazê-las de volta à vida, utilizando técnicas 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vida
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alegoria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anjo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Negro
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%BAnel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_de_quase-morte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Misticismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Magia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mist%C3%A9rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Segredo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Morte_cerebral
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transplante
http://pt.wikipedia.org/wiki/Henrietta_Lacks
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ncer
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplica%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Irreversivel&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atributo
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ressuscita%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%ADrito
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Reviver&action=edit&redlink=1
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 4 
ainda embrionárias, tais como a criogenia ou outros meios de ressuscitação ainda por 
descobrir. 
Alguns biólogos acreditam que a função da morte é primariamente permitir a evolução 
Morte humana: definição e significado 
 
 
O triunfo da morte, de Pieter Brueghel o Velho, (1562). 
De longe o mais importante e significante tipo de morte para os seres humanos é a 
morte de um dos seus. Pensar sobre a morte humana levanta muitas questões. 
Primeiro, é ruim como podemos identificar o momento exacto em que a morte ocorreu. 
Isto parece importante, porque identificar o momento pode permitir-nos registar a hora 
exacta da morte nas certidões de óbito, ter a certeza que o corpo será libertado após se 
verificar que a pessoa está realmente morta, e em geral, saber como agir perante uma 
pessoa viva e uma pessoa morta. Em particular, identificar o momento exacto da morte 
é importante nos casos de transplante de orgãos, porque tais órgãos precisam de ser 
transplantados (cirurgicamente) o mais rápido possível. 
Historicamente, tentativas de definir o momento exacto da morte foram problemáticas. 
Morte foi uma vez definida como paragem cardíaca e respiratória, mas com o 
desenvolvimento da ressuscitação cardiopulmonar e desfibrilação, por exemplo, surgia 
um dilema: ou a definição de morte estava errada, ou técnicas que realmente 
ressuscitavam uma pessoa foram descobertas (em vários casos, respiração e pulso 
cardíaco podem ser restabelecidos). A primeira explicação foi aceita, e actualmente, a 
definição de morte é conhecida como morte clínica - morte cerebral ou paragem 
cardíaca irreversível, por exemplo. 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Criogenia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Thetriumphofdeath.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pieter_Brueghel_o_Velho
http://pt.wikipedia.org/wiki/1562
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transplante
http://pt.wikipedia.org/wiki/Parada_card%C3%ADaca
http://pt.wikipedia.org/wiki/Parada_respirat%C3%B3ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:CAGrave.jpg
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 5 
Por causa das dificuldades na definição de morte, na maioria dos protocolos de 
emergência, mais de uma confirmação de morte (de médicos diferentes) é necessária. 
Na imagem, caixões em um cemitério. 
Actualmente, quando requerida, a morte geralmente é esclarecida como morte cerebral 
ou morte biológica: pessoas são dadas como mortas quando a actividade cerebral 
acaba por completo. Presume-se que a cessação de actividade eléctrica no cérebro 
indica fim de consciência. Porém, aqueles que mantêm que apenas o neo-córtex do 
cérebro é necessário para a consciência argumentam que só a actividade eléctrica do 
neo-córtex deve ser considerada para definir a morte. Na maioria das vezes, é usada 
uma definição mais conservadora de morte: a interrupção da actividade eléctrica no 
cérebro como um todo, e não apenas no neo-córtex, é adoptada, como, por exemplo, na 
Definição Uniforme de Morte (Act) nos Estados Unidos. 
Até nesses casos, a definição de morte pode ser difícil. EEGs podem detectar pequenos 
impulsos eléctricos onde nenhum existe, enquanto houve casos onde actividade 
cerebral em um dado cérebro mostrou-se baixa demais para que EEGs os detectassem. 
Por causa disso, vários hospitais possuem elaborados protocolos determinando morte 
envolvendo EEGs em intervalos separados. 
A História médica contem muitas referênciasanedotais a pessoas que foram declaradas 
mortas por médicos e que voltaram à vida, às vezes dias depois, já no seu caixão ou 
durante procedimentos para embalsamento. Histórias de pessoas enterradas vivas (e 
assumindo que não foram embalsamadas) levaram um inventor no começo do século 
XX a desenhar um sistema de alarme que poderia ser activado dentro do caixão. 
Por causa das dificuldades na definição de morte, na maioria dos protocolos de 
emergência, mais de uma confirmação de morte (de médicos diferentes) é necessária. 
Alguns protocolos de treinamento, por exemplo, afirmam que uma pessoa não deve ser 
considerada morta a não ser que indicações óbvias que a morte ocorreu existam, como 
decapitação ou dano extremo ao corpo. Face qualquer possibilidade de vida, e na 
ausência de uma ordem de não-ressuscitação, equipes de emergência devem proceder 
ao transporte o mais imediato possível até ao hospital, para que o paciente possa ser 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caix%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cemit%C3%A9rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_da_Am%C3%A9rica
http://pt.wikipedia.org/wiki/EEG
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 6 
examinado por um médico. Isso leva à situação comum de um paciente ser dado como 
morto à chegada do hospital. 
Talvez a morte não ocorra num momento em particular e se desenvolva durante um 
período de tempo. Em todo o caso, talvez não seja muito significativo falar em 
"momento exacto da morte", pelo menos a nível biológico. 
O que acontece ao ser humano depois da morte? 
 
