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Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação textual Mecanismos de coesão textual A coesão textual se trata a articulação entre as partes do texto. É a articulação entre as palavras, períodos e parágrafos. Esta relação entre as palavras que é feita através de preposições, conjunções, pronomes, advérbios e locuções verbais é chamado de coesão textual. A coesão textual pode ser: Endófora: Expressão que faz referência a algo que está dentro do texto. Ex.: Eu vi o João hoje. Ele estava sentado lá na praça. Ele é uma expressão endófora, porque está se referindo a outra parte do texto. Exófora: Expressão que faz referência a algo que está fora do texto. Ex.: Você vai se arrepender de ter feito aquilo. Aquilo é uma expressão exófora, por que está se referindo a algo que está fora do texto. Tipos de coesão textual Coesão referencial: É quando um termo é substituído, referindo-se a um outro elemento do texto Os elementos de referenciação tem como objetivo evitar de termos de termos que já foram ditos no texto. A referenciação ocorre quando acontece o fenômeno endófora, que é dividida por meio de dois movimentos, anáfora (retrospectivo) e catáfora (progressivo) Anáfora: expressão que retoma uma ideia anteriormente expressa (retrospectivo). É quando um termo que já foi dito é recuperado. Ex.: João não quis jogar ontem. Criticá-lo agora, só piora a situação. O “lo” retoma “João” Catáfora: expressão que faz referência a um termo que será citado posteriormente no texto, ou sejam antecipa uma expressão posterior do texto. Ex.: Só desejamos isto: aumento salarial! “Isto” só é recuperado depois de verificar a expressão “aumento salarial” que aparece posteriormente no texto. Coesão por Substituição: Baseia-se na substituição de um nome (pessoa, objeto e etc…), verbo ou partes do texto por palavras ou expressão que tenha sentido aproximado, evitando a repetição. Ex.: O Papa Francisco visitou o Brasil em 2013. Sua santidade acenou aos fiéis na praia de Copacabana. “Papa Francisco” foi substituído por “Sua santidade” Na substituição também pode ser usadas palavras que retomam outras já faladas, mas dando uma nova definição a ela sem que exista uma relação total com esta palavra. Ex.: Minha mãe pediu uma pizza de calabresa e eu pepperoni Coesão por conjunção Estabelece relação entre os elementos do texto através de conjunções. Ex: Ele estava fraco porque não se alimentou direito. (causa) Ele estava fraco, mas, mesmo assim, terminou a partida. (adversidades) Coesão por Elipse: Ocorre quando elemento do texto é omitido (retirado) em algum dos contextos em que deveria ocorrer, sem comprometer a clareza das ideias e assim evitando a repetição. Ex.: – João vai comprar a bicicleta? – Sim! Omitiu o sujeito João, mas o texto continuou com clareza. Ex: Cristina está fazendo o café e, ao mesmo tempo, assiste ao filme. Se não tivesse omitido Cristina na segunda expressão ficaria assim: Cristina está fazendo café e, ao mesmo tempo, Cristina assiste ao filme. Coesão Lexical: Coesão lexical por repetição (reiteração): Emprega palavras repetidas com o objetivo de realçar ou reforçar uma ideia. Pode ser usado a mesma palavra, sinônimos, antônimos, hiperônimos ou expressões nominais definidas Ex.: Questionar não é duvidar, questionar é querer saber mais! Paris, a cidade-luz, continua linda. Coesão lexical por substituição: Substitui termos por outro sem perder o sentido. Pode ser usado sinônimo, antônimo ou hiperônimo. Ex.: O seu cavalo é muito bonito. Onde você comprou este equino? Coesão sequencial: Para a coesão sequencial, são usados conjunções, conectivos e expressões que dão continuidade aos assuntos e ligam as orações para que possam ser articuladas e relacionadas. A coesão textual usa expressões que são responsáveis pela coesão sequencial nos textos. Adição/inclusão: Além disso, também, até; é certo que… Oposição: Todavia, mas, porém… Afirmação/igualdade: Na verdade, realmente… Exclusão: Senão, apenas, exceto… Enumeração: A princípio, em… Explicação: Como vimos, portanto, isto é, por exemplo… Conclusão: Por fim, finalmente, em última análise… Continuação: No geral, por sua vez… Coesão textual: Conectores principais Tempos & Modos verbais Temos três tempos verbais: Passado ou pretérito, presente e futuro. Pretérito ou passado: Aconteceu antes do instante que se fala. Ex.: Ontem fui à academia mais cedo. Presente: Acontece no instante da fala Ex.: Eu treino nesta academia Futuro: Acontecerá depois do instante da fala. Ex.: Irei à academia daqui umas duas horas O pretérito pode ser: Pretérito perfeito: O fato passado foi concluído totalmente Ex.: Ele estudou toda a matéria hoje de manhã. Pretérito imperfeito: O fato passado não foi concluído totalmente. Ex.: Ele conversava muito durante a aula. Pretérito mais-que-perfeito: O fato passado é anterior a outro fato também passado e terminado. Ex.: Quando eu cheguei na festa, ele já tinha saído O futuro pode ser: Futuro do presente: O fato acontece após o momento da fala, mas já terminado antes de outro fato futuro. Ex.: Quando sua mãe chegar, eu contarei tudo para ela. Futuro do pretérito: Um fato futuro que pode ocorrer depois de um fato passado. Ex.: Se eu tivesse os livros, estudaria nas férias. Emprego de modos verbais: Indicativo – mostra uma certeza. A pessoa que fala é precisa sobre o fato. Ex.: Eu gosto de feijoada. Subjuntivo – Mostra incerteza. A pessoa fala mostra dúvida sobre o fato Ex.: Talvez eu viaje no final de semana. Imperativo – mostra uma atitude de ordem ou solicitação Ex.: Não jogue bola agora. Formas nominais do verbo: O verbo pode ter funções de nomes (nominais), como substantivo, adjetivo e advérbio. Infinitivo impessoal (não flexiona o verbo): dá significado ao verbo de modo indefinido e vago. Ele deve ser usado em locuções verbais, sem sujeito definido, com sentido imperativo e etc.. Ex.: É preciso amar Infinitivo pessoal (flexiona o verbo): Ele deve ser usado com sujeito definido, quando desejar determinar o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e quando uma ação for correspondente. Eu pedi para as crianças lerem mais. 1ª pessoa do singular: sem desinências (eu) estudar (1ª conjugação) aprender (2ª conjugação) partir (3ª conjugação) 2ª pessoa do singular: Radical + ES (tu) estudar + es aprenderes partires 3ª pessoa do singular: sem desinências (eles) estudar aprender partir 1ª pessoa do plural: Radical + MOS (nós) estudar + mos aprendermos partirmos 2ª pessoa do plural: Radical + DES (vós) estudar + des aprenderdes partirdes 3ª pessoa do plural: Radical + EM (eles) estudar + em aprenderem partirem Gerúndio: pode servir como adjetivo ou advérbio. A ação está acontecendo no momento que se fala. Ex.: eu estou falando com você Na escola havia meninos vendendo picolés (função de adjetivo) Quando estava saindo de casa, vi um carro branco. (função de advérbio). Particípio: Resultado de uma ação que terminou, podendo flexionar em gênero número e grau. É usado na formação dos tempos compostos. O João tem dormido cedo nas últimas semanas. Domínio da estrutura morfossintática do Período Classe de Palavras. Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. Ela estuda as palavras isoladamente, não observando suas funções dentro das frases ou períodos, como faz a sintaxe. A morfologia estuda as CLASSES DE PALAVRAS, ou seja, a forma das palavras. Neste artigo veremos as classes de palavras de modo geral, para você ter uma noção sobre elas. As classes de palavras são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio. Estas classes são divididas em palavras variáveis que podem variar em gênero, número ou grau e palavras invariáveis que não variam a sua forma. Palavras Variáveis Substantivo: É a classe de palavra que nomeia os seres, coisas e ideias que existem ou imaginamos existir. Ex.: Criança, José, mesa, inveja e saci. Adjetivo: palavra que tem por função expressarcaracterísticas, qualidades ou estados dos seres; Exs: Fria, magro e escuro Artigo: palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo de modo particular (definido) ou geral (indefinido); Definido – o, a, os, as Indefinido – um, uma, uns, umas Numeral: palavra que exprime uma quantidade definida, exata de seres (pessoas, coisas etc.), ou a posição que um ser ocupa em determinada sequência; Exs.: Metade, quarto ou quinze Pronome: palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome), definindo-lhe os limites de significação; Ex.: Ele prestou socorro Verbo: Palavra que, por si só, exprime um fato (em geral, ação, estado ou fenômeno) e localiza-o no tempo; Ex.: Vou caminhar na praia Palavras invariáveis Preposição: palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo entre elas determinadas relações de sentido e dependência; Exs.: Ante, até, contra e por. Conjunção: palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras de mesma função em uma oração; Exs.: Logo, portanto e porém Interjeição: palavra (ou conjunto de palavras) que, de forma intensa e instantânea, exprime sentimentos, emoções e reações psicológicas. Exs.: Coragem!, Puxa! e Silêncio! Advérbio: palavra invariável que se relaciona com o verbo para indicar as circunstâncias (de tempo, de lugar, de modo etc.) em que ocorre o fato verbal; Exs.: Talvez, absolutamente e melhor. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração Domínio da estrutura morfossintática do período: Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Período é a frase formada por uma ou mais orações, com sentido completo O período pode ser simples ou composto. Período Simples: Formado por apenas uma oração Ex.: A noite está maravilhosa! Período composto: Formado por duas ou mais orações. Ex.: João levantou e foi para o banheiro O período composto pode ser por coordenação e subordinação: Período composto por coordenação: Quando as orações são independentes e tem sentido completo, porém sem relação sintática entre si. Ex.: Os alunos discutiram o tema, escolheram o melhor e terminam o trabalho Período composto por subordinação: Quando uma das orações(subordinada) depende sintaticamente da outra (principal) para fazer sentido. Ex.: Não fui ao treino (oração principal), por que tinha aula (oração subordinada). Período Composto por Coordenação Um período composto por coordenação é formado por orações independentes sintaticamente, ou seja, as orações não tem nenhuma dependência para serem entendidas, mas que se unem para tornar a informação mais completa e expressiva. Elas são consideradas orações coordenadas. Antes de falarmos sobre os tipos de orações coordenadas é necessário saber o que é uma conjunção coordenativa. Conjunção coordenativa: É uma conjunção usada para ligar duas orações ou palavras que têm a mesma função gramatical. Pode ser aditiva, adversativa, alternativa, conclusiva e explicativa. Temos dois tipos de orações coordenadas: Orações Coordenadas Assindéticas São as orações que não estão ligadas através de conjunção coordenativa. A ligação é feita através de uma pausa, geralmente pela vírgula. Ex: Vim, vi, venci. Orações Coordenadas Sindéticas São orações coordenadas entre si e são ligadas por uma conjunção coordenativa. São classificadas em 5 tipos: Oração coordenada sindética aditiva: Exprime uma ideia de soma à oração anterior. Algumas conjunções aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, assim….como, bem como… Exs.: Eu e minha esposa almoçamos fora e fomos ao shopping Não gosto de pimentão nem de batata-doce. Oração coordenada sindética adversativa: Exprime uma ideia de oposição à da outra oração. É obrigatório o uso de vírgula. Algumas conjunções adversativas: mas, porém, todavia, ainda assim, no entanto, entretanto, contudo. Exs.: Eu queria jogar futebol, mas a minha perna ainda dói. Eu estava indo a pé, porém começou a chover Oração coordenada sindética alternativa: Exprime ideia de opção, de alternância em relação à outra oração. Nela também é obrigatório o uso de vírgula, entre as orações, mas se tiver só uma oração a vírgula é opcional. Algumas conjunções alternativas: ou, ou…ou, nem…nem, seja...seja, ora… ora, quer… quer, já...já. Exs.: Faça o que seu pai mandou ou ficará de castigo Quer jogar de manhã, quer jogar de tarde, não para de jogar futebol Ora você está de bom humor, ora está de mau humor. Oração coordenada sindética conclusiva: Exprimem conclusão ou consequência de uma ideia relacionada à oração anterior. A vírgula também é obrigatória. Algumas conjunções conclusivas: logo, assim, portanto, por isso, por conseguinte, pois, de modo que, então… Exs.: Fui mal na prova, portanto não vou passar no concurso. Estudei muito, por isso devo passar no concurso. Oração coordenada sindética explicativa: Indicam uma justificativa ou uma explicação de uma ideia relacionada à oração anterior. É também obrigatório o uso da vírgula. Algumas conjunções explicativas: que, porque e pois (antes do verbo), ou seja, isto é, … Exs.: Conseguiu passar no concurso, porque estudou muito. Dê parabéns a ele, pois passou no concurso. Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração Período é a frase formada por uma ou mais orações, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto. Período Simples: Formado por apenas uma oração Ex.: A noite está maravilhosa! Período composto: Formado por duas ou mais orações. Ex.: João levantou e foi para o banheiro O período composto pode ser por coordenação e subordinação: Período composto por coordenação: Quando as orações são independentes e tem sentido completo, porém sem relação sintática entre si. Ex.: Os alunos discutiram o tema, escolheram o melhor e terminam o trabalho. Período composto por subordinação: Quando uma das orações(subordinada) depende sintaticamente da outra (principal) para fazer sentido. Ex.: Não fui ao treino (oração principal), por que tinha aula (oração subordinada). A uma oração principal pode-se ligar sintaticamente três tipos de orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais. 1 – Orações Subordinadas Substantivas: As orações subordinadas substantivas normalmente são ligadas pelas conjunções integrantes “que” e “se”. São seis as orações subordinadas substantivas. 1.1 – Oração subordinada substantiva subjetiva: Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de sujeito para a oração principal. Sujeito: Termo com qual o verbo concorda Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos Ex.: Não era permitido que os meninos nadassem nesta piscina. (verbos permitir e nadar) Sujeito na oração principal: Não tem O “que” é a conjunção integrante que liga as orações. Oração principal: “Não era permitido” Oração subordinada substantiva subjetiva: “Que os meninos nadassem nesta piscina” (inicia sempre com a conjunção) É subjetiva porque tem a função de sujeito da oração principal 1.2 – Oração subordinada substantiva objetiva Direta: Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de objeto direto para a oração principal. Objeto direto: É um complemento verbal que, normalmente, não é acompanhado por preposição. Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos Todos desejamos que um dia seremos felizes (verbos desejar e ser) Sujeito na oração principal: Todos O “que” é a conjunção integrante que liga as orações. Oração principal: “todos desejamos” Oração subordinada substantiva objetiva direta: “que um dia seremos felizes” (inicia sempre com a conjunção) O “Todos” é o sujeito da oração O que complementa o verbo desejar é “que todos um dia seremos felizes” que tem a função de objeto direto. 1.3 – Oração subordinada substantiva objetiva Indireta: Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com uma preposição e as conjunções“que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de objeto indireto para a oração principal. Objeto indireto: É um complemento verbal que é acompanhado por preposição Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos Ex. João não gosta de que o tratem como criança (verbos gostar e tratar) Sujeito na oração principal: João O “que” é a conjunção integrante que liga as orações. Oração principal: “João não gosta” Preposição: “de” Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “de que o tratem como criança” O que complementa o verbo gostar é “de que o tratem como criança” que tem a função de objeto indireto. 1.4 – Oração subordinada substantiva completiva nominal: Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com uma preposição e as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de complemento nominal para a oração principal. Complemento nominal: É o termo da oração que é precedido por uma preposição para complementar o sentido de um substantivo abstrato, de um adjetivo ou de um advérbio, ou seja, para ter um sentido completo. Para acharmos quais são as orações verificamos os verbos Ex.: Eu tenho a esperança de que passarei no concurso (verbos ter e passar) Sujeito na oração principal: eu O “que” é a conjunção integrante que liga as orações. Oração principal: “Eu tenho a esperança” Preposição: “de” Oração subordinada substantiva completiva nominal: “de que passarei no concurso” 1.5 – Oração subordinada substantiva predicativa Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função de predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal. Aparece sempre depois do verbo ser. Predicativo do suje ito: É o termo do predicado que tem a função de dar uma qualidade ao sujeito Ex. A verdade é que ela sempre acerta as questões. Oração principal: a verdade é Verbo de ligação: é Oração subordinada substantiva predicativa: que ela sempre acerta as questões 1.6 – Oração subordinada substantiva apositiva Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com as conjunções “que” ou “se” é a oração subordinada, que desempenha a função aposto para a oração principal. Aparece sempre depois de dois pontos. Aposto: é um termo que se une a outro para explicá-lo ou caracterizá-lo melhor Ex. Todos querem apenas uma coisa: que sejamos felizes. Oração principal: todos queremos apenas uma coisa Oração subordinada substantiva apositiva: que sejamos felizes 2 – Orações Subordinadas Adjetivas Temos duas orações onde uma é a principal e a outra que inicia com um pronome relativo é a oração subordinada, que dá uma característica para a oração principal. Pronome relativo: É um pronome que substitui um termo da oração anterior e estabelecem relação entre duas orações (que, quem, onde, cujo, o qual, a qual, os quais, as quais, quando, quanto…) Obs.: As orações subordinadas adjetivas iniciam sempre com pronome relativo (pronome relativo se refere a um termo anterior chamado de antecedente). Principais pronomes relativos: Simples > que, quem, onde, cujo, quanto Composto > o qual, a qual, os quais, as quais São duas as orações subordinadas adjetivas: 2.1 – Orações Subordinadas Adjetivas restritiva é aquela que restringe o sentido do substantivo para um ser único e não pode ser isolada por vírgulas e inicia com pronome relativo. Ex.: Toda verdura que é verde é rica em fibras Oração principal: toda verdura é rica em fibras Oração subordinada adjetiva restritiva: que é verde. 2.2 – Orações Subordinadas Adjetivas explicativa Ela explica dando mais informações e detalhes ao que se encontra no texto. Sempre está entre vírgulas e inicia com pronome relativo. A oração principal é o restante da oração. Ex.: O professor Leandro, que é o professor de história, está doente. Oração principal: o professor leandro está doente Pronome relativo: que Oração subordinada adjetiva explicativa: que é o professor de história 3 – Orações Subordinadas Adverbiais São orações que exercem a função de adjunto adverbial do verbo, tendo a mesma função que um advérbio na estrutura da oração. Ela traz uma circunstância para a oração principal. Adjunto adverbial: É o termo da oração que indica uma circunstância. Advérbio: É uma palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal São iniciadas por conjunções ou locuções conjuntivas. São relacionadas de acordo com a circunstância que apresentam Temos nove orações subordinadas adverbiais: 3.1 – Orações subordinadas adverbiais causais: Aponta a causa da ação exposta na oração principal Conjunções causais: que, porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como… Ex. Ele saiu rapidamente porque estava atrasado Conjunção causal: porque Estava atrasado é a causa dele sair rapidamente 3.2 – Orações subordinadas adverbiais consecutivas: Aponta a consequência do que ocorreu na oração principal Conjunções consecutivas: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), que, de forma que, de modo que… Ex.: Cristina estudou tanto que ficou cansada. Ficou cansada é a consequência de Cristina estudar tanto 3.3 – Orações subordinadas adverbiais comparativas: Expressa uma comparação com o acontecimento da oração principal Conjunções comparativas: como, mais do que, tal, tanto como, assim como, mais…que, bem como, que nem… Ex.: Arthur mais joga do que estuda. 