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0 - Matéria Computação Gráfica - IMPRIMIR

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- -1
COMPUTAÇÃO GRÁFICA
CAPÍTULO 1 - COMO A COMPUTAÇÃO 
GRÁFICA PODE AUXILIAR O DESIGNER EM 
SUA PRODUÇÃO?
Alberto Arkader Kopiler
- -2
Introdução
Neste capítulo, você conhecerá a disciplina de Computação Gráfica a partir de seus conceitos básicos. Mas quais
características associadas a dispositivos de saída (por exemplo, a monitores de vídeo e impressoras) precisamos
compreender melhor? Que tipos de imagens serão manipulados? Quais ferramentas de desenho assistido por
computador são fundamentais serem conhecidas e entendidas? Como o profissional de poderá sedesign
apropriar desse conhecimento para auxiliá-lo na produção de seus projetos? Para começar a responder a essas
perguntas, você terá acesso a conceitos de Computação Gráfica, disciplina que aqui será relacionada ao
processamento de imagens e ao reconhecimento de padrões.
Ao longo deste capítulo, de forma a acompanhar a evolução tecnológica, você também verá exemplos de imagens
tanto em duas (2D) quanto em três dimensões (3D). Afinal de contas, com computadores cada vez mais rápidos, 
 de memória disponível e barata, a queda no preço de impressoras fotográficas a e a jato de tinta,gigabytes laser
bem como com dispositivos de digitalização de imagens, em um futuro próximo também será comum
encontrarmos impressoras 3D em nossos escritórios e residências. Com isso, o processo que vai da concepção da
ideia à geração do produto final será agilizado.
Com esses conhecimentos, ao final, você terá compreendido os conceitos que possibilitam a identificação de
diferentes tipos de imagem, dispositivos gráficos e a escolha da ferramenta mais adequada ( ) parasoftware
auxiliar o na produção gráfica de seu projeto.designer
Vamos lá? Acompanhe este capítulo com atenção!
1.1 Conceitos básicos
A Computação Gráfica e o processamento de imagens evoluíram muito nos últimos anos. Mas o que mudou e
quais são os benefícios dessas mudanças? Como essas áreas são definidas? Além disso, como se relacionam?
Ao estudar os conteúdos apresentados a seguir, você poderá responder a essas e a outras perguntas sobre a
evolução e o estado atual da Computação Gráfica e do processamento de imagens. Com a compreensão desses
conceitos, como você poderá identificar essas características em sua produção gráfica e aplicar essedesigner
conhecimento para melhorar o aspecto final de seu trabalho.
- -3
Figura 1 - Imagem gerada usando o MS Paint 3D.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
Durante o curso usaremos imagens, como a apresentada na figura acima, que foi gerada por um software de
computação gráfica, mas trabalharemos com texto também. No entanto, de forma a acompanhar o ditado
popular de que “uma imagem vale mais do que mil palavras”, a ênfase será maior na manipulação de imagens do
que na de texto.
1.1.1 Computação Gráfica
A Computação Gráfica foi criada nos anos 1960 e seu crescimento se confunde com a própria evolução dos
computadores e seus dispositivos periféricos (impressoras, monitores, projetores, etc.). Masscanners, mouses
quais fatores condicionaram seu crescimento? Quais são suas aplicações?
Os custos iniciais elevados para aquisição de e software, a incompreensão dos processos associados àhardware
geração e tratamento de imagens digitais e a complexidade inerente ao tanto em nível de sistemasoftware, 
operacional quanto de interface com o usuário, acabaram por limitar, inicialmente, sua aplicação para apenas
ambientes empresariais.
Somente a partir da utilização de computadores pessoais, nas décadas de 1980 e 1990, é que a Computação
Gráfica se popularizou. A evolução de processadores gráficos e placas gráficas, alavancadas pelo aumento de
utilização de videogames, também contribuiu para a expansão dessa área. A seguir são listadas as principais
aplicações com uso intensivo de Computação Gráfica:
• animação 2D e 3D;•
- -4
• animação 2D e 3D;
• jogos de computador;
• desenho assistido por computador (CAD, em inglês);
• mapas geográficos digitais;
• realidade virtual;
• realidade aumentada;
• computação gráfica interativa;
• medicina por imagem;
• arquitetura;
• modelagem 2D e 3D;
• indústria automobilística;
• simulação de aviões;
• treinamento de operadores;
• visão por computador;
• laboratórios fotográficos;
• jornais, revistas e publicações em geral;
• alimentação (impressora 3D);
• monitoração de imagens por satélite;
• monitoração aérea na agricultura e pecuária;
• aplicativos de celular;
• visualização de mapeamento genético;
• medicina laboratorial;
• monitoração de segurança;
• folhetos e indústria gráfica;
• atores virtuais;
• mundos virtuais;
• redes de televisão;
• produtoras de vídeo e imagem;
• tira-teima (jogos de futebol).
Houve também uma evolução muito grande na interatividade, após o lançamento dos sistemas operacionais
orientados à janela (MS Windows), tornando-se indispensável a utilização de dispositivos de entrada gráficos,
como o recurso do . A partir deste momento, a Computação Gráfica passou a ser usada intensivamente,mouse
sendo incorporada ao próprio sistema operacional. A utilização de múltiplas janelas abertas simultaneamente
passou a ser comum, aumentando a complexidade do e do mas tornando a experiência dehardware software,
utilização do computador mais prazerosa, ágil e fácil (amigável).
Essa evolução se disseminou também nos celulares. As telas dos celulares Apple, suportadas portouch screen
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VOCÊ O CONHECE?
George Walton Lucas Junior (1944) foi um dos precursores na utilização da Computação
Gráfica no cinema. Foi ele o fundador das empresas Lucasfilm e Industrial Light and Magic,
responsável pela criação dos efeitos do filme um marco paraGuerra nas Estrelas (Star Wars),
filmes de ficção científica na indústria cinematográfica.
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Essa evolução se disseminou também nos celulares. As telas dos celulares Apple, suportadas portouch screen
seu sistema operacional iOS, tornaram-se padrão na indústria. O sistema operacional Android do Google
(atualmente Alphabet Inc.), também embarcou nessa onda tecnológica e passou a suportar o touch screen.
Outro marco foi o lançamento do Wii. Os jogos interativos com utilização de dispositivos de entradavideogame 
gráficos e sem fio se popularizaram nos últimos anos e aumentaram a gama de aplicações e da criatividade.
Lançado em 2008, o Wii Fit é um jogo que contém uma prancha de exercícios, onde o usuário sobe para jogar 
com o corpo. Essa rápida e ampla aceitação da novidade não se deu tanto pelos seus atributos deminigames 
performance, mas sim por sua interatividade com o uso de controles sem fio (BENYON, 2010). Ou seja, a
inovação falou mais alto.
É preciso considerar, contudo, que por mais evoluída que a Computação Gráfica se encontre atualmente, a
criatividade, o conhecimento e o suor são indispensáveis para que os profissionais de conquistem seusdesign 
objetivos.
1.1.2 Processamento de imagens
O desenvolvimento tecnológico das últimas décadas fez com que a Computação Gráfica e o processamento de
imagens por computador se tornassem populares. O reconhecimento de padrões (imagens) também apresentou
um progresso significativo. Por vários anos, essas três áreas foram tratadas separadamente. A observação de que
tanto os equipamentos quanto as técnicas poderiam ser intercambiadas entre as áreas, evidenciou o ganho que
poderia ser obtido ao utilizá-las em conjunto.
VOCÊ SABIA?
O filme com direção de George Lucas, deu origem à Pixar. AGuerra nas Estrelas (Star Wars),
Pixar Animation Studios, com sede na Califórnia, foi fundada em 1986 e foi responsável pela
produção de muitos filmes de animação de longa-metragem, entre eles o (1995).Toy Story
Mas antes disso, esse estúdio era uma divisão da Lucasfilm, que produziu os efeitos especiais
da sequência de Especializada em alta tecnologiaGuerra nas Estrelas: O Império Contra-Ataca. 
de Computação Gráfica, a Pixar é a desenvolvedora do de renderização (processosoftware 
digital de finalização 2D e 3D, áudio e vídeo) padrão da indústria, o RenderMan,usado para
geração de imagens de realismo fotográfico de alta qualidade. Atualmente, a Pixar pertence à
Walt Disney Company.
VOCÊ QUER VER?
A importância do filme de animação com direção de John Lasseter, não se dá tantoToy Story,
pela história de Woody – boneco preferido do menino Andy – e de seu rival – ocowboy 
brinquedo de ação Buzz Lightyear – mas sim pelo fato de ser um marco da Computação Gráfica
em 3D. Confira o filme!
- -6
Figura 2 - Relação entre Computação Gráfica, processamento de imagens e reconhecimento de imagens 
(padrões).
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
A principal diferença entre processamento de imagens e Computação Gráfica está na origem da imagem.
Acompanhe na sequência.
No processamento de imagens, os dados são retirados de uma fonte externa e processados, enquanto que na
Computação Gráfica, a imagem é gerada pelo computador (GONZALEZ; WOODS, 2011).
A Computação Gráfica geralmente envolve técnicas de síntese, ao passo que o processamento de imagens está
mais ligado à análise, existindo numerosas técnicas para analisar uma imagem de forma a extrair informação.
Na Computação Gráfica, representamos objetos em um computador visando facilitar sua visualização e análise.
Em alguns casos, a própria imagem é o resultado final esperado. No processamento de imagens, esta é rastreada
(varrida) e armazenada para posterior processamento. Algoritmos para reconhecimento automático, análise
usando heurística, estatística e técnicas de inteligência artificial estão sendo desenvolvidos. As imagens podem
ser também o resultado final do processamento, como na melhoria da apresentação de uma imagem através do
aumento de seu contraste.
A Computação Gráfica trata da geração de imagens a partir de informação não pictórica, enquanto que o
processamento de imagens ocupa-se de problemas em que tanto a entrada quanto a saída são imagens. Já o
reconhecimento de padrões lida com métodos para produzir uma descrição da imagem digitalizada. Desse modo,
o que se convencionava a chamar, normalmente, de processamento de imagens, dividiu-se em reconhecimento
de padrões e processamento de imagens.
