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Sistema Nervoso

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SISTEMA 
NERVOSO- 
PROBLEMA 3 
OBJETIVOS: 
1. Descrever as fases de desenvolvimento 
embrionário do sistema nervoso OK 
1.1 Origem das células gliais OK 
1.2 Formação das vesículas primárias e 
secundárias OK 
1.3 Genes envolvidos (SHH, Homeobox) OK 
2. Sobre as meninges: 
2.1 Tipos ok 
2.2 Formação embriológica ok 
2.3 Funções ok 
2.4 Vascularização ok 
3. Sobre o LCR: ok 
3.1 Composição/ produção ok 
3.2 Funções ok 
3.3 Origem ok 
3.4 Relacionar com doenças (hidrocefalia) ok 
3.5 Drenagem 
4. Descrever a origem e o funcionamento 
das seguintes barreiras: 
4.1 Hematoencefálica ok 
4.2 Hemoliquórica ok 
4.3 Liquorencefálica ok 
5. Conceituar teratogênese: 
5.1 Tipos ok 
5.2 Agentes ok 
5.3 Relacionar com as principais 
malformações ok 
5.4 Entender a importância do ácido fólico na 
prevenção das malformações 
(hidrocefalia, microcefalia, meroencefalia, 
espinha bífida, mielomeningocele) ok 
TERCEIRA SEMANA DO 
DESENVOLVIMENTO: DISCO 
GERMINATIVO TRILAMINAR 
● A partir da segunda semana do 
desenvolvimento começa a aparecer a membrana 
bulcofaríngea que fica oposta a membrana 
cloacal; a partir disso passamos a ter uma ideia 
do que seria a região cranial e a região caudal 
desse embrião. A partir da região caudal, começa 
a surgir a linha primitiva que migra da membrana 
cloacal e vai em direção a membrana 
bulcofaringea (não chega até a membrana 
bulcofaringea. A linha primitiva se estende até o 
nó primitivo). 
● A partir da membrana cloacal- por meio de 
estímulos químicos, principalmente o FGF-8- 
ocorre uma pequena invaginação do epiblasto 
que irá formar a linha primitiva. Ao chegar no nó 
primitivo esse gene FGF-8 começa a induzir um 
conjunto de células a formarem outro gene que é 
o nodal. O nodal junto com o FGF-8 formará a 
notocorda (dá origem a placa neural e 
futuramente ao tubo neural). Com a formação 
dessas estruturas teremos uma noção de lado 
direito e lado esquerdo. 
● A partir da formação da linha primitiva, irão 
ocorrer expressões gênicas que irião modificar as 
células do epiblasto. Elas serão modificadas e se 
soltam da camada epiblástica, migrando para a 
região que fica entre o epiblasto e o hipoblasto 
formando o mesoderma. O epiblasto forma o 
ectoderma e o hipoblasto forma o endoderma. 
 
FORMAÇÃO DO NOTOCÓRDIO 
● As células pré-notocordais que se invaginam na 
fosseta primitiva movem-se em direção cefálica 
até chegarem na placa pré-cordal. Estas células 
pré-notocordais se intercalam no hipoblasto, de 
forma a formar a placa notocordal. 
Posteriormente, a placa notocordal irá se 
proliferar e se destacar do endoderma, formando 
o notocórdio definitivo (serve como base do 
esqueleto axial). 
● As células do notocórdio e pré-notocordais se 
estendem em sentido cefálico (cranial) até a 
placa pré-cordal e em sentido caudal até a 
fosseta primitiva. 
● O aparecimento do notocórdio e do mesoderma 
pré-cordal induz o extoderma a formar a placa 
neural. As células da placa constituem o 
neuroectoderma (indução dele é o evento inicial 
da neurulação) 
● Sofre grande influência do sonic hedgehog 
(altera as células do epiblasto para formar a 
placa neural). A placa neural então sofre 
influência do SHH (sonic hedgehog) e das BMP 
(proteínas morfogeneticas ósseas) e a medida 
que vai se proliferando, vai invaginar para formar 
o tubo neural. Quando esse tubo neural se fecha, 
o gene PAX 3 e 7 vão diferenciar as células que 
formam o tubo neural com o intuito de formar 
uma região de células sensoriais (vias aferentes) 
e uma região de células motoras (vias eferentes) 
 
NEURULAÇÃO 
● A formação do sistema nervoso tem origem do 
ectoderma e se inicia a partir da terceira semana 
de desenvolvimento da criança (18o dia), fase a 
qual corresponde a fase de NEURULAÇÃO; 
 
