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DIR TRIBUTARIO

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1 
 
 
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DIREITO 
TRIBUTÁRIO 
 
Professora Nívia Gonçalves 
 
 
 
 
 
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FAMÍLIA CEJAS: LÍDERES EM APROVAÇÃO EM TODO O BRASIL! 
 
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INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO TRIBUTÁRIA (LEVAR DINHEIRO DO PARTICULAR AOS COFRES 
PÚBLICOS) 
Art. 173: Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta 
de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos 
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme 
definidos em lei - (Exemplos: Energia, petróleo). 
 
OBJETO DO DIREITO TRIBUTÁRIO: 
Relação obrigacional jurídico tributária, permitindo ao fisco exigir do 
contribuinte que entregues dinheiro aos cofres públicos. 
 
OBRIGAÇÃO: 
Credor é ligado ao devedor ligado por um nexo para uma prestação. 
• São nexos – Ato unilateral de vontade / Contrato/ Responsabilidade 
civil/ Lei (liga o fisco ao contribuinte- Nexo causal) 
• São prestações – Dar (Dinheiro = tributo) / fazer / não fazer 
• O credor é o fisco – O estado arrecadador 
• O devedor – Contribuinte ou Responsável tributário 
 
 
 
Não cabe ao Estado 
desenvolver atividade 
econômica. O Estado produz 
riqueza expropriando do 
particular. 
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Tributo no Código Tributário Nacional 
 
Art. 3. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor 
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei 
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
 
Atenção!!! 
Tributo é diferente de multa. 
Cobrado de forma vinculada – Ou seja, sem juízo de conveniência e 
oportunidade. 
 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo 
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, 
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, 
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade 
cabível. 
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e 
obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. 
 
Atenção!! 
Súmula do STJ 353 - As disposições do Código Tributário Nacional não se 
aplicam às contribuições para o FGTS. FGTS não é tributo. 
 
O TRIBUTO É CLASSIFICADO EM: 
1. Fiscal – Visa arrecadar/ Todos os tributos são fiscais. 
2. Extrafiscal – Auxiliam em políticas públicas. 
 
 
 
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ESPÉCIES DE TRIBUTO: 
 
1) IMPOSTO – art. 16 do CTN 
É Tributo não vinculado (eu ajo eu pago!!) 
Exemplos: IPVA, IPTU. 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
 
Vedação – 
Art. 167 da CF. São vedados: 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas 
a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 
158 e 159. 
 
Quem pode instituir o imposto? 
Art. 145 da CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
instituir os seguintes tributos: 
I – impostos 
 
Art. 153 da CF. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
 
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A união pode instituir impostos? 
Art. 154 da CF. A União poderá instituir: 
 I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, 
desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
 II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, 
compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
 
QUAIS IMPOSTOS OS ESTADOS PODEM INSTITUIR? 
Art. 155 da CF. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos 
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993) 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações 
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
 
QUAIS IMPOSTOS OS MUNICÍPIOS PODEM INSTITUIR? 
Art. 156 da CF. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens 
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, 
exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, 
definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
IV - (Revogado pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
 
 
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• Taxa 
• Contribuição de melhoria 
• Empréstimo compulsório 
• Contribuição especial 
 
Exemplo: Constituição Federal 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
b) templos de qualquer culto 
 
Atenção!! 
Os templos de qualquer culto não pagam imposto, mas pagam outras taxas, não 
confundir taxa com imposto, e imposto com tributo. 
 
 
QUESTÕES PARA TREINO: 
1) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXIX - Primeira Fase 
A União, diante de grave desastre natural que atingiu todos os estados da Região 
Norte, e considerando ainda a severa crise econômica e financeira do país, edita 
Medida Provisória, que institui Empréstimo Compulsório, para que as medidas 
cabíveis e necessárias à reorganização das localidades atingidas sejam 
adotadas. Sobre a constitucionalidade da referida tributação, assinale a 
afirmativa correta. 
a) O Empréstimo Compulsório não pode ser instituído para atender às 
despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. 
b) O Empréstimo Compulsório deve ser instituído por meio de Lei 
Complementar, sendo vedado pela CRFB/88 que Medida Provisória trate 
desse assunto. 
c) Nenhum tributo pode ser instituído por meio de Medida Provisória. 
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d) A União pode instituir Empréstimo Compulsório para atender às 
despesas decorrentes de calamidade pública, sendo possível, diante da 
situação de relevância e urgência, a edição de Medida Provisória com 
esse propósito. 
 
2) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVI - Primeira Fase 
José, preocupado com o meio ambiente, faz uso de um processo caseiro de 
transformação do lixo orgânico em adubo, bem como separa o lixo inorgânico, 
destinando-o à reciclagem. Por isso, sempre que os caminhões que prestam o 
serviço público de coleta de lixo passam por sua casa, não encontram lixo a ser 
recolhido. José, então, se insurge contra a cobrança da taxa municipal de coleta 
de lixo proveniente de imóveis, alegando que, como não faz uso do serviço, a 
cobrança em relaçãoa ele é indevida. Acerca desse cenário, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Por ser a taxa de um tributo contraprestacional, a não utilização do 
serviço pelo contribuinte retira seu fundamento de validade. 
b) A coleta de lixo domiciliar nessas condições não configura a prestação 
de um serviço público específico e divisível, sendo inconstitucional. 
c) Por se tratar de serviço público prestado à coletividade em geral, no 
interesse da saúde pública, seu custeio deve ocorrer por meio dos 
recursos genéricos auferidos com a cobrança de impostos. 
d) A cobrança é devida, pois o serviço está sendo potencialmente 
colocado à disposição do contribuinte. 
 
3) Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXII - Primeira Fase 
O Município Alfa realizou obras nas praças públicas de determinado bairro, 
incluindo iluminação e arborização. Tais obras acarretaram a valorização 
imobiliária de dezenas de residências daquela região. Em decorrência disso, o 
município instituiu contribuição de melhoria. Sobre a contribuição em questão, 
segundo o CTN, assinale a afirmativa correta 
a) É inválida, pois deveria ter sido instituída pelo Estado Beta, onde está 
localizado o Município Alfa 
b) É válida, porque foi instituída para fazer face ao custo de obra pública 
da qual decorre a valorização imobiliária. 
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c) É válida, mas poderia ter sido instituída independentemente da 
valorização dos imóveis dos contribuintes. 
d) É inválida, porque deveria ter, como limite individual, o valor global da 
despesa realizada pelo Poder Público na obra e não a valorização de cada 
imóvel. 
 
4) Ano: 2012 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - VI - Primeira Fase - Reaplicação 
Com base no Sistema Tributário Nacional, assinale a alternativa correta. 
a) A contribuição de melhoria é um tributo de competência exclusiva dos 
Estados federados. 
b) As taxas podem ser instituídas pela União, Estados e Distrito Federal 
e Municípios. 
c) O ICMS tem destinação orçamentária específica. 
d) Os impostos têm por finalidade precípua a intervenção do Estado na 
atividade econômica. 
 
5) Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XV - Tipo 1 - Branca 
O Art. 146, III, a, da Constituição Federal estabelece que lei complementar deve 
trazer a definição dos fatos geradores, da base de cálculo e dos contribuintes 
dos impostos previstos na Constituição. Caso não exista lei complementar 
prevendo tais definições relativamente aos impostos estaduais, os estados. 
a) não podem instituir e cobrar seus impostos, sob pena de violação do 
Art. 146 da Constituição. 
b) podem instituir e cobrar seus impostos, desde que celebrem convênio 
para estabelecer normas gerais. 
c) podem instituir e cobrar seus impostos, pois possuem competência 
legislativa plena até que a lei complementar venha a ser editada. 
d) podem instituir e cobrar seus impostos, desde que seja publicada 
Medida Provisória autorizando. 
 
 
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GABARITO 
1) B 
2) D 
3) B 
4) B 
5) C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRINCPIPIOS TRIBUTÁRIOS 
 
1. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE – 
Após instituído um tributo não pode retroagir. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
III - cobrar tributos: 
 a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da 
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; 
 
Art. 106 do CTN. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída 
a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados. 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência 
de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não 
tenha implicado em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na 
lei vigente ao tempo da sua prática. 
 
2. PRINCÍPIO DA IGUALDADE (ART.150, INCISO II DA CF) – 
Não se pode tratar contribuinte na mesma situação fiscal em situação 
equivalente. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem 
em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de 
ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente 
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
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3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (ART 145, §1, CF) – 
Isonomia aplicado ao caso concreto – Quem ganha mais, paga mais! 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir 
os seguintes tributos: 
§ 1. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à 
administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da 
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do 
contribuinte. 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: 
 § 9. As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo 
poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da 
atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da 
empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. 
 
4. PRINCÍPIO DA PECÚNIA NON OLET (ART. 118 CTN) 
Interpretação objetiva do fato gerador, se interpreta restritivamente ao que está 
sendo dito. 
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: 
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos 
contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu 
objeto ou dos seus efeitos; 
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. 
 
5. PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO (ART. 150, IV, CF) 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
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IV - utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
Atenção!! 
Tributo extrafiscal não respeita o princípio do não confisco (Tributo do cigarro). 
As multas também devem obedecer ao princípio do não confisco. 
 
6. NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE BENS E PESSOAS (ART. 150, V, CF) 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de 
tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de 
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público; 
 
Sumula 323 STF – É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio 
coercitivo para pagamento de tributos. 
 
Art. 151. É vedado à União: 
 I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou 
que implique distinção ou preferência em relação ao Estado, ao Distrito 
Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de 
incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento 
socioeconômico entre as diferentes regiões do País; 
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneraçãoe os 
proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos 
que fixar para suas obrigações e para seus agentes; 
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito 
Federal ou dos Municípios. 
 
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer 
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de 
sua procedência ou destino. 
 
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IMUNIDADE 
 
Limitação ao poder de tributar, sempre prevista na constituição, diferente de 
isenção que é legal. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
 a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
 b) templos de qualquer culto; 
 c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive 
suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das 
instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
 d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
 e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil 
contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros 
e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem 
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os 
contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias 
ópticas de leitura a laser. 
 
Atenção!! 
Súmula 583 do STF - Promitente comprador de imóvel residencial transcrito em 
nome de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano. 
 
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à 
observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas: 
I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas 
rendas, a título de lucro ou participação no seu resultado; 
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I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas 
rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001) 
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção 
dos seus objetivos institucionais; 
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros 
revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. 
 
ATENÇÃO!! 
Os livros eletrônicos também gozam de imunidade. 
 
QUESTÕES PARA TREINO 
1) Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XIV - Primeira Fase 
Visando a proteger a indústria de tecnologia da informação, o governo federal 
baixou medida, mediante decreto, em que majora de 15% para 20% a alíquota do 
Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros para monitores de vídeo 
procedentes do exterior, limites esses que foram previstos em lei. A respeito da 
modificação de alíquota do Imposto de Importação, assinale a afirmativa correta. 
A) Deve observar a reserva de lei complementar. 
B) Deve ser promovida por lei ordinária. 
C) Deve observar o princípio da irretroatividade. 
D) Deve observar o princípio da anterioridade. 
 
2) Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XII - Primeira Fase 
A respeito dos Princípios Tributários Expressos e Implícitos, à luz da 
Constituição da República de 1988, assinale a opção INCORRETA. 
A) É vedado à União instituir isenções de tributos de competência dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
B) O princípio da irretroatividade veda a cobrança de tributos em relação 
a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os 
houver instituído ou aumentado. 
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C) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer 
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em 
razão de sua procedência ou destino. 
D) Pelo princípio da anterioridade, para que os tributos possam ser 
cobrados a cada exercício, é necessária a prévia autorização na lei 
orçamentária. 
 
3) Ano: 2006 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2006 - OAB - Exame de 
Ordem - 1 - Primeira Fase 
Acerca das limitações ao poder de tributar, assinale a opção incorreta. 
A) As matérias atinentes às obrigações tributárias acessórias, como a 
emissão de notas fiscais, não estão sujeitas à reserva legal, podendo ser 
tratadas por atos infralegais. 
B) O imposto sobre produtos industrializados somente poderá ser 
cobrado após o transcurso de noventa dias da data da publicação da lei 
que houver majorado sua alíquota. 
C) Em decorrência do princípio da capacidade contributiva, a lei não 
poderá estabelecer alíquotas progressivas para o imposto de 
transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI) com base no valor venal 
do imóvel. 
D) Empresas públicas prestadoras de serviços públicos de prestação 
obrigatória pelo Estado não gozam de imunidade tributária recíproca, 
devendo pagar impostos sobre seus patrimônios, rendas e serviços, 
mesmo que estes estejam vinculados às suas finalidades essenciais. 
 
4) Ano: 2011 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - V - Primeira Fase 
No exercício de 1995, um contribuinte deixou de recolher determinado tributo. 
Na ocasião, a lei impunha a multa moratória de 30% do valor do débito. Em 1997, 
houve alteração legislativa, que reduziu a multa moratória para 20%. O 
contribuinte recebeu, em 1998, notificação para pagamento do débito, acrescido 
da multa moratória de 30%. A exigência está: 
A) correta, pois aplica-se a lei vigente à época de ocorrência do fato 
gerador. 
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B) errada, pois aplica-se retroativamente a lei que defina penalidade 
menos severa ao contribuinte. 
C) correta, pois o princípio da irretroatividade veda a aplicação 
retroagente da lei tributária. 
D) errada, pois a aplicação retroativa da lei é regra geral no direito 
tributário. 
 
