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Tumores de Glândulas Salivares

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 A incidência anual dos tumores de glândula 
salivar no mundo varia de cerca de 1,0 a 
6,5 casos por 100.000 indivíduos; 
 
LOCALIZAÇÃO MAIS COMUM: 
 Glândula parótida: 
└ Representa 64% a 80% de todos os 
casos; sendo 15 a 32% dos casos 
malignas. 
└ O adenoma pleomórfico é o tumor mais 
comum, seguido do tumor de Warthin. 
└ Tumores malignos: carcinoma 
mucoepidermóide é o mais frequente. 
 Glândula submandibular (8 a 11%) 
└ O adenoma pleomórfico é o tumor mais 
comum; 
└ O carcinoma adenóide cístico é a 
neoplasia maligna mais comum. 
 Glândula sublingual: 
└ 70% a 90% dos tumores das glândulas 
sublinguais são malignos 
 Glândulas salivares menores (9 a 23%) 
└ Segunda localização mais comum para 
as neoplasias de glândula salivar; 
└ O adenoma pleomórfico é o tumor mais 
comum. 
└ O CEC e o carcinoma adenóide cístico 
são considerados as neoplasias malignas 
mais comuns; 
└ O palato (região lateral posterior do 
palato duro ou do palato mole) é a 
localização mais frequente dos tumores 
de glândula salivar menor; 
└ Os lábios são a segunda localização 
mais comum, seguidos da mucosa jugal; 
os tumores labiais são significativamente 
mais comuns no lábio superior; 
└ 38% a 50% dos tumores do palato e da 
mucosa jugal são malignos. 
└ No lábio superior somente 5% a 25% dos 
tumores são malignos 
 Tumor misto benigno; 
 É a neoplasia de glândula salivar mais 
comum; 
 Prevalência: 
└ Tumores de parótida: 53% a 77%; 
└ Tumores de glândula submandibular: 44% 
a 68%; 
└ Tumores de glândula salivar menor: 33% 
a 43%. 
 São derivados de uma mistura de elementos 
ductais e mioepiteliais. 
 Apresenta diversidade microscópica entre 
tumores ou áreas de um mesmo tumor - 
padrão tumoral básico. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Apresenta-se como um aumento de volume 
firme, indolor e de crescimento lento; 
 Pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo 
mais comum em adultos jovens e em adultos 
de meia-idade entre as idades de 30 e 60 
anos; 
 É o tumor de glândula salivar menor primário 
mais comum que se desenvolve na infância; 
 Na glândula parótida: 
└ Ocorrem mais no lobo superficial; 
└ Apresentam-se como um aumento de 
volume sobre o ramo da mandíbula à 
frente da orelha; 
 
└ A dor e a paralisia do nervo facial são 
raras; 
└ Inicialmente, o tumor é móvel, mas torna-
se menos móvel com seu crescimento; 
└ Se negligenciada, a lesão pode crescer 
até atingir proporções grotescas; 
└ 10% dos tumores desenvolvem-se no lobo 
profundo da glândula, abaixo do nervo 
facial, se apresentando como um 
aumento de volume na parede lateral da 
faringe ou no palato mole. 
 
 Em glândulas salivares menores: 
└ O palato é a localização mais comum 
dos tumores mistos de glândula salivar; 
└ Esta localização é seguida pelo lábio 
superior e pela mucosa jugal; 
└ Os tumores de palato são encontrados 
na região lateral posterior do palato, 
apresentando-se como um aumento de 
volume de formato arredondado e de 
superfície lisa; 
└ Se o tumor for traumatizado, uma 
ulceração secundária pode ocorrer; 
└ Estes tumores não são móveis, enquanto 
que no lábio e na mucosa jugal são mais 
móveis. 
 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
 É um tumor tipicamente encapsulado e bem 
circunscrito; 
 
 A cápsula pode ser incompleta ou exibir 
infiltração por células tumorais (mais comum 
em glândula salivar menor - palato); 
 Composto de uma mistura de epitélio 
glandular e células mioepiteliais permeados 
por um fundo semelhante ao mesênquima; 
 Geralmente o epitélio forma ductos e 
estruturas císticas, ou pode ocorrer na forma 
de ilhas ou cordões celulares; 
 Células escamosas produtoras de ceratina 
ou células produtoras de muco também 
podem ser vistas; 
 As células mioepiteliais: 
└ Compõem uma grande porcentagem das 
células tumorais e exibem uma morfologia 
variável; 
└ Podem apresentar-se como células 
anguladas ou fusiformes; 
└ Algumas são arredondadas e possuem 
núcleo excêntrico e citoplasma 
eosinofílico hialinizado, lembrando 
plasmócitos – comum em glândulas 
salivares menores; 
 
