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Cultura religiosa

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CULTURA RELIGIOSA
1- Por que Cultura Religiosa na Universidade? Como compreender o fenômeno religioso? O que você está sentindo em relação à Cultura Religiosa e, quais são as suas expectativas a respeito do estudo proposto? 
	A sociedade ocidental é fortemente influenciada pela religião cristã, O Brasil, apesar de hegemonicamente cristão, também é fortemente marcado por religiões de matriz africana e indígena. Estudar os fenômenos religiosos é também compreender aspectos importantes da sociedade. Acredito que o estudo proposto, enriquecerá minha bagagem de conhecimento. 
2- De modo objetivo e sucinto, indicar a resposta dada, em cada capítulo, para a pergunta "O que é religião?" e, com base na sua experiência de vida e de outros conhecimentos compartilhados no meio familiar e social em que você vive, fazer uma avaliação crítica da resposta, posicionando-se a favor ou contra ela. Livro do “O que é religião?”, de Rubem Alves. 
	No primeiro capítulo “Perspectivas’, subentende-se que a religião não é mais protagoniza mais os fenômenos das sociedades, hoje ela é restrita ao campo sacerdotal, e da fé. A sociedade contemporânea e tecnológica afasta cada vez mais a religião dos campos sociais e científicos, acredito que essa afirmação está correta. É só observar, como até poucas décadas atrás, a religião tinha um papel importante e por vezes protagonista na vida do sujeito e nas famílias, com o avanço tecnológico, e o crescimento dos campos científicos, surgiu uma exclusão da religião de vários segmentos da sociedade. 
	No segundo capitulo “Os símbolos da ausência’, a religião é resultado do valor sagrado que o homem deu aos seus símbolos, que por fim fracassaram. Os animais diferentemente do homem, reproduz os seus saberes sem necessariamente precisar criar símbolos e signos, já o ser humano, precisou e precisa sempre estar alimentando uma cultura, a qual ele dará o valor de sabedoria, que precisa ser repassada. É desta maneira que a humanidade ainda persiste. A cultura e os símbolos sagrados, é o que ainda mantém a humanidade (humanizada), ainda mais quando a mesma se vê frente a um mundo onde a ciência com suas metodologias empíricas, são vistas como a única verdade. 
	No terceiro capitulo “O exílio do sagrado”, em uma das passagens do terceiro capitulo, o autor diz que a religião é uma “rede de símbolos”, o exílio do sagrado para ele, se dá com o surgimento de uma nova classe no final da era medieval, a burguesia e seu capitalismo. Assim como já apontei nas respostas anterior, advogo a favor do autor, o consumismo, o protagonismo da economia e a eterna preocupação em gerar riquezas destoaram os símbolos sagrados, e a religião. 
	No quarto capitulo “A coisa que nunca mente’, diferente do que aconteceu com outros sentidos e fenômenos da sociedade medieval, a religião não foi “coisificada”, ela permaneceu em sua essência. É a impossibilidade de “coisificar’ a religião, que cientistas sociais percorreram o mundo levantando pesquisas acerca da religião, se deparavam com dilemas sociais. 
	No quinto capitulo “As flores sobre as correntes’, neste capitulo o autor apresenta a ideia de alguns teóricos, Karl Marx criticava os filósofos acreditava que a religião não fazia mal algum, segundo ele o que movia o mundo eram as lutas de classe, e principalmente o sistema capitalista, o qual condenava por ser o motivo da exploração da sociedade, causador dos males sociais. 
	Marx direcionava suas críticas aos hegelianos, pois os filósofos, acreditavam que os problemas da sociedade estavam relacionados a religião, quando Marx diz que e religião é o opio do povo, ele está afirmando que a religião justifica no campo religioso, problemas que são causados pelo sistema capitalista, o problema não era abstrato (campo da fé), mas sim materializado, no sistema econômico. Ao abordar Durkheim, Fonseca, discorre de como o teórico analisa a sociedade de uma forma diferente a de Marx, ele buscou compreender os males da sociedade investigando a relação passada entre religião e sociedade. 
	Por fim, entendo que muitos problemas contemporâneos, são resultados de problemas gerados pelo próprio homem, a falta de comprometimento do estado/governo com políticas públicas, falta de empatia com o próximo, desigualdades sociais, e entre outros, não se justificam no campo da fé, mas sim material. 
	O sexto capitulo, “A voz do desejo”, enquanto Furbach dizia que a religião era um sonho coletivo da humanidade, Freud, afirmava que a religião se encontrava no intimo humano, onde habitavam os sentimentos, desejos, prazeres. Tantos os sonhos quanto os desejos e prazeres, são ilusões que tornam a vida menos maçante, triste. A religião encontra-se na essência do homem. A destarte do que Rubens da Fonseca fala, acredito que a religião no íntimo do homem se traduz em fé. 
	O sétimo capitulo, “O Deus dos oprimidos’, apresenta que a religião foi ambígua, a palavra sagrada pode ser utilizada inclusive de maneira contraria, tudo depende de quem a usa, a história das religiões apresenta como falsos profetas utilizaram da religião para seu beneficio pessoal. Infelizmente nem todos possuem uma capacidade critica de compreender aquilo que lhe é falado, e poder identificar quando o discurso é alheio ao discurso realmente sacral. Uma melhor educação e instrução possibilitaria que muitas pessoas se desvencilhassem do discurso torpe dos falsos profetas. 
	O oitavo capitulo, “A aposta”, como já apresenta o título do último capítulo, a religião é a aposta, de que independente do que ocorra com o mundo, das mudanças, transformações e afins, a religião sempre existirá. Quem tem fé e adota uma religião especifica, acredita que ela nunca terá fim, pois ela é o final de tudo, e mesmo chegando ao fim, será renovada.

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