5) Ano: 2008 Banca: CESPE Órgão: OAB-SP Prova: CESPE - 2008 - OAB-SP - 
Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase 
Assinale a opção correta quanto às limitações constitucionais ao poder de 
tributar. 
A) A lei que modifica o prazo para recolhimento da contribuição social 
deve obediência ao princípio da anterioridade tributária. 
B) A lei tributária meramente interpretativa não é retroativa. 
C) O princípio tributário da vedação ao confisco é aplicável apenas aos 
impostos e às taxas. 
D) O imposto sobre grandes fortunas deve ser instituído por lei 
complementar. 
 
GABARITO 
1) C 
2) D 
3) D 
4) B 
5) D 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
A competência que os entes políticos (União, Estados, Municípios e o DF) 
possuem para instituir tributos. 
 
COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR EM DIREITO TRIBUTÁRIO – 
Competência para editar normas em direito tributário (Art. 24, I, CF). 
 
Competência Concorrente: 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
 I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
§ 1. No âmbito da legislação concorrente, a competência da União 
limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
 I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
 a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação 
aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos 
fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
 b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência 
tributários; 
 c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado 
pelas sociedades cooperativas. 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresasde pequeno porte, inclusive 
regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no 
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art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e 
da contribuição a que se refere o art. 239. 
 
 Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá 
instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: 
I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento 
diferenciadas por Estado; 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da 
parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será 
imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser 
compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único 
de contribuintes. 
Atenção!! 
Existe hierarquia entre as leis Ordinárias e lei complementar EM DIREITO 
TRIBUTARIO. 
 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA (ART. 7 DO CTN) 
Art. 7. A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de 
arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de 
direito público a outra, nos termos do § 3. do artigo 18 da Constituição. 
Atenção!! 
Capacidade tributaria é delegável (Arrecadação e Fiscalização). 
A competência é indelegável. 
 
IMPOSTO TERRITORIAL RURAL - ITR. (Art. 153, § 4, inc. III, e Art. 158, inc. II) 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 4. O imposto previsto no inciso VI do caput: 
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III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim 
optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do 
imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. 
 
Art. 158. Pertencem aos Municípios: 
II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União 
sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles 
situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 
153, § 4º, III; 
 
CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL (Art. 149, CF) 
1) CIDE (Exclusiva da união); 
2) Contribuição Social – Regime geral de previdência social (exclusivo da 
União) Regime próprio da previdência social (Estados, DF, Municipios 
para financiar seus regimes próprios), COSIP/ CIP ( DF e municípios); 
3) Contribuição corporativa (Exclusiva da União) 
Atenção!! 
Diferença entre Bitribuição X Bis in iden 
Bitributação= Dois entes diferentes tributando um mesmo fato (Vedado) 
Bis in iden = O mesmo ente cobrando mais de um tributo sobre o mesmo fato 
(Permitido) 
 
COMPETÊNCIAS: 
1) Competência Privativa – Impostos; 
2) Competência Residual (União) – Art. 154 CF / Art. 185, §4, CF (Imposto 
residual, contribuição social residual); 
3) Competência Extraordinária (União) – Art. 154, Inciso II); 
4) Competência Cumulativa – Art. 147, CF; 
5) Competência Comum – As taxas e contribuição de melhoria; 
6) Competência Exclusiva (União) – Empréstimo compulsório. 
 
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (ART 96, CTN) 
 
 
 
 
 
 
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as 
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que 
versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles 
pertinentes. 
 
• LEIS – ART. 97 DO CTN 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, 
ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito 
passivo; 
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a 
seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
(Revogado pela Lei Complementar nº 143, de 2013) (Produção de efeito) 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 
 
• TRATADOS INTERNACIONAIS – ART. 98 DO CTN 
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a 
legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. 
 
 
O arcabouço normativo que vai 
regular o sistema tributário (leis, 
tratados, MP, decretos e atos 
normativos). 
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• DECRETOS – ART. 99 DO CTN 
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em 
função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras 
de interpretação estabelecidas nesta Lei. 
 
• NORMAS COMPLEMENTARES – ART. 100 DO CTN 
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções 
internacionais e dos decretos: 
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição 
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; 
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades 
administrativas; 
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios. 
 
AUSÊNCIA DE DISPOSIÇÃO EXPRESSA (ART 108, CTN): 
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para 
aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: 
I - a analogia; 
II - os princípios gerais de direito tributário; 
III - os princípios gerais de direito público; 
IV - a equidade. 
§ 1. O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de 
tributo não previsto em lei. 
§ 2. O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do 
pagamento de tributo devido. 
 
Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da 
definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas 
não para definição dos respectivos efeitos tributários. 
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Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de 
institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou 
implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou 
pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou 
limitar competências tributárias. 
 
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: 
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
 
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, 
interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: 
I - à capitulação legal do fato; 
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou 
extensão dos seus efeitos; 
III - à autoria, imputabilidade ou punibilidade; 
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação. 
 
 
QUESTÕES PARA TREINAR: 
1) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
O Distrito Federal instituiu, por lei distrital, a contribuição para o custeio do 
serviço de iluminação pública. Um contribuinte insurgiu-se judicialmente contra 
tal cobrança, alegando que a instituição pelo Distrito Federal seria 
inconstitucional. Diante desse quadro, assinale a afirmativa correta. 
A) O contribuinte tem razão, uma vez que, em virtude das peculiaridades 
do Distrito Federal, é a União o ente federado competente pela instituição 
da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública na capital 
federal. 
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B) O contribuinte tem razão, uma vez que, em virtude das peculiaridades 
do Distrito Federal, é o Estado de Goiás o responsável pela instituição da 
contribuição para o custeio do serviço de iluminação públicana capital 
federal. 
C) O contribuinte não tem razão, pois o Distrito Federal possui delegação 
de capacidade tributária ativa feita pela União para a cobrança da 
contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. 
D) O contribuinte não tem razão, pois o Distrito Federal pode instituir a 
contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública, assim como 
os Municípios. 
 
2) Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XX - Primeira Fase 
O Estado Alfa institui, por meio de lei complementar, uma taxa pela prestação 
de serviço público específico e divisível. Posteriormente a alíquota e a base de 
cálculo da taxa vêm a ser modificadas por meio de lei ordinária, que as mantém 
em patamares compatíveis com a natureza do tributo e do serviço público 
prestado. A lei ordinária em questão é 
A) integralmente inválida, pois lei ordinária não pode alterar lei 
complementar. 
B) parcialmente válida – apenas no que concerne à alteração da base de 
cálculo, pois a modificação da alíquota só seria possível por meio de lei 
complementar. 
C) parcialmente válida – apenas no que concerne à alteração da alíquota, 
pois a modificação da base de cálculo só seria possível por meio de lei 
complementar. 
D) integralmente válida, pois a matéria por ela disciplinada não é 
constitucionalmente reservada à lei complementar. 
 
3) Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XX - Primeira Fase 
Determinado ente da Federação instituiu um tributo incidente sobre a folha de 
salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer 
título, à pessoa física que preste serviço a empregador privado, ainda que sem 
vínculo empregatício, com o objetivo de financiar a seguridade social. Em 
sintonia com a CRFB/88, assinale a opção que indica o ente da federação 
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competente para a instituição do tributo descrito e o nome do tributo em 
questão. 
A) Estados-membros e o Distrito Federal. Contribuição previdenciária. 
B) União. Contribuição social. 
C) União. Imposto sobre a renda. 
D) Todos os entes da Federação. Contribuições sociais. 
 
4) Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XIX - Primeira Fase 
O Estado X, visando aumentar a sua arrecadação, instituiu novo imposto, não 
previsto na Constituição Federal. Sobre a hipótese, assinale a afirmativa 
correta. 
A) O Estado X pode instituir imposto, mediante lei complementar, desde 
que previsto na Constituição Estadual. 
B) Para exercer a competência residual do Estado X, é necessária lei de 
iniciativa do Governador do Estado. 
C) O Estado X não pode instituir o imposto novo, tendo em vista que a 
competência residual para a instituição de novos impostos é somente da 
União. 
D) É vedada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a 
instituição de impostos não previstos na Constituição Federal. 
 
5) Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XV - Tipo 1 - Branca 
Em dezembro de 2006, foi publicada a Lei Complementar nº 123, que instituiu o 
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e criou 
novo regime de tributação simplificada, abrangendo, além dos impostos e 
contribuições federais, o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e 
Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), bem como o Imposto sobre Serviços 
de Qualquer Natureza (ISS). Sobre a hipótese, assinale a afirmativa correta. 
A) A referida lei é inconstitucional, pois é vedada à União instituir 
benefício fiscal de tributo de competência dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios. 
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B) O regime de tributação simplificada é obrigatório a todos os 
contribuintes que cumpram os requisitos previstos na referida lei 
complementar. 
C) A referida lei é inconstitucional, no que se refere ao ICMS, pois institui 
benefício fiscal do imposto sem a competente autorização por meio de 
convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ. 
D) Segundo a Constituição Federal, a fiscalização do cumprimento das 
obrigações principais e acessórias do regime único de arrecadação 
poderá ser compartilhada pelos entes da Federação. 
 
6) Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XV - Tipo 1 - Branca 
O Art. 146, III, a, da Constituição Federal estabelece que lei complementar deve 
trazer a definição dos fatos geradores, da base de cálculo e dos contribuintes 
dos impostos previstos na Constituição. Caso não exista lei complementar 
prevendo tais definições relativamente aos impostos estaduais, os estados. 
A) não podem instituir e cobrar seus impostos, sob pena de violação do 
Art. 146 da Constituição. 
B) podem instituir e cobrar seus impostos, desde que celebrem convênio 
para estabelecer normas gerais 
C) podem instituir e cobrar seus impostos, pois possuem competência 
legislativa plena até que a lei complementar venha a ser editada. 
D) podem instituir e cobrar seus impostos, desde que seja publicada 
Medida Provisória autorizando. 
 
7) Ano: 2008 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2008 - OAB - Exame de 
Ordem - 3 - Primeira Fase 
Do conceito de competência residual, deduz-se que: 
A) os estados não podem criar taxas que tenham base de cálculo idêntica 
à dos impostos. 
B) os estados só podem criar impostos que não tenham fato gerador ou 
base de cálculo idênticos aos dos impostos previstos na Constituição. 
C) a União não pode criar empréstimos compulsórios que tenham base 
de cálculo idêntica à dos impostos previstos na Constituição. 
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D) União não pode criar impostos cumulativos. 
 
8) Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - X - Primeira Fase 
A União criou um novo imposto não previsto na CRFB mediante lei 
complementar sobre a propriedade de veículos de duas rodas não motorizados, 
que adota fato gerador e base de cálculo diferente dos demais discriminados na 
Constituição. Nessa situação, a União terá feito uso de competência: 
A) comum. 
B) residual. 
C) cumulativa. 
D) extraordinária. 
 
GABARITO 
1) D 
2) D 
3) B 
4) C 
5) D 
6) C 
7) D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (ART. 113, CTN) 
Se subdivide em: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção!! 
Obrigação tributária principal e acessória são independentes. 
 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem 
por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-
se juntamente com o crédito dela decorrente. 
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por 
objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse 
da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, 
converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade 
pecuniária. 
 
ART. 175. EXCLUEM O CRÉDITO TRIBUTÁRIO: 
I - a isenção; 
II - a anistia. 
Principal 
Pagar tributo + a Penalidade 
por não pagar ou uma multa 
punitiva; 
Decorre da ocorrência do fato 
gerador. 
 
Acessório 
Dever de fazer e não fazer; 
Decorre da legislação. 
 
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Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o 
cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação 
principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. 
 
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência. 
 
Atenção!! 
Hipótese de incidência (HI) é a lei que institui o tributo (Geral e abstrata)e o fato 
gerador (FG) é o fato concreto, real, individual. (Hi + FG = Obrigação tributária) 
 
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA (LEI) TEM AO MENOS 5 ELEMENTOS 
• Material (Fato a ser tributado) 
• Temporal (Momento que o fato gerador acontece) – 
a) Instantâneo 
b) Fato Continuado 
c) Fato complexivo 
• Espacial (local onde vai incidir) 
• Pessoal (Sujeito ativo e o sujeito passivo) 
 
SUJEITOS: 
 
I. SUJEITO ATIVO (ART. 119 CTN E SUMULA 396 STJ) 
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular 
da competência para exigir o seu cumprimento. 
Sumula 396 STJ - A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa 
para a cobrança da contribuição sindical rural. 
 
II. SUJEITO PASSIVO (ART. 121 CTN) 
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
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Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a 
situação que constitua o respectivo fato gerador; 
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, 
sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
 
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às 
prestações que constituam o seu objeto. 
 
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, 
relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser 
opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo 
das obrigações tributárias correspondentes. 
 
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o 
artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer 
título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis. 
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos 
proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja 
retenção e recolhimento lhe caibam. 
 
QUANTITATIVO (BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA): 
• Solidariedade 
Art. 124. São solidariamente obrigadas: 
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o 
fato gerador da obrigação principal; 
II - as pessoas expressamente designadas por lei. 
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não 
comporta benefício de ordem. 
 
Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da 
solidariedade: 
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I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; 
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo 
se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a 
solidariedade quanto aos demais pelo saldo; 
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, 
favorece ou prejudica aos demais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPACIDADE TRIBUTÁRIA: 
 
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: 
I - da capacidade civil das pessoas naturais; 
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem 
privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou 
profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; 
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que 
configure uma unidade econômica ou profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DOMICILIO TRIBUTÁRIO 
 
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio 
tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal: 
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta 
incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade; 
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, 
o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem 
à obrigação, o de cada estabelecimento; 
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas 
repartições no território da entidade tributante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
Ela pode ser por: 
 
• SUCESSÃO 
 
A) IMOBILIÁRIA (ART. 130 CTN) 
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a 
propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos 
a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de 
melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando 
conste do título a prova de sua quitação. 
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-
rogação ocorre sobre o respectivo preço. 
 
B) BEM MÓVEL (ART. 131 CTN) 
Art. 131. São pessoalmente responsáveis: 
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos 
ou remidos; 
II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos 
pelo decujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta 
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; 
III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura 
da sucessão. 
 
C) EMPRESARIAL (ART. 132, CTN E SUMULA 554 STJ) 
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, 
transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos 
tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado 
fusionadas, transformadas ou incorporadas. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção 
de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da 
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respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, 
ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma 
individual. 
 
Sumula 554 STJ 
Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora abrange 
não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas 
moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da 
sucessão.» 
 
Atenção!! 
Nas hipóteses de sucessão empresarial (fusão, incorporação, transformação e 
cisão) o produto dessas operações é responsável tanto pelo tributo quanto 
pelas multas moratórias e punitivas (Art. 132 CTN e STJ 554). 
 
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, 
por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial 
ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra 
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos 
ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, 
indústria ou atividade; 
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração 
ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova 
atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou 
profissão. 
 
Atenção!! 
Havendo alienação de estabelecimento dentro de processo de falência ou 
recuperação judicial o adquirente não se sub-roga dos débitos tributários do 
alienante, salvo se o adquirente for mandatário, empregado, sócio ou parente 
em ate quarto grau 
 
 
 
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• SUBSTITUIÇÃO (ART. 128 CTN) 
 
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo 
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada 
ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do 
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total 
ou parcial da referida obrigação. 
 
A) SUBSTITUIÇÃO PRA FRENTE – QUANDO O FATO GERADOR AINDA VAI 
ACONTECER. 
Art. 150. Sem prejuízode outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
§ 7. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a 
condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, 
cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e 
preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato 
gerador presumido. 
 
B) SUBSTITUIÇÃO PARA TRÁS – NÃO TEM BASE CONSTITUCIONAL 
 
 
QUESTÕES PARA TREINO: 
1) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVIII - Primeira Fase 
Pedro tem três anos de idade e é proprietário de um apartamento. Em janeiro 
deste ano, o Fisco notificou Pedro para o pagamento do Imposto Predial e 
Territorial Urbano (IPTU), por meio do envio do carnê de cobrança ao seu 
endereço. Os pais de Pedro, recebendo a correspondência, decidiram não pagar 
o tributo, mesmo possuindo recursos suficientes para tanto. Diante da 
impossibilidade de cumprimento da obrigação por Pedro, assinale a afirmativa 
correta. 
A) Os pais de Pedro devem pagar o tributo, na qualidade de substitutos 
tributários. 
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B) O Fisco deverá aguardar Pedro completar 18 anos para iniciar o 
processo de execução da dívida. 
C) Os pais de Pedro responderão pelo pagamento do tributo, uma vez que 
são responsáveis tributários na condição de terceiros. 
D) O Fisco deve cobrar o tributo dos pais de Pedro, já que são 
contribuintes do IPTU. 
 
2) Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXIV - Primeira Fase 
Considere que Luís é um andarilho civilmente capaz que não elegeu nenhum 
lugar como seu domicílio tributário, não tem domicílio civil, nem residência fixa, 
e não desempenha habitualmente atividades em endereço certo. A partir da 
hipótese apresentada, de acordo com o Código Tributário Nacional e no silêncio 
de legislação específica, assinale a afirmativa correta. 
A) Luís nunca terá domicílio tributário. 
B) O domicílio tributário de Luís será o lugar da situação de seus bens ou 
da ocorrência do fato gerador. 
C) O domicílio tributário de Luís será, necessariamente, a sede da 
entidade tributante. 
D) O domicílio tributário de Luís será a residência de seus parentes mais 
próximos ou o lugar da situação dos bens de Luís. 
 
3) Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXIV - Primeira Fase 
João e Maria celebraram entre si contrato de locação, sendo João o locador e 
proprietário do imóvel. No contrato, eles estipularam que a responsabilidade 
pelo pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 
(IPTU) do imóvel será de Maria, locatária. Com base nessas informações, 
assinale a afirmativa correta. 
A) O contrato será ineficaz entre as partes, pois transferiu a obrigação de 
pagar o imposto para pessoa não prevista em lei. 
B) O contrato firmado entre particulares não poderá se opor ao fisco 
municipal, no que tange à alteração do sujeito passivo do tributo. 
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C) O contrato é válido e eficaz, e, por consequência dele, a 
responsabilidade pelo pagamento do tributo se tornará solidária, 
podendo o fisco municipal cobrá-lo de João e/ou de Maria. 
D) No caso de o fisco municipal cobrar o tributo de João, ele não poderá 
ajuizar ação regressiva em face de Maria 
 
4) Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XVIII - Primeira Fase 
A União instituiu determinado tributo federal e conferiu a uma autarquia as 
tarefas de fiscalizá-lo e arrecadá-lo. Tendo em vista a situação narrada, 
assinale a opção correta. 
A) A capacidade tributária ativa (realizar atos de fiscalização e 
arrecadação) é delegável. 
B) Trata-se de caso de delegação da competência tributária da União. 
C) Não é possível que a União revogue, a qualquer tempo e por ato 
unilateral, a atribuição que conferiu a tal autarquia. 
D) Em eventual discussão judicial proposta por um contribuinte do 
tributo, a autarquia não terá prazo em dobro para recorrer. 
 
5) Pedro adquire imóvel de João, que o alugava anteriormente a uma sociedade 
empresária. Sobre esse imóvel estavam pendentes de pagamento os seguintes 
tributos: o IPTU, a Contribuição de Melhoria, a Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo 
e a Taxa de Inspeção Sanitária devida pelo exercício do poder de polícia, em 
função da atividade ali desenvolvida. Com relação à responsabilidade tributária, 
assinale a afirmativa correta. 
A) Pedro só se torna responsável tributário do IPTU, da Taxa de Coleta 
Domiciliar de Lixo e da Contribuição de Melhoria, permanecendo João 
como sujeito passivo da Taxa de Inspeção Sanitária. 
B) Pedro só se torna responsável tributário do IPTU e da Taxa de Coleta 
Domiciliar de Lixo, permanecendo João como sujeito passivo da Taxa de 
Inspeção Sanitária e da Contribuição de Melhoria. 
C) Pedro é o responsável tributário de todos os tributos, devido à 
sucessão imobiliária. 
D) João continua sendo o sujeito passivo de todos os tributos, muito 
embora o imóvel tenha sido adquirido por Pedro. 
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6) Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - X - Primeira Fase 
Três irmãos são donos de um imóvel, em proporções iguais. Em relação ao IPTU, 
cada irmão 
A) só pode ser cobrado pelo fisco na razão de 33,33% do imposto. 
B) é devedor solidário em relação ao todo do imposto. 
C) é devedor na razão de 33,3% do imposto e responsável subsidiário pelo 
restante. 
D) não pode ser cobrado judicialmente pela parte de outro irmão que 
tenha recursos para pagá-la. 
 
7) Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2007 - OAB - Exame de 
Ordem - 1 - Primeira Fase 
Carlos, administrador do supermercado Boas Compras, deixou de recolher 
vários tributos da referida pessoa jurídica, que passa por severas privações 
financeiras. Tendo como referência inicial a situação hipotética acima, assinale 
a opção correta acerca da obrigação tributária. 
A) A capacidade tributária passiva do referido supermercado Boas 
Compras não depende de sua regular constituição. 
B) Carlos e o supermercado Boas Compras são solidariamente 
responsáveis pelo pagamento dos tributos devidos. 
C) O dever de recolher os tributos devidos pelo supermercado Boas 
Compras constitui uma obrigação tributária acessória. 
D) Carlos, na condição de administrador do supermercado Boas 
Compras, é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a 
obrigações tributárias decorrentes de quaisquer de seus atos. 
 
 
GABARITO 
1) A 
2) B 
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3) B 
4) A 
5) A 
6) B 
7) A 
 
 
 
 
 
 
RESPONSABILIDADE POR ATO REGULAR (ART. 134 CTN): 
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da 
obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos 
atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: 
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; 
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou 
curatelados; 
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por 
estes; 
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; 
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou 
pelo concordatário; 
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos 
tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em 
razão do seu ofício; 
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. 
 
 
 
 
CONTINUAÇÃO DE 
OBRIGAÇÃO 
TRIBUTÁRIA 
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RESPONSABILIDADE POR ATUAÇÃO IRREGULAR: 
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a 
obrigações tributárias resultantes de atos praticadoscom excesso de poderes 
ou infração de lei, contrato social ou estatutos: 
I - as pessoas referidas no artigo anterior; 
II - os mandatários, prepostos e empregados; 
III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de 
direito privado. 
 
Sumula 430 STJ «O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não 
gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.» 
 
Sumula 435 STJ - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar 
de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, 
legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente. 
 
RESPONSABILIDADE É PESSOAL AO AGENTE (ART. 137 CTN) 
Responsabilidade é excluída na denúncia espontânea (Art. 138 CTN e Sumula 
360 STJ). 
Não cabe denuncia espontânea em tributo sujeitos a lançamento por 
homologação declarados e não pago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
Decorre da obrigação e tema mesma natureza deste, mas é necessário que ele 
passe por um procedimento (lançamento) para converter em crédito. 
 
LANÇAMENTO: 
Procedimento realizado pela autoridade administrativa que verifica a existência 
do fato gerador determinar a base de cálculo, aplicar alíquota, determinar o 
quanto devido e notificar o contribuinte para pagamento (Art. 142, 143 e 144 do 
CTN, e sumula vinculante 53. 
 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo 
tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, 
determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, 
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade 
cabível. 
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e 
obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. 
 
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja 
expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em 
moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação. 
 
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da 
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada 
ou revogada. 
 
Sumula vinculante 53 STF – A competência da Justiça do Trabalho prevista no 
art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança a execução de ofício das 
contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das 
sentenças que proferir e acordos por ela homologados. 
 
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A) MODALIDADES DE LANÇAMENTO: 
Modalidade Fisco Sujeito Passivo 
Oficio (Art. 149 CTN) 
Ex: IPTU / IPVA 
90% 10% 
 
Declaração (Art. 147 CTN) 
Ex; ITBI, ITCMD 
50% 50% 
Homologação ou auto lançamento 
(Art. 150 CTN) 
Ex: IR, ICM, IOF, IPI, etc. 
10% 90% 
 
Atenção!! 
Lançamento por arbitrariamente quando as declarações forem falsas, fraudulentas, 
omissas, ou não mereçam fé pública, a autoridade administrativa poderá arbitrar o 
lançamento. 
 
SUSPENÇÃO DA EXIGIBILIDADE DO CREDITO TRIBUTÁRIO (ART. 151 CTN) – 
Hipóteses legais que fazem com que o credito fique com sua exigibilidade 
suspensa: 
 
Atenção!! 
As hipóteses de suspensão da exigibilidade do CTN são interpretadas literalmente (Art. 
11 CTN). 
A suspensão de exigibilidade do CT não dispensa o sujeito passivo do cumprimento de 
obrigações acessórias (Art. 15, parágrafo único). 
 
ATENÇÃO!!! 
LEMBRETE: 
MODERECCOPA = 
Moratória; 
Deposito do montante integral; 
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Recursos e reclamações; 
Concessão de medida liminar em MS; 
Concessão de antecipação ou de tutela antecipada 
 
ART. 151. SUSPENDEM A EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: 
 I - moratória; 
II - o depósito do seu montante integral; 
 III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do 
processo tributário administrativo; 
 IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
 V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras 
espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 
 VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 
 Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento 
das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo 
crédito seja suspenso, ou dela consequentes. 
 
 
QUESTÕES PARA TREINO: 
1) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXIX - Primeira Fase 
A Fazenda Pública apurou que fato gerador, ocorrido em 12/10/2007, referente a 
um imposto sujeito a lançamento por declaração, não havia sido comunicado 
pelo contribuinte ao Fisco. Por isso, efetuou o lançamento de ofício do tributo 
em 05/11/2012, tendo sido o contribuinte notificado desse lançamento em 
09/11/2012, para pagamento em 30 dias. Não sendo a dívida paga, nem tendo o 
contribuinte impugnado o lançamento, a Fazenda Pública inscreveu, em 
05/10/2017, o débito em dívida ativa, tendo ajuizado a ação de execução fiscal em 
08/01/2018. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
A) A cobrança é indevida, pois o crédito tributário foi extinto pelo decurso 
do prazo decadencial. 
B) A cobrança é indevida, pois já teria se consumado o prazo 
prescricional para propor a ação de execução fiscal. 
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C) A cobrança é devida, pois a inscrição em dívida ativa do crédito 
tributário, em 05/10/2017, suspendeu, por 180 dias, a contagem do prazo 
prescricional para propositura da ação de execução fiscal. 
D) A cobrança é devida, pois não transcorreram mais de 10 anos entre a 
ocorrência do fato gerador (12/10/2007) e a inscrição em dívida ativa do 
crédito tributário (05/10/2017). 
 
2) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVII - Primeira Fase 
A sociedade empresária ABC, atuante na área de prestação de serviços de 
limpeza, em dificuldades financeiras, não estava conseguindo realizar o 
pagamento dos tributos federais. Diante disso, ela se ofereceu à Administração 
Pública Federal para realizar o pagamento dos tributos mediante prestação 
direta de serviços de limpeza em prédios públicos ou, alternativamente, 
transferir para o Fisco um imóvel de sua propriedade. A respeito desse cenário, 
assinale a afirmativa correta. 
A) As propostas são inadmissíveis, pois os tributos somente podem ser 
pagos em dinheiro. 
B) As propostas são admissíveis, em razão do princípio da menor 
onerosidade para o devedor (favor debitoris). 
C) A proposta de transferência de imóvel do contribuinte para a Fazenda 
Pública Federal para pagamento de tributo é admissível por expressa 
permissão legal. 
D) A proposta de prestação direta de serviços para pagamento de tributo 
é admissível, em circunstâncias excepcionais, como forma subsidiária de 
garantia do recebimento do crédito pela Fazenda Pública. 
 
3) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXV - Primeira Fase 
João, no final de janeiro de 2016, foi citado em execução fiscal, proposta no início 
do mesmo mês, para pagamento de valores do Imposto sobre a Propriedade 
Predial e Territorial Urbana (IPTU) referente aos anos de 2009 e 2010. Sabe-se 
que o IPTU em referência aos dois exercícios foi lançado e notificado ao sujeito 
passivo, respectivamente, em janeiro de 2009 e em janeiro de 2010. Após a 
ciência dos lançamentos, João não tomou qualquer providência em relação aos 
débitos. O município não adotou qualquer medida judicial entre a notificação dos 
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lançamentos ao sujeito passivo e o ajuizamento da execução fiscal. Com base 
na hipótese apresentada, assinale a opção que indica o argumento apto a afastar 
a exigência fiscal. 
A) O crédito tributário está extinto emvirtude de decadência. 
B) O crédito tributário está extinto em virtude de parcelamento 
C) A exigibilidade do crédito tributário está suspensa em virtude de 
compensação. 
D) O crédito tributário está extinto em virtude de prescrição. 
 
4) Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXII - Primeira Fase 
A Agência Nacional do Petróleo – ANP, no exercício do poder de polícia, 
promoveu diligência, no dia 05/01/2010, junto à sociedade Petrolineous S/A, que 
culminou na autuação desta por fatos ocorridos naquela mesma data. 
Encerrado o processo administrativo, foi aplicada multa nos limites 
estabelecidos na lei de regência. O respectivo crédito não tributário resultou 
definitivamente constituído em 19/01/2011, e, em 15/10/2015, foi ajuizada a 
pertinente execução fiscal. Com base na situação hipotética descrita, acerca da 
prescrição no Direito Administrativo, assinale a afirmativa correta. 
A) Operou-se a prescrição para a execução do crédito, considerando o 
lapso de cinco anos transcorrido entre a data da autuação e a do 
ajuizamento da ação. 
B) Não se operou a prescrição para a execução do crédito, que pode ser 
cobrado pela administração federal a qualquer tempo. 
C) Operou-se a prescrição para a execução do crédito, considerando o 
lapso de três anos decorrido entre a data de sua constituição definitiva e 
a do ajuizamento da ação. 
D) Não se operou a prescrição para a execução do crédito, considerando 
o lapso de cinco anos entre a data de sua constituição definitiva e a do 
ajuizamento da ação. 
 
5) Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXI - Primeira Fase 
A Pessoa Jurídica ABC verificou que possuía débitos de Imposto sobre a Renda 
(“IRPJ”) e decidiu aderir ao parcelamento por necessitar de certidão de 
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regularidade fiscal para participar de licitação. Após regular adesão ao 
parcelamento e diante da inexistência de quaisquer outros débitos, a 
contribuinte apresentou requerimento para emissão da certidão. Com base 
nessas informações, o Fisco deverá 
A) deferir o pedido, já que o parcelamento é causa de extinção do crédito 
tributário. 
B) indeferir o pedido, pois a certidão somente poderá ser emitida após o 
pagamento integral do tributo em atraso. 
C) deferir o pedido, já que o parcelamento é causa de suspensão da 
exigibilidade do crédito tributário. 
D) deferir o pedido, já que o parcelamento é causa de exclusão do crédito 
tributário. 
 
6) Ano: 2008 Banca: CESPE Órgão: OAB Prova: CESPE - 2008 - OAB - Exame de 
Ordem - 3 - Primeira Fase 
Suponha-se que determinada sociedade limitada, estando em débito com a 
fazenda pública estadual em razão do não- recolhimento do imposto sobre 
operações referentes à circulação de mercadorias relativo aos dois últimos 
anos, promova o parcelamento do valor devido. Nessa situação, o parcelamento 
A) extingue o crédito tributário. 
B) suspende a exigibilidade do crédito tributário. 
C) concede remissão ao crédito tributário. 
D) exclui o crédito tributário. 
 
GABARITO 
1) B 
2) C 
3) D 
4) D 
5) C 
6) B 
 
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CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (ART. 156 CTN): 
 
1) PAGAMENTO: 
 
a) Pagamento indevido 
Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à 
restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu 
pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: 
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que 
o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou 
circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; 
II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota 
aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou 
conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; 
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória 
 
b) Prazos para pagamento 
Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo 
de 5 (cinco) anos, contados: 
II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar 
definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial 
que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão 
condenatória. 
 
2) COMPENSAÇÃO – CREDORES MÚTUOS (FISCO DEVE AO E 
CONTRIBUINTE DEVE AO FISCO) 
 
 
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3) TRANSAÇÃO - A TRANSAÇÃO É POR LEI, ONDE O ESTADO PUBLICA 
UMA LEI COM OS ACORDOS QUE ELE ACEITA. 
 
4) REMISSÃO – PERDÃO DO FISCO. 
 
5) PRESCRIÇÃO E A DECADÊNCIA (ART. 173) – 
Decadência é perda do direito de constituir o crédito (se tiver mais de 5 anos 
perde o direito de constituir o crédito) Prescrição é a perda de pretensão 
(também se tiver mais de 5 anos) , a decadência é anterior ao lançamento e a 
prescrição é posterior ao lançamento. 
 
DECADÊNCIA DO DIREITO DE LANÇAR E PRESCRIÇÃO DO DIREITO DE COBRAR: 
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-
se após 5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento 
poderia ter sido efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por 
vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. 
 
Art. 150, § 4 – § 4. Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco 
anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a 
Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento 
e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, 
fraude ou simulação. 
 
Sumula 436 STJ – A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo 
débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra 
providência por parte do fisco. 
 