● O embrião passa a apresentar os 3 folhetos: 
endoderma, mesoderma e ECTODERMA. Sendo 
que o ectoderma está localizado acima da 
notocorda, porção que irá induzir o 
espessamento do ectoderma para a formação da 
PLACA NEURAL, a qual está localizada 
posteriormente à notocorda; 
● A placa neural cresce progressivamente, 
tornando-se mais espessa, e acaba sofrendo uma 
invaginação, formando o SULCO NEURAL, que se 
aprofundando formará a GOTEIRA NEURAL; 
● Esta última se funde para formar o TUBO 
NEURAL (origina elementos do Sistema Nervoso 
Central), além da formação de uma lâmina 
longitudinal lateralmente, a CRISTA NEURAL 
(Sistema Nervoso Periférico) e, assim, completa-
se o processo de Neurulação; 
● Mesmo em fases mais adiantadas, permanecem 
nas extremidades cranial e caudal do embrião 
dois pequenos orifícios que são denominados 
neuróporo rostral e neuróporo caudal; 
Observação! Antes do fechamento do neuroporos, 
a cavidade do tubo neural é preenchida por 
líquido amniótico. Com o fechamento dos 
neuroporos, a cavidade passa então a ser 
preenchida por líquido ependimário. O termo 
líquido cerebroespinhal só é usado quando 
surgem os plexos coroides. 
Crista Neural: 
● As duas estruturas que se formam ao lado do 
tubo neural, após a união das goteiras neurais 
formam a crista neural, que rapidamente irá se 
dividir e dar origem as diversas estruturas do 
SNP: 
● A crista neural é uma massa de tecido entre o 
tubo neural e o ectoderma cutâneo. Essa crista 
se diferencia e, finalmente, forma: os gânglios 
sensitivos dos nervos espinais, os nervos 
espinais, os gânglios sensitivos dos nervos 
cranianos, os nervos cranianos, os gânglios do SN 
Autônomo do sistema nervoso, a medula da 
glândula suprarrenal e as meninges. 
● Células de Schwann que estão presentes ao 
longo dos axônios periféricos, de forma 
intermitente (internódulos entre os nódulos de 
Ranvier) e são responsáveis pela produção de 
mielina e dão um aspecto branco ao axônio 
Tubo Neural: 
● Forma o sistema nervoso central 
 
O fechamento da goteira neural e a 
concomitante fusão do ectoderma diferenciado 
para a formação do tubo neural é um processo 
que se inicia no meio da goteira neural e é mais 
lento em suas extremidades. Assim, tem-se tubo 
neural no meio do embrião e goteira nas 
extremidades, nas quais existem dois orifícios, 
que são as últimas partes do SN a se fechar: 
neuróporo rostral ou anterior e neuróporo caudal 
ou posterior. 
A parede do tubo neural é formada por um 
neuroepitélio (lembram um tecido epitelial 
pseudo-estratificado). Nessa parede do tubo 
neural existirão células progenitoras, onde irão 
surgir, por exemplo, neuroblastos (vão formar 
neurônios) e os gliobastos (vão formar as células 
da glia). Entre a quarta e a quinta semana, esse 
neuroepitélio começa a sofrer indução de 
expressões gênicas que fazem com que essas 
células passem a desenvolver um fenótipo mais 
próximo da função que elas vão executar. 
CRESCIMENTO DAS PAREDES DO TUBO: é um 
processo que não é uniforme, havendo a 
formação de: 
-Placa do teto: dá origem ao Plexo e Tela corioides 
-Placa do assoalho: forma o sulco mediano do 
assoalho do IV ventrículo. 
-Placa alar: amadurecimento de neuroblastos 
para formar neurônios sensoriais. 
-Placa basal: diferenciação de neuroblastos em 
neurônios motores. 
Observação! A placa basal e a alar formam o “H” 
medular 
Observação! O sulco limitante limita as lâminas 
alares das basais. 
 
DILATAÇÕES DO TUBO NEURAL: o tubo neural, 
originalmente, não tem o seu calibre uniforme. A 
PORÇÃO CRANIAL (que dará origem ao encéfalo) 
torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo 
-> o Arquencéfalo. Já a PARTE CAUDAL (que dá 
origem à medula do adulto) permanece com o 
calibre uniforme e constitui a medula primitiva 
do embrião; 
Durante a terceira até a quarta semana de 
desenvolvimento embrionário, a parte anterior 
do tubo neural (Arquencéfalo) forma três grandes 
áreas chamadas de vesículas encefálicas 
primárias, que são denominadas por suas 
posiçõesrelativas: PROSENCÉFALO, 
ROMBENCÉFALO e MESENCÉFALO; 
Observação! Entre a medula primitiva e o 
arquencéfalo surge a flexura cervical. 
Observação! A flexura cefálica é a primeira a 
aparecer, e surge na região entre o mesencéfalo 
e o prosencéfalo; 
Observação! Uma vez estabelecida a placa neural, 
os sinais para a divisão do encéfalo nas regiões 
prosencefálica, mesencefálica e rombencefálica 
derivam-se dos genes Homeobox expressos no 
notocórdio, na placa pré-cordal e na placa neural. 
Durante a quinta semana de desenvolvimento, 
começam a se desenvolver vesículas encefálicas 
secundárias: 
1. PROSENCÉFALO (parte mais cranial) formará 
telencéfalo e diencéfalo; 
Telencéfalo: o que estamos acostumados a 
chamar de cérebro. É bastante desenvolvido nos 
seres humanos e envolve o diencéfalo, formando 
os hemisférios cerebrais, com os núcleos da 
base, a lâmina terminal e as comissuras. 
Corresponde a um contorno = Lobo límbico, 
semelhantemente ao corpo caloso que 
corresponde a um feixe de fibras que faz as 
comunicações entre os dois hemisférios 
cerebrais, com forma de ferradura; 
 Diencéfalo: permanece nas paredes do terceiro 
ventrículo, dando origem às vias ópticas, ao 
hipotálamo, ao tálamo, ao subtálamo e ao 
epitálamo; 
 
