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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS Resenha Crítica de Caso Vanessa Matos de Paiva Trabalho da disciplina Planejamento Estratégico de Marketing Digital Tutor: Prof. Janaina de Carvalho Aguia Belo Horizonte 2021 http://portal.estacio.br/ 2 A COCA-COLA NO FACEBOOK Referência: DEIGHTON, John. KORNFELD, Leora. A Coca-Cola No Facebook. Harvard Business School, Maio de 2011. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/ATU166/Biblioteca _62844/Biblioteca_62844.pdf. Acesso em: 15 abril 2021. O presente trabalho trata-se de uma Resenha Crítica sobre o Estudo De Caso A “A Coca-Cola No Facebook”. Ao longo da resenha são sequenciados fatos que contam um pouco a trajetória da marca de refrigerante juntamente com a história de dois amigos Sorg e Jedrzejewski que criaram uma página de marca (brand page) no Facebook utilizando a marca Coca-Cola passando também por outro evento chamado de Diet Coke e Mentos onde outros dois amigos acabaram fazendo um experimento que se tornou viral, abordando ainda como a Starbucks marca de rede varejista de cafeterias usou de sugestões do público para enfrentar um momento difícil e por fim como estas ações impactaram a comunicação e relacionamento com os consumidores destas marcas, repercutindo em suas estratégias e práticas de marketing e publicidade online. A metodologia utilizada foi a leitura e análise do caso juntamente com a aplicação do conteúdo estudado na disciplina Planejamento Estratégico de Marketing Digital, os objetivos principais deste trabalho consistem na avaliação crítica sobre o conteúdo, com base nos conceitos estudados e no entendimento pessoal. O estudo de caso se inicia relatando como dois amigos Dusty Sorg e Michael Jedrzejewski decidiram criar em agosto de 2008 uma página de marca (brand page) no Facebook com a marca Coca-Cola o intuito principal era o de se expressarem como entusiastas e fãs da marca, para tanto eles utilizaram a imagética, nome e logo da Coca-Cola sem permissão, não se importando também com o fato de que já haviam inúmeras páginas criadas por fãs da marca. O mais interessante foi que a página criada por Sorg e Jedrzejewski foi ganhando destaque em apenas três 3 meses já havia alcançado 1,2 milhão de seguidores, tal repercussão chamou atenção do Facebook que resolveu entrar em contato com a Coca-Cola para saber quais providências a Coca-Cola tomaria com relação a criação da página, uma vez que ela violava termos de serviço. Segundo o estudo de caso O Facebook possuía termos que diziam que Indivíduos não afiliados a uma marca não podiam sediar uma página da marca, com isso fornecia uma série de opções para a marca resolver a questão, sendo elas a marca poderia pedir ao Facebook que tirasse a página do ar, ou que transferisse o controle da página para o detentor dos direitos, acarretando nessa última opção outras duas formas de recorrer que seriam a marca poderia procurar os proprietários da página e negociar uma transferência ou a marca poderia consentir que uma terceira entidade não-afiliada sediasse e administrasse uma página em seu nome podendo ainda a marca criar uma página "oficial" em seu próprio nome e esperar que os fãs migrassem para lá. Após discussão sobre a situação Michael Donnelly, Diretor de Grupo de Marketing Interativo Mundial junto com a sua equipe optaram por convidar os amigos Sorg e Jedrzejewski para uma visita a sede da empresa marcando um encontro com a equipe de marketing interativo. Durante a visita foi levantada novamente a discussão e uma sondagem de como eles poderiam colaborar com a página da marca no Facebook, não era uma questão fácil várias perguntas surgiam como “O que a Coca-Cola poderia trazer ao projeto, que fosse visto pela comunidade como positivo e valioso? O que significaria para a Coca-Cola co-administrar a página juntamente com Dusty & Michael? De que modo tanto a dupla Dusty & Michael quanto a Coca-Cola poderiam permanecer fiéis aos seus propósitos? ” Utilizando do princípio da coca-cola a estratégia de “Os Fãs Primeiro” Donnelly enuncia os termos para resolver a situação, o mesmo declara que “Estaremos por toda parte onde nossos consumidores estão, num espírito autêntico de ‘membros da comunidade e não de uma grande marca” Sua síntese da abordagem foi: “Eles são mais importantes do que nós”. Mesmo após definição dos temas-chave para colaborar com a dupla de amigos Dusty e Michael algumas questões ainda se encontravam sem resposta, tais quais como se poderia escalonar a plataforma do Facebook, tendo em mente sua 4 rápida taxa de crescimento e o público multinacional e