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Definições, formas farmacêuticas e vias de administração de medicamentos

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Farmacologia Prof. Marcelo Duzzioni – Aula 1 Cecilia Antonieta 82 A 
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INTRODUÇÃO À FARMA-
COLOGIA 
Estudo dos fármacos e de suas interações com 
organismos vivos. 
DEFINIÇÕES 
FÁRMACOS substâncias de estrutura química definidas 
que têm função curativa, paliativa. 
ADJUVANTES/EXCIPIENTES/SUBST. INATIVAS não têm 
princípio ativo, mas são importantes para ação do 
fármaco, conferem longevidade. Protege o fármaco da 
influência destrutiva do oxigênio atmosférico e da 
umidade, e do ácido gástrico após administração oral. 
Ocultam o sabor amargo, salgado ou repugnante ou 
ainda o odor. Permitem obter preparações líquidas de 
substâncias insolúveis ou instáveis no veículo desejado. 
REMÉDIO tudo que tem como objetivo bem-estar, cura. 
MEDICAMENTO produto da indústria farmacêutica. 
FORMAS FARMACÊUTICAS 
Fármaco + excipientes. Fornecem meios para obtenção 
de doses exatas de modo seguro e conveniente. Permi-
tem a ação controlada. 
SÓLIDO 
Pós, grânulos (pó + veículo), pastilhas, supositórios. 
COMPRIMIDO preparada por compressão de uma 
mistura de pós e grânulos, têm composição paralela ou 
concêntrica. Cada camada pode conter uma substância 
ativa, o que permite a separação dos fármacos que são 
física e quimicamente incompatíveis ou a liberação de 
fármaco em tempos diferentes. Um número limitado de 
comprimidos pode ser obtido por moldagem (introdu-
ção de pós previamente molhados em um molde). 
Administrado por via oral (maioria), sublingual, bucal ou 
vaginal. Alguns comprimidos são sulcados ou marcados, 
permitindo que sejam partidos com facilidade. Quando 
necessário, possibilita a ingestão de doses menores. 
TIPOS DRÁGEAS revestidos de açúcar, dissolvem facil-
mente. 
PELICULADOS revestidos com filme, mais durável e 
menos volumoso. 
GELATINOSOS mais facilmente deglutido. 
VAGINAIS não revestidos, ovoides. 
BUCAIS E SUBLINGUAIS ovais, planos fracamente 
absorvidos no trato GI. 
MASTIGÁVEIS sabor agradável. 
EFERVESCENTES CO2 liberado facilita a absorção. 
LIBERAÇÃO MODIFICADA OU CONTROLADA não 
liberam imediatamente, fazem de maneira gradual e 
contínua em diferentes tempos e locais. 
Ação repetida/liberação prolongada involúcro e nú-
cleo, duas formas, uma mais fácil de ser absorvida e 
degradada que a outra. 
Ação prolongada revestimento entérico, liberação re-
tardada e ocorre no intestino, pode ter uma ação por 
um tempo muito maior ou retardada. 
OROS tem membrana semipermeável que reveste por 
fora e no interior tem uma camada que contém fármaco 
e ou outro que é um polímero. A água do estômago 
penetra no comprimido, começa a dissolver o fármaco e 
a camada de baixo começa a intumescer, funcionando 
como uma espécie de êmbolo. 
CÁPSULA solúvel, dissolúvel e envolta por gel, podendo 
ser duro ou mole. 
SEMISSÓLIDO 
POMADA aplicadas sobre a pele ou mucosas, podem 
conter ou não (servem de barreira) medicamento. Ação 
local ou sistêmica. 
CREME agentes são absorvidos na solução ou dispersos 
em emulsão, mais fácil de espalhar que pomadas. 
GEL dispersão de pequenas e poucas moléculas em um 
veículo líquoso aquoso. 
Medicamento genérico similar ao produto de refe-
rência ou inovador, pretende ser com esse inter-
cambiável, geralmente produzido após a expiração 
ou renúncia da proteção patentearei, comprovada a 
sua eficácia e segmentação e qualidade e 
denominado pela DCB, ou na sua ausência pela DCI. 
Solução agente miscíveis. Emulsão agentes 
imiscíveis. 
Grande quantidade de água para óleo (o/a). 
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EMPASTAS forma semissólida depositada em uma pelí-
cula, a película é aderida à pele e deixando o fármaco. 
LÍQUIDO 
Xarope, aerossol, pirulitos com anestésico bucal, 
sabonetes, goma de mascar com nicotina. 
Substâncias diluídas e doses homogêneas. Pronta dispo-