3.4 – Orações subordinadas adverbiais concessivas: Aponta uma concessão ao que foi dito na oração principal, ou seja, passa uma ideia de contradição. Conjunções concessivas: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese. Ex. Embora não tenha jogado bem, eu venci a partida Foi feito uma concessão a ele, ou seja, apesar de não ter jogado bem, ele conseguiu vencer a partida. 3.5 – Orações subordinadas adverbiais condicionais: Aponta a condição para o que ocorreu ou não na oração principal Conjunções condicionais: se, a menos que, desde que, caso, contanto que, salvo se, exceto se, desde, a não ser que… Ex. Se ele cumprir sua promessa, poderemos viajar amanhã Se ele cumprir a promessa é a condição para eles poderem viajar. 3.6 – Orações subordinadas adverbiais conformativas: Aponta a ideia de conformidade, ou seja, está de acordo com o que ocorreu na oração principal Conjunções conformativas: Conforme, como, segundo… Ex. Faço feijoada conforme a receita da minha mãe. A feijoada está de acordo com a receita da mãe 3.7 – Orações subordinadas adverbiais temporais: Aponta uma circunstância de tempo expresso na oração principal Conjunções temporais: Agora que, tanto que, quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que… Ex.: Fico alegre sempre que vou à casa de minha mãe. 3.8 – Orações subordinadas adverbiais finais: Apresenta a intenção, o fim ou finalidade do que ocorre na oração principal. Conjunções finais: a fim de que, para que, que, porque… Ex.: estudei muitas vezes a matéria, para que não errasse nenhuma questão 3.9 – Orações subordinadas adverbiais proporcionais: Expressa uma ideia de proporção com o que ocorre na oração principal. Conjunções proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais… mais, quanto menos… menos… Ex.: Ele vai ficando mais forte à medida que treina. Pontuação SINAIS DE PONTUAÇÃO Os sinais de pontuação representam os recursos que usamos quando escrevemos com objetivo de reproduzir pausas como a vírgula e entonação como o ponto de interrogação. Os sinais de pontuação também servem para dar coerência e coesão ao texto, para que ele seja bem compreendido. Vírgula (,) A vírgula marca pausas indicando que os termos por ela separados não formam uma unidade sintática, apesar de estarem na mesma oração. A vírgula pode ser usada em diversas situações como: Separar o vocativo: João, vá ao supermercado comprar carne. Separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O bêbado, chorou, gritou, brigou e, enfim, sossegou. Separar o aposto: Caio, irmãode Arthur, veio assistir à palestra. Separar os nomes dos locais de datas: Vila Velha, 30 de março de 2019. Separar orações adjetivas explicativas: A animação, que você sugeriu para mim, é muito legal. Separar o adjunto adverbial no início ou meio da oração: Naquele tempo, havia mais contato entre as pessoas. Separar elementos repetitivos: Eu estou com muita, muita, muita pressa! Separar elementos de uma enumeração: meus sorvetes preferidos são os de baunilha, coco, morango e chocolate. Separar termos coordenados assindéticos: Vim, vi, venci. (Júlio César) Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas: Os jogadores de basquete, que são profissionais, recebem altos salários. Indica a supressão de uma palavra, normalmente do verbo: Eu comi uma torta de chocolate; meu filho, de coco. Ponto (.) Em abreviaturas como: Sr. ou Ltda. Ponto final (.) É usado no final de frases declarativas e imperativas para indicar uma pausa total: O joão foi jogar bola. Ponto e vírgula (;) O ponto e vírgula é usado para indicar uma pausa maior do que a vírgula, sem indicar o fim da ideia. Fica entre a vírgula e o ponto final. Pode ser usado para: Separar itens enumerados: A gramática se divide em: Fonética; Fonologia; Sintaxe; Semântica; Estilística. Separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Eu prefiro estudar matemática; meu filho, geografia; minha esposa, história. Para alongar a pausa antes das conjunções adversativas: Pode contar com minha ajuda e empenho; mas, não se esqueça de dar o seu máximo. Ponto de Interrogação (?) É usado para indicar uma pergunta direta: Você quer comer uma pizza hoje? Ponto de Exclamação (!) O ponto de exclamação é usado em frases exclamativas para indicar espanto, admiração, alegria, raiva, surpresa ou desejo. Pode ser usado também em interjeições e frases imperativas para indicar uma ordem. Viajaremos hoje! Que horror! Agora você excedeu. Faça agora! Coragem! Dois-pontos (:) Para dar uma pausa em uma frase que ainda não terminou, quando se faz uma citação ou para introduzir uma fala. Pode ser para dar um exemplo ou uma enumeração. Vá na padaria e compre para mim: leite, pão, manteiga e café Ela respondeu: não, eu não quero! Reticências (…) São usadas para indicar suspensão, interrupção ou dar ideia de continuidade de vários outros itens. Pode ser usada para extrair uma parte de um texto ou transmitir dúvidas, hesitação,… (…) ele estava saindo da casa, mas (…) (…) ele saiu da casa naquele momento. Você pode até estar certo, mas… Sabe… preciso te dizer uma coisa: eu não te amo mais. Aspas (“”) As aspas são usadas para destacar uma parte do texto, como citação de alguém, expressões estrangeiras, gírias e etc… “Não tenha medo de ter ideias ruins, ruim é não ter ideias.” (Seth Godin) Não esqueça de me dar um “feedback.” O Pedro está sempre “antenado.” Parênteses ( ) Dar mais informações sobre algo ou simplesmente indicar algo. Exemplos de uso dos parênteses: Os artigos sofrem flexão em gênero (masculino e feminino) e em número (singular e plural). Ele insistiu (mas ninguém acreditou) que foi considerado o melhor aluno da escola. (…) e seres humanos dos raios ultravioletas (causador de envelhecimento precoce) emitidos pelo Sol. Travessão (–) O travessão é indicado para introduzir uma fala ou separar uma oração. O travessão é usado, principalmente, para introduzir uma fala no discurso direto. Pode ser usado também para separar