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Nematódeos Parasitas em Humanos

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Nematódeos de Importância Médica 
Parasitologia 
Deivid
 
Definição 
Vermes cilíndricos e alongados com sistema 
digestório completo. 
O verme é recoberto por um tegumento ou 
cutícula elástica, acelular, de estrutura relativamente 
complexa. 
Abaixo da cutícula está a hipoderme delgada 
e a musculatura somática – única camada de células 
musculares lisas longitudinais inervadas por extensões 
de troncos nervosos originados de células 
ganglionares localizadas em torno da porção média do 
esófago. 
O tubo interno corresponde ao tubo 
digestivo, com uma cavidade bucal (com papilas 
sensoriais), seguida de esôfago e de um longo 
intestino revestido por epitélio colunas com 
microvilosidades que termina na cloaca. 
Entre intestino e demais estruturas há um 
pseudoceloma, preenchido por líquido, onde 
encontram-se as estruturas reprodutivas. Os 
nutrientes circulam pelo pseudoceloma. 
O sistema excretor pode consistir em um 
glândula excretória simples próxima a porção média 
do esôfago ou um sistema excretor tubular complexo 
em forma de H. A principal excreta metabólica é a 
amônia. 
Os ovos eclodem liberando as larvas de 
primeiro estágio (L1) ou larvas rabditoides em função 
de seu esôfago que apresenta uma constrição no 
ponto de junção com o bulbo terminal (corpo, istmo 
e bulbo). A transformação das larvas em adultos 
envolve geralmente quatro mudas ou ecdises, a perda 
da cutícula anterior e a formação de uma nova 
cutícula. 
Após duas mudas, o esôfago dessas larvas 
torna-se alongado e cilíndrico, sem bulbo terminal, 
com aspecto filarioide. 
As larvas L3 são as formas infectantes dos 
Ancilostomídeos e S. stercoralis. Os vermes adultos 
desenvolvem-se, na maioria dos casos, após a quarta 
muda. Portanto, representam o quinto estágio de 
desenvolvimento dos helmintos. 
 
Ascaridíase 
Ascaris lumbricoides. O habitat desses 
parasitos é o intestino delgado do ser humano. 
São vermes longos e cilíndricos, com as 
extremidades afiladas e cor leitosa, corpo recoberto 
por espessa cutícula. 
Possuem média de vida → 6 a 18 meses; 
Dimorfismo sexual entre machos e fêmeas. E 
em seu aparelho digestivo têm Boca (ou vestíbulo bucal) 
com 3 fortes lábios e serrilha de dentículos que segue 
o aparelho digestivo com esôfago e intestino retilíneo. 
O áscaris masculino é um verme com 
diâmetro menor e extremidade espiralada, que 
“enrola”. Já a fêmea, além de ter maior diâmetro, é 
mais robusta, não enrola a cauda e bota até 200 mil 
ovos por dia. 
Os ovos são excretados pelas fezes, pois 
sofrem desembrionamento no meio externo. Eles são 
grandes, ovais e possuem 3 camadas, sendo a mais 
externa mamelonada. 
Seu ciclo começa quando o paciente ingere 
ovos em alimentos e água contaminada e esses ovos 
eclodem no intestino, onde as agora larvas penetram 
na mucosa e alcançam a circulação sanguínea em 
direção ao fígado (onde podem causar hemorragias 
e necroses, além de também causar obstrução, 
quando há grande numero de larvas e também 
podem causar pancreatite por obstrução das vias 
biliares), seguindo para a veia cava, passando pelas 
câmeras cardíacas a direita e entrando no pulmão, 
onde causa a síndrome de Loffler, pelo ciclo de Loss. 
No pulmão, podem causar sintomas respiratórios com 
a Síndrome Eusinofílica Pulmonar. No pulmão, entram 
pelas vias aéreas inferiores até atingirem as vias áreas 
superiores, onde na orofaringe precisam ser 
deglutidos (podem obstruir vias áreas aqui, o que é 
letal). Ao serem deglutidos, passam novamente pelo 
TGI, transformando-se em adultos e vão para o 
intestino, onde causam obstrução. Em crianças, melo 
tamanho do TGI, pode ocorrer suboclusão intestinal. 
