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P3 Fisiologia Vegetal Layane Feitosa Fotossíntese ► É um processo de conversão de energia luminosa em energia química. Os seres fotoautotróficos utilizam a energia luminosa para produzir compostos orgânicos, como a glicose, usando como fonte de carbono, o dióxido de carbono; e como fonte de elétrons, o hidrogênio, a agua. A fotossíntese pode ser expressa globalmente pela seguinte equação: 6 CO2 + 12 H2O C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O A produção de oxigênio pelos organismos fotossintéticos é extremamente importante como fonte de oxigênio atmosférico utilizado pela maioria dos organismo, para completarem as suas cadeias respiratórias e obterem assim, energia. Fotossíntese pode ser compartimentada em duas fases: Fase Fotoquímica (Fase clara): depende diretamente da luz; produz ATP e um transportador de elétrons reduzido (NADPH + H+). Fase Química (Fase escura): não depende diretamente da luz; usa o ATP, NADPH + H+ e CO2 para produzir açúcar. FASE FOTOQUÍMICA: a energia é utilizada para produzir ATP a partir de ADP + Pi, através de um conjunto de reações mediada por grupo de moléculas – os fotossistemas. Existem dois tipos de fotofosforilação: Não cíclica que produz NADPH e ATP Cíclica que produz apenas ATP FASE QUÍMICA: que não depende diretamente da luz, os produtos da fosfosforilação não cíclica NADPH, ATP e CO2 são utilizados para produzir glicose, no denominado ciclo de Calvin-Benson. Apesar de ser denominada também de fase escura, não é totalmente independente da luz, pois a enzima responsável pela fixação do CO2, a RuBisco, requer luz para ser reduzida e estar no seu estado ativo. Ambas as fases da fotossíntese decorrem no cloroplasto, mas em locais diferentes deste organelo. Fase dependente da luz FOSFORILAÇÃO NÃO CÍCLICA: Durante o processo os seres fotossintéticos usam energia luminosa para produzir ATP, NADPH + H+ e liberar O2. Durante esta fase ocorrem reações de oxirredução: as moléculas de água são oxidadas e os elétrons liberados vão repor o défice de elétrons das moléculas de clorofila excitadas pela ação da luz. Os elétrons liberados pelas clorofilas são transferidos em reações em cascata através de agente oxidantes até ao NADP+ que é reduzido para NADPH + H+. Essas reações de oxirredução espontâneas liberam energia exergônicas, que é utilizada na fosforilação do ADP formando ATP. São necessárias dois tipos de moléculas de clorofila diferentes associadas a dois fotossistemas, que consistem em agrupamentos de moléculas de clorofila e pigmentos acessórios. Fotossistema I: contém clorofila a P700, valor correspondente ao comprimento de onda em nanómetros, da luz absorvida pela molécula de clorofila a e responsável pela redução do NADPH + H+. Fotossistema II: o centro reativo do fotossistema II contem clorofila a do tipo P680, o que siginifica fótons mais energéticos para excitar suas moléculas P3 Fisiologia Vegetal Layane Feitosa de clorofila. E utiliza a luz para oxidar as moléculas de água, produzinho elétrons, prótons (H+) e oxigênio (O2). Os eletrons de agua passam por uma cascata de transportadores redox loalizados na membrana dos tilacóides do cloroplasto. Parte da energia liberada ao longo desta cascata vai ser aproveitada para a fosforilação de ADP + Pi em ATP. - O funcionamento destes dois fotossistemas requer uma absorção contínua de luz, que excita as moléculas da clorofila a que libertam elétrons formando um redutor e um oxidante necessarios para que as reações ocorram. FOTOSSISTEMA II (P680) Absorve fótons, que excitam as moléculas de clorofila liberando elétrons para um agente oxidante (feofina I) e a clorofila P680 fica excitada (P680*). Os elétrons resultantes da oxidação da água passam para a P680*, reduzindo-a a sua forma de P680 novamente e permitindo a continuação da absorção de fótons. Os elétrons resultantes da oxidação de P680 são transportados atraves de uma cascata de reações de oxirredução que produzem energia que será utilizada para formar ATP. FOTOSSITEMA I (P700) A absorção de fótons causa a liberação de elétrons que reduzem a ferredoxina ficando na sua forma oxidada P700*. A clorofila P700 é reduzida pelos elétrons liberados nas reações de oxirredução do fotossistema II. Os elétrons do FSI serão necessarios no final da fosforilação não