 
"Tudo é vaidade". Uma ilusão de óptica criada por Charles Allan Gilbert, criticando o 
apego material da vida mundana. 
A questão de o que acontece, especialmente com os humanos, durante e após a morte 
(ou o que acontece "uma vez morto", se pensarmos na morte como um estado 
permanente) é uma interrogação freqüente, latente mesmo, na psique humana. Tais 
questões vêm de longa data, e a crença numa vida após a morte como a reencarnação 
ou ida a outros mundos é comum e antiga (veja submundo). Para muitos, a crença e 
informações sobre a vida após a morte são uma consolação ou uma cobarvia em 
relação à morte de um ser amado ou à prospecção da sua própria morte. Por outro lado, 
medo do Inferno ou de outras conseqüências negativas podem tornar a morte algo mais 
temido. A contemplação humana da morte é uma motivação importante para o 
desenvolvimento de sistemas de crenças e religiões organizadas. Por essa razão, 
palavra passamento quando dita por um espirita, significa a morte do corpo. A 
passagem da vida corpórea para a vida espiritual. 
Apesar desse ser conceito comum a muitas crenças, ela normalmente segue padrões 
diferentes de definição de acordo com cada filosofia. Várias religiões crêm que após a 
morte o ser vivo ficaria junto do seu criador (Deus). 
 
Muitos antropólogos sentem que os enterros fúnebres atribuídos ao Homem de 
Neanderthal/Homo neanderthalensis, onde corpos ornamentados estão em covas 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Allisvanity.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Allan_Gilbert
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vida_ap%C3%B3s_a_morte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reencarna%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Submundo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inferno
http://pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cren%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ser_vivo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem_de_Neanderthal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem_de_Neanderthal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_neanderthalensis
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 7 
cuidadosamente escavadas, decoradas com flores e outros motivos simbólicos, é 
evidência de antiga crença na vida após a morte. 
Do ponto de vista científico, não se pode confirmar nem rejeitar a idéia de uma vida 
após a morte. Embora grande parte da comunidade científica sustente que isso não é 
um assunto que caiba à ciência resolver, muitos cientistas tentaram entrar nesse campo 
estudando as chamadas "experiências de quase-morte", e o conceito de "vida" se 
associa ao de "consciência". São consideradas duas hipóteses: 
• A consciência existe unicamente como resultado de correlações da 
matéria. Se esta hipótese fôr verdadeira, a vida cessa de existir no 
momento da morte. 
• A consciência não tem origem física, apenas usa o corpo como 
instrumento para se expressar. Se esta hipótese fôr verdadeira, 
certamente há uma existência de consciência após a morte e 
provavelmente antes da morte, também, o que induziria às tentativas de 
validação da reencarnação. 
Até quando (e se) a ciência conseguir demonstrar alguma dessas hipóteses, esse 
assunto continuará a ser uma questão de fé para a grande maioria das pessoas. 
[editar] Personificação da morte 
 
 
Iconografia da representação da Morte 
Ver artigo principal: Morte (personificação) 
A Morte também é representada por uma figura mitológica em várias culturas. Na 
iconografia ocidental ela é usualmente representada como uma figura esquelética 
vestida de manta negra com capuz e portando uma foice/gadanha. É representada nas 
cartas do Tarot e frequentemente ilustrada na literatura e nas artes. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_de_quase-morte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Consci%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reencarna%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Morte&action=edit&section=4
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Death.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Crystal_Clear_app_xmag.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/Morte_%28personifica%C3%A7%C3%A3o%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitol%C3%B3gica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Iconografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ocidental
http://pt.wikipedia.org/wiki/Foice
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gadanha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tarot
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 8 
A morte também uma figura mitológica que tem existido na mitologia e na cultura 
popular desde o surgimento dos contadores de histórias. Na mitologia grega, Tânatos 
seria o deus Morte, e Hades, o deus do mundo da morte. 
O ceifador também aparece nas cartas de tarô e em vários trabalhos televisivos e 
cinematográficos. Uma das formas dessa personificação é um grande personagem da 
série Discworld de Terry Pratchett, com grande parte dos romances centrando-se nela 
como personagem principal. 
[editar] A Morte na literatura 
 
 
A morte de Abel, interpretação do homicídio descrito na Bíblia por Gustave Doré. 
Como Oscar Wilde escreveu tão elegantemente: "(...) Morte é o fim da vida, e toda a 
gente teme isso, só a Morte é temida pela Vida, e as duas reflectem-se em cada uma 
(...)" 
"(...) desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor (...)" (Filipensis 2:12) A visão da 
Bíblia sobre a Morte. 
A morte é considerada através de várias perspectivas na literatura de todo o mundo. 
Encaramos a morte, lidamos com o falecimento de entes queridos e desconhecidos, 
discutimos o seu significado religioso, filosófico, social, etc. 
Muitos autores usaram-na como via para expressar o que há depois da vida, sob a 
perspectiva de várias teorias. As três mais divulgadas e proponderantes são: 
• A teoria da "Extinção Absoluta" permanente da vida ao ocorrer a morte física, ou 
teoria Materialista (monista); 
• A teoria do "Céu e Inferno" numa vida eterna para além da física e determinada 
pela conduta na vida física, ou teoria Teológica 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitologia_grega
http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A2natos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hades
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tar%C3%B4
http://pt.wikipedia.org/wiki/Discworld
http://pt.wikipedia.org/wiki/Terry_Pratchett
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Morte&action=edit&section=5http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Death_of_Abel.png
http://pt.wikipedia.org/wiki/Abel
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homic%C3%ADdio
http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gustave_Dor%C3%A9
http://pt.wikipedia.org/wiki/Materialismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 9 
• A teoria da reencarnação através de renascimentos sucessivos em corpos físicos 
e com diferentes experiências de vida para alcançar a expansão de consciência e 
perfeição espiritual, ou teoria do Renascimento (dualista). 
[editar] Culto dos mortos em Portugal 
Segundo Leite de Vasconcelos na noite de Todos os Santos, em Barqueiros, era 
tradição preparar, à meia-noite, uma mesa com castanhas para os mortos da familia 
irem comer; ninguem mais tocava nas castanhas porque se dizia que estavam “babada 
dos defuntos”. É tambem costume deixar um lugar vago à mesa para o morto ou deixar 
a mesa cheia de iguarias toda a noite da consoada para as "alminhas". 
Leite de Vasconcelos também considerava o magusto, festa popular em que amigos e 
familias se juntam para assar e comer castanhas, como o vestigio de um antigo 
sacrifício em honra dos mortos. 
 
