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Introdução aos fundamentos da farmacologia

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12/08/2019 1
Caio Fernando Martins Ferreira
INTRODUÇÃO AOS FUNDAMENTOS DA FARMACOLOGIA 
MÓDULO 1
12/08/2019 2
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• TERMINOLOGIAS GERAIS EM FARMACOLOGIA; 
• DIVISÕES DA FARMACOLOGIA;
• FORMAS FARMACÊUTICAS;
• VIAS DE ADMINISTRAÇÃO;
• FARMACOCINÉTICA;
• FARMACODINÂMICA;
• TOXICIDADE E REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS (RAM’s).
12/08/2019 3
TERMINOLOGIAS GERAIS EM FARMACOLOGIA 
12/08/2019 4
FARMACOLOGIA
A farmacologia (do grego: ϕάρμακον, fármacon ("droga"), e λογία, derivado de -
λόγος lógos ("palavra", "discurso"), sintetizado em "ciência“.
É a área da Farmácia que estuda como as substâncias químicas interagem com os
sistemas biológicos ou organismos vivos, resultando em um efeito maléfico
(tóxico) ou benéfico (medicamento).
Como ciência nasceu em meados do século XIX.
12/08/2019 5
HISTÓRIA DA FARMACOLOGIA
12/08/2019 6
IMPORTÂNCIA DA FARMACOLOGIA
Compreender o mecanismo pelo qual a substância 
química administrada afeta o funcionamento do organismo
Para se ter um sucesso terapêutico no tratamento das doenças
Escolher o fármaco mais adequado para certas características 
fisiopatológicas
Garantir que o fármaco atinja a concentração adequada
12/08/2019 7
JANELA TERAPÊUTICA
O termo relacionado janela terapêutica se refere à faixa de valores de doses que otimizam o equilíbrio entre a 
eficácia e a toxicidade do medicamento, de forma a atingir o melhor efeito terapêutico sem levar a efeitos colaterais 
ou toxicidade consideradas inaceitáveis.
8
JANELA TERAPÊUTICA
9
FÁRMACO IDEAL
Eficácia – Segurança – Seletividade - Reversibilidade
Fácil Administração - Mínimas Interações - Isenta De Reações Adversas 
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REAÇÕES ADVERSAS (RAM’S): 
Qualquer resposta prejudicial ou indesejável e não intencional que ocorre 
com medicamentos para profilaxia, diagnóstico, tratamento de doença ou 
modificação de funções fisiológicas.
Ex.: Rachadura cutânea 
EFEITO COLATERAL: 
Efeito diferente daquele considerado como principal por um fármaco. Esse 
termo deve ser distinguido de efeito adverso, pois um fármaco pode causar 
outros efeitos benéficos além do principal. 
Ex.: Sonolência dos anti-histamínicos
11
Droga (termo de origem controversa, que vai do alemão ao céltico): primitivamente, era toda
substância orgânica ou inorgânica empregada como ingrediente de tinturaria, química ou
farmácia. Em medicina, usava-se a expressão “droga medicinal”. Atualmente, designa
substância que modifica a função com ou sem intenção benéfica.
Fármaco (do termo grego phárm ou phámakon, “veneno” ou “remedio”): elemento de
estrutura química conhecida, com propriedade de modificar uma função fisiológica existente.
Não cria função. Em medicina, designa a substancia única (Pinto, 1959).
Medicamento (do latim medicamentum, “remédio”): produto tecnicamente obtido ou
elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico (Código
Oficial Farmacêutico Brasileiro, Resolução RDC nº 84/2002)
TERMINOLOGIAS GERAIS EM FARMACOLOGIA 
12/08/2019 12
Farmácia (do grego pharmakía, através do latim pharmacia): originalmente, significa “a arte
de preparar medicamentos”. Por extensão, passou a designar os estabelecimentos nos quais os
medicamentos são preparados e vendidos (Skinner, 1961).