nibilidade para absorção e distribuição, empregadas por 
diferentes vias de administração, administrados por 
pacientes que têm dificuldade de engolir cápsulas ou 
comprimidos, doses podem ser facilmente ajustadas. 
DESVANTAGENS menos estáveis, alguns não são 
solúveis em solventes apropriados, sabor desagradável, 
dificuldade de acondicionar, soluções proporcionam 
doses menos exatas. 
SOLUÇÕES substâncias dissolvidas em solvente apropri-
ado, formando mistura homogênea. 
ELIXIR (tem certa quantidade de álcool). 
SUSPENSÃO preparações liquidas constituídas de partí-
culas sólidas dispersas em uma fase líquida na qual são 
insolúveis. Baixa sedimentação e fácil ressuspensao. Es-
tabilidade química, mascara sabor. 
EMULSÃO um sistema de duas fases que envolvem pelo 
menos dois líquidos imiscíveis, na qual um é disperso em 
pequenos glóbulos. Estabilizadas por emulsificantes. 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
CRITÉRIOS PARA ESCOLHA PACIENTE conveniência, 
patologias existentes (fígado e rins), nível de consciên-
cia, impedimento físico de acesso. 
MEDICAMENTO propriedades físico-químicas e orga-
nolépticas (odor e sabor), farmacocinética, efeito dese-
jado (local ou sistêmico), início de ação, duração de 
ação. 
PRINCIPAIS ENTERAL entra em contato com o trato di-
gestivo [oral, bucal, retal]. 
PARAENTERAL não entra em contato com o trato GI. 
Usado em fármaco pobremente absorvidos pelo TGI. 
VANTAGENS ação rápida, melhor controle da posologia, 
menor metabolismo de primeira passagem. 
DESANTAGENS requer pessoal treinado, uma vez 
administrado não se pode impedir distribuição, via 
invasiva → aumenta risco de infecção, dolorosa. 
ORAL 
VANTAGENS baixo custo, conveniente, indolor. 
DESVANTAGENS pode causar irritação da mucosa, ne-
cessidades de cooperação do paciente, o grau de absor-
ção varia (inativação por enzimas digestivas ou pH, in-
fluência da motilidade do TGI, interação com alimentos 
e outros fármacos, metabolismo de primeira passagem). 
SUBLINGUAL 
VANTAGENS rápida absorção de pequenas doses, evita 
metabolismo de primeira passagem, conveniente. 
DESVANTAGENS poucas drogas são adequadamente 
absorvidas. 
Usado em casos de emergência, como uma angina. 
RETAL 
Pacientes com náuseas, vômitos e inconscientes, 
crianças. 
VANTAGENS rápida absorção. 
DESVANTAGENS metabolismo de primeira passagem 
(50% do fluxo venoso retal tem acesso à circulação 
portal), absorção errática ou incompleta (pacientes com 
motilidade aumentada), irritação da mucosa retal. 
INTRAVENOSA 
Administração deve ser realizada de forma lenta. 
VANTAGENS biodisponibilidade 100%, rápido efeito fár-
macológico, administração pode ser controlada e inter-
rompida, administração de pequenos e grandes 
volumes. 
DESVANTAGENS requer habilidade e instrumentos esté-
reis, flebite, trombo-embolia. 
 
Só exerce efeito terapêutico quando está na janela 
terapêutica – acima de uma concentração mínima. 
Problemas renais e hepáticos afetam a curva de 
concentração do medicamento. 
Nível tóxico fármaco passa da concentração 
máxima terapêutica. 
Farmacologia Prof. Marcelo Duzzioni – Aula 1 Cecilia Antonieta 82 A 
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INTRAMUSCULAR 
Pode ser aplicada no deltoide, vasto lateral da coxa e 
glúteo máximo. Absorção é influenciada por aumento 
de temperatura local, causando vasodilatação. 
VANTAGENS permite administrar soluções aquosas, 
oleosas ou suspensões. Permite administrar formula-
ções de administração sustentada, suspensão de penici-
lina G benzatina. 
DESVANTAGENS desconforto/dor. 
SUBCUTÂNEA 
Administração de soluções aquosas ou suspensões de 
até 2ml. Aplicado de calor local ou massagem aumenta 
a absorção. Pode ser usada para administração de 
anestésicos locais com ou sem vasoconstritor (diminui a 
absorção). 
INTRADÉRMICA 
Utilizados volumes pequenos, fármacos são lentamente 
absorvidos. Muito utilizada para o diagnóstico de 
alergias.

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