Em sua patogenia, além dos problemas 
causados no ciclo, há a ação espoliativa do verme, que 
se aloja na mucosa intestinal, ação tóxica pela 
presença de antígenos e ação mecânica, como a 
suboclusão intestinal em crianças. Infecções maciças 
costumam ter mais de 100 vermes. Além disso, 
pacientes que possuem alta carga parasitária podem 
desenvolver ação irritativa sobre o verme, causando 
seu deslocamento para áreas não habituais. 
Seu diagnóstico é feito através do exame 
parasitológico de fezes, com os seguintes métodos: 
Sedimentação Espontânea por Lutz ou 
Hoffman, Pons e Janes (o ovo é denso, ele não flutua); 
Quantificação dos ovos por Kato-Katz; 
Métodos imunológicos, que não são tao 
indicados por ter baixa especificidade e alto custo. 
Seu tratamento visa matar os vermes adultos. 
Utiliza-se o Albendazol em dose única de 400mg para 
adultos ou 10mg/kg para crianças. Os tratamentos 
alternativos incluem: 
Mebendazol 2 vezes ao dia durante 3 dias 
em dose de 100mg; 
Ivermectina em dose única de 150 a 
200ug/kg; 
Levamizol em dose única de 150mg; 
Pamoato de pirantel em dose única de 
11mg/kg com dose máxima de 1g. 
Nos casos de obstrução intestinal utiliza-se o 
Citrato de piperazina durante 2 dias, em dose de 50 
a 100mg/kg/dia com dose máxima de 3,5g associado 
ao óleo mineral (40 a 60ml/dia), antiespasmódico, 
hidratação ou cateter nasogástrico. 
 
Ancilostomíase 
Ancylostoma duodenale em regiões 
temperadas e Necator americanos em regiões 
tropicais, como o Brasil. 
É a doença do Jeca Tatu, o “amarelão”. Causa 
notável palidez pela patogenia do nematelminto e é 
mais frequente em zonas rurais pela larva se alojar na 
terra e os indivíduos andarem descalços. 
Seu habitat natural é o intestino delgado, onde 
se alojam graças a seus dentes/serrilhas (Ancylostoma 
tem dentes, Necator tem serrilhas) CB. Eles são 
rodados/avermelhados por se alimentarem de sangue. 
Assim como a femea ascarídea, as femeas 
tem cauda simples que termina em ponta fina e são 
ligeiramente maiores do que os machos, que 
possuem cauda com bolsa copuladora. Eles têm 
aparelho bucal perfurante e sugador com forte 
esôfago. 
Seus ovos tem formato elíptico, e possuem 
casca fina e transparente. Os ovos não embrionados 
se maturam no ambiente, os de menor resistência 
eclodem no ambiente liberando larvar L1 e no 
ambiente elas viram larvas L2 e L3, que são a forma 
infectante. Para se desenvolverem no ambiente, eles 
necessitam de oxigênio, umidade e temperatura 
ambiente. O duodenale deposita muitos ovos (de 20 
a 30 mil), o americanos deposita mais ou menos 9 mil. 
A transmissão se dá por perfuração na pele 
da larva L3 (filarioide), geralmente nos pés, causando 
dermatite, onde as larvas vão, pela circulação, até o 
pulmão (ciclo de Loss, desenvolvendo doença de 
Loeffler), e depois ao subir para as vias aéreas 
superiores eles são deglutidos. Ao serem deglutidos, 
eles vão para o intestino delgado e se alojam nas 
paredes. No intestino, o verme adulto libera ovos, que 
sairão nas fezes do individuo, iram madurar no solo, 
eclodir liberando larvas rabidiformes, que se 
desenvolvem em larvas filariodes, que é a forma 
infectante. 
No intestino, os vermes fazem espoliação 
sanguínea, causando anemia no hospedeiro. Além 
disso, há síndromes abdominais, com dor epigástrica, 
diminuição de apetite, indigestão, cólica, indisposição, 
náuseas, vômitos e flatulências. É comum os 
hospedeiros desenvolverem geofagia. Na síndrome de 
Loeffler, pode ocorrer hemorragias e pneumonite. 