a plataforma fosse desenvolvida em escala global, algo que seria essencial para a Coca-Cola, como a marca garantiria diálogos reais com milhões de fãs, e não a transmissão de mensagens vindas do alto? Com base nestas perguntas a equipe se em desenvolver os canais na escala adequada seu objetivo era “nos comunicar com os indivíduos e as comunidades locais ao redor do mundo, e não comunicar-nos em base global. Queremos conversar com as pessoas, não nos impormos a elas como faz a maioria das instituições de publicidade tradicional.” De acordo com o estudo de caso em 2011 as marcas a Starbucks e a Coca- Cola possuíam as duas maiores presenças no Facebook sendo a Starbucks e com com 21,8 milhões e a Coca-Cola com 19,2 milhões de fãs, contudo haviam crescido por caminhos diferentes, com base em estudos feitos por uma agência digital Razorfish o crescimento da Starbucks se dava principalmente pelas promoções oferecidas pela marca enquanto que o crescimento da Coca-Cola parecia ser mais por ‘paixão compartilhada’ pelos valores de uma marca uma vez que , já que havia sido propriedade de fãs antes mesmo de se associar a página do Facebook. Outro evento que marcou a interação de fãs da marca Coca-Cola foi o Diet Coke e Mentos que se deu em sábado de junho de 2006, quando Stephen Voltz e Fritz Grobe postaram um vídeo em um site de compartilhamento de vídeos mostrando gêiseres uma espécie de jato que era produzido por balas Mentos jogadas dentro de garrafas de Diet Coke, o vídeo acaba segundo o estudo de caso “seis meses de experiências de fundo de quintal e o espetáculo, apelidado Experimento no 137, ou “O Chafariz de Bellagio”, em alusão a uma atração turística de Las Vegas, imediatamente se popularizou.” O link do vídeo era repassado de amigo para amigo atraindo milhares de visitas ao site após algumas horas. Com toda esta repercussão o. fabricante de Mentos acaba convidando a dupla e oferecendo patrocínio para tais experimentos, a Coca-Cola acabou hesitando um pouco no início alegando que esperava “que as pessoas quisessem beber Diet Coke, mais do que fazer experimentos com ela”, contudo acaba cedendo e acaba fazendo “uma mudança em seu site corporativo e convidou os consumidores a carregar vídeos criados por eles em resposta a desafios criados pela empresa”. 5 Em agosto de 2006 o chefe de marketing da Coca-Cola Donnelly formou uma parceria com Voltz e Grobe recorrendo ao ao Google Video site de compartilhamento de vídeo antecessor do You Tube, oferecendouma segunda parte da série de gêiseres conhecida como “Os Experimentos Radicais de Diet Coke e Mentos: O Efeito Dominó, capturando captou em vídeo uma reação em cadeia de 250 gêiseres de Diet Coke e Mentos, assim o Google usou este espetáculo para inaugurar seu serviço de partilha de receitas em seu site de compartilhamento de vídeos, com a Coca-Cola como seu primeiro anunciante, os dados apontam que o resultado da exposição dos vídeos rendeu a Mentos um aumento das vendas de 15% em relação ao ano anterior sendo o maior na história da empresa, jáa Diet Coke teve aumento de 5-10% nas vendas de sua garrafa de dois litros que era mostrada nos vídeos e um aumento de 27% do tráfego do site Coke. Outro exemplo amplamente discutido da aplicação da mídia social nas marcas ocorre em 2008, quando a Starbucks, a maior rede varejista de cafeterias do mundo enfrenta seu primeiro declínio de receita e avaliação na bolsa de valores e a marca então recorre recorreu à mídia social para conseguir ajuda criando o seu primeiro site onde convidava os clientes a contribuir com ideias para acabar com as dificuldades da empresa. A iniciativa usava o slogan “Compartilhe, vote, discuta, veja” pedindo aos clientes que postassem em seu fórum de discussão onde podiam debater seu mérito, sugerir melhorias e dar votos positivos ou negativos, ao final haviam sido submetidas Um total de 75.000 ideias e foram selecionadas cem destas ideias para serem implementadas pela empresa, incluindo “WiFi gratuito, a possibilidade de comprar uma bebida para um amigo à distância e as splash sticks, as tampinhas verdes para evitar que as pessoas derramem o café.” Outras tentativa da Starbucks na mídia social se deu em 2009 quando a marca lançou uma página no Facebook, que era complementada pelo Twitter, Flickr e YouTube, se esforçando para se tornar o maior site de marca do Facebook fez o uso de cupons, ofertas especiais e descontos promovidos nas lojas para encorajar os clientes a "curtirem" a empresa na rede dando aos usuários do Facebook motivos para que eles se tornassem “fãs” da marca e “curtissem a sua página”, Relata-se que o conteúdo postado pela