De certa forma, o reconhecimento de padrões é o inverso da Computação Gráfica: tudo começa com uma imagem
que é transformada pelo reconhecimento de padrões em uma descrição abstrata: números, símbolos, primitivas
geométricas (ponto, reta, arco); e a Computação Gráfica reconstrói a imagem a partir dessa descrição.
Resumidamente, as definições para essas três áreas são:
Computação Gráfica
É a área da computação que cuida da de imagens a partir de uma descrição abstrata.síntese
Processamento de imagens
- -7
Processamento de imagens
É a área da computação que cuida da de uma imagem em outra, para que suas propriedadestransformação
sejam alteradas de acordo com critérios pré-estabelecidos (por exemplo, filtros).
Reconhecimento de padrões de imagens
É a área da computação que cuida da de imagens para que se obtenha uma descrição sua abstrata (poranálise
exemplo, vetorização).
Com relação a aplicações atuais em processamento de imagens, podemos pegar como exemplo os celulares
modernos ( ). Eles são dotados de câmeras cada vez mais poderosas, e baixando aplicativos gráficossmartphones
e de manipulação de imagens, podemos exercitar a Computação Gráfica e o processamento de imagens na palma
de nossa mão. Aplicativos populares que distorcem as imagens, principalmente de , tornaram-se muitoselfies
populares. Se você acrescentar (carinhas alegres, corações etc.) a essas imagens, estará usando aemoticons
Computação Gráfica em seu benefício. Já celulares modernos – que reconhecem a íris dos olhos ou a sua
impressão digital para permitir o acesso – e câmeras modernas – que identificam diferentes rostos na mesma
imagem ou organizam as fotos automaticamente por assunto – estão usando o reconhecimento de padrões e a
inteligência artificial.
Outras aplicações (2D e 3D) que valem a pena ser citadas são manipulação de imagens médicas, imagens
tratadas para publicação em revistas, TV, estúdios fotográficos e de cinema, imagens por satélite, imagens de
segurança e imagens térmicas (na faixa do infravermelho, não visível pelo olho humano).
1.2 Sistema de cores
O olho humano enxerga as coisas pela reflexão da luz nos objetos. A luz incide sobre o objeto e sua reflexão chega
aos olhos, mais precisamente a sensores (células sensoriais): bastonetes para a luminosidade e cones para as
cores. Além disso, o fato de termos dois olhos enxergando a mesma imagem, mas com uma pequena separação,
possibilita a formação de imagens tridimensionais (3D) pelo cérebro.
O olho humano possui sensores biológicos que possibilitam a percepção das cores e de sua intensidade, e com
uma lente (cristalino) projeta a imagem invertida na retina. Essa imagem (informação) é encaminhada pelo
nervo ótico até o cérebro para ser processada.
E você, sabe como a teoria das cores e da luminosidade é usada na Computação Gráfica? Como dimensionar a
resolução nos diferentes dispositivos de saída gráficos? Ao estudar os conteúdos apresentados a seguir, você
poderá responder a essas e outras perguntas.
1.2.1 CMYK vs. RGB
Agora, você conhecerá dois dos principais sistemas de cores utilizados na Computação Gráfica: e ORGB CMYK.
primeiro sistema, RGB, é utilizado na síntese de cores em dispositivos de saída como monitores de vídeo,
enquanto que o segundo, CMYK, é utilizado para a síntese de cores em dispositivos de saída como impressoras.
VOCÊ QUER LER?
Referência básica muito citada na área de processamento de imagens, o livro “Processamento
digital de imagens”, de Rafael Gonzalez e Richard Woods, reúne conhecimentos de mais de 30
anos de experiência dos autores. A leitura dessa obra possibilitará seu aprofundamento nesta
disciplina.
- -8
enquanto que o segundo, CMYK, é utilizado para a síntese de cores em dispositivos de saída como impressoras.
Ambos seguem a teoria tricromática, ou seja, a partir de três cores básicas são geradas todas as outras cores.
Figura 3 - A interseção dos círculos vermelho, verde e azul (red, green e blue) resulta na cor branca, 
evidenciando o aspecto aditivo do sistema de cores RGB.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
O sistema RGB é designado dessa forma porque a síntese das cores se baseia em três cores primárias: vermelha,
verde e azul (em inglês, e , respectivamente). Ele é adequado para síntese das cores emred, green blue
dispositivos de saída gráficos, como monitores de vídeo, pois ele é . Ou seja, como pode ser visto na figuraaditivo
acima, quando misturamos 100% de vermelho, 100% de verde e 100% de azul, obtemos a cor branca; quando
misturamos apenas as cores verde e azul, obtemos o ciano; quando misturamos apenas as cores verde e
vermelha, obtemos o amarelo; finalmente, quando misturamos apenas as cores vermelha e azul, obtemos o
magenta.
Este sistema é o mais adequado para monitores que, quando não há incidência dos canhões de R, G e B, ficam
escuros, ou seja, prevalece a cor preta. O mesmo acontece conosco quando estamos no escuro!
- -9
Figura 4 - As cores ciano, magenta e amarela resultam na cor preta, evidenciando o aspecto subtrativo do 
sistema de cores CMYK.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
O sistema CMYK é designado dessa forma porque se baseia em três cores primárias: ciano, magenta e amarela,
cujas iniciais em inglês são C, de ; M, de ; e Y, de , respectivamente. O K vem de , ou seja,cyan magenta yellow black
diz respeito à cor preta, e veremos ao final o porquê dessa cor não primária adicional. Esse sistema é adequado
para dispositivos de saída gráficos como impressoras, pois ele é Ou seja, como pode ser visto nasubtrativo.
figura acima, quando misturamos 100% de ciano, 100% de magenta e 100% de amarelo, obtemos a cor preta.
Como mais comumente imprimimos sobre o papel branco e a cor branca é a mistura de todas as cores, conforme
imprimimos um percentual de cada uma das cores primárias CMY, obtemos todas as outras por subtração. A
necessidade de um cartucho preto para a impressora se dá pelofato de a mistura das cores CMY não resultar na
cor inteiramente preta.
- -10
A decomposição da luz branca em várias cores (cores do arco-íris) foi demonstrada em outra experiência de
Isaac Newton por meio de um prisma, conforme a figura a seguir.
Figura 5 - Experiência de Isaac Newton por meio de um prisma.
Fonte: SteveUnit4, Shutterstock, 2018.
Como o espectro de cores CMYK é significantemente menor que o espectro RGB, muitas cores observadas no
monitor não podem ser reproduzidas em um material impresso. A principal razão dessa diferença é que o
sistema RGB é composto por cor originada da luz, enquanto o CMYK é composto por cor originada do pigmento.
VOCÊ SABIA?
Foi desenvolvido um experimento físico para demonstrar a composição de cores. O dispositivo
que o compõe foi denominado de Disco de Newton, em homenagem ao famoso cientista. Tal
dispositivo consiste em um disco com “fatias” pintadas com as cores do arco-íris. Se pregarmos
um prego em seu centro e o girarmos, nosso cérebro misturará todas as cores e perceberá a
cor branca. Ou seja, a adição de todas as cores resulta na cor branca.
- -11
No livro “Fundamentos da Linguagem Visual” (VAZ; SILVA, 2016), no item 3.1.2 (“O pigmento e a luz: os sistemas
formativos da cor”), você poderá se aprofundar neste assunto. Cabe ressaltar que, no livro de Vaz e Silva, os
sistemas de cores são classificados em síntese aditiva, síntese subtrativa e síntese partitiva, o que não é feito
aqui, neste capítulo, em virtude de focarmos na manipulação de cores de imagens por computador e não em sua
criação manual.
Figura 6 - Disco de cores com comparativo entre os três sistemas apresentados.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
Para contornar a dificuldade de acerto entre as cores apresentadas na tela e as impressas, foi criado um terceiro
sistema de cores, o , composto de cores “prontas” e totalmente fiéis. A escala Pantone é um sistema dePantone
cor mundial que utiliza códigos para representar as cores. Esse sistema funciona muito bem entre equipamentos
de diferentes tipos para a transição da tela para a impressão e é a forma utilizado pela maioria das publicações
VOCÊ O CONHECE?
Isaac Newton (1643-1727), nascido em Londres, foi cientista, químico, físico, mecânico e
matemático. Durante sua trajetória, ele descobriu várias leis da física, entre elas, a lei da
gravidade. Ele também descobriu que a luz branca do Sol é composta pelas cores do arco-íris.
Uma de suas frases mais célebres é a seguinte: “Se vi mais longe foi por estar de pé sobre
ombros de gigantes” (CANAL CIÊNCIA, s/d).
- -12
de diferentes tipos para a transição da tela para a impressão e é a forma utilizado pela maioria das publicações
atualmente, apesar de muitas produções ainda insistirem em fazer esse ajuste por tentativa e erro. Na figura
acima, é apresentado um comparativo da gama de cores, no qual podemos perceber a maior restrição de cores
no sistema CMYK.
1.2.2 Resolução e impressão
Quando você precisa imprimir documentos e imagens, sejam eles para trabalhos profissionais ou não, não basta
ter uma impressora e papéis de ótima qualidade: você também precisa saber definir a resolução da imagem
corretamente para sua aplicação. Mas o que é a resolução? Quais são as diferenças na resolução dos dispositivos
gráficos de saída (impressoras e monitores) que precisam ser conhecidos?
Antes de listar as diferenças, é necessário definir alguns termos. O termo DPI (sigla da expressão inglesa dots per
, que em português significa pontos por polegada – ppp) é utilizado para designar a medida da resolução deinch
dispositivos gráficos, entre os quais os dispositivos de saída, como as impressoras 2D e os monitores de vídeo.
Como essa medida representa a densidade de pontos contidos em uma polegada (2,54 centímetros), podemos
também utilizá-la na caracterização de imagens, fazendo uso da expressão “resolução da imagem”.
Geralmente, uma imagem definida com uma quantidade maior de pontos por polegada apresentará mais
detalhes e uma qualidade superior se comparada à mesma imagem com menor resolução. Outra classificação
que pode ser adotada para imagens é aquela baseada em diferentes dispositivos.
1
Imagens impressas em papel, transparência ou outro suporte (medida da resolução em pontos por polegada).