uma oração intercalada da oração principal. — Por que você diz isso? — falou Haddock. Precisamos ter fé – disse o padre – que tudo tem solução. Hífen (-) Normalmente para unir palavras: Quarta-feira, guarda-chuva, decreto-lei. Apóstrofo (’) Usado para suprimir de letras ou palavras: Pingo d’água, Vozes d’Africa ou ‘stamos. Acentuação gráfica A acentuação gráfica estuda os acentos gráficos (agudo, grave e circunflexo). Ela é relacionada com a intensidade das sílabas das palavras. Quando ela tem mais intensidade ela é tônica e quando tiver menos intensidade ela é átonas. O acento gráfico é apenas um sinal de escrita e não deve ser confundido com o acento tônico. Exemplo: Simpática Sim-pá-ti-ca A sílaba em destaque tem mais intensidade, então ela é a sílaba tônica, levando então o acento tônico. As outras sílabas de menor intensidade são as sílabas átonas. Acentos gráficos Acento agudo (´): Sílaba tônica com som aberto. Ex.: sábia Acento circunflexo (^): Sílaba tônica fechada. Ex.: fêmur Acento grave (`) Indica que há crase, ou seja, função de fusão (contração da preposição a com outra palavra). Ex.: àquele (a + aquele) Analisaremos agora como é feita a acentuação gráfica, lembrando que houve um acordo ortográfico em 1990 e que está em uso desde 2009, mas que passou a ser obrigatório a partir de 2016. As regras aqui expostas já estão dentro do acordo. Tipos de palavras ou sílabas: Oxítonas As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica (maior intensidade). Elas podem ser acentuadas com o acento agudo e o circunflexo. Acentuação das palavras oxítonas 1. Recebem acento agudo se terminadas em vogais tônicas abertas (a), (e) ou (o) seguidas ou não de (s). Exs.: Café, cipó(s), até e pontapé(s) 2. Recebem acento agudo terminadas em ditongo nasal EM e ENS Exs: Harém e haréns 3. Recebem acento agudo as palavras oxítonas terminadas com os ditongos abertos (éi), (éu) ou (ói), seguidos ou não de (s). Exs.: Papéis, chapéu e herói 4. Recebem acento circunflexo as palavras terminadas nas vogais tônicas fechadas que se grafam (e) ou (o), seguidas ou não de (s) Ex.: Português 5. Recebem acento circunflexo os verbos com pronome clítico (pronome pessoal átono de uma só sílaba) terminada em vogal fechada “e” ou “o”. Ex.: Retê-lo(s) 6. Podem receber o acento circunflexo ou átono as palavras derivadas do francês e terminadas com a vogal (e). Ex.: Croché ou crochê Paroxítonas As palavras paroxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é tônica (maior intensidade). Acentuação das Palavras Paroxítonas 1. Recebem acento agudo as paroxítonas que terminam em l, n, r, x, s, i, is, um, uns, us, ps, ã, ão, ãos e ei e eis Exs.: Réptil e hífen, córtex, fórum, bíceps, órgão e jóquei 2. Recebem acento circunflexo as palavras que contêm, na sílaba tônica, as vogais fechadas “a”, “e”, “o”. “ão(s)”, “eis (s)” ou “us” e que terminam em “l”, “n”, “r”, “x”. Exs.: Cônsul, têxtil. Zângão e ânus. ATENÇÃO: Com o novo acordo ortográfico, muitas palavras paroxítonas que eram acentuadas não são mais. Palavras com oi, ei, i, u, oo, ee, Exs.: boia, joia, alcateia, feiura, abençoo, voo, deem, leem, Proparoxítonas As palavras proparoxítonas são aquelas em que a antepenúltima sílaba é a tônica (maior intensidade). Acentuação das Palavras Proparoxítonas Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas 1. Recebem acento agudo quando a sílaba tônica é vogal aberta. Exs.: Plástico, último e pássaro. 2. Recebem acento circunflexo quando a sílaba tônica é vogal fechada Ex.: Cânfora e acadêmico. Acento diferencial A partir do Novo Acordo Ortográfico, alguns acentos diferenciais continuaram, mas outros deixaram de ser usados. As palavras Pêra, pêlo, pólo e pára não se acentua mais ficando assim: pera, pelo polo e para. Palavras compostas com o verbo parar: Para-choque e para-raios Forma de bolo: Apesar de ser opcional a acentuação (fôrma), deve-se evitar. Ainda se acentua as palavras: Pôr (diferente da preposição por) Ex.: Ele vai pôr a mesa aqui? Pôde (Poder, Passado e presente (pode)) Ex.: Ela não pôde assistir ao filme ontem, mas pode assistir hoje. Verbos ter e vir e seus compostos Ex.: Elas vêm aqui; ela vem aqui. Eles têm fome; ele tem fome. Trema O trema é um sinal gráfico auxiliar, ou seja, não é acento gráfico. Com o novo acordo ortográfico ele não é mais usado, com exceção dos substantivos próprios estrangeiros e das palavras derivadas delas. Exs: Gisele Bündchen e Müller Crase A crase não é um acento, é a contração de duas letras “a” em uma só utilizando o acento grave (`) no “a”. Para usar a crase é necessário ter uma preposição “a” e o artigo “a” de palavras femininas.Existem muitas regras para se usar a crase que acabam confundindo o estudante, então tentarei simplificar para facilitar o aprendizado, mas no final coloquei as regras para caso você queira aprofundar sobre o assunto. DICA 1 Como a crase é só com palavras femininas é só substituir a palavra por uma masculina equivalente e se o a (s) se transformar em ao (s) é por que deve-se usar a crase. Exemplos 1 Aquela aluna nunca presta atenção a aula. Substituir por ensinamentos Aquela aluna nunca presta atenção ao ensinamento. (não ficou estranho, então leva crase) Correto: Aquela aluna nunca presta atenção à aula. Exemplo 2 Estou mandando a revista a ela Substituir por ele Estou mandando a revista ao ele. (ficou estranho, então não leva crase) Correto: Estou mandando a revista a ela Exemplo 3 Estou indo a academia Substituir por clube Estou indo ao clube. (não ficou estranho, então leva crase) Correto: Estou indo à academia DICA 2 Substituir o “a” por “para a”, “da”, “na” e “pela”, se não ficar estranho deve usar a crase. Exemplo 1 Estou indo a academia Substituir por “para a” Estou indo para a academia (não ficou estranho, então usa crase) Correto: Estou indo à academia Obs.: Esta substituição de “para a” é muito utilizada quando envolve nomes de lugares Exemplo 2 Fui a Inglaterra Substituir por “para a” Fui para a Inglaterra (não ficou estranho, então usa crase) Correto: Fui à Inglaterra Exemplo 3 Fui a Curitiba Substituir por “para a” Fui para a Curitiba (ficou estranho, não usa crase) Correto: Fui a Curitiba. DICA 3 Substituir “vou a” por “volto da” (da (preposição de + a)) Exemplo 1 Vou a São Paulo Substituir por “volto da” Volto da São Paulo (ficou estranho não usa crase) Correto: Vou a São Paulo Exemplo 2 Vou a Bahia Substituir por “volto da” Volto da Bahia (não ficou estranho, então usa crase) Correto: Vou à Bahia Estas dicas te ajudarão em grande parte das situações, mas não em todas, então infelizmente existem regras que devem ser utilizadas para acertar todas as questões. Quando usar a crase: 1 – Antes de palavras femininas. Antes de palavras femininas