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Fotografia Benjamin Abrahão e Chico Albuquerque

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GRANDES FOTÓGRAFOS 
DA HISTÓRIA DA 
FOTOGRAFIA
Benjamin Abrahão
Chico Albuquerque
Benjamin Abrahão (1901-1938)
Sírio-libanês
Veio para o Brasil em 1915, fugindo da convocação 
obrigatória durante a Primeira Guerra Mundial
Por muito tempo, o estrangeiro trabalhou como 
vendedor, até se tornar secretário particular de Padre 
Cícero.
Era responsável por administrar as doações feitas 
pelos fiéis. Era muito bem pago e se vestia de maneira 
sempre impecável
Enquanto ainda morava em Juazeiro do Norte, o sírio 
foi responsável por Guiar Lampião em uma breve 
passagem pela cidade mostrando o que havia de mais 
interessante na localidade.
Oito anos depois, quando Padre Cícero morreu, 
Benjamin apostou no cangaceiro como seu próximo 
ganha-pão. Ele sabia que naquela época Lampião não 
somente era uma celebridade brasileira, como havia se 
tornado figura de renome internacional depois que o 
jornal New York Times passou a acompanhar seus 
passos.
Benjamin 
junto ao 
Padre Cícero
Benjamin Abrahão Depois de planejar bastante, o sírio-libanês procurou 
uma empresa alemã para pegar emprestada uma 
câmera filmadora de 35 milímetros. Com equipamentos 
na bagagem, partiu sertão adentro em busca do grupo 
de Lampião. Demorou vários meses até encontrá-los, 
mas quando enfim teve a oportunidade, fez cerca de 90 
fotografias dos cangaceiros, muitas delas espontâneas.
Morreu esfaqueado (quarenta e duas facadas), sem que 
o crime jamais viesse a ser esclarecido, tanto na autoria 
como na motivação, se especula ter sido mais uma das 
mortes arquitetadas pelo sistema possivelmente a 
mando de coronéis 
A iconografia produzida por Benjamin – registros 
fotográficos e filme – não é a única sobre o cangaço, mas 
por sua extensão contribuiu enormemente para o 
conhecimento da história dos cangaceiros no 
Brasil. É uma comprovação visual da marcante estética 
dos bandoleiros da caatinga e os trouxe para os jornais e 
à imaginação popular.
Benjamin 
Abrahão com 
Maria Bonita e 
Lampião, 
1936
Lampião. 1936, Sertão 
nordestino, nas 
proximidades do rio São 
Francisco 
Benjamin Abrahão
P&B
Gelatina/ Prata
Maria Bonita, 1936
Brasil, Sertão nordestino, nas 
proximidades do rio São Francisco
P&B
Gelatina/ Prata
Benjamin Abrahão 
Corisco e Dadá 
com bando de 
cangaceiros em 
posição de tiro, 
1936, Brasil
Sertão 
nordestino, nas 
proximidades do 
rio São 
Francisco,
P&B
Gelatina/ Prata
Bejamim 
Abrahão
Os bandos 
de 
Lampião, 
Juriti e 
Luis Pedro, 
com Nenê,
1936,
Retrato 
coletivo,
P&B
Gelatina/ 
Prata,
Bejamim 
Abrahão
Maria Bonita, 1936
P&B
Gelatina/ Prata
Brasil
Sertão nordestino, nas 
proximidades do rio São Francisco
Benjamin Abrahão 
Maria 
Bonita e 
Lampião 
com seu 
bando de 
cangaceiros
,
1936,
P&B
Gelatina/ 
Prata,
Benjamin 
Abrahão
Lampião, Maria 
Bonita, o 
fotógrafo 
Benjamin 
Abrahão e 
outros 
cangaceiros
em foto batida 
pelo 
cangaceiro Juriti
, aparece 
cumprimentand
o Lampião
Bilhete escrito por Lampião atestando a autenticidade dos registros de Benjamin
(Diário de Pernambuco, 18 de fevereiro de 1937)
‘Illmo(Ilustríssimo) Sr. Bejamim Abrahão
Saudações
Venho lhe afirmar que foi a primeira 
pessoa que conseguiu filmar eu com todos 
os meus pessoal cangaceiros, filmando 
assim todos os movimentos da nossa vida 
nas caatingas dos sertões nordestinos.
Outra pessoa não conseguiu nem 
conseguirá nem mesmo eu consentirei 
mais.
Sem mais do amigo
Capm Virgulino Ferreira da Silva
Vulgo Capm Lampião’
Chico Albuquerque
(1917-2000)
Nasceu em Fortaleza CE
O primeiro contato com a fotografia ocorre em 
1932, quando realiza um documentário de curta 
metragem junto com seu pai, cinegrafista amador.
Começou a atuar profissionalmente fazendo 
retratos no estúdio montado por sua família, em 
Fortaleza. Em 1942 trabalhou como fotógrafo still 
do filme It's All True, de Orson Welles (1915 - 1985)
Mudou-se para São Paulo em 1945, abriu um 
estúdio e associou-se ao Foto Cine Clube 
Bandeirantes (FCCB)
Tornou-se um dos pioneiros da fotografia 
publicitária no Brasil e realizou, em 1949, a 
primeira campanha brasileira ilustrada com 
imagens fotográficas para a marca Johnson & 
Johnson.
Chico Albuquerque
Entre as décadas de 1950 a 1970 desenvolve uma 
trajetória diversificada em propaganda, 
trabalhando em setores da indústria 
automobilística, moda, alimento e arquitetura.
Voltou a viver em Fortaleza, em 1975, e passou a 
produzir esporadicamente ensaios sobre a 
população litorânea do Ceará, frutas e publicidade.
Em 2003, é fundado o Instituto Cultural Chico 
Albuquerque na capital cearense. Dois anos depois, 
o Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS/SP) 
promove a exposição Retrospectiva Chico 
Albuquerque, dando visibilidade a imagens 
produzidas entre a década de 1940 e o ano 2000.
Faleceu em 2000, aos 83 anos 
causa do falecimento derrame cerebral (AVC)
Campanha para a Folha de 
S. Paulo (São Paulo, SP) , 
1961 , Chico Albuquerque
Juscelino Kubitschek, 1955Chi
Técnica utilizada para produzir 
a obra: matriz-negativo
Chico Albuquerque
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa22018/chico-albuquerque
Campanha Pneus Pirelli, 1969
Técnica utilizada para produzir a 
obra: matriz-negativo
Chico Albuquerque
Campanha para a câmera Kodak Rio-
400
Brasil – 1965,
Chico Albuquerque
Luiz Gonzaga, 1955, Técnica utilizada 
para produzir a obra: matriz-negativo, 
Chico Albuquerque
Campanha para o 
automóvel Fusca, 
Volkswagen, 1963, 
Proeme – Agência de 
Propaganda e 
Mercadologia, 
Chico Albuquerque
Ensaio 
Mucuripe, a 
famosa 
documentaçã
o sobre os 
jangadeiros 
na praia de 
Fortaleza 
registrada 
por Chico 
Albuquerque, 
1952
Fotografia da 
série Frutas, 
de 1978, 
Chico 
Albuquerque
Campanha para a máquina de 
costura Singer, 1959, 
Chico Albuquerque

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