Nesta noite ninguém cuide 
Encontrar-se à mesa a sós! 
Porque os nossos q'ridos mortos 
Vão sentar-se junto a nós. 
Outra manifestação do culto dos mortos são as alminhas e os cruzeiros pequenos 
monumentos de devoção que se encontram frequentemente na beira dos caminhos. 
[editar] A Morte na Ciência 
A morte, no ramo das ciências, é estudada pela tanatologia. Nesse sentido são 
estudados causas, circunstâncias, fenômenos e repercussões jurídico-sociais, sendo 
amplamente utilidados na medicina legal. No Brasil o diagnóstico da morte é regido pela 
resolução 1.480/97 do Conselho Federal de Medicina. A morte também é estudada em 
outros ramos da ciência, notadamente os relacionados a tratar doenças e traumatismos 
evitando que elas ocorram. No mesmo sentido uma das estatísticas mundialmente 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reencarna%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Morte&action=edit&section=6
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leite_de_Vasconcelos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Todos_os_Santos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leite_de_Vasconcelos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Magusto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alminha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cruzeiro
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Morte&action=edit&section=7
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tanatologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_legal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 10 
utilizadas para ações governamentais de prevenção são as taxas de mortalidade. 
Alguns estudos da ciência abordam as experiências de quase morte no sentido de 
entender os fenômenos correlacionados na quase morte. 
 
 
A Visão Bíblica da Morte: Céu ou Inferno Eternos 
A morte em si é uma condição de separação. De acordo com a Bíblia, há somente dois 
tipos de morte. Primeiro, existe a morte física, que envolve a separação temporária do 
espírito em relação ao corpo. Mais tarde, na ressurreição, o corpo será reajuntado ao 
espírito humano. Segundo, existe a morte espiritual ou a separação do corpo e espírito 
humanos em relação a Deus. Essa condição é irremediável. 
A morte não é boa – ela jamais foi boa. A morte física – separação em relação ao corpo 
– não é boa, uma vez que o homem fica "despido" (2 Coríntios 5.4; Filipenses 3.21; 1 
Coríntios 15), num estado fora do natural. A morte espiritual – separação de Deus – 
obviamente também não é boa, já que é eterna. 
A "morte" e a "vida" são irreconciliáveis e condições opostas de existência, tanto nesta 
vida como na próxima. Sem Cristo, a morte conduz somente a uma coisa – julgamento 
eterno: "E assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois 
disto, o juízo" (Hebreus 9.27). Mas com Cristo, a morte conduz à vida: "Eu sou a 
ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que 
vive e crê em mim, não morrerá, eternamente" (João 11.25-26). E: "Em verdade, em 
verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a 
vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (João 5.24). 
A Bíblia ensina que antes da salvação, mesmo estando vivos, todos os homens e 
mulheres existem num estado de morte espiritual ou separação de Deus. Seus espíritos 
humanos estão mortos para as coisas em que Deus está realmente interessado (veja 
Lucas 15.24-32; Efésios 2.1; 1 Timóteo 5.6; Apocalipse 3.1). Muito embora estando 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_mortalidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_de_quase_morte
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 11 
vivos fisicamente, eles não consideram o único Deus verdadeiro, nem Lhe agradecem, 
nem se importam com Seus interesses. Qualquer que seja o conceito de Deus que 
tenham, eles não aceitam o único Deus verdadeiro. Daí porque o próprio Jesus disse: 
"Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos", ensinando explicitamente 
que os seres humanos vivos ao redor dele estavam, no que dizia respeito a Deus, 
espiritualmente mortos (Lucas 9.60; Romanos 3.10-18). 
A Bíblia nos ensina que a morte física e espiritual existe por uma razão – o pecado. 
Deus avisou Adão e Eva que se eles Lhe desobedecessem, morreriam naquele dia 
(Gênesis 2.17). Daí porque a Bíblia ensina que "o salário do pecado é a morte" 
(Romanos 6.23). 
Como o pecado causa a morte, o problema do pecado deve ser resolvido antes que a 
morte possa ser erradicada. Essa é a razão do ensino cristão da Expiação – que Cristo 
morreu pelos pecados do mundo. Como Jesus ensinou: "Porque Deus amou ao 
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê 
não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16). Qualquer um que recebe a Cristo 
como seu Salvador pessoal é "nascido de novo" ou vivificado espiritualmente. Essa 
pessoa recebe a verdadeira vida após a morte, ou, em termos bíblicos, a vida eterna 
(João 6.47). Mas o que realmente acontece, sem dúvida, é que o estado de morte 
espiritual do crente é cancelado no momento em que ele recebe a Cristo. Não mais 
haverá a possibilidade dele sofrer o julgamento de Deus por causa dos seus pecados, 
que é a segunda morte. Em vez disso, na hora da morte física, ele se juntará a Deus 
para sempre. Essa é a essência do termo "salvo". Mas deve-se frisar que o sistema é 
condicional. Os homens devem crer na morte expiatória de Jesus Cristo, ou não 
poderão ser salvos. Esta é a condição: que aceitem o que Deus fez através da Pessoa 
de Cristo. 
A esperança cristã, portanto, está na ressurreição física e na imortalidade eterna 
baseadas na ressurreição e vida de Cristo, não em uma visão mediúnica de uma 
gradual auto-progressão espiritual depois da morte (Romanos 4.25; 1 Coríntios 6.14; 2 
Coríntios 4.14; 5.1; Efésios 1.15-21; 2.4-10; Filipenses 1.21, 3.21; Colossenses 3.4, 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 12 
etc.). Os que aceitam a Cristo herdam o céu para sempre, enquanto os que rejeitam a 
misericórdia de Deus herdam o inferno para sempre. 
Assim, a visão bíblica é que os salvos estão com Deus – eles estarão com Ele no 
momento da morte (Lucas 23.43; João 12.26; Atos 7.59; 2 Coríntios 5.8; Filipenses 
1.23), enquanto os mortos não salvos estão confinados e sob castigo. Além do mais, 
não existe possibilidade de alterar a condição de alguém após a morte. A morte, 
portanto, não é extinção, como muitas seitas ensinam. Ela não envolve uma condição 
de reencarnação, onde a alma experimenta muitas vidas, como crê o ocultismo. Ela não 
envolve uma condição de união ou absorção final por alguma essência impessoal, 
divina, conforme muitas religiões orientais ensinam (Eclesiastes 12.5; Lucas 12.46-47;16.19-31; Atos 1.25; Hebreus 9.27, 10.31, 12.27-29; Salmos 78.39; 2 Coríntios 5.11; 2 
Pedro 2.4,9; Apocalipse 20.10,15). 
Sem dúvida, se os salvos estão com Cristo e os não salvos confinados e sob 
julgamento, então os mortos não estão livres para perambular e, portanto, os supostos 
mortos das EQMs (Experiências de Quase-Morte) não são o que afirmam ser. [...] 
Conclusão 
 