Remédio (do latim remedium, “aquilo que cura”, ou re, “novamente”, medior, “curar”): tem
sentido mais amplo que medicamento; compreende tudo que é empregado para a cura de
uma doença, usado com intenção benéfica (Skinner, 1961).
Tóxico (do grego tóxikon, “veneno de flecha”): substância capaz de agir de maneira nociva
(dependendo da dose), causando alterações estruturais e/ou funcionais ao ser introduzida no
organismo; substância química que não possui efeito terapêutico e pode causar intoxicação. O
termo inclui todas as substâncias que interagem com um ser vivo de modo a modificar de
forma desfavorável seu comportamento (Skinner, 1961).
TERMINOLOGIAS GERAIS EM FARMACOLOGIA 
12/08/2019 13
Medicamento ético ou referência: Sua principal função é servir
de parâmetros para registro dos posteriores medicamentos
genéricos e similares, quando sua patente expirar.
Medicamento genérico: É um medicamento com
a mesma substancia ativa, forma farmacêutica,
dosagem e mesma indicação do que o original.
Medicamento similar: É o medicamento autorizado a ser
produzido após o prazo da patente de fabricação do
medicamento inovador ou de referência.
TERMINOLOGIAS GERAIS EM FARMACOLOGIA 
12/08/2019 14
TERMINOLOGIAS GERAIS EM FARMACOLOGIA 
12/08/2019 15
INTERCAMBIALIDADE
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TERMINOLOGIAS GERAIS EM FARMACOLOGIA 
12/08/2019 17
Droga Fármaco Medicamento Remédio
Psilocibina Carverdilol COREG® 12,5mg Caminhar
TERMINOLOGIAS GERAIS EM FARMACOLOGIA 
12/08/2019 18
DIVISÃO DA FARMACOLOGIA
12/08/2019 19
FARMACOVIGILÂNCIA
FARMACODINÂMICA FARMACOCINÉTICA
FARMACOLOGIA PRÉ-CLÍNICA
FARMACOLOGIA CLÍNICA
FARMACOGNOSIA
FARMACOTERAPIA
FITOTERAPIA
FARMACOTÉCNICA
FARMACOEPIDEMIOLOGIA
FARMACOGRAFIA
FARMACOLOGIA COMPARADA
FARMACOMETRIA IMUNOFARMACOLOGIA
DIVISÃO DA FARMACOLOGIA
12/08/2019 20
Farmacodinâmica: mecanismo de ação.
Farmacocinética: caminho do fármaco no organismo.
Farmacologia pré-clínica: eficácia e RAM (reação adversa do medicamento) provocada 
nos animais (mamíferos).
Farmacologia clínica: eficácia e RAM do fármaco no homem (voluntário sadio; voluntário 
doente).
Farmacognosia (gnósis = conhecimento): estudo das substâncias ativas animais, 
vegetais e minerais no estado natural e sua fontes.
Farmacoterapia (assistência farmacêutica): orientação do uso racional de medicamentos.
Imunofarmacologia: atua na redução da rejeição dos transplantes e de se utilizar, com 
fins terapêuticos, como moduladores imunológicos.
DIVISÃO DA FARMACOLOGIA
DIVISÃO DA FARMACOLOGIA
12/08/2019 21
Fitoterapia: uso de fármacos vegetais (plantas medicinais).
Farmacografia: estuda as normas de prescrição dos medicamentos.
Farmacotécnica: arte do preparo e conservação do medicamento em formas 
farmacêuticas.
Farmacoepidemiologia: estudo das RAM, do risco/benefício e custo dos medicamentos 
numa população.
Farmacometria: estuda a quantificação das ações e dos efeitos farmacológicos em 
relação à quantidade de fármaco aplicada, tanto in vivo como in vitro.
Farmacovigilância: detecção de RAM, validade, concentração, apresentação, eficácia 
farmacológica, industrialização, comercialização, custo, controle de qualidade de 
medicamentos já aprovados e licenciados pelo Ministério da Saúde.
DIVISÃO DA FARMACOLOGIA
12/08/2019 22
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E FORMAS 
FARMACÊUTICAS 
12/08/2019 23
 A via de administração compreende a forma como o medicamento entrará em contato com o
organismo, para exercer sua atividade farmacológica.
