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Staphylococcus aureus e S. epidermidis

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1 @nutristudies.loren 
→ Faz parte da microbiota humana 
 
→ Sítio primário de colonização – cavidade nasal 
 
→ 20-50% da população são portadores de S. aureus 
- Pode está na pele também 
 
→ Característica de crescimento – Ágar sangue 
 
• A – Coloração acinzentada; hemólise leve (alo claro 
ao redor das colônias isoladas) 
 
• B – Coloração amarelada; hemólise mais intensa 
 
• C – Colônias menores; hemólise 
 
• D – Pigmentação das colônias mais ou menos intensa 
e depende de: 
- Condições de cultivo 
- Linhagem bacteriana 
- São fatores de virulência, podendo atua inibindo a 
ação do sistema imune 
 
• E e F – Colônia menor com pigmentação intensa, 
colônia maior com pigmentação menos intensa; 
bastante pigmentada 
 
• G – Colônia de S. epidermidis cor acinzentada e sem 
alo de hemólise; colônia de S. aureus cor amarelada 
e com alo de hemólise 
 
• I – Aspecto microscópico com coloração de Gram – 
cocus Gram+ agrupados em cacho 
 
• J – Teste da catalase – S. aureus produz catalase e 
ao adicionar peróxido de hidrogênio no meio, ela o 
converte em oxigênio e hidrogênio, tendo a 
formação de bolhas 
 
→ Produz hemolisinas que são toxinas extracelulares que 
provoca lise da célula 
 
→ Pigmentação é considerado um fator de virulência – 
podem atuar inibindo a ativação do sistema imune 
 
RESISTÊNCIA À METICILINA 
→ MRSA – Staphylococcus Resistentes à Meticilina 
 
→ Essas bactérias evoluem no ambiente hospitalar 
 
→ MRSA hospitalar – dificuldade de tratamento e 
expressão de fatores de virulência 
 
→ Dificuldade de controle 
 
→ A Meticilina faz parte dos beta-lactâmicos – penicilina 
 
→ São de espectro estreito – cobrem os Staphylococcus 
 
→ Foi produzida especificamente para cobrir os 
Staphylococcus resistentes a penicilina 
 
→ Penicilina G e V são sensíveis a beta-lactamases 
 
→ Logo quando se introduz o uso da penicilina, surge os 
primeiros isolados de Staphylococcus a. resistentes 
 
2 @nutristudies.loren 
 
→ Linhagens resistentes – ficaram conhecidas como 
Fagotipo 80/81 
- Produtoras de toxinas (PVL) que causa a perda da 
atividade da penicilina 
 
→ Meticilina é introduzida – 1959 
 
→ Surge o MRSA-1 – possui um K7 cromossômico SCC 
mec, contendo o gene MEC1 
 
→ Gene MEC1 – codifica uma proteína ligadora de 
penicilina modificada (PBP2a) 
 
→ PBP2A perde muito a afinidade com os beta-
lactâmicos – gera resistência a toda a classe 
 
→ Foi considerado um clone ancestral – Clone Beriano 
- Desaparece no início da déc. 80 
- 2ª onda 
 
→ Final da déc.70 e início da déc.80 – ocorrência de 
novo alotipos de SCCmec II e III 
- 3ª onda de resistência e persiste até hoje 
- Encontrados em ambiente hospitalar devido ao uso 
intenso de antimicrobiano 
 
→ 4ª onda – MRSA é encontrado na comunidade 
- Provem de um novo alotipo de SCCmec (SCCmec 
IV) 
- Não tem relação com os isolados hospitalares 
- É mais móvel – dissemina mais facilmente 
- Está associado a fatores de virulência 
 
→ Ondas existentes – 1° onda (r. a penicilina), 2° onda (r. 
a Meticilina – MRSA-II e III) e 3° onda (MRSA 
comunitária) 
 
→ Além dessas resistências, há a resistência intermediária 
a vancomicina (VISA) e a resistência a vancomicina 
de S. aureus (VRSA) 
 
→ Com o aumento da incidência de resistência a 
Meticilina, começou a se usar a vancomicina como 
opção de tratamento 
 
→ Ainda possui uma atividade muito boa contra 
Staphylococcus 
 
→ Com a emergência dos clones resistentes de MRSA, 
fatores de virulência associados a essas bactérias e a 
dificuldade de tratamento de paciente graves – 
vancomicina foi muito utilizada 
 
→ Consequência – aumento da resistência 
 
→ VISA (S. aureus com resistência Intermediária à 
Vancomicina) – está quase alcançando o ponto de 
corte para resistência 
- Não é resistente ainda 
- Difícil tratamento e controle 
- Está associada a maiores taxas de mortalidade e 
prognóstico ruim 
 
→ 2002 – Surge os primeiros isolados de VRSA no Japão 
- Amostras resistentes (VRSA) 
 
→ Elemento SCC/mec: 
 
→ Dentro do K7cromossômico (SCCmec) – há o gene 
mecA e os sítios de inserção 
- Isso permite que seja transferido de uma bactéria 
para outra 
 