2. ROMBENCÉFALO (parte mais caudal) formará 
o metencéfalo e o mielencéfalo; 
Metencéfalo: forma a ponte e cerebelo + 
estruturas internas; 
Mielencéfalo: bulbo ou medula oblonga. 
Observação! O limite entre o metencéfalo e o 
mielencéfalo é marcado pela flexura pontina 
Observação! Possui 8 segmentos, chamados de 
rombômeros, que tem padrões de expressão 
variáveis de genes homeobox, os HOX. Esses Hox 
determinam a identidade dos rombômeros e 
especificam seus derivados. 
O ácido retinóico (retinóides) possuem um papel 
fundamental na regulação dos HOX. Se houver um 
excesso de retonóide, por exemplo, ocorre o 
deslocamento anteriormente a expressão dos genes 
Hox e faz rombômeros mais cefálicos se 
diferenciarem em tipos mais caudais. 
3. MESENCÉFALO será o mesencéfalo. 
Mesencéfalo: forma os pedúnculos cerebrais, o 
tegumento com núcleo rubro, a substância negra 
e teto com os colículos; 
 
 
Observação! Com o aparecimento do Córtex 
Cerebral e dos núcleos da substância cinzenta do 
telencéfalo e diencéfalo, as fibras que compõem 
a substância branca vão possibilitar a 
comunicação e a formação de diversas vias inter 
e intra-hemisféricas, assim como a comunicação 
entre o tronco encefálico e a medula espinhal. 
Recapitulando formação de placa neural: a partir 
da membrana cloacal terá a formação de uma 
linha primitiva que irá em direção a membrana 
bulcofaringea até chegar no nó primitivo. Quando 
chega no nó, os genes FGF e nodal irão contribuir 
para a formação de uma notocorda que irá 
promover a proliferação do epiblasto para formar 
a placa neural. Essa placa neural vai se 
espessando formando as cristas neurais (vão se 
fundir para formar o tubo neural). O tubo neural 
vai se fechando (ocorrendo da região medial para 
dois sentidos: cranial e caudal). Na região cranial 
é formado, primeiramente, as vesículas 
encefálicas primárias (na região mais caudal está 
o prosencéfalo F, depois o mesencéfalo M e depois 
e rombencéfalo H) que depois irão se dividir 
formando as vesículas encefálicas secundárias 
CAVIDADE CENTRAL DO TUBO NEURAL: A luz do 
tubo neural permanece nos adultos, no entanto 
sofre diversas modificações. A luz primitiva 
corresponde ao canal central da medula ou canal 
do epêndima. Posteriormente: 
- Cavidade dilatada do rombencéfalo= IV 
ventrículo; 
- Diencéfalo e parte mediana do telencéfalo= 
III ventrículo; 
- Mesencéfalo = aqueduto cerebral (une o III e 
IV ventrículos); 
Todas essas cavidades são revestidas pelo 
EPÊNDIMA, que é formado por tecido epitelial 
cubóide. E, com exceção do canal do epêndima, 
todas as cavidades possuem o Liquor ou LCR. 
DESENVOLVIMENTO DA MEDULA ESPINHAL 
Durante a fase de sulco neural e logo após a fusão 
das pregas neurais, o tubo neural é constituído 
por células neuroepiteliais, que formam a camada 
neuroepitelial ou neuroepitélio. Com o tubo 
neural fechado, as células neuroepiteliais dão 
origem a outro tipo celular, as células nervosas 
primitivas ou neuroblastos, que formam a 
camada do manto. Esta camada, por sua vez, 
forma a camada marginal. Portanto, a medula 
espinhal com 6 semanas é composta pelas 
seguintes zonas: 
1. ZONA VENTRICULAR: constituída por células 
neuroepiteliais da parede do tubo neural, dão 
origem a todos os neurônios e células 
macrogliais da medula espinhal; 
2. ZONA INTERMEDIÁRIA: formada por 
neuroblastos, provenientes das células 
neuroepiteliais em divisão da zona 
ventricular. Neuroblastos se tornam 
neurônios. 
3. ZONA MARGINAL: composta pelas partes 
externas das células neuroepiteliais. É a 
futura substância branca da medula 
espinhal. 
CÉLULAS DA GLIA 
Os GLIOBLASTOS se diferenciam a partir das 
células neuroepiteliais principalmente depois que 
cessa a formação dos neuroblastos. Eles migram 
da zona ventricular para as zonas intermediária 
e marginal; 
-Alguns se tornam astroblastos e então 
astrócitos, outros oligodendroblastos e então 
oligodendrócitos; 
- Quando a produção das células da macroglia é 
cessada, elas se diferenciam em células 
ependimárias – estas formam o epêndima que 
reveste o canal central da medula espinhal. 
- As células da micróglia são derivadas das 
células mesênquimais. Elas invadem o SNC mais 
tardiamente no período fetal, depois de os vasos 
sanguíneos já terem penetrado. Origina-se na 