2
Imagens apresentadas em monitores de vídeo (medida da resolução em por polegada).pixels
3
Imagens captadas por sensores óticos, como câmeras e (medida da resolução em amostras porscanners
polegada ou por polegada).pixels
4
Imagens (objetos) geradas por impressora 3D (medida de resolução de camada: 100 - 1000 ).mícrons
Na impressão, pontos por polegada (ppp) é a medida mais usada para especificação da qualidade da imagem
impressa sobre o papel. Atualmente, uma impressora de jato de tinta colorida básica, de uso doméstico,
apresenta resoluções entre 300 dpi e 720 dpi.
A seguir, são apresentados alguns exemplos de resolução dependendo da aplicação:
•
45 dpis: outdoors
Não percebemos as imperfeições da baixa resolução, pois são feitos para serem vistos de longe.
•
60 dpis
Adequada para documentos de texto em formulários contínuos com folha simples ou com
múltiplas vias, utilizando impressoras matriciais.
•
150 dpi
Resolução indicada para imprimir muitos tipos de jornais, revistas e documentos de texto, mas é o
padrão mínimo para imagens. Os jornais costumam usar resoluções inferiores a essa, o que faz
com que as imperfeições nas imagens muitas vezes fiquem perceptíveis.
•
•
•
•
•
- -13
com que as imperfeições nas imagens muitas vezes fiquem perceptíveis.
•
300 dpi
Essa resolução é adequada para impressão de qualidade superior para documentos de texto, como
os livros.
•
600 dpi
Imagens com qualidade fotográfica, mas dependem de um bom suporte (papel fotográfico) para
obtenção de bons resultados. Indicada para folhetos, cartões de apresentação, revistas, entre
outros documentos e imagens.
•
1200 dpi
Impressões de qualidade para pequenas e grandes gráficas, utilizando, por exemplo, impressoras
laser.
•
4800 dpi ou maior
Indicada para imagens que exigem excelente qualidade fotográfica, utilizando impressoras
fotográficas específicas para esse tipo de aplicação.
Mas qual a finalidade da imagem produzida: internet ou impressão? A resolução geralmente utilizada para
imagens visualizadas em monitores de vídeo ou telas de telefones celulares é de 72 dpi, enquanto que para
imagens impressas é necessária uma resolução maior, a partir de 300 dpi. Mas e se quisermos imprimir uma
imagem gerada originalmente para a web? Teremos que tomar alguns cuidados, senão uma imagem visualizada
na tela poderá aparecer granulada ou serrilhada quando for impressa. O ideal para contornar esse problema é
gerar duas versões: uma para impressão e outra para visualização.
Além da resolução, ao finalizar sua arte para impressão, é importante verificar se os elementos RGB estão
convertidos adequadamente em CMYK. Esse procedimento evita que haja variações de cores não esperadas no
seu material.
Para impressoras 3D, a resolução de impressão (altura de camada) não é mais definida em termos de pixels ou
ppp, mas em medidas micrométricas: 300 a 1000 (0,3 mm - 0,1 mm).mícrons
1.3 Imagens
Para a disciplina de Computação Gráfica, trabalharemos com dois tipos de imagens digitais: as imagens vetoriais
e as A principal diferença entre elas é a forma com que são criadas e interpretadas peloimagens bitmap.
computador.
Mas quais são as outras características e diferenças entre elas? Quais são os formatos de arquivo de imagens
mais utilizados? As respostas a essas perguntas e outros esclarecimentos serão apresentados na sequência.
Com tais respostas e esclarecimentos, bem como com a compreensão dos conceitos e dos diferentes tipos de
imagens, o terá posse dos conhecimentos necessários para tomar a melhor decisão sobre qual tipo dedesigner
imagem escolher, sendo que esse processo será fortemente orientado pela aplicação.
•
•
•
•
- -14
1.3.1 Bitmap
Os – imagens convertidas em mapa de bits ou imagens rastreadas(varridas) – são formados a partir debitmaps 
unidades elementares denominadas pixels, acrônimo derivado do inglês (elementos pictóricos).picture elements
Quando tiramos uma fotografia utilizando uma máquina digital ou o celular, ou ainda quando digitalizamos uma
imagem ou outro documento usando um , obtemos como resultado uma imagem digitalizada. Essascanner
imagem é composta por uma grade ou matriz de pixels.
Cada da imagem representa um ponto da imagem (de acordo com a resolução da máquina digital ou do pixel
), tem uma posição espacial relativa aos demais e um valor associado a ele, correspondendo àscanner
intensidade da luminosidade.
Esse valor, para imagens em preto e branco com resolução de 8 , pode variar de 0 (mais escuro ou preto) atébits
255 (mais claro ou branco). Esses 256 níveis intermediários (0 a 255) são chamados de ou tons degrayscale
cinza.
Por exemplo, uma imagem composta por 1.000 no eixo x ou horizontal e 1.000 pixels no eixo y ou verticalpixels
é chamada de imagem (1.000 * 1.000 = 1.000.000 ou MEGA). Caso, por exemplo, a imagem seja emmegapixel
preto e branco com resolução de 8 será necessário 1 de memória para armazená-la.bits, megabytes
Caso essa mesma imagem seja , com resolução de 24 bits, 8 bits para cada cor primária – ou seja, 8 bitscolorida
para vermelha ( ), 8 para verde ( ) e 8 para azul ( ) –, o número de cores diferentesred bits green bits blue
resultantes será 256 * 256 * 256, ou 16.777.256 de cores. Essa imagem teria os mesmos , mas paramegapixels
armazená-la na memória seria necessário o triplo de espaço.
Esse tipo de imagem “crua”, para ser manipulada, necessita de computadores com grande capacidade de
processamento, muita memória e preferencialmente com placas gráficas, caso contrário, o tempo de
processamento muito longo inviabiliza o tratamento interativo.
Outro problema associado a esse tipo de imagem é que seu redimensionamento (aumento ou redução) acaba por
deformar a imagem original. Pode ficar com aspecto serrilhado ou granulado quando ampliada, conforme
mostrado na figura a seguir, ou ficar irreconhecível quando reduzida.
- -15
Figura 7 - Uma imagem bitmap ampliada até seu limite evidencia o aspecto granulado indesejado.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
A necessidade de muito espaço para armazenar esse tipo de imagem motivou a criação de formatos JPEG e PNG
para compactar e reduzir o tamanho do arquivo. O formato associado à imagem sem compactação seria o BMP.
Mas quais são as características que diferenciam os formatos de arquivo para armazenamento de imagens do
tipo ? Qual é o formato de arquivo mais adequado para o meu projeto? Alguns dos formatos mais comunsbitmap
para armazenamento de imagens ou rastreadas são os seguintes: JPEG, PNG, GIF, BMP e TIFF. Eles podembitmap
ser divididos em duas categorias: com perdas e sem perdas. Na categoria com perdas (JPEG), a imagem
armazenada é menor, mas não é uma cópia perfeita da original, enquanto que na categoria sem perdas (PNG, GIF,
BMP e TIFF), a imagem geralmente requer mais espaço para armazenamento, mas guarda uma representação
fiel à imagem original. Vamos conhecer mais sobre cada um dos formatos?
•
JPEG/JPG (joint photographics experts group)
Mais adequado para fotografias e outras imagens em que a precisão absoluta não é essencial.
Também é usado frequentemente na web, pois sua compactação possibilita o carregamento mais
rápido.
•
PNG (portable network graphics)
•
•
- -16
PNG (portable network graphics)
Foi criado para facilitar a troca de imagens pela internet, ou seja, a portabilidade. Sua principal
vantagem é o recurso de transparência que permite que na exibição apareça o fundo da imagem
ou do plano de fundo da página, sendo muito usada por designers de sites. O formato não
apresenta perdas, sendo adequado para armazenamento de imagens de logos e desenhos.
•
GIF (graphics interchange format)
É muito conhecido por possibilitar a apresentação de pequenas animações ou imagens (vídeos)
repetitivas e, dessa forma, seu uso se popularizou na internet. Esse formato usa compressão de
uma maneira otimizada para gráficos, como logos e desenhos. Como suas cores se limitam a 256, é
suficiente para gráficos, mas insuficiente para fotografias.
•
BMP (BitMaP)
É uma abreviação de bitmap ou mapa de bits e representa a imagem rasterizada pixel a pixel. A
vantagem desse formato é a ampla compatibilidade, pois como praticamente descreve totalmente
a imagem para o computador, sua reprodução é suportada pela maior parte dos sistemas
operacionais. Mas como apresentam pouca ou nenhuma compressão, os tamanhos de
armazenamento dos arquivos são muito grandes, tornando seu uso muito restrito.
•
TIFF (tagged image file format)
É usado para armazenar dados bitmap brutos por certos programas e dispositivos (por exemplo,
scanners).
1.3.2 Vetorial
As imagens vetoriais ou vetorizadas são normalmente constituídas por formas como círculos, retângulos, linhas
e curvas matematicamente definidas. Por isso, é possível redimensionar uma imagem desse tipo mantendo a
qualidade em seu traçado original.
Em geral, cada forma é composta por uma sequência de operações primitivas desenhadas por cursor: mover o
cursor até um ponto, desenhar um ponto, desenhar uma linha até um ponto ou desenhar uma curva com alguns
pontos definidos. Posteriormente, essas formas podem ser traçadas e preenchidas para criar o desenho.
O traçado significa desenhar o contorno de uma forma com determinada espessura de linha e determinada cor.
As cores usadas podem ser cores sólidas normais ou vários tipos de gradiente.
•
•
•
- -17
Figura 8 - Mão em 3D vetorial ampliada em contraste com o fundo em bitmap.
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
Ter as informações da imagem organizada dessa forma permite seu redimensionamento, mas mantendo a
qualidade da imagem original. Além disso, possibilita tarefas como recorte, costura de padrões, impressão e
pintura em diversos materiais realizados por dispositivos de saída controlados por computador. Por exemplo,
plotadoras ( ) e máquinas de costura controladas por computador necessitam que as imagens a seremplotters
reproduzidas estejam na forma vetorial.
A imagem da figura acima, gerada usando o MS Paint 3D, corresponde a uma parte da imagem original ampliada
e representa uma imagem híbrida, pois contém partes em e partes em vetor. A comparação entre a mãobitmap
3D gerada vetorialmente e seu fundo, gerado em , evidencia as vantagens da imagem vetorial sobre a bitmap
bitmap.