O diagnostico é clinico, mas recomenda-se 
exames laboratoriais, como o parasitológico de fezes 
utilizando os métodos de sedimentação espontânea 
(Hoffman, Pons e Janner), sedimentação por 
centrifugação, e flutuação (Willis), além do OPG, Kato-
Katz. Para identificar a espécie os ovos, só é possível 
fazer coprocultura Harada & Mori (L3), na cultura em 
papel de filtro. 
Ele é tratado com Mebendazol, na dose de 
100mg, 2x ao dia durante 3 dias, Albendazol 400mg 
em dose única para adultos ou 10mg/kg em dose 
única para crianças. Pode-se usar, também, Pamoato 
de Pirante, de 20 a 30mg/kg durante 3 dias. 
 
Estrongiloidíase 
Comum nos trópicos é o menor nematódeo 
que parasita o homem. Ele tem como reservatório, 
também, os cães,os gatos e os primatas, geralmente 
acomete indivíduos imunocomprometidos. 
Ele possui 6 formas diferentes, a femea 
parasita, femea de vida livre, macho de vida livre, larva 
rabiditoide e larva filariodes (com rabinho picotado). 
Femea partenogênica: vive no intestino, são 
cilíndricas, filiformes e pequenas, possuindo uma 
cutícula fina e transparente, com extremidade anterior 
arredondada e posterior afilada. Possuem aparelho 
digestivo simples, possuem esôfago tipo filariode e 
aparelho reprodutor com útero, ovários, oviduto e 
vulva. A ovovivípara elimina o ovo já larvado, com larva 
rabiditoide (30 a 40 ovos por dia). As femeas 
partenogenicas são triploides (3n) e podem produzir 
ovos n, 2n e 3n. 
Femea de vida livre: ela tem aspecto 
fusiforme com a extremidade afilada, também possui 
cutículas finas e transparente. É dotada de um sistema 
digestório simples com esôfago rabiditoide pequeno e 
possui uteno anfidelfo (divergente). Ela é 2n. 
Macho de vida livre: aspecto fusiforme, região 
anterior arredondada e rabinho enrolado, possui 
esôfago rabiditoide – intestino – cloaca. Seu sistema 
reprodutor possui testisculos, vesícula seminal, canal 
deferente e ejaculador, que se abre na cloaca. Ele é 
n e possui espículo. 
Seus ovos são elípticos com parede fina e 
transparente. Os ovos da femea parasita são menores 
que os da femea de vida livre. Eles geralmente 
eclodem na mucosa intestinal do hospedeiro (em larva 
rabiditoide) e só podem ser vistos em fezes diarreicas. 
Os ovos n e 2n, ao eclodirem, liberam larva rabiditoide, 
que posteriormente amadurece em macho de vida 
livre e femea de vida livre, respectivamente. Já os 
ovos 3n amadurecem para larva rabiditoide, logo 
depois para larva filarioide e então se transformam na 
femea partenogenica, causadora da infecção. 
A larva rabiditoide possui vestíbulo bucal 
menor e esôfago rabiditoide (alongado, “pausa”, curto”. 
Já a larva filarioide possui esôfago filarioide (curto, 
“pausa”, alongado). As larvas rabiditoides tem cutícula 
fina, porém hialina, intestino que termina em anus 
afastado da extremidade posterior, cauda pontiaguda 
e primórdio genital bem nítido. A larva filarioide, além 
do que já foi falado, possui a região anterior afilada e 
a posterior com duas pontas, cauda entalhada. É a 
forma infectante (L3) em pele e mucosas. 
