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Desenvolvimento humano e social A2

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Desenvolvimento humano e social
Faça uma pesquisa sobre os Relatórios de Desenvolvimento Humano e Social Brasileiro produzidos pela Organização das Nações Unidas/PNUD, que são a nível mundial, nacional e regional. Escolha um tema e um conjunto de dados presentes em algum destes Relatórios e realize relações com o passado escravista brasileiro. Lembre-se que entre estas características, além da escravidão, estão, por exemplo, a ausência de trabalho assalariado, economia baseada em bens primários por meio de latifúndios, ausência (ou um número ínfimo) de indústrias. Ao final, disponibilize sua pesquisa no fórum da seção “Compartilhe”.
	Em 2020, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o IDH do Brasil cresceu de 0,762 para 0,765. Entretanto, caiu cinco posições no ranking, em comparação ao ano anterior, ficando em 84º lugar entre 189 países.
	O relatório mostrou que apesar de não ter tido um retrocesso, o ritmo de avanço do Brasil foi mais lento do que o de outros países, o que o fez perder posições, permanece no grupo de nações com alto índice de desenvolvimento humano.
	Contudo, A desigualdade de renda do trabalho no Brasil bateu recorde no segundo trimestre de 2020, por conta da pandemia, atingiu a economia brasileira em um momento ruim. 
	Essa queda na renda afetou as diferentes parcelas da população de forma desigual. A dissimetria aponta que quem pertence à metade da população com menor renda foi mais prejudicado, perdendo mais de um quarto da renda do trabalho, na média. Os 10% mais ricos também tiveram perdas de rendas, mas não tão significativas. Esse contraste ajuda a esclarecer o crescimento da desigualdade da renda do trabalho no Brasil na pandemia.
	É de se notar, que a maior parte de desempregados, é a população negra, que pode ser representado por 64,2% do total de 13,7 milhões sem ocupação, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao mesmo tempo em que 34,6% dos trabalhadores brancos estavam em serviços informais, entre os pretos ou pardos era de 47,3%, sendo reflexo de uma sociedade escravista
	Em relação a saúde, em plena pandemia, é importante ressaltar que, negros e negras somam 43,1% dos hospitalizados, e equivalem mais da metade das mortes, 50,1%, contra 47,7% de pessoas brancas. A interação entre desigualdade social, subnutrição e precárias condições sanitárias transforma-se em uma zona em que o espalhamento do coronavírus seja facilitado. O organismo humano, sob esses condicionantes, apresenta uma imunidade de baixa resistência e pouca capacidade para sobreviver ao enfraquecimento provocados pelo vírus.
Importante frisar que a pandemia da covid-19 tem consequências distintas para a classe trabalhadora, negra, pobre e para as mulheres, ou seja, ela é definida pelo recorte de raça, classe e gênero. Essa desigualdade social atinge graus extremos de crueldade quando impõe sobre os infectados a culpa por esta condição.

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