Sumula 555 STJ – Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial 
quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente 
na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito 
passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade 
administrativa. 
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PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (ART. 40 LEI 6830/80, §1, §2, §4) – 
Se foi ajuizada a ação de execução fiscal e não foram encontrados os devedores 
e os bens passiveis de bens penhorados o juiz manda suspender a ação pelo 
prazo de 1 ano, após um ano automaticamente a ação vai pro arquivo, se ficar 
no arquivo por mais 05 anos é extinta a ação. 
 
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o 
devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses 
casos, não correrá o prazo de prescrição. 
§ 1. Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao 
representante judicial da Fazenda Pública. 
§ 2. Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o 
devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o 
arquivamento dos autos. 
§ 4. Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo 
prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, 
reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato. 
 
6) CONVERSÃO DE DEPÓSITO EM RENDA – 
Quando se faz o deposito do montante integral e com a perda da ação é 
convertido em renda em favor da fazenda pública extinguindo o credito 
tributário. 
 
7) PAGAMENTO ANTECIPADO E A HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO 
NOS TERMOS DO DISPOSTO NO ARTIGO 150 E SEUS §§ 1º E 4º. 
 
8) CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO – 
“Quero pagar e o fisco não quer receber”! “Quero pagar e não sei a quem”. 
 
 
 
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9) DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL, ASSIM ENTENDIDA A 
DEFINITIVA NA ÓRBITA ADMINISTRATIVA, QUE NÃO MAIS POSSA SER 
OBJETODE AÇÃO ANULATÓRIA – 
Decisão quando ela é favorável ao contribuinte. 
 
10) A DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO – 
Transitada em julgado. 
 
11) DAÇÃO EM PAGAMENTO EM BENS IMÓVEIS, NA FORMA E CONDIÇÕES 
ESTABELECIDAS EM LEI. – 
Não pode ser bem móvel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXCLUSÃO DO CRÉDITO (ART. 175 CTN) 
 
ANISTIA – PENALIDADE ANTES DO CREDITO NASCER (ART. 181, CTN) 
Art. 181. A anistia pode ser concedida: 
I - em caráter geral; 
II - limitadamente: 
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo; 
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até 
determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de 
outra natureza; 
c) a determinada região do território da entidade tributante, em 
função de condições a ela peculiares; 
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei 
que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à 
autoridade administrativa. 
 
ISENÇÃO – TRIBUTO ANTES DO CREDITO NASCER – DECORRE DE LEI 
Atenção!! 
As hipóteses de exclusão do credito tributário não dispensam o cumprimento 
de obrigações acessórias. 
As hipóteses de exclusão tributaria são interpretadas literalmente. 
 
HIPÓTESES: 
a) Material 
b) Temporal 
c) Espacial 
d) Quantitativo 
e) Pessoal 
 
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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
§ 6. Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão 
de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou 
contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, 
estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima 
enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo 
do disposto no art. 155, § 2, XII, g. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
 
Atenção!! 
A isenção pode ser Geral ou Individual; 
A isenção pode ser Gratuita ou Onerosa; 
A isenção pode ser por prazo indeterminado ou prazo certo; 
É vedado a concessão de isenção heterônoma, a união não pode conceder 
isenção de tributos dos estados e municípios com exceção de tratados 
internacionais da república federativa do brasil (art. 151, inc. II CF). 
 
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de 
lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os 
tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. 
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do 
território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares. 
 
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: 
I - às taxas e às contribuições de melhoria; 
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. 
 
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de 
determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer 
tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. 
 
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada 
caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual 
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o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento 
dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão. 
 
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CREDITO TRIBUTÁRIO: 
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que 
sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a 
totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito 
passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real 
ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da 
constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas 
que a lei declare absolutamente impenhoráveis. 
 
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, 
ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por 
crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. 
 
CRÉDITO NA FALÊNCIA 
Como são pagos: 
• Créditos Imediatos (Art. 151, LRE) 
• Necessários (Art. 150, LRE) 
• Restituições em dinheiro (Art. 86, parágrafo único, LRE) 
• Créditos Extra concursais (Art. 84, LRE) 
 
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza 
ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da 
legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp nº 
118, de 2005) 
Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
I – o crédito tributário não prefere aos créditos extra concursais 
ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei 
falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor 
do bem gravado; (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
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II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência 
dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e (Incluído pela 
Lcp nº 118, de 2005) 
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados. 
 
 
QUESTÕES PARA TREINO: 
1) Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado XXIX - Primeira Fase 
A Fazenda Pública apurou que fato gerador, ocorrido em 12/10/2007, referente a 
um imposto sujeito a lançamento por declaração, não havia sido comunicado 
pelo contribuinte ao Fisco. Por isso, efetuou o lançamento de ofício do tributo 
em 05/11/2012, tendo sido o contribuinte notificado desse lançamento em 
09/11/2012, para pagamento em 30 dias. Não sendo a dívida paga, nem tendo o 
contribuinte impugnado o lançamento, a Fazenda Pública inscreveu, em 
05/10/2017, o débito em dívida ativa, tendo ajuizado a ação de execução fiscal em 
08/01/2018. Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta. 
A) A cobrança é indevida, pois o crédito tributário foi extinto pelo decurso 
do prazo decadencial. 
B) A cobrança é indevida, pois já teria se consumado o prazo 
prescricional para propor a ação de execução fiscal. 
C) A cobrança é devida, pois a inscrição em dívida ativa do crédito 
tributário, em 05/10/2017, suspendeu, por 180 dias, a contagem do prazo 
prescricional para propositura da ação de execução fiscal. 
D) A cobrança é devida, pois não transcorreram mais de 10 anos entre a 
ocorrência do fato gerador (12/10/2007) e a inscrição em dívida ativa do 
crédito tributário (05/10/2017). 
 
2) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem 
Unificado - XXVII - Primeira Fase 
A sociedade empresária ABC, atuante na área de prestação de serviços de 
limpeza, em dificuldades financeiras, não estava conseguindo realizar o 
pagamento dos tributos federais. Diante disso, ela se ofereceu à Administração 
Pública Federal para realizar o pagamento dos tributos mediante prestação 
direta de serviços de limpeza em prédios públicos ou, alternativamente, 
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transferir para o Fisco um imóvel de sua propriedade. A respeito desse cenário, 
assinale a afirmativa correta. 
A) As propostas são inadmissíveis, pois os tributos somente podem ser 
pagos em dinheiro. 
B) As propostas são admissíveis, em razão do princípio da menor 
onerosidade para o devedor (favor debitoris). 
C) A proposta de transferência de imóvel do contribuinte para a Fazenda 
Pública Federal para pagamento de tributo é admissível por expressa 
permissão legal. 
D) A proposta de prestação direta de serviços para pagamento de tributo 
é admissível, em circunstâncias excepcionais, como forma subsidiária de 
garantia do recebimento do crédito pela Fazenda Pública. 
 
3) Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame

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