cíclica e conjunto com prótons para a redução da molécula de NADP+ a NADPH + H+. FOSFORILAÇÃO CÍCLICA: É responsável por formar apenas ATP, pois o elétron liberado pela molécula de clorofila fotoexcitada regressará à mesma molécula de clorofila no final das reações. A agua que fornece eletyrons às clorofilas oxidadas no sistema não cíclico, não participa nestas reações, logo não há produção de oxigênio. Antes do início da fosforilação, a clorofila P700, o centro das reações do FSI, está no seu estado fundamental (não excitado). Quando obsorve um fóton e oxida, a sua forma oxidada reage com a ferodoxina reduzindo-a. esta reação é expontanea e exergónica (libera energia). A ferrodoxina reduzida por sua vez, reduz a plasytoquinona (molécula pertencente à cadeia de oxirredução que liga o fotossistema I e II), e o eletron liberado passa para o complexo citocrômico e é transportado ao longo da cadeia de elétrons até se completar o ciclo e regressar à clorofila P700 inicial. A energia liberada durante estas reações será utilizada na fosforilaçao do ADP em ATP. FORMAÇÃO DE ATP Nos cloroplastos, assim como nas mitocondrias, os eletrons são transportados ao longo de cascatas de trasnportadores através de reações de oxirredução liberando energia que é utilizada no transporte de prótons através da membrana. No cloroplasto, os transportadores de eletrons encontram-se na membrana dos tilacóides, promovendo o transporte de protons para o interior do tilacóide, cujo pH é mais ácido do que no exterior. A diferença de pH entre o exterior e o lumem do tilacóide é resultado do gradiente de protons. Os protons presente no lúmen tem tres origens: a fotolise da água que ocorre no FS II e libera oxigênio, protons e elétrons; P3 Fisiologia Vegetal Layane Feitosa protons provenientes da transferencia de eletrons do fotossistema II para a plastoquinona na fotosfoforilação não cíclica, que consome dois protons do estroma que são depois liberados no lúymen quando a plastoquinona é oxidada; e por ultimo, a redução da plastoquinona pela ferrodoxina durante a fotofosforilação cíclica, promove a transferencia de protons do estroma para o lúmen. Tambem responsável pelo gradiente protonico é a redução do NADP+ para NADPH, pela NADP redutase. A diferenca de pH entre o interior e exterior do tilacóide promove o transporte passivo por difusão simples dos protons de volta ao exterior do tilacoide, atraves de canais de proteinas membranares, as sintetases de ATP. Assim, o movimento dos protons aytraves das sintetases de ATP permite uysar a energia da cadeia transportadora de eletrons para formar ATP a partir de ADP + Pi. Fase independente da luz Corresponde ao Ciclo de Calvin-Benson onde ocorre fixação de CO2 com formação de um primeiro composto organico com tres carbonos – denominando-se as plantas com este metabolismo plantas C3, e como composto final a Glicose. Estas reações ocorrem no estroma do cloroplasto, onde se encontra maior parte das enzimas. O CO2 captado do meio combina-se com uyma pentose, a ribulose difosfato ou RuDp (molecula organica com 5 carbonos), originando um composto intermediário instavel, de 6 carbonos, que rapidamente formaduas moléculas com tres carbonos – acido fosfoglicérico ou PGA (3 carbonos e 2 P). Estas reações de fixação de CO2 são catalisadas pela enzima ribulose difosfato carboxilase – oxidase (RuBisco). As molécuylas de PGA são fosforiladas pelo ATP e posteriormentereduzidas pelo NADPH proveniente da fase fotodependente, formando o aldeído fosfoglicérico (PGAL com 3 C e 1 P). As reações seguintes do ciclo tem como objetivo produzir mais RuDP e moléculas organixas mais complexas, como a glicose. Por cada molécula de PGAL formadas, 10 serao utilizadas para regenerar RuDP e as duas restantes para sintetizar compostos organicos mais complexos (glicose eoutros glicidos). O PGAL pode tambem ser convertido em outros compostos organicos como lipídeos ou prótidos. MECANISMO C4: As plantas C4 são especialmente bem adaptadas à condições ambientais onde a iradiância e a temperatura são elevadas, apresentando ainda boa tolerancia ao estesse hídrico. O mecanismo concentrador de CO2 das plantas C4 baseia-se num ciclo de carboxilação e descarboxilação que se distribui entre dois tipos diferenciados de células fotossintéticas: as células do mesofilo e as cpelulas da bainha