 De acordo com algumas condições, como o objetivo a ser alcançado, as propriedades do
medicamento, ou as condições clínicas do paciente, haverá a indicação para uma via de
administração específica, que apresentará suas vantagens e desvantagens.
 Podem ser classificadas em dois grandes grupos, sendo a via enteral e a parenteral.
 Compreende a via enteral as vias oral, sublingual e a retal.
 Do grupo da via parenteral fazem parte as vias intravenosa, intramuscular, subcutânea,
respiratória e tópica, entre outras.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
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Via Oral
É a via mais utilizada, pois apresenta segurança, economia, facilidade de administração e não causar
dor.
São contraindicadas para pacientes que apresentam náuseas, vômitos, desacordados ou com
dificuldade de deglutição, como crianças menores.
Possuem também a capacidade de identificação pelo paciente, por apresentar diferentes formas e 
cores. 
Comprimidos, drágeas, cápsulas, xaropes, suspensões e elixires são algumas das formas
farmacêuticas empregadas nesta via de administração. Sofrem absorção intestinal e estomacal,
principalmente.
Via Enteral
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Via sublingual
Esses medicamentos são geralmente administrados em situaçõesde emergência, que requer rápida
ação, pois são rapidamente absorvidos através da mucosa sublingual.
Apresentam-se em comprimidos ou gotas, sendo colocados sob a língua, devendo permanecer no
local até a sua completa absorção.
Exemplos de sua aplicação são casos de hipertensão ou infarto cardíaco.
Via Enteral
12/08/2019 26
Via retal
São utilizados quando há contraindicação da administração pela via oral. 
Compreende as formas de supositórios, podendo exercer efeito local ou sistêmico, dependendo da formulação. 
Também são utilizados por esta via os enemas.
Via Enteral
12/08/2019 27
Via Parenteral
Os medicamentos administrados por esta via necessitam de dispositivos auxiliares, como agulhas e seringas, 
sendo esses métodos considerados invasivos. 
São indicados quando a administração pela via oral não é recomendada e/ou quando requer rápida ação.
12/08/2019 28
Via Parenteral
Via Intradérmica (ID)
Medicamentos administrados na derme, utilizada para reações de hipersensibilidade, como nos casos de teste 
de alergia. Via restrita, devido à capacidade de administração de pequenos volumes (0,1 a 0,5 ml).
12/08/2019 29
Via Parenteral
Via Subcutânea (SC)
Administração de medicamentos sob a pele, no tecido subcutâneo. Os locais de administração incluem as 
regiões superiores externas dos braços, abdome, região anterior das coxas e superior do dorso. A fim de evitar 
iatrogenias, os locais de administração devem ser variados. Os medicamentos mais utilizados são a heparina e 
insulina, assim como algumas vacinas.
https://www.infoescola.com/saude/vacina/
12/08/2019 30
 As formas farmacêuticas foram desenvolvidas para facilitar a administração de medicamentos
a pacientes de faixas etárias diferentes ou em condições especiais, e para permitir seu melhor
aproveitamento. Para uma criança, por exemplo, é melhor engolir gotas em um pouco de
água do que um comprimido.
 Além disso, a forma farmacêutica se relaciona à via de administração que vai ser utilizada, isto
é, a porta de entrada do medicamento no corpo da pessoa, que pode ser, por via oral, retal,
intravenosa, tópica, vaginal, nasal, entre outras.
FORMAS FARMACEUTICAS 
12/08/2019 31
FORMAS FARMACEUTICAS 
12/08/2019 32
 Cada via de administração é indicada para uma situação específica, e apresenta vantagens e
desvantagens. Sabemos, por exemplo, que uma injeção é sempre incômoda e muitas vezes
dolorosa. No entanto, seu efeito é mais rápido.
 No quadro presente no próximo slide estão relacionadas as vias de administração e as
principais formas farmacêuticas existentes.