→ Ocorre a inserção de um elemento de DNA transferido 
horizontalmente – SCCmec 
 
→ 5 elementos SCCmec diferentes podem se integrar no 
mesmo local no cromossomo por um mecanismo de 
recombinação sítio específica 
- Região amarela 
 
 
3 @nutristudies.loren 
→ Gene mecA vai codificar uma nova proteína de 
ligação à penicilina insensível a B-lactâmicos, PBP2a 
 
→ Bolinhas rosa da figura – PBP2 normais 
 
→ Bolinhas azuis – PBP2 modificada – PBP2a 
 
→ B-Lactâmico não consegue se ligar às PBP2a, devido 
à baixa afinidade 
 
→ A bactéria continua produzindo PBP2, porém produz 
em maior quantidade a PBP2a 
 
→ Isso reduz a afinidade da bactéria para todos os B-
lactâmicos – multirresistência 
 
→ Espectro de resistência amplo 
 
VANCOMICINA 
→ As amostras VISA são de difícil controle 
 
→ VSSA (S. aureus Sensível à Vancomicina) – MIIC 
<1mg/L, também são de difícil controle 
 
→ Pontos de corte: 
MIIC < ou = 2 – sensível (VSSA) 
MIIC 4-8 – intermediário (VISA) 
MIIC > ou = 16 – resistentes (VRSA) 
 
→ É visto que, paciente colonizados com VSSA são mais 
difíceis de tratar e demoram mais a se recuperarem, 
embora sejam sensíveis 
 
MECANISMO DE RESISTÊNCIA 
 
→ Ocorre o espessamento de parede 
 
→ No septo de divisão, há uma produção intensa de 
peptídeoglicano 
 
→ Vancomicina se liga ao dímero D-Ala/D-Ala, inibindo a 
transglicosilação e a transpeptidação 
 
→ Célula sensível à vancomicina – figura à esquerda 
• Vancomicina (vermelho) se liga aos precursores livres 
de D-Ala/D-Ala e os processos de transglicosilação 
serão interrompidos 
 
→ Célula resistente à vancomicina – fig. a direita 
• Por outro lado, quando a célula possui uma parede 
mais espessa, há um excesso de D-Ala/D-Ala 
 
• Embora seja ministrada mesma quantidade de 
vancomicina, não será o suficiente para se ligar a 
todos precursores 
 
• Assim, a parede continuará sendo produzida e a 
bactéria será considerada resistente à vancomicina 
 
→ Existe diferentes níveis que usam esse mecanismo – 
VRSA, VISA e hVISA 
 
→ hVISA (heteroresistência) – está associada com 
subpopulações dentro da população de células que 
estão causando a infecção 
 
→ Há subpopulações mais sensíveis e outras mais 
resistentes 
- Resistentes – persiste por mais tempo; 
heteroresistência 
 
FATORES DE VIRULÊNCIA 
 
→ Adesão – proteína ligadora de elastina, de colágeno, 
de fibrinogênio, proteína A 
 
→ Proteína A faz ligação invertida das Igg, complicando 
o processo de fagocitose 
 
4 @nutristudies.loren 
 
→ Coagulase – teste para separa S. aureus de outros 
Staphylococcus 
 
→ Essas proteínas são expressas no inicio do processo 
infeccioso 
 
→ Quando essas bactérias se estabelecem (crescimento 
estacionário) – ocorre a secreção das proteínas 
secretórias, enterotoxinas b, toxinas de choque tóxico 
(TSST1) e as alfa-toxinas 
 
→ Estes fatores estão associados com as infecções mais 
graves 
 
PATOGÊNESE 
→ Devido aos diversos mecanismos de virulência, o S. 
aureus pode causar infecção em quase todos os 
órgãos 
 
→ Colonização primária – mucosa nasal 
- Sinusite 
 
→ Pode haver infecção hematogênicas, a partir do sítio 
primário e consequentemente endocardites, 
principalmente em indivíduos com prótese valvar 
 
→ Doenças de pele – impetigo, síndrome da pele 
escaldada 
- Consequência de uma toxina produzida pela 
bactéria, a qual leva ao rompimento das ligações 
entre as células epiteliais 
 
 
→ Diarreia – por meio da intoxicação alimentar 
- Enterotoxinas 
 
→ Síndrome do choque tóxico – a toxina foi, inicialmente, 
relacionada a tampões vaginais- Os S. aureus que colonizam o canal vaginal 
- Uso de tampões durante o período menstrual, criam 
um ambiente muito favorável 
- As bactérias crescem no tampão, entram na fase 
estacionária com a produção de toxinas que podem 
se espalhar 
 
→ Cistites e infecções do trato urinário 
 
→ Osteomielite – a bactéria pode levar a destruição 
óssea devido as enzimas que são produzidas, processo 
inflamatório intenso e são infecções de difícil controle 
- Pode ocorrer em consequência a fratura exposta 
(autoinoculação) 
 