 
Palavra prudente 
 
O ESTADO ATUAL DOS MORTOS 
 Que os homens não entram no estado final quando morrem bastante evidentes é 
para que se requeira provar minuciosa. As ressurreições, que ainda são futuras, provam 
um estado intermediário para os mortos atuais. A coisa com que estamos especialmente 
preocupados é a natureza do estado intermediário, matéria esta para a qual nos 
dirigimos agora. 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 13 
 Os adventistas do sétimo dia, russelitas e alguns outros ensinam o que é 
conhecido comumente por ?sono dalma?. Mas a substância real deste falso ensino é 
que dos mortos não é inexistente entre a morte e a ressurreição. Isto é logicamente 
verdadeiro desta teoria e é assim admitido pelos adventistas, pelo menos. É 
logicamente verdadeiro, porque um espírito dormente (se tal fosse possível) seria um 
espírito inexistente. A idéia de o espírito estar vivo e estar incônscio quando livre do 
corpo é o limite do absurdo. É que este ensino vale pela inexistência do espírito 
mostrado está nas seguintes palavras de ?Signs of the Times?, uma revista dos 
adventistas do sétimo dia (edição de 15 de dezembro de 1931): ?Seguramente 
nenhuma expressão mais vigorosa podia ser possivelmente usada para mostrar a 
completa cessação da existência do que esta, - Na morte ?eu não serei? (Comentário 
de Jó 7:21, por Carlyle B. Haines, um dos seus escritores notáveis)?. 
I. OS MORTOS NÃO SÃO INEXISTENTES 
 Contra esta teoria afirmamos e nos comprometemos provar pelas Escrituras que 
o espírito do homem não cessa de existir na morte. Pelo termo ?espírito? queremos 
dizer a natureza imaterial do homem no seu parentesco mais elevado. Empregamos o 
termo ?espírito? de preferência ao termo ?alma? porque cremos que espírito melhor 
expressa a parte imaterial do homem em distinção da vida corporal. 
 ?A parte imaterial do homem encarada como uma vida individual e cônscia, 
capaz de possuir e animar um organismo físico é chamada psuche (alma); como um 
agente racional e moral, suscetível de influência e moradia divinas, esta mesma parte 
imaterial chama-se pneuma (espírito)? (A. H. Strong). O espírito é a natureza imaterial 
do homem olhando na direção de Deus. ?O espírito é a parte mais elevada, mais 
profunda e nobre do homem. Por ele está o homem ajustado para compreender coisas 
eternas e é, em suma, a casa que residem à fé e a Palavra de Deus. A ... alma é este 
espírito, segundo a natureza, mas com tudo outra espécie de atividade, nomeadamente, 
nisto, que ela anima o corpo e opera por meio dele? (Lutero). ?A alma é o espírito 
modificado pela união com o corpo? (Hovey). 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 14 
 Algumas vezes as palavras para espírito, tanto no hebreu como no grego, 
denotam vento ou fôlego, mas que nem sempre são assim está evidenciado em Mat. 
26:41; Lucas 23:46; Atos 7:59; 1 Cor. 2:11; 5:5; 7:34; 14:14 e 1 Tess. 5:23. Estudem os 
interessados estas passagens e substituam espírito por fôlego e vejam que sorte de 
sentido se forma. Então sabemos que espírito pode significar mais que fôlego, porque 
?Deus é espírito? (João 4:24). 
1. A MORTE FÍSICA NÃO ACARRETA A INEXISTÊNCIA DO ESPÍRITO DO HOMEM, 
PORQUE O ESPÍRITO NÃO ESTÁ SUJEITO À MORTE FÍSICA. 
 Temos a prova disto em Mat. 10:28. Se o homem não pode matar o espírito, 
então a morte física não tem poder para dar cabo da existência do espírito. O homem 
pode matar qualquer coisa que esteja sujeita à morte física. Na morte física o corpo 
cessa de funcionar e começa a desintegrar-se, o homem cessa de ser uma ?alma 
vivente? no sentido distinto do vocábulo ?alma?. Ma o espírito não pode ser mata do e 
dele nunca se fala como cessar na morte. Em vez achamos Jesus, ao morrer, 
entregando o Seu espírito nas mãos de Deus e Estevão entregando o seu espírito nas 
mãos de Jesus (Lucas 23:46; Atos 7:59). A morte física é meramente a separação do 
espírito do corpo. 
2. A REPRESENTAÇÃO DA MORTE COMO UM SONO NÃO ENSINA QUE O 
ESPÍRITO DORME E QUE É, PORTANTO, INEXISTENTE. 
 O sono é puramente um fenômeno físico. A morte é sono só por analogia, não 
atualmente. E a analogia está na aparência do corpo, não no estado quer do corpo quer 
do espírito. No sono o espírito ainda está unido com o corpo e, portanto, condicionado 
por ele. Mas, na morte, como todos são forçados a admitir, espírito e corpo estão 
separados e o espírito separado do corpo não está mais condicionado pelo corpo. 
 Estevão dormiu (Atos 7:59), mas o seu espírito não cessou de existir, porque 
Estevão o encomendou nas mãos de Jesus e um espírito inexistente não podia ser 
encomendado nas mãos de ninguém. Paulo descreveu a morte como um sono (1 Cor. 
15:6; 1 Tess. 4:14), mas não ensinou a inexistência dos mortos. Paulo considerou a 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 15 
morte, não como uma cessação da existência, mas como uma partida para estar com 
Cristo (Fil. 1:23). Estando ausente do corpo, Paulo quis dizer, não inexistente, mas 
presente com o Senhor (2 Cor. 5:6). Aquilo que é inexistente não pode estar presente 