FORMAS FARMACEUTICAS 
12/08/2019 33
FORMAS FARMACEUTICAS 
VIA DE ADMINISTRAÇÃO FORMAS FARMACÊUTICAS
Via oral (boca)
Comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, pós para reconstituição, gotas, xarope,
solução oral, suspensão.
Via sublingual (debaixo da língua) Comprimidos sublinguais
Via parenteral (injetável) Soluções e suspensões injetáveis
Via cutânea (pele) Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel, adesivos.
Via nasal (nariz) Spray e gotas nasais
Via oftálmica (olhos) Colírios e pomadas oftálmicas
Via auricular (ouvidos) Gotas auriculares ou otológicas e pomadas auriculares
Via pulmonar (respiração/aspiração) Aerossol (bombinha)
Via vaginal (vagina) Comprimidos vaginais, cremes, pomadas, óvulos.
Via retal (ânus) Supositórios e enemas
12/08/2019 34
FORMAS FARMACEUTICAS 
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FORMAS FARMACEUTICAS SÓLIDAS 
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FORMAS FARMACEUTICAS SÓLIDAS 
CÁPSULAS
É o armazenamento de uma ou mais substâncias químicas em recipientes de 
gelatina que pode ser mole (armazenando líquidos, semi-sólidos e sólidos) ou 
duro (armazenando sólidos). 
Em geral, não se pode abrir, quebrar ou triturar as cápsulas, pois o 
medicamento pode perder seu efeito. Pode ser usada para mascarar sabor 
desagradável.
Abreviatura: cap.
Ex.: Multigrip e Cefalexina.
https://i0.wp.com/lh3.googleusercontent.com/-0Yq4LMlP4iQ/Vr0NWvuwAQI/AAAAAAAASmY/wx9B3UCpWKA/s1600-h/image%5b19%5d.png?ssl=1
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FORMAS FARMACEUTICAS SÓLIDAS 
COMPRIMIDOS
É a compressão de uma ou mais substâncias químicas na forma de pó ou 
grânulo. Abreviatura: comp
Outros tipos de comprimidos:
1- Comprimido de revestimento entérico;
2- Comprimido sublingual;
3- Comprimido efervescente;
4- Comprimido mastigáveis;
5- Comprimido de ação lenta/prolongada.
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FORMAS FARMACEUTICAS SÓLIDAS 
COMPRIMIDO DE REVESTIMENTO ENTÉRICO
Garante sua passagem integra pelo estômago e chegando perfeito ao
intestino onde irá se dissolver e iniciar sua ação.
O revestimento é necessário para os casos em que os medicamentos,
quando em contato com o líquido ácido do estômago são destruídos e
perdem imediatamente sua ação terapêutica e em casos de medicamentos
que agridem a parede do estômago.
Dentre os materiais mais utilizados nos revestimentos entéricos encontram-
se goma laca, ftalato de hidroxipropilmetilcelulose, copolímero do ácido
metacrílico/metacrilato de metila, acetaftalato de polivinil, acetoftalato de
celulose e formaldeído.
12/08/2019 39
FORMAS FARMACEUTICAS SÓLIDAS 
COMPRIMIDO SUBLINGUAL 
Os comprimidos são colocados, obrigatoriamente, embaixo da língua, e se
dissolvem com auxílio da saliva e são absorvidos na própria boca.
É usado no caso de medicamentos que, em contato com o líquido ácido do
estômago são destruídos e perdem imediatamente sua ação terapêutica,
também para aqueles que são pouco absorvidos pelo intestino.
12/08/2019 40
FORMAS FARMACEUTICAS SÓLIDAS 
COMPRIMIDO EFERVESCENTE 
São comprimidos preparados com uma ou mais substâncias químicas associadas a
alguns sais que liberam gases quando em contato com a água. Este mecanismo facilita
o comprimido a desintegrar e a dissolver para ser absorvido.