Starbucks em seu Facebook variava de webisódios 6 com vídeos que contavam histórias e fotos de clientes da Starbucks em seus locais favoritos mas o principal era o foco nos descontos nos produto, a marca então alcança como já dito um número enorme no Facebook com com 21,8 milhões de fãs no ano de 2011, neste mesmo ano lança o que chamou de Rede Digital Starbucks nas lojas norte- americanas de propriedade da empresa onde de acordo com o estudo de caso oferecia “de conectividade sem fio grátis em todas as lojas, a companhia entrou em parceria com o Yahoo para criar um portal, em que oferecia notícias premium grátis, entretenimento e conteúdo ligado ao estilo de vida, o que incluía conteúdo específicos da loja e dos clientes de cada loja. Os fornecedores de conteúdo incluíam a rede social baseada no local Foursquare e a rede social profissional LinkedIn” Este estudo de caso nos mostra a importância dos usuários, fãs e consumidores para as marcas, eles tem o poder de criar a chamada presença ganha onde compartilham, curtem, comentam e até marcam outras pessoas para verem conteúdos sobre determinada empresa propagando assim a marca, este fato foi basicamente o que aconteceu nestes dois momentos com a Coca-Cola na criação da sua página feita pelos amigos Dusty Sorg e Michael Jedrzejewski e no uso de seu produto Diet Coke feito pela outra dupla de amigos Stephen Voltz e Fritz Grobe. Além disso outro ponto a se observar foi o uso de vídeos como importante estratégia de marketing feito tanto no movimento que foi sucesso com o vídeo da Diet Coke e Mentos, “Os Experimentos Radicais de Diet Coke e Mentos: O Efeito Dominó quanto no exemplo da Starbucks que em suas postagens no Facebook que utilizava de Vídeos com histórias e fotos de seus consumidores. Atualmente as marcas já estabelecidas criam canais que permitem a conexão de seus clientes fazendo das redes sociais ferramentas vitais no marketing digital. Cada vez mais, as pessoas conectadas à internet acessam algum tipo de mídia social, sejam blogs, sites ou as próprias redes sociais, Facebook, Instagram e WhatsApp, consequentemente as marcas estão em constante trabalho da tríade reputação, relevância e engajamento aprendendo a cada dia conquistar preferencias e fidelidade dos consumidores, buscando fortalecer sua presença online, uma vez 7 que as redes sociais também se destacam por sua capacidade de formar opinião, fenômeno que pode ajudar a construir ou destruir uma marca, produto ou serviço. Hoje muito se fala em humanizar e “comunitizar” as empresas no online com isso as marcas devem ajudar os consumidores a se conectarem tanto com a marca em si quanto uns com outros nas diversas comunidades disponíveis sendo as brand pages uma dela. Sabe-se que hoje os consumidores são protagonistas, são muito mais ativos e críticos, estão em busca de experiências e não só de uma troca comercial, ditando seus desejos, necessidades e hábitos de consumo, tendo o poder de influenciar a decisão de compra de outras pessoas, portanto as marcas não devem olhar somente para o mercado e sim primeiramente para os consumidores entender suas caracterizas, conhecer bem o consumidor facilita bastante as marcas de conseguir atender melhor e também de interagirem de forma mais assertiva e satisfatória possível satisfazendo expectativas destes consumidores. Podemos concluir que o marketing feito por meio das redes sociais favoreceu as três empresas Coca-Cola, Mentos e Starbucks, cada uma utilizou de estratégias que mais condiziam com a personalidade e espirito da marca juntamente com a influência de seus admiradores, enquanto a Coca-Cola investia no conceito de dos “fãs” em primeiro lugar cativando cada vez mais o seu público elevou suas vendas junto com a Mentos que resolveu entrar no movimento aventureiro dos criadores de experimentos com a sua bala igualmente acaba se beneficiando aumentando suas vendas, por sua vez a Starbucks oferecia promoções, cupons e brindes em sua rede social que também atraiam e agradavam, ao resolver se abrir a opiniões de seus consumidores conseguiu agrada-los e deu a volta por cima no enfrentamento de um momento difícil. As redes sociais trouxeram a possibilidade de entusiastas expressarem apoio a pessoas e marcas proporcionando a chance de as marcas serem mais vistas e de crescerem muito rapidamente entre as curtidas de fãs por todo o mundo, as redes sociais são uma ferramenta poderosa onde se pode criar e estreitar laços mantendo um relacionamento com os consumidores além de ser fonte para o compartilhamento de conteúdo, ideias e ações promocionais.
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