medula óssea e faz parte do sistema 
mononuclear fagocitário. 
- A sinalização sonic hedgehog controla a 
proliferação, sobrevivência e padronização de 
células progenitoras neuroepiteliais ao controlar 
os fatores de transcrição Gli. 
MENINGES: 
➢ As meninges são membranas conjuntivas 
que envolvem o sistema nervoso central 
e são divididas em três: dura-máter, 
aracnoide e pia-máter. As duas últimas 
são consideradas como uma formação 
única, a leptomeninge (ou meninge fina). 
Já a dura-máter é considerada 
paquimeninge (ou meninge espessa). 
❖ Dura-máter: 
➢ É a meninge mais superficial, espessa e 
resistente, formada por tecido conjuntivo 
rico em fibras colágenas, contendo vasos 
e nervos. 
➢ A dura-máter do encéfalo se difere da 
dura-máter da medula espinhal por ser 
formada por dois folhetos, externo e 
interno, dos quais apenas o interno 
continua com a dura-máter espinhal. 
➢ É muito vascularizada (folheto externo) 
➢ É muito inervada. Como o encéfalo não 
possui terminações nervosas sensitivas, 
toda a sensibilidade intracraniana se 
localiza na dura-máter e nos vasos 
sanguíneos, sendo responsáveis pela 
maioria das dores de cabeça. 
➢ Em algumas áreas, o folheto interno da 
dura-máter destaca-se do externo para 
formar pregas que dividem a cavidade 
craniana em compartimentos e se 
comunicam. 
1. Foice do cérebro: septo vertical mediano, 
que ocupa a fissura longitudinal do 
cérebro, separando os dois hemisférios 
cerebrais. 
2. Tenda do cérebro: projeta-se para diante 
como um septo transversal entre os lobos 
occipitais e o cerebelo. Ela separa a fossa 
posterior da fossa média do crânio, 
dividindo a cavidade craniana em 
supratentorial (superior) e infratentorial 
(inferior). 
3. Foice do cerebelo: pequeno septo vertical 
mediano, situado entre os dois 
hemisférios cerebelares. 
4. Diafragma da sela: pequena lâmina 
horizontal que fecha superiormente a sela 
túrcica, deixando um pequeno orifício 
para a passagem da haste hipofisária. 
➢ Cavidades da dura-máter: em algumas 
áreas, os dois folhetos da dura-máter do 
encéfalo se separam, delimitando as 
cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal 
(de Meckel) que contém o gânglo 
trigeminal. Outras cavidades são 
revestidas de endotélio e contêm sangue, 
constituindo os seios da dura-mtáter.➢ Os seios da dura-máter são canais 
venosos revestidos de endotélio e 
situados entre os dois folhetos. Possuem 
parede finas, porém, mais rígidas que a 
das veias. O sangue proveniente das veias 
do encéfalo e do globo ocular é drenado 
para os seios da dura-máter e destes para 
as veias jugulares internas. Eles se 
comunicam com as veias da superfície 
externa do crânio através das veias 
emissárias. Tipos de seios da abóbada: 
1. Seio sagital superior: percorre a margem de 
inserção da foice do cérebro e termina 
próximo a confluência dos seios. 
2. Seio sagital inferior: situa-se na margem 
livre da foice do cérebro e termina no seio 
reto. 
3. Seio reto: está localizado ao longo da linha 
de união entre a foice do cérebro e a tenda 
do cerebelo e termina na confluência entre 
os seios. 
4. Seio transverso: se dispõe dos dois lados ao 
longo da inserção da tenda do cerebelo no 
osso occipital, desde a confluência dos 
seios até a parte petrosa do osso temporal 
(passa a ser chamado de seio sigmoide). 
5. Seio sigmoide: continuação do seio 
transverso até a forame jugular, onde 
continua com a veia jugular interna. Ele 
drena a quase totalidade do sangue venoso 
da cavidade craniana. 
6. Seio occipital: pequeno e irregular, se 
dispõe ao longo da margem de inserção da 
foice do cerebelo. 
➢ Seios venosos da base: 
1. Seio cavernoso: cavidade grande e 
irregular, situado em cada lado do corpo 
do esfenoide e da sela túrcica. Ele recebe 
o sangue proveniente das veias oftálmica 
superior e central, além de algumas veias 
do cérebro. Esse seio é atravessado pela 
artéria carótida interna, pelo nervo 
abducente, pelos nervos troclear, 
oftálmico, oculomotor e pelo ramo 
oftálmico do nervo trigêmeo. 
Observação! Aneurismas da carótida interna no 
nível do seio cavernoso comprimem o nervo 
abducente e, em certos casos, os demais nervos, 
determinando distúrbios típicos dos movimentos 
do globo ocular. 