Veja outras aplicações em que imagens vetoriais são mais adequadas:
• 
Impressoras 3D, por sua necessidade de depositar e retirar (extrusar) o material-base.
• 
Sinalização, por sua produção poder assumir muitas formas e tamanhos diferentes, e incluir corte
de cores relevantes em vinil.
• 
Logos, desenhos e animações na web, pela versatilidade e flexibilidade para redimensionamento
sem perda de qualidade da imagem original.
• 
Impressão em papel ou vestuário.
A seguir, são listados também alguns formatos de arquivos de imagem vetorizadas, de acordo com Adobe
Creative Team (2003; 2004) e Peruyera (2018):
• SVG ( ): padrão para gráficos vetoriais recomendado pela W3C (scalable vector graphics world wide web 
•
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• SVG ( ): padrão para gráficos vetoriais recomendado pela W3C (scalable vector graphics world wide web 
);consortium
• CDR: formato proprietário da Corel (C);
• AI: formato do Adobe Illustrator baseado em uma versão modificada do formato EPS mais antigo;
• EPS ( ): formato criado pela Adobe. Esse é o formato padrão de intercâmbio no encapsulated post script
setor de impressão e é amplamente aceito como formato de exportação;
• WMF ( ): meta-arquivo do Windows;windows meta file
• DXF ( ): formato CAD da Autodesk usado por ferramentas CAD de vários drawing exchange format
fornecedores;
• PDF ( ): criado pela Adobe, é muito usado como formato de documentos para portable document format
propósito geral e com independência de plataforma. Nos últimos anos houve um crescimentosignificativo no uso desse formato para a transferência de arquivos gráficos. As suas características de 
flexibilidade possibilitam e permitem a transferência de artes robustas de pré-impressão.
Por que usar imagens vetorizadas? Na figura a seguir, podemos fazer a comparação entre a imagem original (
), à esquerda, e sua correspondente imagem vetorial, à direita. A imagem foi gerada com o MSbitmap bitmap
Paint e a imagem vetorizada foi gerada usando o programa Vector Magic. Fica evidente a qualidade superior da
imagem vetorial na sua aplicação em logotipos.
Se o objetivo da produção do gráfico é a impressão em papel ou em vestuário, as imagens vetorizadasdesigner
serão a melhor opção de escolha. O motivo para isso é que, apesar de a imagem apresentar uma boabitmap 
aparência na tela, com uma resolução de 72 dpi, geralmente é necessário seu redimensionamento (oito vezes ou
mais) na impressão, pois muitas impressoras modernas possuem resolução de 600 dpi.
•
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•
•
•
VOCÊ SABIA?
A analogia que se faz com o formato PDF, formato de documento portátil, é de uma maleta
executiva ou mala de viagem. Você terá que decidir quais e quantas coisas terá que colocar na
mala (arquivo), de modo que tudo que será necessário utilizar no destino final esteja contido
nela. Da mesma forma, tudo que é desnecessário ficará para fora (reduzindo o tamanho do
arquivo). Você sabia ainda que o PDF/X-1a, variação do formato PDF, é o mais utilizado na
troca de arquivos para impressão, em fluxos de trabalho com suporte a gerenciamento de
cores?
- -19
Figura 9 - Comparação entre imagens (bitmap à esquerda e imagem vetorial à direita).
Fonte: Elaborada por Dtcom, 2018.
Portanto, será necessário fazer um redimensionamento das imagens para impressão. As imagens vetorizadas
resultantes apresentarão uma melhor qualidade quando submetidas a esse tipo de transformação, se
comparadas a imagens Além disso, muitas formas de impressão exigem entrada vetorizada, como é obitmap. 
caso do bordado, da impressão em película e da impressão 3D.
1.4 Principais ferramentas CAD
O desenho assistido por computador CAD ( , em inglês) é o nome genérico de sistemascomputer aided design
computacionais ( ) utilizados pela engenharia, arquitetura, design, entre outros, para auxiliar o projetosoftware
de produtos. No caso do , esses produtos podem ser peças de vestuário, móveis, projetos gráficos, arte,design
automóveis, eletroeletrônicos, eletrodomésticos etc.
Os computadores estão mediando cada vez mais os processos de e mudaram muito sua prática. Mas quaisdesign 
são essas ferramentas de CAD e como elas podem facilitar o dia a dia do ? Ao estudar os conteúdosdesigner
apresentados a seguir, você poderá responder a essas e a outras perguntas sobre a evolução e o estado atual das
ferramentas de CAD, mais especificamente ferramentas de computação gráfica, processamento de imagem,
diagramação e arte final aplicada à produção de design.
1.4.1 Ferramentas
Atualmente, diversas ferramentas de CAD estão disponíveis para atenderem à demanda de produção gráfica dos
designers, seja para desenho em 2D ou em 3D, para manipulação de imagens vetoriais ou e parabitmap
aplicações gráficas ou industriais. Dependendo da aplicação, poderão ser necessárias ferramentas mais simples
ou mais sofisticadas. Mas como chegamos até aqui?
O CAD evoluiu a um ritmo acelerado, desde simples desenhos bidimensionais (2D) até modelagem
tridimensional (3D) mais complexa, ao uso de animação e à ligação com inteligência artificial. Desde que o
primeiro circuito integrado foi desenvolvido, em 1958, a velocidade de processamento computacional e a
capacidade de memória aumentaram exponencialmente, dobrando a cada dois anos – um fenômeno conhecido
como Lei de Moore. A disseminação de computadores cada vez mais poderosos e baratos favoreceu o
crescimento do CAD, mas grandes avanços ocorreram também nos dispositivos de entrada e saída.
Quando você precisa aprender sobre um novo pacote de CAD, a princípio poderá ter dificuldade, pois a
- -20
crescimento do CAD, mas grandes avanços ocorreram também nos dispositivos de entrada e saída.
Quando você precisa aprender sobre um novo pacote de CAD, a princípio poderá ter dificuldade, pois a
terminologia abusa de jargões e acrônimos. Desse modo, o que você realmente precisa saber para entender do
assunto? Para responder a isso, e antecipar como será o seu futuro como , vale a pena olhar para o quedesigner
se usa no momento, como chegamos até aqui e as tendências. Como muitas vezes surgem oportunidades de
trabalho com uso de proprietário (desenvolvido pelo próprio empregador), é importante o software designer
dominar os conceitos e assim estar preparado para enfrentar esse desafio.
A seguir, apresentamos as ferramentas mais conhecidas (PERUYERA, 2018). A maioria possui versões para teste
por tempo limitado e/ou com funcionalidades limitadas, assim como versões gratuitas ou promocionais para
estudantes e professores.
AUTOCAD
O AUTOCAD é uma ferramenta muito utilizada nos ambientes industriais, principalmente na confecção de peças
em 3D. O CorelCAD é a versão da Corel para esse tipo de aplicação.
CorelDRAW
O CorelDRAW é um programa de desenho vetorial bidimensional para gráfico desenvolvido pela Coreldesign
Corporation, do Canadá.
Illustrator
O Illustrator (ADOBE CREATIVE TEAM, 2003; ALVES, 2014), criado e comercializado pela Adobe, é o software
padrão para manipulação de gráficos vetoriais, permitindo criar logotipos, ícones, desenhos, tipografia e
ilustrações para impressão, vídeo e dispositivos móveis. Ele apresenta recursos que possibilitam aweb,
vetorização da imagem, ou seja, a conversão da imagem em vetorial e sua posterior manipulação.bitmap
Photoshop
O Photoshop (ADOBE CREATIVE TEAM, 2003; FAULKNER; CHAVEZ, 2015) é um de edição de imagens e software
 gráfico. Com ele, você pode criar e aprimorar fotos, ilustrações e ilustrações 3D. Além disso, você podedesign
também produzir e aplicativos para dispositivos móveis e editar vídeos, simular pinturas em tempo real esites
muito mais. Tudo para dar vida às suas ideias.
InDesign
O InDesign (BROUDY; MCALLISTER, 2005) é um desenvolvido pela Adobe com a finalidade de auxiliar asoftware
diagramação e organização de páginas, de forma a facilitar a finalização da produção. O é líder do setorsoftware
em e de páginas, permitindo a criação, o desenvolvimento de provas e a publicação de documentosdesign layout
tanto para impressão quanto para produção de mídia digital. O InDesign tem tudo para criar pôsteres, livros,
revistas digitais, , PDFs interativos e muito mais.e-books
As empresas de com o avanço do ou Computação na Nuvem, passaram a oferecersoftware, Cloud Computing
assinaturas mensais ou anuais para utilização de seus produtos, além da tradicional venda unitária ou do suíte
(conjunto). Por exemplo, os softwares da Adobe podem ser adquiridos na versão CC ( ). Essacreative cloud
modalidade de aluguel do é denominado SAS ( ) e pode ser baixado da “nuvem”. Osoftware software as a service
VOCÊ QUER VER?
Maya é um de animação por computador criado pela Autodesk para animação 3D,software
modelagem, simulação e renderização (finalização). Use para criação de personagens,
animação, gráficos animados, realidade virtual e criação de ambientes virtuais. Veja vídeos
demonstrando os recursos deste em: <software https://www.autodesk.com.br/products/maya
>./overview?referrer=%2Fproducts%2Fmaya%2Foverview
https://www.autodesk.com.br/products/maya/overview?referrer=%2Fproducts%2Fmaya%2Foverview
https://www.autodesk.com.br/products/maya/overview?referrer=%2Fproducts%2Fmaya%2Foverview
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modalidade de aluguel do é denominado SAS ( ) e pode ser baixado da “nuvem”. Osoftware software as a service
cuidado deve ser tomado para decidir sobre qual modalidade escolher, pois muitos dos necessitam desoftwares
Wi-Fi disponível para seu bom funcionamento.
1.4.2 Usos na produção em design
Por que os precisam conhecer e estar sempre atualizados com as ferramentas de Computação Gráficadesigners(programas CAD)? Isso se deve à constante evolução do processo de design e de sua natureza multimodal, em
que diversas modalidades comunicativas (texto, desenhos, processamento de imagem, entre outras) coexistem.
A pressão por prazos na entrega dos produtos tornou indispensável o uso do computador e o domínio das
ferramentas computacionais pelo . Além disso, o aumento da complexidade dos projetos, muitos delesdesigner
globalizados, requer trabalho em equipe e domínio de ferramentas online para compartilhamento de resultados.