com frases que tem substantivos e adjetivos que solicitam a preposição “a” se referindo algo. Exs.: Aquela aluna nunca presta atenção à aula. Devemos obedecer às regras do condomínio 2 – Expressões que indiquem horas, somente no caso de horas definidas e especificadas ocorrerá a crase: Retornaremos à meia-noite. Chegaremos em Vitória às 8 horas Às duas horas da tarde viajaremos 3 – locuções adverbiais que expressem ideia de tempo, lugar e modo. À tarde, à noite, à direita, à esquerda, à vontade, às claras, às vezes, às pressas, à espera Ex.: Os embalos de sábado à noite. Vire na próxima à direita Às vezes chegamos tarde para o almoço 4 – Locuções prepositivas À mercê de, às custas de, à moda de, à maneira de, à exceção de, Ex.: O aluno foi aprovado à custa de muita dedicação Obs.: Frases que subentende “à moda de” ou “à maneira de” leva crase também (Esta situação é a única maneira que vai crase com palavras masculinas também) Exs.: Bife à milanesa (subentende que é à moda de Milão, então leva crase). Bife a cavalo (não leva acento) Churrasco à gaúcha (à maneira dos gaúchos) 5 – Locuções conjuntivas À proporção de, à medida que Ex.: à medida que ficamos mais velhos aprendemos a lidar melhor com nossas perdas 6 – Preposição “a” com pronome demonstrativo “a”(ou “as”) Ex.: Sua calça é idêntica à de meu filho. 7 – Pronomes relativos “a qual” e “as quais”, depende do que vem antes Regrinha: Troca o que vem antes por palavras masculinas e “ao” ou “aos” e se não ficar estranho usa crase Exemplo 1 Há cidades mineiras as quais não consigo me comunicar. Substituir por municípios mineiros aos quais Há municípios mineiros aos quais não consigo me comunicar (não ficou estranho, então leva crase) Correto: Há cidades mineiras às quais não consigo me comunicar Exemplo 2 Aquela é a moça a qual lhe falei Substituir por moço ao qual Aquele é o moço ao qual lhe falei (se não ficou estranho, então usa crase) Correto: Aquela é a moça à qual lhe falei 8 – Aquele(s), aquela(s), aquilo Substituir por “a este”, “a esta” e “a isto” sem perder o sentido Exemplos 1: Voltei, então, aquele hotel que gostei muito! Substituir por “a este” Voltei, então, a este hotel que gostei muito! (não perdeu o sentido, então leva crase) Correto: Voltei, então, àquele hotel que gostei muito! Exemplo 2: Dediquei aquela mulher esta música. Substituir por “a esta” Dediquei a esta mulher esta música. (não perdeu o sentido, então leva crase) Correto: Dediquei àquela mulher esta música. Exemplo 3 Refiro-me aquilo que aconteceu no jogo de ontem. Substituir por “a isto” Refiro-me a isto que aconteceu no jogo de ontem. (não perdeu o sentido, então leva crase) Correto: Refiro-me àquilo que aconteceu no jogo de ontem. 9 – Expressão “à vista” Vendo à vista (leva crase no sentido de não vender parcelado (a prazo)). Vendo a vista sem a crase têm outros sentidos como: (tampar os olhos, olhando a paisagem ou mesmo vendendo os olhos) QUANDO NÃO USAR A CRASE Antes de palavras masculinas Gosto de caminhar a pé Palavras repetidas, mesmo se for femininas Precisamos conversar frente a frente Antes de verbo Minha filha está aprendendo a tocar violão Antes de palavras femininas no plural antecedidas pela preposição a: A bolsa de inglês foi dada a mulheres brasileiras Se o “a” também estiver no plural levará crase A bolsa de inglês foi dada às mulheres brasileiras Antes da maioria dos pronomes Desejamos a todos um feliz ano novo. Pronomes que pode usar crase: Dona, senhora, senhorita Eu falei à senhora não me procurar mais. Expressões que sugerem ideia de futuro ou distância A aula terminará daqui a pouco Antes de dia da semana De segunda a quinta Obs.: Só haverá crase se definirmos o dia da semana Abriremos somente às terças-feiras Antes de numeral (Com exceção de horas) A praia fica a 100 metros daqui CASOS ESPECÍFICOS PARA USAR CRASE Antes da palavra terra Usa crase no sentido de planeta Terra ou se a localidade está determinada Os soldados chegaram a terra. (terra indeterminada, não leva crase) Eles foram à terra de meus pais (terra determinada, então leva crase) Os astronautas voltaram à terra. (planeta terra) Antes da palavra casa Mesma regra: se especificar usa a crase Volta a casa mais tarde (casa indeterminada, não usa crase) Volta à casa de meus pais mais tarde (casa determinada, usa crase) Casos facultativos (pode ou não usar) Antes de pronomes possessivos femininos minha, sua e tua Ontem na aula fizeram referência a minha tia Ontem na aula fizeram referência à minha tia Antes de nomes próprios femininos (se especificar o nome leva obrigatoriamente crase) Enviei e-mail a Cristina Enviei e-mail à Cristina Enviei e-mail à Cristina do supermercado (especificou de onde é a Cristina) Depois da palavra até Pedro foi até a piscina Pedro foi até à piscina Atenção: Existem situações que o contexto da frase deve ser levado em consideração para colocar ou não a crase. Até a casa ficou debaixo d’água (sem crase, pois se colocar a crase ele estaria indo até a casa) Concordância verbal Na concordância verbal o verbo se flexiona para concordar com o sujeito gramatical. Esta flexão pode ser realizada em número (singular ou plural) e em pessoa (1.ª (eu), 2.ª(tu) ou 3.ª pessoa(ele)). Exemplo 1: Eu gosto de chocolate Eu está no singular Verbo gostar também no singular Exemplo 2: Os técnicos escalaram os times. Técnicos está no plural Verbo escalar está no plural Casos especiais de concordância verbal Sujeito formado por coletivo: O verbo concorda com o coletivo O bando assustou as pessoas Se o coletivo vier seguido de nome no plural, o verbo pode concordar com o coletivo ou com o nome. O bando de bandidos assustaram as pessoas O bando de bandidos assustou as pessoas Verbos impessoais O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular. Não possui o sujeito: Havia pessoas Tempo: Faz dois dias Fenômeno Durante o inverno, nevava muito. Partícula de indeterminação do sujeito se O verbo estabelece sempreconcordância com a 3.