O comprimido efervescente normalmente é a compressão de um medicamento (como
paracetamol e aspirina) com misturas de ácidos orgânicos fracos (ácido ascórbico,
cítrico e tartárico, por exemplo) e bases carbonadas (principalmente bicarbonato de
sódio e carbonato de sódio). A água quebra as moléculas do ácido fraco, no processo
conhecido como ionização. Isso gera pedacinhos carregados eletricamente, os íons
12/08/2019 41
FORMAS FARMACEUTICAS SÓLIDAS 
COMPRIMIDO MASTIGÁVEL 
São comprimidos preparados para terem a sua desintegração facilitada pela mastigação. Depois de 
mastigados, eles são engolidos, para aí serem dissolvidos e absorvidos.
12/08/2019 42
FORMAS FARMACEUTICAS SÓLIDAS 
COMPRIMIDO DE AÇÃO LENTA/PROLONGADA
É um comprimido que possui um revestimento que controla a liberação da substância química. 
Isso permite que esses comprimidos, ao serem dissolvidos, iniciem sua ação lentamente de forma que seja 
prolongada/duradoura, mas somente quando ingeridos inteiros. Já um comprimido simples quando é totalmente 
dissolvido, sofre completa absorção e tem sua ação iniciada rapidamente.
São utilizados, geralmente, para doenças crônicas, podendo aumentar o intervalo entre as tomadas dos 
medicamentos em pacientes que precisam de altas doses por dia.
12/08/2019 43
FORMAS FARMACEUTICAS SÓLIDAS 
COMPRIMIDO DE AÇÃO LENTA/PROLONGADA
→ Um tipo de comprimido de ação lenta/prolongada é o chamado de “Oros”, esse comprimido permite a liberação 
lenta da substância ativa no organismo, o que garante a ação durante 24 horas. Uma vez concluído este processo, o 
comprimido vazio é eliminado pelo organismo através das fezes. Ex: Adalat® Oros.
→ Outro tipo de comprimido de ação lenta/prolongada é o chamado “Inserts”, usado em preparações oftálmicas, 
colocado no saco lacrimal, esses são colocados e retirados intactos, há liberação da substância química. Ex: Ocusert
TM.
12/08/2019 44
FORMAS FARMACEUTICAS SÓLIDAS 
DRÁGEA
São comprimidos revestidos com camadas constituídas por misturas de
substâncias diversas, como resinas, naturais ou sintéticas, gomas, gelatinas,
materiais inativos e insolúveis, açucares, plastificantes, polióis, ceras ,
corantes autorizados e, às vezes, aromatizantes e princípios ativos. Usado
paraproteger o princípio ativo do HCl.
Melhora a deglutição, aparência física e mascara o sabor do medicamento.
Abreviatura: drag
12/08/2019 45
FORMAS FARMACEUTICAS SÓLIDAS 
GRANULADO
São pós liofilizados ou grânulos, podem ser solúveis, resultando em soluções, 
ou insolúveis, resultando em suspensões. Consiste de agregados sólidos e secos 
de volumes uniformes de partículas de pó resistentes ao manuseio.
São preparações para substâncias que não são estáveis na presença da água (se 
degradam facilmente depois de um curto tempo de contato). Assim, é 
necessário que as substâncias sejam acrescentadas à água filtrada ou fervida 
somente no momento da administração, para se fazer a solução ou suspensão. 
12/08/2019 46
FORMAS FARMACEUTICAS SEMI-SÓLIDAS 
• Pomada ou Unguento: 
• Pastas:
• Cremes:
• Géis:
• Supositórios:
• Óvulos:
12/08/2019 47
FORMAS FARMACEUTICAS LÍQUIDAS 
• Soluções Orais: 
• Soluções Estéreis (Colírios, Injetáveis):
• Suspensões: 
• Extrato fluido: 
• Espírito:
• Tintura:
• Elixir:
• Emulsão: 
12/08/2019 48
FORMAS FARMACEUTICAS GASOSAS 
• Sistema de gás comprimido ou Aerossóis: Comumente utilizado como medicamentos e 
cosméticos. 