perivascular. Essa anaotmia foliar diferenciada promove a concentração de CO2 nas células da bainha perivascular com reduzidas perdas por difusão, já que as paredes dessas células são espessas e apresentam uma baixa permeabilidade aos gases. A maioria das células do mesofilo situa-se imediantamente adjacente a celulas da abainha perivascular, sendo conectada por numerosos plasmodesmas, possibilitando uma cooperação dinâmica e feciente entre os dois tipos celulares ao desempenharem as suas tarefas fotossintéticas específicas. As especies C4 são predominantemente tropicais e subtropicais, incluindo culturas importantes como milho, sorgo, e a cana de açúcar. P3 Fisiologia Vegetal Layane Feitosa Nessas especies, o primeiro produto estável da fotossintese é uma molecula de quatro carbonos (oxaloacetato e malato). A enzima PEP carboxilase (PEPase) catalisa a carboxilação irreversível do ácido fosfoenol pirúvico (PEP), tendo como produto imediato ácido oxaloacético (AOA). A PEPase utiliza carbono na forma de bicarbonato, enquanto a rubisco utiliza na forma de CO2. O ciclo C4 pode ser dividido em tres fases: uma carboxilativa, uma descarboxilativa e, finalmente, uma fase regenerativa. Fase Carboxilativa: o CO2 atmosférico é fixado no citoplasma das células do mesofilo atraves da reação catalisada pela PEPase. Dentro das celulas do mesofilo, o ácido oxaloacético produzido pela PEPase pode ser metabolizado de duas maneiras. Uyma envolve a redução do cetoácido a hidroxidoácido. Essa reação ocorre nos cloroplastos e é catalisda pela enzima NADP-malato desidrogenase. A outra va ocorre atraves de uma reação citoplasmatica mediada por uma aspartato aminotransferase. Após a sua formação, malato ou aspartato (4carbonos) são exportados para as células da bainha perivascular, onde são submetidos a reações de descarboxilação. Fase Descarboxilativa: variações bioquímicas são encontradas nessa fase, com ate 3 enzimas difernte catalizando a reação de descarboxilação. O importante é que as moleculas de CO2 geradas pelas reações de descarboxilação são incorporadas ao Ciclo de Calvin. Fase Regeneraitva: o produto de 3 carbonos resultante retorna às celulas do mesofilo, onde será utilizada para regenerar a molécula primária que reage com o CO2 atmosferico, o PEP. MECANISMO CAM: É um mecanismo fotossintyético concentradoe de CO2 selecionado em resposta à aridez de ambientes terrestres e à limitação na disponibilidade de CO2 em ambientes aquaticos. Provavelmente, todas as especies de cactáceas e de crassuláceas possuem metabolismo CAM, exclusivamente. As plantas CAM são caracterizadas pela fixação maciça de CO2 no periodo noturno. O mecanismo CAM fundamenta-se num processo de carboxilação (noturna) seguido de uma etapa de descarboxilação (diurna), esta ultima responsavel pelo suprimento de CO2 para o Ciclo de Calvin. As especies CAM abrem os estomatos durante a noite e os mantem fechados durante o dia, contrariamente ao que ocorre com a maioria das plantas terrestres. A fixação noturna do CO2 tamebm é catalisada por uma isoforma da PEPase. O CO2 fixado é acumulado nos vacúolos na forma de malato. Por esse motivo, durante a noite, a acidez celular vai aumentando progressivamente. Durante o dia, os estomatos se fecham, mas o CO2 para o Ciclo de Calvin passa a ser fornecido pela descarboxilação do malato. Ao longo do dia, devido ao consumo do malato, o pH dos vacuolos das celulas fotossinteticas aumenta progressivamente. À noite, o amido é hidrolisado para a geração de PEP, acumulando-se durante o dia como produto da fotossintese e da carboxilação do malato. O mecanismo bioquimico de carboxilaçaõ das plnatas CAM e C4 é o mesmo, porem, nas plantas C4 há uma separação espacial (anatomica) entre a carboxilação pela PEPase e o Ciclo de Calvin, que transcorrem simultaneamente na mesma celula fotossintetica (células do mesofilo). O mecanismo MAC aumenta extraordinariamente a eficiencia de uso da agua, sendo enconrtado em plantas P3 Fisiologia Vegetal Layane Feitosa adaptadas a ambientes áridos ou sujeitos ao suprimento de água apenas periódico. A fixação noturna de CO2 tem como resultado a diminuição da perda de aguya porque a diferença de pressao de vapor da agua entre as folhas e a atmosfera atinge valores mínimos durante a noite.
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