2. Seios intercavernosos: unem os dois seios 
cavernoso, envolvendo a hipófise. 
3. Seio petroso superior: drena o sangue do 
seio cavernoso para o seio sigmoide. 
❖ Aracnoide: 
➢ Membrana delicada e justaposta a dura-
máter, da qual se separa pelo espaço 
subdural. Ela se separa da pia-máter pelo 
espaço subaracnóideo, que contém o 
líquido cerebroespinhal, ou liquor; 
havendo comunicação entre o espaço 
subaracnóideo do encéfalo e da medula. 
➢ Adere intimamente a superfície do 
encéfalo, o acompanhando em todos os 
giros, sulcos e depressões. 
➢ A profundidade do espaço subaracnóideo 
é variável, sendo pequena no cume dos 
giros e grande nas áreas onde parte do 
encéfalo se separa da parede craniana. 
Nessas áreas se formam as cisternas 
subaracnóideas. 
➢ Em alguns pontos, a aracnoide forma as 
granulações aracnóidea que são mais 
abundantes no seio sagital superior. Elas 
levam pequenos prolongamentos do 
espaço subaracnóideo nos quais o liquor 
está separado do sangue apenas pelo 
endotélio do seio e uma delgada camada 
aracnoide. 
❖ Pia-máter: 
➢ É a mais interna das meninges, 
aderindo-se a superfície do encéfalo e 
da medula. 
➢ A sua porção mais profunda recebe 
numerosos prolongamentos dos 
astrócitos do tecido nervoso 
constituindo a membrana pio-glial. 
➢ Ela da resistência aos órgãos 
nervosos. 
➢ Acompanha os vasos que penetram o 
tecido nervoso a partir do espaço 
subaracnóideo, formando a parede 
externa dos espaços perivasculares 
(onde contem liquor, que forma um 
manguito protetor em torno dos 
vasos; sendo importante para 
amortecer o efeito da pulsação das 
artérias ou picos de pressão). 
LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO: 
➢ Conhecido também como liquor ou 
líquido cerebroespinhal é um fluido 
aquoso e incolor que ocupa o espaço 
subaracnóideo e as cavidades 
ventriculares. 
➢ Possui função de proteção mecânica do 
sistema nervoso central, formando um 
coxim entre o SNC e o estojo ósseo. Ou 
seja, qualquer pressão ou choque em um 
ponto desse coxim, segundo o princípio de 
pascal, irá se distribuir igualmente a 
todos os pontos. 
➢ O SNC fica totalmente submerso nesse 
líquido o que, de acordo com o princípio 
de Arquimedes, torna-o mais leve; 
reduzindo o risco de traumatismos do 
encéfalo resultantes do contato com os 
ossos do crânio. 
➢ Os locais de PRODUÇÃO são os PLEXOS 
COROIDES (redes de capilares nas paredes 
dos ventrículos); 
➢ Os capilares são recobertos por CÉLULAS 
EPENDIMÁRIAS, que formam o líquido 
cerebrospinal a partir do plasma 
sanguíneo, por filtração e secreção. Como 
as células ependimárias são unidas por 
junções oclusivas, os materiais que 
entram no LCS, provenientes dos 
capilares, não vazam entre as células. 
Essa barreira hematoliquórica permite 
que certas substâncias entrem no LCR, 
mas exclui outras, protegendo o encéfalo 
de substâncias potencialmente nocivas 
transportadas pelo sangue; 
➢ O principal local de REABSORÇÃO do LCR 
pelo sistema venoso é através das 
vilosidades ou granulações aracnóideas, 
que penetram nos seios venosos 
intracranianos e, em menor quantidade, 
através das bainhas pia-aracnóideas que 
envolvem as raízes raquianas e dos nervos 
cranianos, atingindo, por essa via, os 
vasos linfáticos situados fora das 
meninges; 
➢ O volume total do liquor é de 100 ml a 150 
ml, renovando-se completamente a cada 
8 horas. 
➢ Os plexos corioides produzem cerca de 500 
ml por dia através da filtração seletiva do 
plasma e da secreção de elementos 
específicos. 
➢ Ele é produzido pelo plexo corioide, porém, 
estudos mais recentes mostraram que o 
liquor é produzido mesmo na ausência 
desses plexos, visto que o epêndima das 
paredes ventriculares é responsável por 
40% do total de liquor formado. 
➢ Sua formação envolve transporte ativo de 
Na+Cl-, através das células ependimárias 
dos plexos corioides, acompanhando certa 
quantidade de água, necessária a 
manutenção do equilíbrio osmótico. 
Origem: 
➢ Começa a se formar durante a 5ª semana, 
produzido pela tela corióide dos 
ventrículos laterais (4º ventrículo e 3º 
ventrículo); 
➢ Através das aberturas mediana e lateral, 
o LCE passa para o espaço subaracnóide. 
É absorvido pelas vilosidades aracnóideas, 
que são protusões da aracnóide nos seios 
venosos da dura-máter; 
 