em logar algum ou com pessoa alguma. 
3. A REFERÊNCIA AOS ÍMPIOS MORTOS COMO ?ESPÍRITO EM PRISÃO? 
MOSTRA QUE OS MORTOS NÃO SÃO INEXISTENTES (1 PED. 3:20). 
 Um espírito inexistente é uma não entidade e uma não entidade não pode estar 
em qualquer logar, porque ser é existir. 
4. MOISÉS NÃO CESSOU DE EXISTIR QUANDO ELE MORREU, PORQUE SÉCULOS 
DEPOIS ELE APARECEU COM Cristo NO MONTE DA TRABSFIGURAÇÃO (MAT. 
17:3) 
 Dirão alguns que Moisés foi ressuscitado imediatamente depois do enterro? Se 
sim, por eles está esperando uma refutação em 1 Cor. 15:20. Sendo Cristo as primícias 
dos mortos proíbe a teoria de Moisés ter sido ressuscitado logo depois do seu enterro. 
5. OS HABITANTES DE SODOMA E GOMORRA NÃO CESSARAM DE EXISTIR 
QUANDO MORRERAM (JUDAS 7). 
 Judas os descreve nos tempos do Novo Testamento como ?sofrendo a vingança 
do fogo eterno?. A palavra sofrendo nesta passagem é um particípio presente, que 
expressa ação durativa progressiva. E que isto não é um presente histórico está 
mostrado pelo tempo presente do verbo ?são postos.? 
6. O RICO E O LÁZARO NÃO CESSARAM DE EXISTIR QUANDO MORRERAM 
(LUCAS 16:19-31). 
 Isto não é uma parábola, mas pouco importa que fosse. O Filho de Deus não 
recorreu a desvirtuamentos mesmo em parábolas. Todas as Suas parábolas são 
verdadeiras a fatos. 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 16 
7. CRISTO E O LADRÃO PENITENTE NÃO CESSARAM DE EXISTIR QUANDO 
MORRERAM. 
 Cristo não estava dependendo do corpo para a vida, porque Ele viveu antes que 
tivesse um corpo (João 1:1, 2, 14). E, na cruz, Cristo asseverou que Ele e o ladrão 
estariam naquele dia juntos no paraíso. Espírito inexistente não podiam estar em logar 
algum, muito menos juntos. 
8. OS ESPÍRITOS QUE JÃO VIU DEBAIXO DO ALTAR NÃO TINHAM CESSADO DE 
EXISTIR (APOC. 6:9). 
9. A RESSURREIÇÃO PROVA QUE OS MORTOS AGORA NÃO ESTÃO 
INEXISTENTES. 
 Se fosse inexistente, então seria necessário haver uma recriação em vez de uma 
ressurreição. E isto destruiria totalmente a base de recompensas, porque os que 
surgissem da sepultura seriam indivíduos diferentes daqueles que trabalham obras aqui 
neste mundo. 
10. O FATO DE OS MORTOS BEM AVENTURADOS NÃO TEREM ATINGIDOO SEU 
MAIS ALTO ESTADO DE BEATITUDE, E DEVEM AINDA PASSAR PELA 
RESSURREIÇÃO, NÃO PROVA QUE ELES SEJAM AGORA INEXISTENTES. 
 ?Aquela bem aventurada esperança? (Tito 2:13; 1 João 3:2,3) é a união do 
espírito com o corpo glorificado. Somente isto trará a satisfação completa da aspiração 
do crente (Sal. 17:15). Mas Deus escolheu adiar a realização desta esperança até um 
tempo por vir. E enquanto o estado desencarnado não é o ideal, todavia é melhor do 
que continuar na carne (Fil. 1:23); e os eu estão neste estado estão presentes com o 
Senhor (2 Cor. 5:8). 
11. O FATO QUE OS ÍMPIOS FALECIDOS AINDA ESTÃO PARA SER JULGADOS E 
LANÇADOS NO LAGO DE FOGO NÃO PROVA QUE ELES AGORA SEJAM 
INEXISTENTES. 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 17 
 Aprouve a Deus confirmar os espíritos dos ímpios falecidos em prisão (Isa. 
24:22; 1 Ped. 3:19), finalmente trazê-los e destiná-los juntos ao lago de fogo (Apoc. 
20:11-15); mas que os ímpios falecidos já estão em tormento cônscio de fogo 
mostramo-lo previamente (Lucas 16:19-31; Judas 7). A miséria final dos ímpios, como a 
felicidade dos justos, espera a ressurreição do corpo, em cujo tempo os ímpios serão 
lançados, tanto corpo como alma, no inferno (Mat. 10:28). 
12. O FATO DE A VIDA ETERNA SER RECEBIDA PELA FÉ NÃO PROVA QUE OS 
QUE A NÃO POSSUEM NÃO TEM EXISTÊNCIA ETERNA. 
 A vida eterna nas escrituras quer dizer mais do que existência eterna. Está em 
contraste com morte espiritual (João 5:24; Efe. 2:1; Col. 2:13; 1 João 3:14). A morte 
espiritual é escravidão íntima num estado de pecado e separação de Deus, no qual 
alguém está privado de vida espiritual divina, conquanto possua vida do espírito 
humano. A vida eterna é liberdade e comunhão com Deus . ?A morte espiritual faz 
alguém sujeito à segunda morte, a qual é uma continuação da morte espiritual numa 
outra existência sem tempo? (E. G. Robinson). E vida eterna é isenção da segunda 
morte. 
13. A REPRESENTAÇÃO DA IMORTALIDADE COMO ALGO A SER ALCANÇADO 
NÃO PROVA QUE OS QUE NÃO A ALCANÇARAM NÃO TEM EXISTÊNCIA ETERNA 
 Rom. 2:7 e 1 Cor. 15:53 tem referência ao corpo. O corpo se descreve como 
sendo mortal, mas o espírito nunca. Revestir-se de imortalidade no sentido da Escritura 
supra é receber um corpo imortal e, portanto, passar aquele estado no qual não 
podemos mais ser afetado pela morte. Este se revestir de imortalidade é a junção de um 
corpo imortal com um espírito imortal. 
14. A IMPUTAÇÃO DE IMORTALIDADE SÓ A DEUS (1 TIM. 6:16) NÃO QUER DIZER 
QUE OUTROS NÃO POSSUEM EXISTENCIA ETERNA. 
 A passagem acima quer dizer que só Deus é totalmente imortal em todas as 
partes do Seu Ser e não afetado pela morte, que só Ele possui imortalidade inderivada e 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 18 
independente. Ao passo que o homem é imortal quanto a uma só parte de sua natureza, 
sua imortalidade, tanto do espírito como do corpo, deriva-se de Deus. O caso de Elias é 