 Extenso acúmulo de material mucoide pode 
ocorrer por entre as células tumorais, 
resultando em um aspecto mixomatoso; 
 
 Nestas áreas, a degeneração vacuolar das 
células pode produzir uma aparência 
condroide; 
 
 Em muitos tumores, o parênquima exibe áreas 
de alteração eosinofílica e hialinizada; 
 
 Algumas vezes, podem ser vistos tecido 
gorduroso ou osteóide. 
 Tumores mioepiteliomas: quando são 
compostos quase inteiramente por células 
mioepiteliais, sem elementos ductais. 
TRATAMENTO 
 Excisão cirúrgica; 
 Em lesões localizadas no lobo superficial da 
glândula parótida: parotidectomia 
superficial, com a identificação e 
preservação do nervo facial; 
 Para tumores localizados no lobo profundo 
da parótida: a parotidectomia total; 
 Os tumores submandibulares: remoção total 
da glândula com o tumor. 
 No palato duro: excisados abaixo do 
periósteo, incluindo a mucosa sobrejacente. 
 Com a remoção cirúrgica adequada, o 
prognóstico é excelente, com uma taxa de 
cura de mais de 95%; 
 Risco de recorrência baixo para tumores de 
glândula salivar menor. 
 Complicação potencial: transformação 
maligna (5% dos casos) – resulta no 
carcinoma ex-adenoma pleomórfico. 
 Cistadenoma papilar linfomatoso 
 Neoplasia benigna que ocorre quase 
exclusivamente na glândula parótida (2º 
tumor benigno mais comum). 
 Patogênese: 
└ A hipótese tradicional: origina-se do 
tecido glandular heterotrópico 
encontrado dentro dos linfonodos da 
glândula parótida; 
└ Estes tumores também podem se 
desenvolver de uma proliferação do 
epitélio do ducto glandular, associada à 
formação secundária de tecido linfoide; 
└ Existe uma forte associação entre o 
desenvolvimento desse tumor e o tabaco; 
os tabagistas têm um risco oito vezes 
maior de desenvolver o tumor de Warthin 
do que os não tagabistas. 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 Apresenta-se como uma massa nodular 
indolor e de crescimento lento na glândula 
parótida; 
 
 Podem ser firmes ou flutuantes à palpação; 
 Ocorre mais frequentemente na cauda da 
parótida, próximo ao ângulo da mandíbula; 
 Pode ser notado muitos meses antes de o 
paciente procurar tratamento; 
 Apresenta a tendência de ocorrer 
bilateralmente (5% a 17% dos casos); 
└ A maioria não ocorre simultaneamente, 
mas são metacrônicos (ocorrem em 
momentos distintos). 
 Geralmente ocorre em adultos idosos, com um 
pico de prevalência entre a sexta e a sétima 
décadas de vida; 
 Prevalência pelo sexo masculino (10:1). 
CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS 
 Composto por uma mistura de epitélio ductal 
e um estroma linfoide; 
 
 
 O epitélio é de natureza oncocítica, 
formando fileiras uniformes de células que 
circundam espaços císticos. 
└ As células apresentam citoplasma 
abundante levemente granular e 
eosinofílico e apresentam-se arranjadas 
em dupla camada; 
└ A camada luminal interna consiste em 
células colunares altas com núcleo 
central, levemente hipercorados e 
alinhados em paliçada. 
└ Abaixo se observa uma segunda 
camada de células cuboides ou 
poligonais com um núcleo mais vesicular. 
 O epitélio de revestimento exibe múltiplas 
projeções papilíferas em direção aos 
espaços císticos. 
 Áreas focais de metaplasia escamosa ou de 
prosoplasia das células mucosas podem ser 
observadas. 
 O epitélio é mantido por um estroma linfóide 
que frequentemente exibe a formação de 
centros germinativos. 
TRATAMENTO 
 Remoção cirúrgica; 
 Ressecção local com o mínimo de tecido 
circunjacente ou parotidectomia superficial 
para evitar a violação da cápsula e pela 
tentativa do diagnóstico não ter sido obtida 
na fase pré-operatória. 
 Taxa de recorrência: 6% a 12%. 
 OBS: tumores malignos de Warthin são 
recorrentes.

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