Seu ciclo possui dois tipos, o ciclo direto e 
indireto. O ciclo direto é realizado pela femea 
partenogenica. Já o ciclo indireto é realizado pelo 
macho de vida livre (n) e pela femea de vida livre (2n) 
que formam ovos 3n que evoluem para larva 
rabiditoide > larva filarioide > femea partenogenica. Os 
ciclos direto e indireto se completam pela penetração 
ativa de L3 na pele e mucosas, onde as larvas podem 
atingir a circulação cardíaca e pulmonar. Nos capilares 
pulmonares, a L3 se transforma em L4 penetrando 
a membrana alveolar, migrando através da arvore 
brônquica para a faringe, ali pode ser expelida ou 
deglutida, onde será levada para o intestino delgado, 
onde se transformam em femeas partenogenicas. Os 
ovos são depositados na mucosa intestinal, onde 
podem fazer autoinfecção com a transformação da 
larva rabditoide em filarioide na região perianal, 
penetrando ali (auto-exoinfecção) ou se transformar 
ainda na luz intestinal penetrando na mucosa do íleo 
ou do colon (auto-endoinfecção), onde causam 
hiperinfecção e disseminação. 
Seu diagnostico é feito pelo parasitológico de 
fezes, que aconselha-se analisar várias amostras. Pode-
se usar o método direto, como o Barmann-Moraes 
(com sensibilidade >90%), pode usar aspirado 
duodenal ou secreções e outros líquidos orgânicos se 
forma disseminada (pode ainda tentar EDA). No 
método indireto, usa-se hemograma (que terá 
aumento de eusinofilos), diagnostico por imagem, 
testes imunologicios e PCR. 
Existem duas formas de tratamento, para a 
forma não complicada e para a forma disseminada, 
grave. Na forma não complicada, indica-se dose única 
de Ivermectina de 200ug/kg, podendo ser repetida 1 
semana após dose inicial), Albendazol 400mg/dia 
durante 3 dias, ou dose única de 5mg/kg de 
Cambedazol ou Tiabendazol 25-50mg/kg/dia dividido 
em 3 administrações durante 7 dias com dose 
máxima diária de 3g. Para a forma disseminada, usa-
se o Ivermectina 200ug/kg de 5 a 7 dias (podendo 
ser associado com Albendazol) ou Tiabendazol 25-
50mg/kg/dia em 3 administraçõoes durante 10 dias 
com dose diária máxima de 3g. 
 
Enterobíase 
Enterobius vermiculares, o oxiurus. É um 
verme filiforme pequeno (pinworm). O reservatório 
desse agente é o ser humano, é comum em crianças 
e é a infecção gastrointestinal mais comum causada 
por helminto. 
Os vermes adultos são brancos, filiformes, 
possuem uma asa cefálica na região anterior bilateral, 
têm boca pequena seguida de esôfago que termina 
em bulbo cardíaco e apresentam nítido dimorfismo 
sexual. O verme macho é pequeno, possui ducto 
ejaculador e rabinho enrolado com espícula. Já a 
femea é muito maior com extremidade afilada. 
Os ovos tem formato em D, possuem 
membrana dupla lisa, fina e transparente e se tornam 
embrionados em aproximadamente 6h. 
A femea e o macho vivem no ceco e no 
apêndice. O macho é eliminado após a cúpula junto 
com as fezes, já as femeas migram para região anal 
a noite para eliminar grande quantidade de ovos (elas 
aguardam o metabolismo do hospedeiro diminuir). Os 
ovos permanecem viáveis por até 120 dias. As larvas 
rabiditoides eclodem no intestino delgado sofrendo até 
2 metamorfoses até o ceco, onde se transforma e 
adultos. Depois de 2 meses, mais ou menos, as 
femeas vão para a região perianal botar ovos, e se 
não houver reinfecção o parasitismo termina ali. A 
sobrevida do verme é de 2 meses. 
Sua transmissão é fecal oral e seus ovos 
ficam em roupas de cama e roupas intimas. A 
transmissão pode ser por autoinfecção direta, que é 
fecal-oral (dedos), autoinfecção indireta, quando os 
ovos eliminados pelo hospedeiro vão para alimentos 
ou poeira e infectam o mesmo hospedeiro; 
autoinfecção interna, quando as larvas eclodem no 
hospedeiro ou heteroinfecção, quando os ovos 
eliminados contaminam um novo hospedeiro. 