uma resposta suficiente ao argumento de ?dormentes dalma? sobre esta passagem. 
Elias cessou de existir em qualquer tempo? Se não, ele tinha existência imortal. 
15. OS ENUNCIADOS DE JESUS EM JOÃO 3:13 E 13:33 NÃO ENSINAM QUE OS 
JUSTOS FALECIDOS SÃO INEXISTÊNTES. 
 A escritura deve ser interpretada à luz da Escritura. Portanto, a primeira 
passagem supra não pode ser tomada com absoluta literalidade. Porque em 2 Reis 
2:2,11 assevera-se duas vezes que Elias foi recebido no céu. O sentido da afirmação de 
Cristo aqui, então, não pode ser mais do que ter Jesus só ascendido ao céu e voltado 
para revelar os mistérios a Ele comunicados lá. A segunda passagem é explicada pelo 
verso 36. Cristo quis dizer, meramente, que, entrementes, aqueles a quem Ele estava 
falando não podiam seguir; não que eles nunca O seguiriam, porque nesse caso eles 
nunca podiam ir ao céu. 
16. O ENUNCIADO DE PEDRO EM ATOS 2:34 NÃO QUER DIZER QUE DAVI ERA 
INEXISTÊNTE. 
 Este enunciado sobre Davi está elucidado pelo de Cristo a Maria Madalena a 
respeito de Si mesmo (João 20:17). Cristo disse: ?Ainda não subi a meu Pai?. Mas o 
espírito de Cristo ascendera ao Pai (Lucas 23:43,46; Apoc. 2:7; 22:1,2). O significado 
então do enunciado de Pedro a respeito de Davi e o Cristo sobre Si mesmo é que eles 
não tinham ascendido em corpo. 
17. AS ESCRITURAS DO VELHO TESTAMENTO NÃO PROVAM A INEXISTÊNCIA 
DOS MORTOS. 
 A Escritura deve ser explicado pela Escritura. As revelações incompletas e 
indistintas do Velho Testamento devem ser explicadas pelas revelações mais amplas e 
mais claras do Novo Testamento. E à luz destas últimas algumas afirmações no Velho 
Testamento concernentes ao estado dos mortos podem ser tomadas somente como a 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 19 
linguagem de aparência. Escritores do Velho Testamento, não tendo uma revelação 
clara concernente ao estado dos mortos, muitas vezes falaram dos mortos do ponto de 
vista desta vida. É neste sentido que devemos entender passagens tais como Jó 3:11-
19; 7:21,22; Sal. 6:5; 88:11,12; 115:17; Ecles. 3:19,20; 9:10; Isa. 38:18. 
II. OS JUSTOS FALECIDOS ESTÃO COM O SENHOR 
 Já aludimos ao estado tanto dos justos como dos ímpios falecidos. Mas, por 
causa da clareza, restabelecemos o ensino da Escritura sobre este assunto. 
 Os justos falecidos estão com o Senhor. Isto está provado pelas seguintes 
passagens: 
 ?Enquanto estamos no corpo ausente do Senhor... porém temos confiança e 
desejamos muito deixar este corpo e habitar com o Senhor? (2 Cor. 5:6-8). Assim, para 
os justos, estar ausente do corpo, isto é, estar naquele estado ocasionado pela morte é 
estar na presença do Senhor. 
 ?Estou apertado entre os dois, desejando partir e estar com Cristo? (Fil. 1:23). 
Paulo não podia decidir se ele preferia permanecer na carne, isto é, continuar a viver 
aqui na terra, ou morrer para estar com Cristo. Assim, para os justos, uma partida desta 
vida é uma entrada à presença de Cristo. 
 O ladrão arrependido moribundo ouviu de Jesus: ?Hoje estarás comigo no 
paraíso?. O paraíso é o terceiro céu dos judeus, o logar do trono de Deus (2 Cor. 
12:2,4). Mais prova disto encontra-se no fato de a árvore da vida estar no paraíso (Apoc. 
2:7), e perto do trono de Deus (Apoc. 22:1,2). 
 Pode ser, como crêem alguns, que, até a morte de Cristo, os justos não foram à 
presença de Deus senão a um logar intermediário de felicidade. Conquanto isso possa 
ser, as passagens supra mostram que os justos agora vão imediatamente à presença do 
Senhor através da morte. 
III. OS FALECIDOS ÍMPIOS ESTÃO EM TORMENTO CÔNSCIO E ARDENTE 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 20 
 Está isto mostrado na história do rico e Lázaro (Lucas 16:19-31). Respondem 
alguns que isto é somente uma parábola. Mas não há, sequer, um indício que o seja. E 
o fato se estar nomeado o nome de uma pessoa envolvida é incoerente com todas as 
outras parábolas. Mas suponde que é uma parábola, Cristo torceu fatos nas Suas 
parábolas? Que propósito podia Ele ter tido em assim fazer? Uma caricatura de fatos na 
passagem em foco não ensina um erro? Os que buscam fugir a isto com fundamento 
que é uma parábola mostram o desespero de sua teoria com uma semelhante miserável 
escapatória. 
 Este fato também está patente, como já o frisamos, nas palavras de Judas no 
verso 7 de sua epístola a respeito dos habitantes de Sodoma e Gomorra. Ele os 
descreve como ?sofrendo (tempo presente) a vingança do fogo eterno?. 
 O lugar onde os ímpios estão confinados é chamado uma prisão (1 Ped. 3:19). 
São criminosos condenados esperando na prisão até ao tempo de serem colocados na 
eterna penitenciária de Deus, o lago de fogo (Apoc. 20:15).Isto é para ter logar no juízo 
do grande trono branco, tempo em que tanto o corpo como as almas dos ímpios serão 
lançados no fogo (Mat. 10:28). 
IV. NENHUMA PROVAÇÃO DEPOIS DA MORTE 
 A noção que há provação depois da morte toma duas formas. Contém-se a 
primeira em: 
1. O ENSINO CATÓLICO SOBRE O PURGATÓRIO. 
 ?A Igreja Católica ensina a existência do Purgatório, onde aqueles que morrem 