Antigamente: Clorofluorcarbono (CFC)
Atualmente: Hidrocarbonetos (n-butano, propano, isso-butano) 
12/08/2019 49
OUTRAS FORMAS FARMACEUTICAS 
CATAPLASMAS
CERATOS
ALCOLATOS
COLUTÓRIOS
ENEMAS OU CLISTER
SPRAYS
VAPORIZAÇÕES
FUMIGAÇÕES
AMPOLAS
12/08/2019 50
Farmacocinética (grego kinetós = móvel) estuda o caminho
percorrido pelo fármaco no organismo animal.
É o estudo do movimento de uma substância química, em
particular, um fármaco no interior de um organismo vivo.
FARMACOCINÉTICA – DEFINIÇÃO
12/08/2019 51
 Absorção
 Distribuição
 Biotransformação
 Excreção
PROCESSOS FARMACOCINÉTICOS
12/08/2019 52
ABSORÇÃO
• Consiste na transferência do fármaco desde seu local de aplicação até a corrente 
circulatória;
• Se um fármaco é inadequadamente absorvido, seus efeitos sistêmicos inexistem.
12/08/2019 53
Fatores Maior absorção Menor absorção
Concentração
(dosagem)
Maior Menor
Peso molecular Pequeno Grande
Solubilidade Lipossolubilidadea Hidrossolubilidade
Ionização Forma não-ionizada Forma ionizada
Forma
farmacêutica
Liquidab Sólida
Dissolução das
formas sólidas
Grandec Pequena
pH
localAcidoAlcali
no
Ácidos fracos
Bases fracas
Bases fracas
Ácidos fracos
Área absortiva Grande Pequena
Espessura de
membrana
absortiva
Menor Maior
Circulação local Granded Pequena
Condições
fisiológicas
Menstruação
Puerpério
—
Condições
patológicas
Inflamação
Ulceração
Queimaduras
Edema
Choque
12/08/2019 54
ABSORÇÃO
a A Lipossolubilidade fica aumentada com o uso de 
veículos que são solventes orgânicos ou detergentes.
b As soluções aquosas se absorvem mais rapidamente 
que as oleosas, e essas mais que as suspensões.
c Sais sódicos ou potássicos de fármacos puros 
aumentam sua dissolução.
d O fluxo sanguíneo pode ser aumentado por 
vasodilatadores, calor e massagem locais, diminuído por 
causa de vasoconstritores.
12/08/2019 55
Polaridade do fármaco – grau de ionização;
Lipossolubilidade;
Peso molecular;
Concentração;
Estabilidade química
Fatores envolvidos na absorção
Portas de entrada
Trato gastrointestinal;
Parede capilar (sangue)
12/08/2019 56
Formas de absorção
Absorção oral Suco gástrico → esvaziamento gástrico → duodeno → circulação porta → fígado → circulação
sistêmica. A absorção de fármacos lipossolúveis aumenta com a ingestão de alimentos ricos em
gorduras. O aumento do pH do suco gástrico dificulta a absorção de ácidos fracos no estomago.
Retardo e aceleração do esvaziamento gástrico, afeta a velocidade de absorção nos primeiros
segmentos intestinais.
Absorção retal Pode ser errática ou incompleta, especialmente em pacientes com motilidade intestinal
aumentada.
Absorção cutânea É muito lenta e ineficaz para a maioria dos fármacos, pois a pele integra funciona como barreira.
Absorção (por via
respiratória)
A grande área absortiva (que se estende da mucosa nasal ao epitélio alveolar), a vascularização
praticamente justaposta às membranas e o rico fluxo sanguíneo justificam o alcance de picos
séricos tão precoces como os obtidos com a via intravenosa
Absorção intramuscular Geralmente rápida, havendo pronto início dos efeitos terapêuticos
Absorção subcutânea e
submucosa
Rápida, pois o fármaco só necessita ultrapassar as células endoteliais para chegar à corrente
circulatória. O fluxo sanguíneo é o maior determinante da velocidade de absorção.
Absorção intraperitoneal Rápida, por envolver superfície ampla e ricamente vascularizada.