Apesar de a utilização do CAD ajudar a liberar e aumentar a capacidade criativa do designer, as técnicas mais
tradicionais, como desenho, argumento, crítica e pesquisa, não devem ser abandonadas.
Durante o período de aprendizagem do curso de , você ficará exposto a inúmeras aplicações de software,Design
desde processadores de texto a pacotes de desenho 2D e 3D, além de para manipulação de imagenssoftware
digitais, pintura, animação, diagramação, publicação na web, finalização, compartilhamento de resultadosonline
e entrega de material para execução pelas gráficas.
O profissional de deve estar ciente da necessidade de se manter sempre atualizado, pois o campo do CADdesign
está em constante evolução. Os acompanharão esse processo com novos recursos, inclusive com osoftwares 
lançamento de novos produtos e entrada de novas empresas desenvolvedoras. Portanto, você não pode se
esquecer de investir tempo no aprimoramento de suas habilidades de , tanto manual quanto digital.design
Com esse movimento de evolução constante, para garantir sua empregabilidade é importante dominar os
conceitos de CAD, ser capaz de adaptar suas habilidades, ter capacidade de aprender rapidamente e ser
multidisciplinar. Por exemplo, mesmo que a sua ambição não seja trabalhar para um estúdio de animação, um
conhecimento de animação e a capacidade de “encenar” uma ideia pode facilitar a apresentação dos seus
projetos de e pode ajudá-lo a incorporar personalidade, expressão ou humor a suas ideias. Cada vez mais design
 estão combinando inspiração, habilidades e técnicas e adotando ferramentas de fora de sua disciplinadesigners
primária.
CASO
A Empresa ACME está em franca expansão e decidiu recrutar profissionais que tenham
habilidade criativa e bons conhecimentos de CAD para o desenvolvimento de seusoftware 
novo portfólio de produtos. Mas como provar seu conhecimento sobre o assunto? O designer
pode procurar certificação nesses , mas dado seu elevado custo, uma estratégiasoftwares
bastante recomendada é a geração de um portfólio do profissional, com produções variadas
(imagens, animações, representação de produtos, embalagens, rótulos, entre outros), incluindo
um projeto completo (pode ser o projeto de conclusão do curso). Esse material pode ficar
disponível na (nuvem) para facilitar o acesso.web
- -22
A criatividade do estará sempre em primeiro lugar no processo de desenvolvimento do projeto de umdesigner
produto gráfico. Do esboço à arte final, ele se utilizará de inúmeras técnicas manuais e digitais. As ferramentas
de CAD são um meio e não um fim para a realização dos trabalhos. Elas abrem um leque de possibilidades e, se
bem utilizadas, não colocarão limites à imaginação do designer.
Síntese
Concluímos a unidade introdutória relativa à Computação Gráfica e compreendemos como ela pode ser útil para
o profissional de . Agora que você já conhece os princípios básicos, sabe que seu domínio é imprescindível.design
Independentemente dos utilizados, é importante uma boa compreensão de seus recursos e como softwares 
podem ser aplicados.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
• acompanhar a evolução histórica da Computação Gráfica e entender sua relação com o processamento 
de imagens;
• conhecer os sistemas de cores necessários para a utilização em diferentes dispositivos de saída gráfica, 
como monitores de vídeo e impressoras;
• entender a resolução desses dispositivos diferentes de forma a atender a qualidade do produto final do 
projeto, com possíveis correções em seu dimensionamento e cores;
• identificar diferentes tipos de imagem;
• conhecer diversas ferramentas de auxiliado por computador;design
• compreender como essas ferramentas podem ser utilizadas para auxiliar o designer em seu projeto.
Bibliografia
ADOBE CREATIVE TEAM. . São Paulo: Pearson Education do Brasil,Guia Autorizado Adobe Photoshop 7.0
2003.
ADOBE CREATIVE TEAM. . São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003.Guia Autorizado Adobe Illustrator 10
ADOBE CREATIVE TEAM. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2004.Guia Autorizado Adobe Acrobat 6.0.
ALVES, W. P. : descobrindo e conquistando. São Paulo: Érica, 2014.Adobe Illustrator CC
AUTODESK INC. Disponível em: <Maya. https://www.autodesk.com.br/products/maya/overview?referrer=%
VOCÊ QUER LER?
“Design: história, teoria e prática do design de produtos”, de Bernhard Bürdek, define a
história e a orientação atual do e transmite as bases principais da teoria e de suadesign 
metodologia, fornecendo uma ampla compreensão e crítica e um enfoque prático sobre o
assunto. O que é o hoje? Como será no futuro? Projetar hoje é menos um ofício e maisdesign
uma parte da economia do conhecimento. É tudo sobre como adquirir conhecimento no
mundo globalizado e como aplicá-lo de forma criativa.
•
•
•
•
•
•
https://www.autodesk.com.br/products/maya/overview?referrer=%2Fproducts%2Fmaya%2Foverview
- -23
AUTODESK INC. Disponível em: <Maya. https://www.autodesk.com.br/products/maya/overview?referrer=%
>. Acesso em: 18/12/2018.2Fproducts%2Fmaya%2Foverview
BENYON, D. . Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2010.Interação humano-computador
BROUDY, D.; MCALLISTER, R. . São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005.Adobe InDesign 2
BÜRDEK, B. E. história, teoria e prática do design de produtos. São Paulo: Editora Blücher, 2018.Design:
CANAL CIÊNCIA. vida, obra e descobertas. Canal Ciência, Brasília, s/d. Disponível em: <Isaac Newton:
>. Acesso em: 18/12/2018.http://canalciencia.ibict.br/personalidades_ciencia/Isaac_Newton.html
FAULKNER, A.; CHAVEZ, C. classroom in a book. Porto Alegre: Bookman, 2015.Adobe Photoshop CC:
GONZALEZ, R. C.; WOODS, P. . São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011.Processamento digital de imagens
GUERRA nas estrelas: episódio IV - uma nova esperança. Direção: George Lucas. Estados Unidos: Lucasfilm,
1977. DVD (125 min.): son. color. Legendado. Port.
GUERRA nas estrelas: episódio V – o império contra-ataca. Direção: George Lucas. Estados Unidos: Lucasfilm,
1980. DVD (127 min.): son. color. Legendado. Port.
PERUYERA, M. Curitiba: Intersaberes, 2018.Diagramação e layout.
TOY Story. Direção: John Lasseter.Estados Unidos: Pixar, 1995. DVD (81 min.): son. color. Dublado. Port.
VAZ, A.; SILVA, R. Curitiba: Intersaberes, 2016.Fundamentos da linguagem visual.
https://www.autodesk.com.br/products/maya/overview?referrer=%2Fproducts%2Fmaya%2Foverview
https://www.autodesk.com.br/products/maya/overview?referrer=%2Fproducts%2Fmaya%2Foverview
http://canalciencia.ibict.br/personalidades_ciencia/Isaac_Newton.html
O IMPACTO DA COMPUTAÇÃO 
GRÁFICA NA ENGENHARIA
A Computação Gráfi ca é uma área da ciência da computação na qual uma 
imagem é produzida a partir do meio digital. Isso signifi ca que, para a cria-
ção de tais imagens, não serão utilizados papel, régua, lápis, esquadros e 
outras ferramentas com as quais deparamo-nos para a produção manual 
de desenhos.
Para a construção de imagens por meio da Computação Gráfi ca, são 
empregadas as ferramentas disponibilizadas por cada programa, que são 
identifi cadas como os comandos acessíveis no software. O modo de ope-
ração com tais comandos irá variar de um programa para o outro.
Quando falamos sobre a produção de imagens por meio da Computação 
Gráfi ca, quais são os exemplos que você lembra primeiro? Dentro do uni-
verso da Computação Gráfi ca, encontraremos diversos tipos de imagens 
produzidas. Se pararmos para analisar as imagens a nossa volta, percebe-
remos que grande parte delas foi gerada apartir de um método digital.
Uma das áreas em que aplicamos diretamente a Computação Gráfi ca é a 
engenharia. Algumas décadas atrás, a representação de desenhos técni-
cos, como planta baixa, corte e elevações das edifi cações, eram feitas de 
modo manual, utilizando as ferramentas que mencionamos anteriormen-
te! Hoje, parece inconcebível desenhar à mão todos os elementos para a 
construção de um prédio, por exemplo. Apesar disso, foi assim que, duran-
te muito tempo, arquitetos e engenheiros elaboraram seus projetos.
O IMPACTO DA COMPUTAÇÃO 
GRÁFICA NA ENGENHARIA
O conceito de tecnologia CAD, que signifi ca desenho auxiliado por compu-
tador, permitiu que os projetistas economizassem o tempo gasto na cria-
ção de desenhos. Ao representar um projeto de modo digital, o engenhei-
ro encontra diversas vantagens.
Além da economia no tempo, o desenho auxiliado por computador evita 
retrabalhos e permite que um desenho seja representado em diferentes 
escalas. Programas como o AutoCAD, por exemplo, trabalham a modelagem 
do projeto na escala 1:1, isso signifi ca que um metro da edifi cação é dese-
nhado como um metro na área de trabalho. O projetista irá defi nir a esca-
la de impressão apenas no momento de montar a prancha, dessa forma, 
um único desenho pode ser utilizado tanto para planta baixa quanto para 
a implantação da edifi cação, basta que sejam feitos os ajustes necessários.
Outra grande vantagem da aplicação da Computação Gráfi ca nas enge-
nharias é o alto nível de precisão na representação da forma. Para projetar 
uma peça mecânica, é necessário um elevado grau de detalhamento, pois 
um pequeno erro na representação pode comprometer o funcionamento 
de todo o sistema. Os softwares de tecnologia CAD trabalham com a cria-
ção de desenhos vetoriais, os quais podem ser ampliados para facilitar o 
entendimento do projeto, criando detalhamentos executivos.
Na área da engenharia, seja ela voltada à construção civil ou demais 
ramos, o projeto e a execução das ideias devem estar bem alinhados 
um ao outro. Por esse motivo, destaca-se o papel que as representações 
O IMPACTO DA COMPUTAÇÃO 
GRÁFICA NA ENGENHARIA
gráfi cas apresentam e a necessidade de tais representações serem cons-
truídas de modo claro e coeso. Dessa forma, a Computação Gráfi ca aju-
dou a transformar não apenas o modo de representação, mas também a 
efi ciência em todo o processo.