→ Vômito associado a intoxicação alimentar 
 
→ Pneumonias – abscessos nos pulmões 
→ Furúnculos – infecção clássica 
 
→ Carbúnculos – infecções da conjuntivo dos olhos 
 
→ Meningite 
 
→ Processo de formação do abcesso: 
 
→ A pele sofre uma fissura, ou um folículo piloso 
danificado, ou excesso de produção de gordura que 
leva a obstrução do poro 
 
→ A bactéria entra e alcança o tecido subcutâneo, 
onde começa se multiplicar e inicia-se a reposta 
inflamatória 
 
→ Há formação de inflamação e edema 
 
→ Com a evolução do processo, há a formação da 
cápsula fibrosa entorno do conjunto de células 
- Coagulase expressada pela bactéria, transforma o 
fibrinogênio em fibrina 
 
→ Há acumulo de bactérias, células necróticas e células 
vivas – pus 
 
→ No abcesso maduro, tem o DNA extracelular de 
neutrófilos (em verde) – mantem a infecção localizada 
 
 
5 @nutristudies.loren 
→ Manejo – punção para romper a cápsula ou há 
supuração espontânea para que o conteúdo seja 
eliminado e que o antibiótico consiga penetrar 
 
→ Dependendo do local em que o abcesso esteja, pode 
se disseminar e causar infecções sistêmicas 
 
INTOXICAÇÃO ALIMENTAR 
→ Doença com início súbito após ingestão do alimento 
contaminado 
 
→ Autolimitada 
 
→ Ingestão do alimento com a bactéria e com a toxina 
pré-formada 
 
→ Doce/cremes de padaria 
 
→ Média de 4h inicia-se os sintomas 
 
→ Evolução rápida 
 
→ Não há formada de toxina pelo microrganismo 
ingerido 
 
→ Sintomas duram menos de 24h 
 
→ Vômitos intensos, diarreia aquosa não sanguinolenta, 
dor abdominal ou náusea, sudorese e cefaleia, sem 
febre 
 
→ Crianças e idosos – pode levar a desidratação 
 
SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO 
 
→ Está relacionada a um super estímulo das células T 
 
→ As toxinas (super antígenos) se ligam por fora e não 
estão sendo apresentadas 
 
→ Porém, quando se liga ao sítio de apresentação, a 
célula T é super ativada e a há produção intensa de 
quimiocinas e citocinas pró-inflamatórias, bem como 
aumenta a proliferação das células 
 
→ É comum na pele e nas mucosas dos seres humanos e 
animais superiores 
 
→ Possui menos fatores virulentos que S. aureus 
Não produz coagulase 
 
Algumas cepas produzem pequenas quantidades de 
certas enzimas proteolíticas 
 
→ Mais frequente em infecções por contaminantes e 
coagulase negativo (SCN) 
 
→ Pode ser patogênico 
Biofilme – excelente produtora 
 
Risco para pacientes imunocomprometidos e para 
usuários de drogas intravenosas 
 
→ Formação do biofilme – cateter introduzido no vaso 
sanguíneo 
 
→ Formação de um filme condicionante com proteínas 
séricas que são depositadas sob o cateter 
- Fibrinogênio, fibronequetina, colágeno, plaqueta 
 
- Favorece a adesão das bactérias 
 
→ Bolinhas azuis – bactérias que estão na pele 
 
→ Ao introduzir o cateter, há a fixação das bactérias ao 
filme por meio de moléculas de adesão 
 
 
6 @nutristudies.loren 
→ Bactérias começam a se replicar e formar uma 
monocamada, seguida de uma multicamada devido 
ao acúmulo 
 
→ Além das células, o polímero extracelular que é 
excretado também compõe o biofilme 
 
→ Quando se tem o biofilme maduro, ocorre a dispersão 
das células na forma de microêmbolos, podendo 
parar em qualquer sítio do corpo 
 
→ Fatores que tornam o biofilme importante 
 
→ Bloqueio físico – dificulta a ação de opsonização, 
fagócitos, leucócitos, sistema complemento, 
peptídeos microbianos e antimicrobianos 
 
→ Após a dispersão das células ocorre o risco de 
bacteremias e sepse 
 
INFECÇÃO HOSPITALAR 
→ Microrganismos mais resistentes, equipamentos que 
podem ser colonizados e ser transmitido para outro 
paciente 
 
→ Paciente colonizado pode contaminar os 
médicos/enfermeiros por meio do toque 
 
→ S. aureus são resistentes ao ambiente 
 
→ Caso não façam a higiene das mãos, a equipe 
médica pode transmitir a bactéria para outras 
superfícies e pacientes 
 
→ Equipamentos usados pelo paciente infectado, se não 
for feito a desinfecção, pode transmitir para outro 
paciente 
 
→ Compartilhamento de enfermaria com leitos muito 
próximos 
 
→ Problema – quando as bactérias são transmitidas para 
um paciente imunossuprimido ou quando o próprio 
paciente se torna imunossuprimido

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