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MS ♦ MÁRIO SALES Objetivos de aprendizagem – MAPA 1 - GENÉTICA - MOD 3 1. Descrever o fenótipo e a história natural da Síndrome de Turner. • Em torno de 50% das meninas afetadas têm cariótipo 45,X; aproximadamente 80% têm perda do X paterno. • Fenótipo entre os mosaicos pode ser variável, desde o quadro típico da síndrome de Turner até o normal. Ocasionalmente, as meninas afetadas têm um X normal e um X em forma de anel. • Algumas meninas afetadas têm um X normal e um isocromossomo de braço longo formado pela perda do braço curto e desenvolvimento de um cromossomo com dois braços longos do cromossomo X. • Essas meninas tendem a apresentar muitos aspectos do fenótipo de Turner, do que se infere que o braço curto do cromossomo X parece ter papel importante na determinação do fenótipo. 2. Citar a epidemiologia e relatar como é realizado o diagnóstico da Síndrome de Turner • A síndrome de Turner ocorre em cerca de 1/2.500 nascimentos femininos em todo o mundo. Entretanto, 99% dos fetos 45,X abortam espontaneamente. • No Brasil, Síndrome de Turner é a anormalidade dos cromossomos sexuais mais comum nas mulheres, ocorrendo em 1 a cada 1.500-2.500 crianças do sexo feminino nascidas-vivas • O diagnóstico definitivo da síndrome de Turner requer a realização de cariótipo. • Aparência clínica • Testes citogenéticos por cariotipagem, análise FISH e/ou análise cromossômica por microarranjo • Testes para eventos associados MS ♦ MÁRIO SALES 3. A falta do material genético proveniente do cromossomo X pode ocorrer de formas diferentes, cite os principais cariótipos possíveis para uma paciente com Síndrome de Turner. • Cariótipo 46, X iso • Cariótipo 46, X com cromossomo sexual anormal • Mosaicismo cromossômico, 45, X/46, XX ou XY • Mosaicismo cromossômico, 45, X/outras linhagens celulares com cromossomo sexual anormal • Outras variantes da síndrome de Turner 4. Descrever o manejo clínico da Síndrome de Turner de acordo com as diferentes faixas etárias. • A terapia inicial com estrógenos em baixas doses visando ao ganho de estatura é passível de críticas, pois tais hormônios, ainda que aumentem a velocidade de crescimento, levam também à fusão epifisária. • Momento do início: quando a paciente com ST estiver abaixo do percentil cinco da curva de crescimento para meninas da mesma idade • Interrupção do tratamento: estatura final alcançada, idade óssea > 14 anos ou crescimento < 2 a 2,5cm/ano • O tratamento hormonal de crescimento deve ser monitorizado a cada 3 a 6 meses MS ♦ MÁRIO SALES 5. Definir aconselhamento genético (citando seus passos) e mencione o risco de recorrência da Síndrome de Turner para os pais da paciente em questão • compreender os fatos médicos, incluindo o diagnóstico, provável curso da doença e as condutas disponíveis; • entender como a genética contribui para a doença e o risco de recorrência para parentes específicos; • avaliar as alternativas para lidar com o risco de recorrência, inclusive nos casos em que é possível a realização de Diagnóstico Genético Pré- Implantacional; • escolher o curso de ação que pareça apropriado em virtude do seu risco, objetivos familiares, padrões éticos e religiosos, atuando de acordo com essa decisão; • ajustar-se, da melhor maneira possível, à situação imposta pela ocorrência do distúrbio na família, bem como à perspectiva de recorrência da doença. • O risco de recorrência do síndrome de Turner não está aumentado em futuros filhos de um casal que já tenha uma filha com este síndrome. No entanto, nas mulheres férteis com a síndrome de Turner (mosaicos) existe um risco de anomalias cromossómicas em futuros filhos e como tal deve ser proposto o diagnóstico pré-natal. https://www.procriar.com.br/fertilizacao-in-vitro-com-diagnostico-genetico-pre-implantacional-pdg-pgs https://www.procriar.com.br/fertilizacao-in-vitro-com-diagnostico-genetico-pre-implantacional-pdg-pgs MS ♦ MÁRIO SALES Objetivos de aprendizagem extramapa 1. Descrever os principais métodos de investigação pré-natal das cromossomopatias, citando suas possíveis complicações e idade gestacional recomendada para cada exame. Ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre: avalia a anatomia do bebê. No exame também são realizadas algumas medidas do feto, como o osso nasal e a translucência nasal. O diagnóstico tem como objetivo identificar malformações, assim como avaliar o risco de o bebê ter doenças genéticas, em especial a Síndrome de Down. Marcadores bioquímicos maternos de primeiro trimestre: o método permite identificar a existência de duas substâncias no sangue materno (B-HCG livre e PAPP-A). E em associação com os dados do ultrassom morfológico do 1° trimestre e a idade materna estima-se a probabilidade do bebê ser portador de anomalias genéticas, como (Síndromes de Down, de Edwards, de Patau, de Turner e Defeitos abertos do tubo neural – DNT). Ultrassonografia morfológica de segundo trimestre: avalia toda a morfologia Ultrassom (3D ou 4D): esse exame é um complemento do ultrassom tradicional. Permite ver o rostinho do bebê e avaliar com mais precisão alguma malformação, já que as imagens são mais detalhadas. O período mais indicado para se realizar um ultrassom 3D ou 4D é entre a 26ª e a 30ª semanas de gravidez. Marcadores bioquímicos maternos de segundo trimestre: realiza-se novamente um teste para calcular a probabilidade de o bebê ser portador de anomalias genéticas. Neste método são analisados a idade materna, os níveis alfafetoproteína (AFP), B-HCG livre e estriol não conjugado ou livre (uE3) no sangue materno e os dados do ultrassom obstétrico. MS ♦ MÁRIO SALES 2. Discutir sobre outras cromossomopatias importantes (Síndrome de Down, Patau, Edwards, Klinefelter) dando ênfase em seus aspectos clínicos e genéticos. Síndrome de Down - Trissomia do Cromossomo 21 Características da Síndrome de Down – Os principais fenótipos relacionados à síndrome de Down são: língua para fora da boca ou protusa, baixa estatura, orelhas com implantação baixa, olhos oblíquos, pescoço grosso, mãos curtas com única dobra na palma, deficiência mental e cardíaca em graus variáveis. Síndrome de Edwards É causada pela trissomia do par 18 de cromossomos. Estima-se que aproximadamente 95% dos casos dessa trissomia resultem em aborto natural. A incidência de nascimentos é de 1 para 8000. Apresenta fenótipos variáveis, geralmente com graves alterações nos sistemas nervoso e cardiovascular, o que faz com que menos de 10% das crianças com esta síndrome cheguem ao primeiro ano de vida. Síndrome de Patau É a trissomia autossômica viável mais deletéria e, portanto, a menos frequente (1:25000 nascimentos). Isto ocorre, pois, os fenótipos gerados pelo cromossomo a mais no par 13 produzem altas taxas de mortalidade antes do nascimento e baixa sobrevida (menos de 5% dos nascidos vivos chegam a um mês de vida). Como dito, as malformações causadas pelo cromossomo extra são bastante severas, produzindo fendas na boca e na face, deformações oftálmicas, alterações gravíssimas no sistema nervoso e cardiovascular. O cariótipo dos indivíduos com Síndrome de Patau é representado por 47, XX +13 (meninas)ou 47, XY +13 (meninos). Síndrome de Klinefelter: Ocorre a adição de um cromossomo X ao par sexual masculino normal (XY). Logo, o cariótipo desses indivíduos será representado por 47, XXY. Como os indivíduos possuem dois cromossomos X, um deles permanece condensado mesmo no núcleo interfásico. Os indivíduos com esta característica são fenotipicamente homens, porém, por conta do cromossomo X a mais, apresentam características femininas, como a formação e seios (ginecomastia). Além disso, há baixo desenvolvimento do aparelhoreprodutor e das características sexuais secundárias masculinas e estatura acima da média. Síndrome de Edwards Síndrome de Patau Síndrome de Klinefelter:
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