ª pessoa do singular. Precisa-se de empregado. Precisa-se de empregados. Partícula apassivadora se O verbo concorda com o objeto direto, podendo ficar no singular ou no plural: vende-se casa, vendem-se casas Infinitivo pessoal Você flexionará o verbo, quando o sujeito está definido, se quiser definir o sujeito ou quando o sujeito da segunda oração é diferente da primeira. Isto é para nós fazermos. Infinitivo impessoal Você não flexionará o verbo se o sujeito não está definido, quando o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos imperativos. As pessoas conseguiram entender a verdade. Foram incentivados a entender a verdade. Foram impedidos de entender a verdade. Verbo Ser O verbo concorda com o predicativo do sujeito. Oito macarronadas era muito para ele. Pronome relativo que Concorda com o termo antecedente do pronome. São eles que querem. Pronome relativo quem Ou concorda como o antecedente do pronome ou fica flexionado na terceira pessoa do singular. Amanhã serão eles quem resolverá o problema. Concordância nominal A concordância nominal se fundamenta na relação entre um substantivo e os adjetivos concordando em número e gênero. O menino estudioso passou no concurso público. Casos especiais Pronomes pessoais Adjetivo concorda em número e gênero Ela ficou animada com o resultado Ele ficou animado com o resultado Elas ficaram animadas com o resultado Eles ficaram animados com o resultado Vários substantivos Adjetivo concorda em número e gênero com o substantivo mais próximo. Bloco e caneta nova Caneta e bloco novo Caneta e blocos novos Vários adjetivos Se tem dois ou mais adjetivos no singular e tem um artigo entre eles o substantivo ficará no singular, mas se não tiver o artigo ele fica no plural. O jogador brasileiro e o argentino Os jogadores brasileiro e argentino A professora simpática e a antipática As professoras simpática e antipática Expressões é proibido, é necessário, etc.. Estas expressões formadas por um verbo mais um adjetivo, permanecem invariáveis se o substantivo a que se referem tem sentido genérico (portanto não precedido de artigo). É proibido a entrada É proibido venda Caso o substantivo esteja sendo determinado por um pronome ou artigo, a frase inteira tem que concordar com o substantivo. É proibida a entrada de animais Bastante, longe, barato Estas palavras podem ter função de adjetivo ou de advérbios Se advérbio são invariáveis Se adjetivo mesma regra de adjetivos “É hoje, que você se vende caro, Creio que você não tem razão” (Noel Rosa) Advérbio Caro. Repetirei bastantes vezes essa questão, pois ela aparece em bastantes exames Adjetivo Bastantes Um e outro Adjetivo sempre no plural Um e outro jogador talentosos Uma e outra questão respondidas Regência verbal e nominal A regência estuda as relações e subordinação entre um nome (ou um verbo) e seus complementos. Sua função é estabelecer relações entre as palavras, fazendo com que a criação de frases não tenham duplo sentido, sendo corretas e claras. A regência pode ser verbal ou nominal. REGÊNCIA NOMINAL A regência nominal estuda a relação e subordinação entre um nome (adjetivo, substantivo ou advérbio) e seus complementos através de uma preposição. Este complemento é chamado de complemento nominal que completa o nome para que ele tenha um significado claro. As preposições mais utilizadas são: por, com, a, de, em, para. Exemplos: 1. Os catadores sentem desejo por uma vida melhor. Desejo (substantivo) Complemento nominal (preposição por) 2. O professor era indulgente com nossos erros. Indulgente (adjetivo) Complemento nominal (preposição com) 3. Hoje a saúde infelizmente não está acessível a todos Acessível (adjetivo) complemento nominal (preposição a) 4. Não tenho medo de você Medo (advérbio) Complemento nominal (preposição de) 5. Ele tinha confiança em que sairia vitorioso Confiança (substantivo) Complemento nominal (preposição em) 6. Este filme é impróprio para menores de dezoito anos Impróprio (adjetivo) Complemento nominal (preposição para) REGÊNCIA VERBAL A regência verbal estuda a relação e subordinação entre um verbo e o termo da oração que o complementa. Conforme o tipo de complemento vai precisar ou não de preposição, podendo inclusive mudar o sentido do verbo. Nós temos os termos regente e regido, mas o que seria isso? Termo regente é o verbo Termo regido é o seu complemento verbal, que normalmente é o objeto direto, objeto indireto ou o adjunto adverbial. Uma coisa que você tem que ficar bem atendo é que na regência verbal, as preposições pode combinar ou contrair com artigos e pronomes: Exs: por + o = pelo em + as = nas de + isto = disto a+ a = à a + o = ao Dentro outras mais Vamos aos verbos: ACUSAR Verbo Acusar no sentido de incriminar Ela sempre costuma acusar colegas Verbo: acusar Objeto direto: colegas Com objeto direto e indireto e preposição de ou por Acusou o homem de estelionato. Acusou o réu por crime de tortura. AGRADAR Verbo agradar no sentido de mimar usa-se objeto direto. A mulher agradou o cachorrinho recém-nascido Verbo agradar no sentido de satisfazer usa-se objeto indireto com preposição a. O discurso agradou a plateia CHAMAR Verbo chamar no sentido de fazer um apelo usa-se objeto direto. João chamou a filha Verbo chamar no sentido de convocar pede objeto direto. O presidente chamou o conselho. ANTECIPAR Verbo antecipar no sentido de adiantar pode ser com objeto direto e sem complemento verbal Com objeto direto. Para ajudar seus funcionários, a empresa antecipou seus salários. Sem complemento verbal É preferível esperar que antecipar. Abaixo coloquei uma pequena lista de mais alguns verbos. As preposições mais utilizadas na regência verbal são as seguintes: Com, em, a, de, para, por e sobre. Parecer com Sonhar com viciar-se em Avaliar em Sobreviver a Pertencer a Morrer de Vingar-se de Desafiar para Convidar para Apaixonar-se por Chorar por Meditar sobre Alertar sobre Colocação dos pronomes átonos Os pronomes oblíquos átonos são os que não são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca. São eles: Singular: me, te, o, a, lhe, se. Plural : nos, vos, os, as lhes, se. Eles podem ficar em posições diferentes em relação ao verbo: Formas: Próclise: colocado antes do verbo. Há pessoas que nos afetam para sempre Mesóclise: Colocado no meio do verbo. Ajudar-te-ei na sua lição Ênclise: Depois do verbo. Refere-se a um ato falho Próclise: Coloca-se antes do verbo que o complementa Orações negativas: Ninguém se mexe. Frases exclamativas ou optativas: Deus te ajude! Conjunções subordinativas: Aceitaremos o acordo se ficar bom para nós Pronomes: Alguém me ajude a sair daqui Frases interrogativas: Quem me viu no final de semana? Advérbios: Se houver vírgula é ênclise. Aqui se vê muita miséria Advérbio (não seguido de vírgula) e o numeral ambos. Mesóclise: Colocamos no meio do verbo caso ele esteja no futuro do pretérito do indicativo ou no futuro do presente do indicativo. A mesóclise é muito utilizada na linguagem formal Diante da plateia, cantar-se-ia melhor. Ênclise: Coloca-se depois do verbo que o complementa Usado em inicio de frases com verbo ou depois de pontuação: Refere-se a um ato falho Nas orações imperativas afirmativas: Lembre-se de estudar a noite. Com o verbo no gerúndio: Fiquei sem reação, lembrando-me de acontecimentos passados. Verbo no infinitivo impessoal: leia o enunciado das perguntas cuidadosamente antes de resolvê-las Orações reduzidas do infinito: Convém dar-lhe folga amanhã. Significação das palavras: Denotação