com leves pecados nas suas almas, ou que não satisfazem a punição temporal devida 
aos seus pecados estão detidos até que se purifiquem suficientemente para entrar no 
céu? (O que a Bíblia protestante ensina sobre a Igreja Católica, Patterson). 
 As passagens dadas para substanciarem este ensino são: Mat. 5:26; 12:32; 1 
Cor. 3:13-15; Apoc. 21:27; 1 Ped. 3:19. 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 21 
 Antes de abreviadamente cometer estas passagens, oportuno é observar a 
justificação e salvação totalmente de graça por meio da fé em Cristo. Vimos que Deus 
não cobra pecados ao crente (Rom. 4:8; 8:33). O crente foi eternamente quitado de todo 
pecado. Mais ainda, Heb. 9:27 implica claramente que não é possível nenhuma 
mudança entre a morte e o juízo. Estas passagens, para não mencionar muitas outras, 
mostram que o Purgatório é uma invenção humana. 
 Quanto às passagens empregadas para substanciarem a doutrina do Purgatório: 
Mat. 5:26 é para ser manifestamente considerada como se referindo à prisão romana. 
Mat. 12:32 faz simplesmente ?uma declaração forte e expandida? que a blasfêmia 
contra o Espírito Santo não será jamais perdoada. Achar aqui a insinuação em que 
alguns pecados possam ser perdoados no porvir é fundar uma doutrina de longo 
alcance sobre uma inferência incerta. Semelhante doutrina, se verdadeira, acharia 
certamente afirmação mais clara do que a que esta passagem proporciona. Em 1 Cor. 
3:13-15 temos apenas uma forte alusão ao teste das obras humanas nos dias de Cristo. 
Não há aqui nenhuma purificação ou purgamento, como os católicos supõem ocorrer no 
Purgatório, mas somente um desejo de obras inaceitáveis. Apoc. 21:27 declara somente 
que os ímpios não podem entrar em a Nova Jerusalém. O espírito e o corpo glorificado 
do crente não tem pecado. O espírito se purifica de todo pecado na regeneração. A 
última passagem (1 Ped. 3:19) será estudada no próximo título. 
 A segunda forma desta noção de provação depois da morte jaz principalmente 
em: 
2. A CRENÇA QUE CRISTO PREGOU AOS ÍMPIOS FALECIDOS. 
 Baseia-se a crença em 1 Ped. 3:19,20. Esta forma da noção de provação depois 
da morte é diferente do ensino católico do purgatório, em que ela inclui somente 
incrédulos, ao passo que o ensino católico inclui somente crentes, como tendo 
provação. Segundo esta forma da doutrina de provação depois da morte, os incrédulos 
terão a oportunidade de se arrependerem e serem salvos depois da morte. Isto está 
discutido em extenso em What Happens After Death!(O Que Acontece Depois da 
Morte!) por William Striker, publicado pela Sociedade de Tratados Americana. 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 22 
 Deve ser admitido que as traduções comuns de 1 Ped. 3:19,20, emprestam 
encorajamento a esta crença; mas, mesmo nisso, estranho é que Jesus tivesse pregado 
somente aos que foram desobedientes durante os dias de Noé, ou que, se a todos foi 
pregado, apenas oito almas fossem mencionadas. 
 E não pode insistir-se sobre o verbo ?foi? como indicando que Jesus veio em 
contato pessoal com os espíritos em prisão. ?Grande peso se tem dado a esta palavra 
em sustento da idéia que Cristo foi em prisão a prisão dos perdidos; mas a palavra não 
implica necessariamente locomoção pessoal? (N. M. Williams, Comment. In loco). 
Acham-se em Gen. 11:5-7 e Efe. 2:17 casos de uma palavra igual em que não se indica 
locomoção pessoal. 
 Mas, ainda mais, não é em absoluto necessário traduzir o verso 20 como nas 
traduções comuns. A idéia de desobediência nesta passagem expressa-se em grego 
por um particípio aoristo sem o artigo, apiethesasi; e, enquanto é verdade que o 
particípio sem o artigo pode ser traduzido atributivamente, isto é, como livremente 
equivalente a uma clausula relativa, contudo, isto é a exceção mais que a regra. A regra 
é que o particípio sem o artigo é empregado predicativamente, exigindo uma clausula 
temporal para a sua tradução. Segundo a regra, então, a primeira clausula do v. 20 
devera ser traduzida ?quando primeiramente foram desobedientes?, indicando que a 
pregação ocorreu (pelo espírito de Cristo operando por Noé) no tempo da 
desobediência e não dois mil anos depois. 
 Pode ser perguntado porque a versão do Rei Tiago, a Revista e as versões da 
União Bíblia, todas traduzem esta construção com uma clausula relativa. Respondemos 
que isto, evidentemente, é por causa da influência da Vulgata e a parcialidade teológica 
da cristandade que tem favorecido a noção de provação depois da morte. Mas o Novo 
Testamento está em toda parte oposto à idéia de provação depois da morte, sem a qual 
esta suposta pregação aos ímpios falecidos foi inútil. Tal probação não é precisa para 
vindicar a justiça de Deus, porque mesmo os pagãos sem o evangelho estão ?sem 
desculpa? (Rom. 1:20). 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 23 
 1 Pedro 4:6 , que é outra passagem empregada para ensinar a provação depois 
da morte, significa que o Evangelho foi pregado aos mortos enquanto estiveram vivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclução 
 