O desenvolvimento tecnológico vem, gradativamente, mudando o modo 
como o ser humano se relaciona tanto nas atividades profi ssionais quanto 
em seus vínculos interpessoais. Nesse sentido, duas áreas vêm ganhando 
muito destaque, o Processamento de Imagens e a Visão Computacional. 
Esses dois campos de estudos apresentam relação bastante próxima com 
a Computação Gráfi ca, explorando a expressão gráfi ca no meio digital.
Vamos Praticar
A computação gráfi ca é uma área bastante ampla e relaciona-se com 
inúmeras outras, por exemplo, Processamento de Imagens e Visão 
Computacional. 
Pesquise, na Internet, sobre uma dessas duas áreas e informe de 
que maneira ela se relaciona à Computação Gráfi ca e como uma 
contribui com a outra. Ao fi nal, disponibilize sua pesquisa no fórum 
da seção “Compartilhe”.
17/04/2021 Você sabe a diferença de RGB e CMYK? - Gráfica Forma Certa
www.formacerta.com.br/blog/voce-sabe-a-diferenca-de-rgb-e-cmyk/ 1/5
 (http://www.formacerta.com.br/blog/)
Você sabe a diferença de RGB e CMYK?
By Forma Certa (Http://Www.Formacerta.Com.Br/Blog/Author/Forma-Certa/) on dez 30, 2017
Nas artes grá�cas, a cor é um dos elementos mais importantes para provocar emoções. É mais do que a estética de uma revista: é também uma
forma de expressão. A maneira como as pessoas reagem às cores é conhecimento essencial para o produtor grá�co. Por propiciarem contrastes,
as cores têm o potencial de transmitir muito mais que sensações, elas são capazes de codi�car informações.
Os padrões CMYK e RGB são padrões de cor utilizados em design de projetos, na criação de materiais grá�cos, web design, material destinado a
publicidade impressa, e uma in�nidade de outras situações.
O que é RGB?
RGB é a sigla para Red (vermelho), Green (verde) e Blue (azul). Esse padrão de cores é chamado de síntese aditiva, ou seja, quando misturados, a
composição cromática resulta em branco (luz). As cores RGB são utilizadas em monitores, projetores, TVs, câmeras digitais, etc. E é comum ser
utilizado na impressão de arquivos simples, como um trabalho acadêmico por exemplo.
O que é CMYK?
CMYK é a sigla para Cyan (ciano), Magenta (magenta), Yellow (amarelo) e Black (preto). Este padrão é chamado de síntese subtrativa. A mistura de
azul, magenta e amarelo pode resultar em preto ou em uma variedade de tons coloridos, por isso, este modo é escolhido para impressão de
materiais grá�cos e impressões digitais.
A cor exibida no monitor pode não ser a mesma depois de impressa por diversos fatores: calibragem do monitor, luz do ambiente, qualidade da
tinta, tipo de mídia usado (adesivo, lona, PVC) entre outros. O monitor sempre emitirá cores RGB. Portanto, todas as cores vistas serão formadas a
partir do vermelho, verde e azul. Para imprimir seu projeto, o padrão de cor utilizado é o CMYK, ou seja:  a cor que antes era criada a partir do
vermelho, verde e azul, será reproduzida a partir do ciano, magenta, amarelo e preto que com certeza terá variação na impressão.
Antes de começar um projeto é importante saber qual é o seu objetivo: mídias digitais ou impressão grá�ca? Desta forma, você evita erros no
fechamento do arquivo e alterações de cores indesejadas nos trabalhos impressos.

http://www.formacerta.com.br/blog/
http://www.formacerta.com.br/blog/author/forma-certa/
- -1
COMPUTAÇÃO GRÁFICA
CAPÍTULO 2 - VAMOS MANIPULAR IMAGENS 
VETORIAIS USANDO O ADOBE 
ILLUSTRATOR?
Marcos Souza Filho
- -2
Introdução
Você sabe qual a principal função do Adobe Illustrator? Você conhece os recursos que ele possui? Sabe como ele
pode ajudá-lo em suas criações? Neste capítulo, você conhecerá essa poderosa ferramenta de criação e edição de
imagens vetoriais. Apresentaremos seus principais elementos de interface, painéis, barras, menus e botões. A
intenção dessa apresentação é tornar você mais familiarizado com o software, para poder usar com mais
segurança suas funções.
Você também terá a oportunidade de descobrir alguns comandos básicos do programa, como iniciar um
trabalho, salvar, exportar e importar imagens externas a ele, visando inseri-las dentro de seu trabalho. Após o
início da contextualização, serão apresentadas as ferramentas básicas de criação e desenho, como a caneta, o
lápis, os pincéis e as formas básicas, suas configurações e formas de preenchimento e edição de caminhos.
Ao final, você terá contato com os efeitos que o Illustrator proporciona às artes, alguns herdados do Photoshop e
outros próprios dele mesmo, que podem melhorar a sua criação, com um visual mais rebuscado e de boa
qualidade visual.
Esperamos que você goste desse que redefiniu o padrão do mercado gráfico graças à sua estabilidade esoftware
qualidade na finalização das artes, e que possa utilizá-lo de modo a ampliar suas possibilidades de criação de
imagens vetoriais.
Abraços e bons estudos!
2.1 Conceitos básicos
No trabalho com imagem digital, existem dois tipos de formatos: os e os vetores. O primeiro formatobitmaps
trabalha com , pequenos pontos aglutinados que formam imagens; já o segundo trabalha com linhas epixels
cálculos matemáticos que são refeitos sempre que a imagem está sendo editada. Esses cálculos são interpretados
por programas específicos que traduzem os códigos em imagens.
Segundo Bertoletti e Camargo (2016, p. 71), as imagens também denominadas matriciais:bitmaps, 
[...] são formadas por pixels, que são quadrados bem pequenos, cada qual com sua cor definida, e
que, reunidos, conformam determinada imagem. [Já as imagens vetoriais] utilizam postulados
geométricos como curvas, linhas e polígonos em sua conformação. Paradescrição desse tipo de
imagem são utilizados vetores matemáticos.
Neste capítulo, você conhecerá um poderoso de manipulação de imagens vetoriais utilizado em grandesoftware
parte das gráficas e agências de publicidade do mundo. Conheça mais sobre a ferramenta e suas possibilidade a
seguir!
2.1.1 Ferramenta
O Adobe Illustrator é um programa desenvolvido pela Adobe System para funcionar como editor de imagens
vetoriais. Suas principais funções são: criação de peças gráficas, embalagens, logotipos e ilustrações. Ele faz parte
da suíte de aplicativos Adobe Creative Cloud e é distribuído juntamente com programas como o Adobe
Photoshop e Adobe InDesign.
Em seu , a Adobe Systems (2018) define o Illustrator como o “software padrão para gráficos vetoriaiswebsite
[que] permite criar logotipos, ícones, desenhos, tipografia e ilustrações para impressão, web, vídeo e dispositivos
móveis”.
Atualmente, ele é considerado um dos melhores para edição de imagens vetoriais do mercado,softwares 
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Atualmente, ele é considerado um dos melhores para edição de imagens vetoriais do mercado,softwares 
concorrendo com o CorelDRAW e o Inkscape. Cada um deles possui especificidades e diferenças na forma de
utilização, mas todos possuem a mesma finalidade; cabe a você decidir qual deles lhe atende melhor.
Figura 1 - Interface padrão do Adobe Illustrator CC no Windows.
Fonte: Elaborada pelo autor, baseada em ADOBE ILLUSTRATOR CC, 2018.
Por ser desenvolvido pela mesma empresa e fazer parte da mesma linha de produtos, é fácil de identificar
elementos comuns nas interfaces dos programas da suíte Adobe Creative Cloud, como o posicionamento das
barras de tarefas, dos menus e dos botões que executam suas principais tarefas. Esses aplicativos são
disponibilizados por meio de assinaturas, que podem ser definidas de acordo com as suas necessidades, seja de 
 Gráfico, de edição de fotos ou de edição de vídeos.Design
O Illustrator permite a criação de peças gráficas profissionais para impressão. Ele não é o mais específico para
criação de publicações editoriais como livros e revistas. Esse trabalho é melhor desenvolvido utilizando o Adobe
InDesign, que oferece ferramentas específicas para esse fim. A Adobe criou programas específicos para cada
VOCÊ QUER VER?
A Adobe Systems é uma empresa americana que redefiniu o mercado dos de criaçãosoftwares
gráfica, edição de vídeo e . Criada em 1982, ela lançou uma linguagem de programação queweb
auxilia na disponibilização de informações visuais, o PostScript. A partir disso, ela criou
aplicativos como o Illustrator, em 1982, e o Photoshop, em 1987. Assim, ela trilhou um
caminho muito promissor na profissionalização dos trabalhos gráficos e multimídia. Saiba
mais sobre a história da Adobe assistindo ao seguinte vídeo: <https://www.youtube.com
>./watch?v=lA9pCZhFJSw
https://www.youtube.com/watch?v=lA9pCZhFJSw
https://www.youtube.com/watch?v=lA9pCZhFJSw
- -4
InDesign, que oferece ferramentas específicas para esse fim. A Adobe criou programas específicos para cada
função: o Illustrator cuida das imagens vetoriais e diagrama marcas, artes, ilustrações e projetos para impressão;
o Photoshop é destinado ao tratamento de imagens e manipulação de fotos; já o InDesign trata debitmap
projetos editoriais. Mas ainda assim, eles são compatíveis entre si.
Para utilizar o , é importante conhecê-lo melhor. A seguir, são explicados cada item da tela para deixarsoftware
você mais familiarizado com suas funções. Vamos lá?
•
Barra de menus (item 1)
Reúne os principais comandos do seu aplicativo, que estão divididos em: Arquivo (File), Editar
(Edit), Imagem (Image), Objeto (Object), Tipo (Type), Selecionar (Select), Efeito (Effect), Exibir
(View), Janela (Window) e Ajuda (Help). Ela sempre está posicionada na parte superior do
Illustrator ou na barra de menus do macOS.