e Conotação (sentido Próprio (denotativo) e sentido figurado (conotativo)) Denotação Também conhecido como sentido próprio ou denotativo das palavras. Sentido literal da palavra ou expressão. Ela não precisa do contexto para que você a compreenda, ou seja, tem o mesmo sentido do dicionário. Como ela normalmente é usada. Exemplos: Comprei uma flor na floricultura A cobra picou a menina. Conotação Também conhecido como sentido figurado ou conotativodas palavras Já é uma palavra que depende do contexto para entender o seu significado. Este contexto pode mudar o sentido literal da palavra ou expressão. Quando a palavra é usada de modo criativo ela aumenta as possibilidades de interpretações. É muito usado em campanhas publicitárias. Utilizando as mesmas palavras dos exemplos anteriores ficará mais claro; Exemplos: A Raquel é uma flor de menina. O contexto alterou o sentido literal da palavra flor. Nesta expressão significa que Raquel é meiga e bela. Minha sogra é uma cobra O contexto também alterou o sentido literal da palavra cobra. Nesta expressão significa que a sogra é antipática e insuportável. Antônimo e Sinônimo Antônimo Antônimos (Antonímia): palavras que possuem significados diferentes, ou seja, significados opostos. Exemplos: feliz e infeliz, simpático e antipático, simétrico e assimétrico, progressão e regressão Sinônimos Sinônimos (Sinonímia): palavras que possuem significados iguais ou semelhantes. Exemplos: carro e automóvel, comprido e longo, inteiro e completo, desenvolver e crescer. Homônimos e Parônimos Homônimos (homonímia) Homônimos são palavras com escrita ou pronúncia iguais, mas significado diferente. Exs.: caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar) e rio (curso de água) e rio (verbo rir); Tipos de homônimos: homônimos perfeitos, homógrafos e homófonos Homônimos perfeitos Tem a mesma grafia e som, mas com significados diferentes Ex.: cedo (com antecedência) e cedo (verbo ceder) Homônimos homógrafos Tem a mesma grafia e som diferente e com significados diferentes. Ex.: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar) Homônimos homófonos Tem grafia diferente e mesmo som e com significados diferentes Ex: cela (cadeia) e sela (arreio) Parônimos (paronímia) Parônimos são palavras com escrita e pronúncia parecida, mas com significado diferente. Exs.: Deferi (conceder) e diferir (ser diferente) e discriminar (especificar) e descriminar (inocentar) Ambiguidade A ambiguidade também é conhecida como anfibologia e ela ocorre quando o texto não está claro dando uma duplicidade de sentido em palavras ou expressões do texto. Alguns textos até utilizam deste recurso como o poético ou literário. Outros como textos como técnicos ou informativos evitam este recurso. A ambiguidade é considerado um vício de linguagem que são desvios das normas gramaticais que atrapalham a comunicação do pensamento e normalmente ocorre por descuido ou desconhecimento da norma culta por parte da pessoa que quer passar a mensagem. Para se passar uma mensagem é necessária que ela seja clara e coerente, ou seja, ela não pode dar margem a mais de uma interpretação. Exemplos de ambiguidade como vício de linguagem: A menina disse à colega que sua mãe havia chegado. Polissemia e Monossemia Polissemia Polissemia: Prefixo poli= muitos e sufixo semia= sentidos, ou seja, muitos sentidos É uma palavra ou expressão que tem muitos significados (vários sentidos). Geralmente é da mesma classe gramatical, mesmo campo semântico ou são relacionados entre si. Ex.: Letra João de Barro que escreveu a letra da música Carinhoso. A letra inicial de Maria é “M”. A letra de seu filho é muito bonita. Apesar de terem significados diferentes elas pertencem ao mesmo conceito, são relacionados à escrita. Outros exemplos de polissemia: Dama, boca, vela e etc… Monossemia A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas um significado. Exemplos de palavras monossêmicas: Estetoscópio (instrumento médico); Porcelana (produto cerâmico) Heptágono (polígono com sete lados). Hiperonímia e hiponímia Hiperonímia A hiperonímia é representada por aquelas palavras que dão ideia de um todo, ou seja, de significado mais abrangente. O hiperônimo é uma palavra superior pois permitem a formação de subclasses relacionadas a ele. Constitui as características gerais de uma classe. Exemplos: Cor, esportes, animais e veículos. Classe: Cor (hiperônimo) Subclasse: Rosa, amarelo, verde, vermelho Hiponímia A hiponímia é representada por aquelas palavras que dão a ideia de uma parte de um todo, tendo um sentido mais restrito, por isso, é considerada uma palavra inferior pois ela se originou de outra. O hipônimo seria as palavras da subclasse do hiperônimo. Exemplos: Rosa, vólei, cavalo e carro Classe: esportes (hiperônimo) Subclasse: Natação, futebol e tênis (hipônimos) Substituição de palavras ou de textos de texto As frases reescritas devem manter a informação essencial do texto utilizando vocabulários e expressões do texto original e a ordem das palavras para que o texto mantenha seu sentido. Devemos também prestar atenção no tempo verbal A Reescrita pode ser feita através de substituição de palavras ou de trechos de textos utilizando: Sinônimos, antônimos, locução verbal, verbos por substantivos e vice-versa, voz verbal, conectivos de mesmo valor semântico: Sinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes Ex.: Aquele carro está com problema Aquele automóvel está com defeito. Antônimos: palavras que possuem significados diferentes, ou seja, significados opostos Ex.: O homem estava bravo O sujeito não estava tranquilo Locução verbal: É a união de verbos com a função de apenas um. Ex.: Vou ler este livro para meu filho Lerei este livro para meu filho Verbo por substantivo e vice-versa: Você transforma uma oração verbal em oração nominal ou vice-versa. Caminhar = caminho Resolver = resolução Trabalhar = trabalho Estudar = estudos Beijar = beijo Ex.: O trabalho é essencial para a vida Trabalhar é essencial para a vida Voz verbal: A voz assumida pelo verbo indica se o sujeito é agente ou paciente da ação. Ex.: Eu vi a mulher no supermercado A mulher foi vista por mim no supermercado Conectivos com mesmo valor semântico Os conectivos como conjunção, preposição e advérbio ajudam a dar sentido às orações. Conectivos de adição: Além disso, ainda mais, também, e… Conectivos de certeza: Por certo, certamente, com certeza… Conectivos de condição: Caso, eventualmente, se. Conectivos de conclusão: Em suma, em conclusão, enfim… Conectivos de tempo: Enfim, logo, então, logo depois, logo após… Dentre outros conectivos. Ex.: Por certo, eu vencerei esta partida. Certamente, eu vencerei esta partida.
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