Se cada um de nós vai morrer um dia, então o mais importante é ter a segurança de 
entrar a salvo na morte. Se temos ou não temos medo de morrer, não precisamos temer 
a morte se nossos pecados estão perdoados através da fé em Jesus Cristo. Você 
deseja conhecer o Deus vivo? Você deseja reconhecer o seu pecado diante d’Ele e 
receber Seu Filho? Se assim for, recomendamos-lhe a seguinte oração: 
Senhor Jesus, eu reconheço humildemente que tenho pecado em meus pensamentos, 
palavras e ações, que sou culpado de fazer o mal deliberadamente, que meus pecados 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 24 
têm me separado da Tua Santa presença e que não tenho esperança de recomendar-
me a Ti. 
Eu creio firmemente que morreste na cruz por meus pecados, carregando-os em Teu 
próprio corpo e sofrendo em meu lugar a condenação por eles merecida. 
Já avaliei ponderadamente o custo de Te seguir. Eu me arrependo sinceramente, 
afastando-me dos meus pecados passados. Desejo entregar-me a Ti como meu Senhor 
e Mestre. Ajuda-me a não me envergonhar de Ti. 
Assim, agora eu venho a Ti. Creio que por longo tempo Tu tens estado pacientemente 
esperando do lado de fora da porta, batendo. Agora abro a porta. Entra, Senhor Jesus, 
e sê meu Salvador e meu Senhor para sempre. Amém. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 25 
 
 
 
Bibliografia 
 
Ryrie, Charles C. Bíblia Anotada Expandida 
 Ed. Mundo Cristão e SBB 
 
Buckland, Ver. A. R. Dicionário Bíblico universal 
 Ed. Vida 
 
Champlin, Russell Norman Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. São 6 vol 
 Ed. Hagnos 
 
HOUSE, H. WAYNE Teologia Cristã em Quadros 
 Ed. Vida 
 
 
 
http://www.erdos.com.br/vitrine_autor.php?id=955

Continue navegando