Ao lado direito da barra de menu (ou abaixo dela no macOS), encontram-se as predefinições de
área de trabalho do Illustrator. Por meio desse menu, o usuário pode reconfigurar os painéis,
mostrando ou ocultando funções de acordo com a finalidade do arquivo. Essas funções são
agrupadas em: Automação; Essenciais; Impressão e Prova; Tipografia; Traçado; e Web. Ao clicar
em algum objeto na prancheta, essa barra se modificará para apresentar as seguintes opções
relativas ao objeto que está sendo editado:
Organizar documentos: apresenta opções de organização do documento na área de trabalho do
aplicativo;
Painel de controle: oferece mais opções para as ferramentas ou recursos para o elemento que está
selecionado.
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Barra de ferramentas (item 2)
É onde todas as ferramentas se encontram disponíveis para o desenvolvimento do projeto. Os
botões que possuem uma seta branca no lado inferior indicam que existem mais opções dentro de
menus, que aparecem ao manter o botão do mouse pressionado ou ao clicar com o botão direito.
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Painéis de encaixe (item 3)
Possibilitam a edição e monitoramento do arquivo, e a partir deles, é possível alterar cores, alterar
e reorganizar pranchetas, modificar fontes, personalizar camadas, entre outras opções. Todos os
painéis de encaixe estão disponíveis no menu Janela (Window). Ao abrir os painéis, ainda existem
setas que habilitam mais opções.
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Barra de status (item 4) 
Exibe informações sobre o arquivo, ferramenta em uso, perfil de cor, quantidade de operações que
podem ser desfeitas ou refeitas, além de possibilitar a seleção de zoom e de prancheta.
As e auxiliam na diagramação de imagem e identificam as coordenadas de localização na prancheta.réguas guias
Finalmente, as disponibilizam unidades de medidas para a edição do arquivo, como guias,unidades de medida
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Finalmente, as disponibilizam unidades de medidas para a edição do arquivo, como guias,unidades de medida
redimensionamento, entre outras opções. Ao criar um arquivo, você escolhe alguns parâmetros como unidades
de medidas, mas elas podem ser alteradas facilmente em: Editar ( ) > Preferências ( ) > Unidades eEdit Preferences
réguas ( ) > Escolher a unidade de medida desejada > Confirmar.Units
Agora que você conhece a interface do Illustrator, chegou a hora de avançar um pouco mais em seus estudos. No
próximo tópico, você conhecerá os recursos básicos desse À primeira vista, ele pode parecer complexo,software.
mas aos poucos você perceberá que ele é bem mais fácil e intuitivo do que parece.
2.2 Recursos básicos
Além de conhecer cada um dos itens, é importante, também, descobrir quais os caminhos para se chegar a
algumas funções básicas, como abrir, criar, salvar e importar um arquivo. Com isso, você dará os primeiros
passos para a criação de sua arte. Vamos lá?
• Abrindo um arquivo: na versão Windows, existem duas formas de abrir arquivos no Illustrator: 
arrastando o arquivo para dentro da janela do aplicativo ou pelo menu Arquivo (File) > Abrir... (Open...). 
Na versão macOS, você ainda pode abrir o arquivo arrastando-o para o ícone no . Os principais dock
formatos suportados pelo Illustrator são: . (este último com limitações nas versões ai, .eps, .pdf, .dwg, .cdr
compatíveis), . A depender do tipo de arquivo aberto, é possível editá-lo, como os .jpg, .psd, .tiff, .png
arquivos vetoriais . Para os formatos , o Illustrator não possibilitará a .ai, .eps, .pdf, .dwg, .cdr bitmap
edição.
• Criando um novo arquivo: para criar um novo arquivo no Illustrator, você deve clicar no menu 
Arquivo ( ) > Novo ( ). A partir daí, o software irá abrir uma janela com os modelos predefinidos File New
pela Adobe e a possibilidade de configurar seu arquivo de acordo com as suas necessidades. É possível 
escolher entre vários perfis ( ) de arquivos: Móvel ( ), para aparelhos como celulares e presets Mobile
 com formatos compatíveis com a internet; Impressão ( ), específicos para impressão e tablets; Web, Print
cores em CMYK; Filme e vídeo ( ), com formatos padrão de vídeos digitais; e Artes e Film & video
VOCÊ SABIA?
Apesar de a interface do Adobe Illustrator ser padronizada, ela pode ser alterada de acordo
com as suasnecessidades, pois as janelas de encaixe são móveis e, sempre que você precisar
voltar à interface padrão, basta clicar em Janela ( ) > Espaço de trabalho ( ) >Window Workspace
Redefinir essenciais ( ).Essencials
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VOCÊ SABIA?
Na barra de título do Illustrator, além do nome do arquivo, é exibida a informação do modo de
cor configurado no arquivo. Caso deseje mudar, basta ir no menu Arquivo ( ) > Modo de corFile
do documento ( ) > Escolher a opção desejada (CMYK ou RGB).Document color mode
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 com formatos compatíveis com a internet; Impressão ( ), específicos para impressão e tablets; Web, Print
cores em CMYK; Filme e vídeo ( ), com formatos padrão de vídeos digitais; e Artes e Film & video
ilustrações ( ). Nesta tela, você também poderá configurar os tamanhos das pranchetas Arts & illustration
de trabalho em Largura ( ) e Altura ( ), as medidas padrão em pixels, pontos, milímetros, Width Height
centímetros, escolher a Orientação ( ) da prancheta, Quantidade de pranchetas ( ), Orientation Artboards
Sangria ( ) e Modo de cor ( ).Bleed Color mode
Figura 2 - A partir do diálogo “criar novo documento”, é possível escolher entre vários perfis e tamanhos de 
arquivos, além de outras opções.
Fonte: ADOBE ILLUSTRATOR CC, 2018.
• Salvando um arquivo: para salvar o arquivo, clique no menu Arquivo ( ) > Salvar ( ). Além disso, File Save
você pode utilizar a opção Salvar como ( ), que irá abrir uma janela que permitirá alterar o nome Save as
do arquivo, a extensão (tipo de arquivo) e o local de salvamento. Ao escolher salvar um arquivo, o 
Illustrator oferece diversos formatos, desde os formatos da Adobe, como o até formatos .ai, .ait e o .pdf,
largamente utilizados, como todos vetoriais. Se você quiser salvar seu trabalho em .eps, .svg e .svgz,
formatos , deverá utilizar as opções de exportação do software, no menu Arquivo ( ) > Exportar bitmap File
( ). O Illustrator possui, ainda, uma opção específica para salvar arquivos em formatos compatíveis Export
para a internet. A opção Salvar para possibilita o salvamento em JPG, PNG e Gif, web (Save for web)
otimizados para exibição na internet e em formato comprimido. A partir da versão CC 2017, o Illustrator 
possui a opção Exportar para telas ( ) que permite fazer o que é oferecido pelo Salvar Export for screens
para web de forma mais automatizada e com a possibilidade de exportar arquivos em PDF.
• Importando um arquivo: para importar um arquivo, clique em Arquivo ( ) > Importar ( ). Essa File Place
opção permite que sejam importados arquivos vetoriais ou , que você poderá editar de acordo bitmap
com o tipo. O não insere o arquivo importado na sua prancheta, ele cria um vínculo ( ) para software link
ele e, sempre que você alterar o arquivo importado de lugar, o programa irá solicitar que você refaça a 
ligação. Você ainda pode incorporar o arquivo importado ao seu arquivo do Illustrator, clicando no botão 
Incorporar ( ) da barra superior.Embed
Agora que você já sabe quais são os comandos básicos de manipulação de arquivos, você irá conhecer as
ferramentas de vetorização e criação do Esse é o grande diferencial do Illustrator, uma poderosasoftware.
ferramenta de criação vetorial.
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2.2.1 Vetorização de imagens
Vetorização é um processo que transforma imagens originalmente em vetores, redesenhando seusbitmaps
traços o mais próximo possível do original. A forma mais simples de vetorizar uma imagem é utilizando a
ferramenta Traçado da imagem ( ), que refaz a imagem com traçados vetoriais de forma rápida,Live trace bitmap
seguindo alguns perfis pré-programados. Você poderá alterar algumas configurações desses perfis, caso precise.
Figura 3 - A partir da janela “Traçado da imagem”, é possível vetorizar uma imagem.
Fonte: ADOBE ILLUSTRATOR CC, 2018.
Ao inserir uma imagem na sua prancheta, utilizando o menu Arquivo ( ) > Inserir (Place), e clicandobitmap File
sobre a imagem inserida e sobre o botão Traçado da imagem, o Illustrator iniciará o traçado em vetor da
imagem. Será feita a vetorização padrão, que pode ser alterada usando as opções da janela de Traçado da
imagem – apresentada após apertar o botão – ou você pode clicar na seta ao lado do botão Traçado da imagem (
) para exibir essas predefinições antes de fazer o procedimento. Existem várias predefinições nessaImage trace
função: Foto de alta fidelidade; Foto de baixa fidelidade; 3 cores; 5 cores; 16; Tonalidades de cinza; Logotipo
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função: Foto de alta fidelidade; Foto de baixa fidelidade; 3 cores; 5 cores; 16; Tonalidades de cinza; Logotipo
preto e branco; Esboço artístico; Silhuetas; Traçado; Desenho.
Nem sempre essa é uma boa opção para vetorizar suas imagens, pois a ferramenta não identifica todas as formas
e, principalmente em imagens com qualidade inferior, podem ser gerados vetores que não se assemelham à
imagem original. Para resolver isso, você pode alterar as configurações na janela de Traçado da imagem, como
Número de caminhos, Cantos, Diminuição ou Aumento do ruído da imagem, Método de mesclagem, Alterar a
forma do resultado entre preenchimento e traçado e Ignorar o fundo branco da imagem. Essas opções ficam
disponíveis ao clicar na opção Avançado da janela de Traçado da imagem. Se, ainda assim, o seu resultado não
for satisfatório, você poderá fazer o traçado de forma manual, como será descrito posteriormente.
2.2.2 Criação e transformação de formas básicas
Antes de falar sobre formas de criar, é importante definir alguns dos termos que utilizaremos aqui. Segundo
Dondis (2007, p. 23), “a caixa de ferramenta de todas as comunicações visuais” são os seguintes elementos
básicos: e o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a escala, a dimensão o movimento
Cada um desses elementos tem significativa importância, desde o ponto, unidade de comunicação mais simples,
até o movimento, uma das forças mais dominantes. O ponto, segundo Vaz e Silva (2016), é o elemento
fundamental do código visual, e a partir dele surgem as linhas (ou caminhos, nesse caso), que podem gerar uma
composição que, por sua vez, dará origem às formas.