Circulação: 
➢ O sistema ventricular, por onde o líquor 
circula, é formado por quatro cavidades: 
os ventrículos laterais (direito e 
esquerdo), o terceiro ventrículo (cavidade 
do diencéfalo) e o quarto (na frente do 
cerebelo); 
➢ Depois de circular nessas cavidades, o 
líquor vai migrar para o espaço 
subaracnóide do encéfalo e da medula 
espinhal. De lá, vai escoar por forames, 
que são canais que ligam essas 
estruturas. 
➢ Dos dois ventrículos laterais, o líquor vai 
para o terceiro ventrículo, atravessando o 
forame de Monro ou forame 
interventricular. Do terceiro para o 
quarto ventrículo, o líquor vai escoar pelo 
forame de Sylvius ou aqueduto cerebral. 
➢ Quando o líquor chega no quarto 
ventrículo, ele deve ser distribuído para a 
medula e para o encéfalo, 
respectivamente por meio do forame de 
Magendie, ou abertura mediana, e do 
forame de Luschka ou aberturas laterais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Correlação com a hidrocefalia: 
É justamente o aumento da quantidade e da 
pressão do liquor, levando a dilatação dos 
ventrículos e compressão do tecido nervoso de 
encontro ao estojo ósseo. Existem dois tipos de 
hidrocefalia: 
1. Hidrocefalia comunicante: resultam do 
aumento na produção ou deficiência na 
absorção do liquor, em razão de processos 
patológicos dos plexos corioides ou dos 
seios da dura-máter. 
2. Hidrocefalia não comunicante: são mais 
frequentes e resultam da obstrução no 
trajeto do liquor, podendo ocorrer em 
vários locais, como por exemplo: forame 
intraventricular; incisura da tenda 
(impede a passagem do liquor do 
compartimento infratentorial para o 
supratentorial,provocando dilatação de 
todo o sistema ventricular); entre outros. 
BARREIRAS ENCEFÁLICAS: 
❖ São dispositivos que impedem ou 
dificultam a passagem de substâncias 
entre o sangue e o tecido nervoso 
(barreira hematoencefálica) ou entre o 
sangue e o linquor (barreira 
hematoliquórica). 
❖ Regulam a passagem, para o tecido 
nervoso, não só de substâncias a serem 
utilizadas pelos neurônios, mas também 
de medicamentos e substâncias tóxicas. 
Barreira Hematoencefálica: 
❖ Apesar do nome, essa barreira também 
existe na medula. 
❖ Do sangue para o tecido nervoso 
❖ Neuropilo → espaço existente no SNC 
entre os vasos e os corpos dos neurônios 
e das células gliais. 
❖ Capilar cerebral → formado pelo endotélio 
e por uma membrana basal muito fina. 
Por fora, os pés vasculares dos astrócitos 
formam uma camada quase completa em 
torno do capilar. Os endotélios 
apresentam quatro características 
básicas que os diferenciam dos demais 
capilares: 
a)Células são unidas por junções intimas que 
impedem a penetração de macromoléculas (não 
estão presentes nos capilares em geral). 
b)Não existem fenestrações e são raras as 
vesículas pinocíticas (estruturas importantes 
para o transporte de macromoléculas). 
c)Células endoteliais não são contráteis. Assim, o 
cérebro fica protegido em situações que há 
grande liberação de histamina na circulação 
(quadros alérgicos). 
Barreira hemoliquórica: 
❖ Do sangue para o LCS 
❖ Localiza-se nos plexos coroides. 
Substâncias são barradas no nível da 
superfície do epitélio ependimário voltada 
para a cavidade ventricular. O epitélio 
ependimário possui junções que unem as 
células próximas a superfície ventricular 
e impede a passagem de macromoléculas. 
Barreira liquorencefálica: 
❖ Do LCS para o tecido nervoso; 
❖ Está situada na pia-máter, mas seu 
funcionamento ainda não foi bem 
explicado. 
Observação! A barreira líquorencefálica é mais 
fraca, dando passagem a um maior número de 
substâncias que as outras; 
- Sendo a barreira líquorencefálica muito fraca, 
às vezes há vantagem em se introduzir 
medicamentos no líquor ao invés de no sangue 
para que entre mais rapidamente no tecido 
nervoso; 
- Em áreas de função endócrina a barreira 
hematoencefálica não existe, o que ocorre devido 
à troca de substâncias necessária entre o sangue 
e o tecido. No resto do tecido, a permeabilidade 
é variável. 
AGENTES TERATOGÊNICOS 
 Define-se como agente teratogênico 
qualquer substância, organismo, agente 
físico ou estado de deficiência, que 
estando presente durante a vida 
embrionária ou fetal, produz alteração na 
estrutura ou função da descendência. 
 Os danos causados pela teratogenicidade 
envolvem morte celular, alterações de 
crescimento e/ou diferenciação celular e 
outros processos morfogenéticos, que em 
geral vão afetar mais de um tipo de tecido 
e órgão. 
Podem ocorrer por interação genética 
(20-30%), causas ambientais (7-10%), 
causa multifatorial (20%), ou ainda 
permanecer com a etiologia desconhecida 
mesmo após investigação aprofundada 
(maioria dos casos). 
 Esses danos podem ser agrupados nas 
seguintes classes: perda do concepto (por 
abortamento ou morte fetal), 
malformações, retardo de crescimento 
intrauterino e deficiências funcionais, 
englobando também a deficiência 
intelectual. Vale ressaltar que as 
manifestações provocadas pelos agentes 
teratogênicos dependem de várias 
condições, dentre elas o estágio de 
desenvolvimento do bebê, a relação entre 
dose e efeito, o genótipo materno-fetal, 
além dos mecanismos específicos de cada 
teratógeno. 
 
