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Características Gerais dos Vírus e Vírus de Importância Médica Parasitologia Deivid Características Gerais Parasitas intracelulares obrigatórios. Em sua estrutura há o acido nucleico, que pode ser de DNA ou RNA, fita dupla ou simples, circular ou linear, segmentado ou não segmentado. Possui capsídeo cuja composição é proteica, envolve material genético e possui rigidez. O envelope tem composição lipídica e geralmente é “pego” quando o vírus brota de uma célula, direcionado por glicoproteínas (proteínas de adesão) que se ligam no local onde o vírus vai brotar. O vírus utiliza as glicoproteínas do envelope para interagir com as células hospedeiras. Depois que uma partícula viral é formada e fica completa, ela é chamada de vírion. É uma partícula completa com capacidade infectante. Classificação Pode classificar entre envelopados e de capsídeo descoberto ou classificação quanto ao RNA. O de RNA + se comporta como RNAm, lido e traduzido pelos ribossomos da célula hospedeira. RNA- não interage com ribossomo, precisa ser convertido em RNA + para ser lido e traduzido em proteína. RNA+/- capsídeo duplo e RNA + via DNA, que converte o RNA em DNA usando transcriptase reversa. Fases Fase precoce antecede a síntese de material genético viral, depois que ela inicia começa a fase tardia. Na precoce ocorre o reconhecimento da célula alvo, fixação, penetração, desencapsidação (para liberar material genético) e síntese macromolecular iniciando a fase tardia (primeiro, síntese de progene viral, depois replica proteínas estruturais). Logo após as proteínas se montam, elas tem afinidade uma pela outra, se estruturando ao redor do material genético. Depois vírus lisa a célula hospedeira (vírus não envelopado) ou brota da célula. O período de eclipse é o período onde não detecta estruturalmente o vírus dentro da célula. O período latente não detecta o vírus extracelular, não tem viremia. Reconhecimento da célula alvo e fixação: necessita um receptor especifico da célula hospedeira. Parvovírus, por exemplo, precisa da B19 (globosídeo) expresso nas células precursoras eritroides. A célula precisa ter receptor e maquinaria para replicação viral. Célula suscetível tem capacidade de interagir quimicamente com receptores específicos do vírus. Célula permissiva tem maquinaria para replicação viral. Para uma infecção viral eficaz, necessita de uma célula suscetível e permissiva. Penetração ocorre por fusão do envelope com membrana da célula hospedeira, ou endocitose ou penetração direta, com a injeção de material genético na célula hospedeira. Desnudamento é quando o genoma é exposto. Síntese é dependente do tipo de genoma Nem todo vírus de DNA vai integrar o seu material genético ao da célula hospedeira. A maioria dos vírus de DNA replica-se no núcleo, mas sem integrar-se ao genoma celular. Montagem e liberação: montagem de nucleocapsídeo viral e saída da partícula vira, que pode ser por lise da célula hospedeira (quando ela está cheia de partículas virais), brotamento (mantem a célula viva, permitindo que se formem muitas partículas virais), vesícula secretória ou exocitose e apoptose. Poxvírus: O vírus influenza possui RNA segmentado. Vírus de RNA se replica no núcleo, ao invés do citoplasma. Mecanismos de Patogenese Viral Causam doença quando atravessam as barreiras de proteção natural, matam células de um tecido importante ou desencadeiam resposta imune e inflamatória destrutiva. Algumas doenças são causadas por vários vírus com tropismo pelo mesmo tecido, como a hepatite. Ao penetrar o corpo o vírus entra em replicação em células suscetíveis e permissivas, disseminando depois pelo corpo. As consequências de uma infecção viral são: falha de infecção, morte da célula, replicação sem morte da célula e presença de partículas virais sem replicação, mas com potencial de ativação, em latente. Latência epissomal material do vírus não integrado ao material genético da célula hospedeira, já a latência proviral é quando o vírus está latente mas o material genético do vírus está na célula, assim, quando a célula não está replicando o vírus não está replicando, já quando a célula está replicando, o vírus está replicando. Quanto à fisiopatologia o rotavírus age penetrando nos enterócitos, os quais se rompem e são substituídos por células absortivas imaturas. Essas se caracterizam por apresentar números reduzidos de microvilosidades, embora conservem sua propriedade secretória. Observa-se redução da Na/K ATPase, responsável pelo processo de absorção intestinal do Na acoplado à glicose, havendo redução da absorção de glicose e água. Os níveis de AMP cíclico se mantêm inalterados, portanto exclui-se o mecanismo secretório no contexto fisiopatológico das diarreias por rotavírus. Há também redução da atividade inerente às dissacaridases, principalmente da lactase, comprometendo o metabolismo dos dissacarídeos e sua absorção, promovendo um aumento da osmolaridade do lúmen intestinal, e consequentemente, aumento do afluxo de líquido. O açúcar não absorvido pode sofrer ação de bactérias que colonizam as porções mais distais do intestino, resultando na eliminação de fezes com pH ácido, resultando na diarreia de natureza osmótica. O vírus produz uma enterotoxina NSP4 (nonstructural protein), primeira enterotoxina viral descrita, que possui inúmeros efeitos, dentre eles, o aumento intracelular de cálcio, a perda das junções de oclusão e o fluxo paracelular. Vírus de DNA: – Poxviridae: Vírus da Varíola – Herpesviridae: Herpes Simples 1 e 2, Varicela-zoster, Epstein Barr, Citomegalovírus e Herpes 6,7 e 8. – Hepadnaviridae: HBV – Papillomaviridae: Papilomavírus humanos (HPVs) – Polyomaviridae: Vírus BK e JC – Adenoviridae: Adenovírus – Parvoviridae: Parvovírus B19 e bocavírus ↳↓↑↪→→● Lívia Alves
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