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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA - POLO SÃO DOMINGOS DISCIPLINA: LIBRAS DOCENTE: MÔNICA DE GOIS SILVA BARBOSA DISCENTE: JONATHAN UENDLER OLIVEIRA CRUZ GESSER, Audrei. Libras? que língua é essa?: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. Parábola, 2009, p. 11-44. No capítulo intitulado “A LÍNGUA DE SINAIS”, a autora começa apresentando as ideias sobre a universalidade da linguagem de sinais. “Uma das crenças mais recorrentes quando se fala em língua de sinais é que ela é universal”. (GESSER, 2009, p.12). A universalidade da linguagem de sinais se dá ao mesmo modo que a linguagem oral, são universais no sentido da necessidade de comunicação inerente ao ser humano, mas variam de acordo com as características regionais e culturais dos indivíduos que as utilizam. Assim, não há porque se esperar que a linguagem de sinais fosse a mesma em todos os países. A linguagem de sinais possui gramática. E isso padroniza a acessibilidade aos que se comunicam através dela em determinada sociedade. Como a linguagem de sinais utiliza a estrutura visual-gestual, as unidades básicas da língua são combinadas simultaneamente. Já a linguagem oral, estrutura vocal-auditiva, combina linearmente as unidades linguísticas. Não se pode considerar a linguagem de sinais uma mímica pois, possui um “padrão” de sinais ligados a conceitos. Já a mímica está associada à tentativa de representação real por quem a pratica. E, portanto, tal representação não é capaz de expressar conceitos abstratos, como é o caso da língua de sinais. A língua de sinais não se configura como um código secreto dos surdos. Essa é mais uma crença daqueles que não a reconhecem como língua ou/e não se dedicam a aprendê-la. Os que utilizam a língua oral não classificam idiomas que não conhecem como códigos secretos e assim deveria ser quanto a língua de sinais. O alfabeto manual é um dos recursos auxiliares utilizados pelos surdos para comunicar nomes próprios, siglas e vocábulos ainda não sinalizados. Independentemente de qualquer linguagem oral, a língua de sinais tem estrutura própria e evolui a partir de outras linguagens de sinais, como a LIBRAS que foi influenciada pelos sinais franceses. A LIBRAS no Brasil, assim como outras línguas de sinais, não possui unidade, varia de acordo com a região, cultura e gênero do falante. A autora conclui o capítulo enfatizando a importância do desenvolvimento da grafia da LIBRAS no Brasil.