Devemos lembrar sempre que o Illustrator é um vetorial e o resultado de suas ilustrações possuemsoftware
pontos de ancoragem, alças de direção e outros elementos característicos desse tipo de arte. Assim, toda arte
vetorial depende desse tipo de elemento para existir, diferente do , que é feito de . O Illustratorbitmap pixels
oferece diversas ferramentas para fazer ilustrações, utilizando Segmentos (linhas retas e curvas); Formas
(desenhos delimitados, abertos ou fechados); Elementos (formas, tipografas, desenhos, imagens, traços); e
Caminhos (linha delimitadora de uma forma).
Figura 4 - Parte da barra de ferramentas com opções para desenho de vetores.
Fonte: ADOBE ILLUSTRATOR CC, 2018.
É possível utilizar formas básicas para a criação de artes no Illustrator. Clicando no botão de formas (que possui
um retângulo), você pode iniciar a criação a partir delas, lembrando que, ao clicar e segurar o botão do mouse
nesse item da barra de ferramentas, ele oferecerá outras opções de formas, são elas: retângulo, retângulo
arredondado, elipse, polígono, estrela e clarão.
Ao clicar e segurar o botão do em cima dos ícones que possuem uma seta preta, eles apresentam outrasmouse
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Ao clicar e segurar o botão do em cima dos ícones que possuem uma seta preta, eles apresentam outrasmouse
opções de ferramentas ou de configurações da mesma ferramenta. Além disso, ao clicar duas vezes, alguns
desses botões apresentam uma janela de configurações para as ferramentas.
2.2.3 Desenho de vetores com a Pen Tool
É possível iniciar um desenho no Illustrator clicando no botão de linha e traçando uma simples linha reta, ou isso
pode ser feito a partir da utilização de uma das canetas, disponíveis na barra de ferramentas, o que permitirá a
você desenhar formas de modo livre, de acordo com as suas necessidades. Veja, a seguir, quais as ferramentas de
desenho de vetores.
• Ferramenta Caneta: oferece a possibilidade de desenharlivremente pontos que automaticamente se 
ligam a outros e vão criando formas abertas ou fechadas, orgânicas ou geométricas. Você pode criar os 
pontos, alças e editá-los posteriormente, utilizando a caneta.
• Ferramenta Curvatura: desenha, ponto a ponto, curvas que vão se ligando às anteriores, formando 
desenhos orgânicos fechados ou abertos. Você pode criar os pontos e alças e editá-los posteriormente, 
utilizando a caneta.
Figura 5 - Exemplos de caminho aberto e caminho fechado.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2018.
Como você pode ver na figura acima, o caminho é composto por partes que têm funções específicas: o nó, que é a
junção entre as pontas dos caminhos; o caminho, que é a linha do vetor; a alça, que permite, quando editada,
alterar a curvatura do caminho; e os pontos de âncora, que ficam nas pontas das alças, e possuem a mesma
função.
• Ferramenta Lápis: assemelha-se a um lápis verdadeiro. Com ela, é possível desenhar diretamente na 
prancheta linhas retas, curvas ou mais complexas. Também é possível apagá-las com a opção borracha do 
lápis, ao clicar e segurar o botão da barra de ferramentas.
• Ferramenta Borracha: permite ao usuário apagar parte do vetor criado. No caso de um caminho 
fechado, ao passar a borracha no meio, ela dividirá a forma em duas formas fechadas, respeitando o limite 
imposto pela borracha. Para cortar um caminho aberto, utilize a ferramenta que também Tesoura,
permitirá abrir um caminho fechado, assim como a ferramenta Faca.
Esses são os elementos básicos que possibilitam o início das ilustrações vetoriais no Illustrator. A partir delas,
pode-se criar qualquer objeto ou forma, com ou sem cores de preenchimento e contorno, como será explanado
na sequência.
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2.2.4 Preenchimento e contorno da forma
O Illustrator permite que as formas sejam preenchidas por cor, quando fechadas. Algumas formas abertas
também podem ser preenchidas, mas o resultado pode não ser tão bom quanto o esperado. É recomendável
selecionar a opção “sem preenchimento” quando for utilizar formas abertas. Acompanhe a seguir as orientações.
• 
Ao criar uma forma ou desenho, é possível editar também a espessura e a cor do caminho. Você
pode fazer isso no painel de encaixe Caminho (Stroke), assim como torná-lo tracejado ou
pontilhado, além de inserir setas e outros elementos nas pontas dos caminhos.
• 
Você pode preencher as formas com cores sólidas, gradientes ou texturas. Para isso, selecione a
forma que deseja editar, e na barra de ferramentas superior, escolha o quadrado de seleção de cor
da esquerda. Você também pode utilizar o painel de encaixe de cores para fazer isso.
• 
Para preencher com gradientes, clique na forma, abra o painel de encaixe de gradientes e clique na
barra de gradiente. Nela, você poderá selecionar as cores do gradiente e escolher ângulo, raio,
além de definir se será um gradiente radial ou linear.
• 
O Preenchimento de Malha (Mesh) permite que você crie malhas específicas para seus objetos.
Essas malhas podem conter um grande número de pontos de diferentes cores, gradientes, luz e
sombra.
• 
Cada ponto pode ser editado posteriormente, utilizando a mesma ferramenta. Esse recurso é
recomendável para formas mais simples; em formas muito detalhadas e com muitas curvas, o
efeito pode não ficar como desejado e, em alguns casos, a ferramenta não permitirá sua utilização,
por conta do número elevado de curvas ou traços.
• 
Para criar uma malha, você deve selecionar o objeto no qual deseja criar a malha, clicar no botão
Preenchimento de Malha, na barra de ferramentas, e clicar nos pontos onde serão criados os
pontos de cor ou luz.
• 
As formas também possuem configurações de transparência e opacidade. Utilizando o painel de
encaixe Transparência (Transparency), você verá uma opção de opacidade – a ser configurada de
acordo com sua necessidade – e um menu suspenso que oferece diversas formas de transparência
e fusão dos objetos.
• 
Essas opções mesclam os objetos e criam efeitos de cor e luminosidade diferenciados como
resultado da mistura.
• 
É possível criar máscaras de transparência no painel de encaixe, selecionando o objeto e clicando
no botão Criar máscara (Make mask). Com esse movimento, o software irá abrir um segundo nível
de edição e você poderá, a partir da criação de uma forma preenchida com cor sólida ou gradiente,
definir sua forma de transparência.
• 
A cor preta é utilizada para definir o que irá aparecer, e a cor branca definirá o que ficará
transparente na prancheta. Para sair do nível de edição de máscara, clique duas vezes no primeiro
quadrado do painel de encaixe.
Essas ferramentas mais básicas dão uma ideia das possibilidades do programa em suas mãos, mas podemos
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Essas ferramentas mais básicas dão uma ideia das possibilidades do programa em suas mãos, mas podemos
avançar ainda mais e conhecer as ferramentas e efeitos mais poderosos que ele oferece. Com isso, você poderá
criar mais e melhor. Vamos lá?
2.3 Recursos avançados
O que você está tendo a oportunidade de conhecer possui centenas de recursos, desde os mais básicossoftware 
até os mais avançados. Agora, você verá os recursos mais avançados do Illustrator, como trabalhar com Camadas
( ), utilizar os Pincéis ( ), a mistura de objetos ( ), os filtros e efeitos disponibilizados paraLayers Brushes Blends
refinar seu trabalho e torná-lo mais atraente, além de oferecer algumas facilidades na modificação de aspectos
do seu projeto.
Você perceberá que alguns desses efeitos são muito semelhantes aos que encontramos em outros softwares de
manipulação , como o Photoshop, e isso pode deixar você ainda mais familiarizado com o programa.bitmap
Porém, o Illustrator oferece também outros efeitos que não são encontrados em muitos desoftwares
manipulação de imagens em vetor. Pronto para conhecê-los?
2.3.1 Camadas ( )Layers
A utilização de camadas simula a criação de lâminas sobrepostas à prancheta principal do arquivo. Essas
pranchas podem ser ativadas ou desativadas de acordo com as suas necessidades, assim como ter a edição
bloqueada, para evitar que sejam alteradas, movidas ou apagadas durante a criação da arte. Acompanhe a seguir.
Para criar uma camada, ative o painel de encaixe Camadas ( ), que irá mostrar uma camada apenas. EssaLayers
camada está inserida no nível da prancheta. Para criar uma nova camada, você deve clicar no ícone que simula
uma folha de papel com a ponta dobrada, chamado Criar nova camada. Essa nova camada será inserida
imediatamente acima da anterior, e você poderá trabalhar nela. Tudo o que for inserido nela ficará acima dos
objetos da camada abaixo.
Para evitar que a edição da camada superior modifique os objetos da camada inferior, você deve clicar no espaço
em branco entre o ícone do olho e o quadro que exibe a cor da camada. Assim, ativará o bloqueio de camada, com
o ícone de um cadeado. Isso significa que, até ser desativado, esse bloqueio irá proteger a camada de qualquer
alteração ou seleção dos seus objetos.
Você também pode esconder camadas. Para isso, basta clicar no ícone do olho que aparece do lado esquerdo de
cada camada. Para reexibir o conteúdo da camada, clique no mesmo espaço onde o ícone do olho se encontrava.
Outras opções de camada aparecem ao clicar no ícone do menu do Painel. Com essas opções, você poderá
duplicar camadas, mesclar as camadas, nivelar todas as camadas em uma só, criar máscaras de recorte
(posicione um objeto sobre o outro e clique no primeiro ícone à esquerda, na parte inferior do painel de encaixe;
o objeto superior servirá como máscara para os objetos inferiores), ocultar camadas e ativar modo de
isolamento (que permite a edição isolada de uma camada).
O trabalho em camadas é recomendável, principalmente, quando a quantidade de elementos na prancheta é
grande, evitando que ocasione perda de trabalho ou desorganização dos objetos visíveis.
2.3.2 Pincéis
A ferramenta Pincel oferece a simulação de um pincel real, e com ele, pode-se fazer uso de diversas texturas, que

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