 
 
 
 
➔ AGENTES X ANOMALIAS CONGÊNITAS 
DROGAS: 
ÁLCOOL ► Síndrome do alcoolismo fetal (SAF): 
retardo do crescimento intrauterino; deficiência 
mental; microcefalia; anomalias articulares; 
distúrbios cognitivos e neurocomportamentais. 
COCAÍNA ► Retardo do crescimento intrauterino; 
prematuridade; microcefalia; infarto encefálico; 
anomalias urogenitais. 
TETRACICLINA ► Dentes manchados; hipoplasia 
do esmalte. 
VÍRUS: 
CITOMEGALOVÍRUS ► Microcefalia; perda 
neurossensorial; desenvolvimento 
mental/psicomotor retardado; hidrocefalia; 
paralisia cerebral. 
VÍRUS DA RUBÉOLA ► Retardo de crescimento 
intrauterino; retardo do crescimento pós-natal; 
anomalias cardíacas e dos grandes vasos; surdez 
neurossensorial; deficiência mental; 
sangramento neonatal. 
ALTOS NÍVEIS DE RADIAÇÃO IONIZANTE: 
Microcefalia; deficiência mental; anomalias 
esqueléticas; retardo do crescimento. 
PRINCIPAIS MALFORMAÇÕES 
❖ Espinha bífida: é um defeito congênito que 
ocorre quando os ossos da coluna não se 
formam completamente. 
Primordialmente isto ocorre no início da 
gravidez. Como resultado observamos 
uma abertura da coluna nas costas, 
geralmente no fim da coluna. 
 