A maioria dos casos são assintomáticos. 
Quando sintomáticos, o hospedeiro apresenta intenso 
prurido anal, enterite catarral (inflamação intestinal 
com muco amarelado), inflamação do ceco ou 
apêndice, mucosa anal congesta com muco, ovos e 
femeas, com laceração da pele com hemorragia, 
dermatite e/ou infecções secundárias, dores 
abdominas, náusea, vomito, irritabilidade, insônia, 
diarreia e inapetência... ou infecções urinarias por 
localização extraintestinal migrando para o trato genital 
feminino causando uretrite > vaginite e IU. 
O diagnóstico é feito pela história clinica de 
prurido anal e laboratorialmente pela pesquisa de ovos 
no método de Graham (fita adesiva) ou Hall (swab 
anal). Pode-se usar também material de unhas de 
crianças infectadas. 
O paciente deve ser tratado com Pamoato 
de Pirantel em dose única de 10mg/kg ou Mebendazol 
duas vezes ao dia com dose de 100mg durante 3 dias 
ou Albendazol em dose única de 10mg/kg com dose 
máxima de 400mg. 
 
Tricuríase 
Trichuris trichiura, os vermes chicotados 
(whipworms). 
Na extremidade anterior possuem a boca 
com abertura simples, sem lábios, seguida por um 
esôfago longo e delgado que ocupa 2/3 de seu 
tamanho total. Na porção final o esôfago é circundado 
por esticócitos, que é um conjunto de esticossoma. 
Os vermes são dioicos com dimorfismo sexual. A 
parte de chicote é a parte anterior O macho tem 
rabinho enrolado com espícula na ponta. 
Seus ovos são típicos formato de barril com 
bolinhas nos dois polos, superior e inferior. Esses polos 
são transparentes e preenchidos por material lipídico. 
A casca de seu ovo possui 3 camadas distintas, a 
camada lipídica externa, camada quitinosa 
intermediária e camada vitelínica interna. Essas 
camadas conferem resistênciaa fatores ambientais. 
Suas larvas possuem esôfago pouco 
desenvolvido e espinho ora, que vai perfurar a casca 
do ovo. Essas larvas eclodem no intestino delgado e 
se desenvolvem nas vilosidades intestinais, depois 
retornam à luz intestinal e vão para o IG, onde viram 
vermes adultos (L1 -L4). 
Por serem parasitos do trato gastrointestinal, 
eles habitam o ceco e o cólon ascendente (onde 
causam infecções intensas), podem ser parasitos 
tissular, onde a região esofagiana do parasito penetra 
na camada epitelial da mucosa intestinal, se 
reproduzindo e eliminando ovos. 
Possuem ciclo monoxemico, tem expectativa 
de vida do verme adulto de 1-8 anos, o embrião no 
ovo se desenvolve no ambiente em 15-30 dias, com 
ambiente dependente de temperatura, oxigênio e 
umidade. 
Sua transmissão é pela ingestão de ovos 
embrionados, que geralmente são disseminados por 
vento ou água. 
Na maioria das vezes a infecção é 
assintomática, mas pode ser grave dependendo da 
carga parasitária. Os sintomas geralmente são cefaleia, 
dor epigástrica e hipograstrica, diarreia, náuseas, 
vômitos e perda de peso. 
Em crianças pode ocorrer a síndrome 
disentérica crônica, com diarreia intermitente (com 
muco e sangue), dor abdominal com tenesmo, 
anemia, desnutrição grave, ulcerações da mucosa 
intestinal, prolapso retal e crescimento prejudicado. 
Seu diagnóstico é por imagem (colonoscopia) 
ou parasitológico com ovos nas fezes. Usa-se método 
de sedimentação espontânea (Hoffman, Pons e 
Janer), por centrifugação (Ritchie) ou Kato Katz, que 
é quantitativo. 
É tratado com Pamoato de Oxipirantel em 
dose única de 10mg/kg ou Mebendazol de 10mg duas 
vezes ao dia durante 3 dias ou Albendazol em dose 
única de 10mg/kg com dose máxima de 400mg. 
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