1. Espinha bífida oculta: : É um defeito nos 
arcos vertebrais que é coberto por pele e 
geralmente não envolve o tecido neural 
subjacente. Ocorre na região lombossacra 
(L4- S1) e geralmente é marcada por um 
tufo de pelos que recobre a região 
afetada. O defeito, que é devido a uma 
falta de fusão dos arcos vertebrais. 
2. Mielomeningocele: É um tipo de espinha 
bífida aberta. Logo é a forma mais grave 
da doença. Na mielomeningocele, uma 
porção da medula espinhal do bebê e dos 
nervos adjacentes se projetam através de 
uma abertura na coluna vertebral. Um 
disco ou bolsa exposta e plana é visível 
nas costas. Isso expõe a medula espinhal 
do bebê ao líquido amniótico no útero da 
mãe e pode ser prejudicial ao 
desenvolvimento do bebê. Portanto a 
mielomeningocele é o único tipo de 
espinha bífida que expõe a medula 
espinhal do bebê ao líquido amniótico. 
3. Meningocele: Ocorre quando a medula 
espinhal e o tecido nervoso não se 
projetam para dentro do saco. Neste caso, 
a lesão é geralmente coberta pela pele. 
4. Lipomielomeningocele: É um tipo de 
espinha bífida em que a medula espinal no 
saco é coberta por gordura e pele. 
Observação! A hidrocefalia desenvolve-se em 
praticamente todos os casos de espinha bífida 
cística porque a medula espinal encontra-se 
presa a coluna vertebral, prendendo-o no forame 
magno, interrompendo o fluxo de LCR que nasce 
com anencefalia pode ser natimorto ou 
sobreviver apenas algumas horas ou dias após o 
nascimento 
❖ Anencefalia: Bebê que nasce com cérebro 
subdesenvolvido e crânio incompleto. A 
anencefalia é um defeito na formação do 
tubo neural de um bebê durante o 
desenvolvimento. Um bebê que nasce com 
anencefalia pode ser natimorto ou 
sobreviver apenas algumas horas ou dias 
após o nascimento. 
❖ Hidrocefalia: Acúmulo de líquido nas 
cavidades internas do cérebro. O fluido 
extra exerce pressão sobre o cérebro e 
pode causar danos cerebrais. É mais 
comum em crianças e idosos. A 
hidrocefalia é caracterizada pela 
dilatação da cabeça nos bebês. Adultos e 
crianças mais velhos sofrem dores de 
cabeça, comprometimento da visão, 
dificuldades cognitivas, perda de 
coordenação motora e incontinência. O 
tratamento costuma ser um tubo (shunt) 
inserido cirurgicamente em um ventrículo 
para drenar o excesso de líquido. 
❖ Holoprosencefalia: A holoprosencefalia 
(HPE) é uma má formação cerebral 
complexa resultante da clivagem 
incompleta do prosencéfalo (o lóbulo 
frontal do cérebro do embrião), entre os 
dias 18 e 28º de gestação. Na HPE o lóbulo 
frontal do cérebro do embrião não se 
divide para formar os hemisférios 
cerebrais bilaterais (as metades esquerda 
e direita do cérebro), causando defeitos 
no desenvolvimento da face, na estrutura 
e no funcionamento do cérebro de 
gravidade variáveis. 
Existem 3 tipos: 
1. Holoprosencefalia alobar é o tipo mais 
grave, na qual o cérebro não consegue se 
separar e se associa geralmente a 
anomalias faciais severas. 
2. Holoprosencefalia semilobar, na qual os 
hemisférios do cérebro têm uma leve 
tendência a se separar, constitui uma 
formaintermedia da doença. 
3. Holoprosencefalia lobar, na qual existe 
uma evidência considerável de separação 
dos hemisférios do cérebro, é a forma 
menos grave. Em alguns casos de 
holoprosencefalia lobar, o cérebro do 
paciente pode ser quase normal. 
❖ Macrocefalia: ocorre quando há um 
aumento craniano anormal, maior do que 
o tamanho padrão indicado para bebês e 
crianças com o mesmo sexo e idade. A 
medição do crânio é um dos indicadores 
mais importantes para detectar a 
condição. 
❖ Microcefalia: é uma condição neurológica 
rara que se caracteriza por anormalidades 
no crescimento do cérebro dentro da 
caixa craniana. Em geral, ela ocorre 
quando os ossos do crânio se fundem 
prematuramente e não deixam espaço 
para que o cérebro cresça sem que haja 
compressão das suas estruturas. A 
alteração pode ser congênita ou 
manifestar-se após o nascimento 
associada a outros fatores de risco 
(doença secundária). Algumas crianças 
portadoras de microcefalia têm 
inteligência e desenvolvimento normais 
apesar de a circunferência do crânio ser 
menor do que as estabelecidas nas tabelas 
de referência para sua idade e sexo. 
 
 
ÁCIDO FÓLICO 
❖ O ácido fólico é fundamental para o 
fechamento do tubo neural, qualquer erro 
em sua formação pode resultar em 
problemas estruturais e funcionais que se 
estendem por toda a vida do indivíduo. 
Portanto, preconiza-se a reposição do 
folato até o terceiro mês de gestação, 
período no qual o fechamento do tubo 
neural se completa. 
❖ Conhecido como folato ou folacina, é 
derivado do ácido pterotiglutámico e 
participa do metabolismo celular. 
Integrante do grupo de vitamina B, essa 
substância hidrossolúvel é encontrada em 
vegetais verdes e vísceras de mamíferos. 
❖ Durante o período gestacional ocorre o 
depósito de poliglumatos pela via das 
FBPs (proteínas de ligação de folato) no 
soro e leite; além do fluido cérebro 
espinhal, placenta e cordão umbilical, 
regiões que permitem a passagem do 
ácido fólico da mãe para o feto. A 
presença do folato é fundamental para a 
formação do tubo neural que dará 
origem ao sistema nervoso central 
(encéfalo e medula espinhal) da criança. 
Observação! Existe a problemática de que 
muitas mulheres só descobrem a gravidez 
por volta do segundo mês de gestação. 
Perante esse problema, em 13 de dezembro 
de 2002, a Agência de Vigilância Sanitária 
(ANVISA) redigiu a Resolução da 
Diretoria Colegiada (RDC) n. 344, que torna 
obrigatória a fortificação de ferro e de ácido 
fólico nas farinhas de trigo e nas farinhas de 
milho, assim o folato permanece 
em concentração adequada durante a fase 
fértil. 
❖ O acompanhamento da concentração de 
folato sérico no organismo da mulher 
deve ser feita com até três meses antes 
da concepção, pois a reposição nem 
sempre é alcançada com a ingestão 
nutricional, o que remete a reposição 
medicamentosa. 
❖ O diagnóstico é feito com a coleta do 
sangue total, utilizando anticoagulante, 
ou com o soro do paciente em jejum de 4 
a 24 horas. O método de dosagem é feito 
por quimiluminescência que mensura a 
concentração da vitamina. Os valores 
normais para gestantes são de 55 a 1.100 
ng\mL (sangue total) e 3 a 17 ng\mL 
(soro).

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