12/08/2019 57
BIODISPONIBILIDADE
É a fração do fármaco administrado que alcança a 
circulação sistêmica quimicamente inalterada.
12/08/2019 58
DISTRIBUIÇÃO
O fármaco penetra na circulação sistêmica por administração direta ou após
absorção a partir do sitio de aplicação. Do sangue distribui-se aos diferentes tecidos
do organismo, funcionalmente classificados em suscetíveis, indiferentes e
emunctórios. A velocidade e extensão da distribuição dependem do fluxo sanguíneo
tecidual, propriedades físico-químicas do fármaco, características da membrana
através da qual será transportado e sua ligação a proteínas plasmáticas e teciduais.
12/08/2019 59
FATORES QUE ALTERAM O METABOLISMO
Genéticos;
Idade;
Diferenças individuais;
Fatores ambientais (fumar);
Propriedades químicas dos fármacos;
Via de administração
Dosagem;
Sexo;
Alterações entre fármacos durante o metabolismo
12/08/2019 60
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO
relaciona a quantidade total de fármaco no plasma ou no
fluido. Refere-se ao volume de fluido que seria necessário
para armazenar todo o fármaco contido no corpo na mesma
concentração presente no fármaco.
12/08/2019 61
EXCREÇÃO
Os compostos são removidos do organismo para o meio externo.
Fármacos hidrossolúveis, carregados ionicamente, são filtrados nos
glomérulos ou secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção
tubular, pois tem dificuldade de atravessar membrana.
A velocidade do processo depende da fração livre do fármaco, taxa de
filtração glomerular e fluxo plasmático renal. Os que são essencialmente
secretados pelos túbulos renais utilizam a difusão simples (quando
lipossolúveis) ou sistema de transporte ativo.
12/08/2019 62
FARMACODINÂMICA
Farmacodinâmica é a ciência que estuda e
descreve os efeitos terapêuticos de
medicamentos e drogas no organismo, assim
como seus efeitos colaterais.
Ela aborda as ações farmacológicas e os
mecanismos pelos quais estas substâncias,
chamadas de fármacos, atuam no organismo
vivo, além de abordar as relações entre a
concentração da substância e o efeito por ela
produzido.
12/08/2019 63
FARMACODINÂMICA
Na farmacodinâmica, as substâncias podem divididas de acordo com o seu mecanismo de ação. 
Desta forma temos:
Fármacos estruturalmente inespecíficos
Fármacos estruturalmente específicos
12/08/2019 64
INESPECÍFICOS
São aqueles que dependem exclusivamente de suas
propriedades físico-químicas para causar o efeito
biológico. Ou seja, eles não se ligam a nenhum
componente celular para realizar o efeito no organismo.
12/08/2019 65
ESPECÍFICOS
São aqueles que conseguem exercer seu efeito biológico
através da interação seletiva com um componente celular,
que pode ser uma enzima, um canal iônico ou uma
proteína sinalizadora. Este modelo de interação é ilustrado
pelo processo que ocorre entre a chave e a fechadura.
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DENTRO DO MODELO ESPECÍFICOS
Dentro deste modelo de substâncias, existem também o conceito de
afinidade, que é a capacidade dela de se ligar ao seu alvo.
Uma vez tendo a interação, a substância também pode ter a chamada
atividade intrínseca, que é a capacidade dela de realizar uma ação dentro da
célula.
A maioria dos efeitos farmacológicos resulta da interação do fármaco com
elementos macromoleculares do organismo. Tais interações alteram a função
do elemento pertinente, iniciando assim alterações bioquímicase fisiológicas
características da resposta ao agente terapêutico.
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INTERAÇÃO ENTRE FARMACOS E RECEPTORES
O termo receptor refere-se a qualquer componente macromolecular funcional do
organismo que venha interagir com o agente químico e possa ter sua função
biológica modulada ou alterada.
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TIPOS DE ALVO PARA OS FÁRMACOS
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TIPOS DE ALVO PARA OS FÁRMACOS
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TIPOS DE LIGAÇÃO
A ligação de uma droga a um receptor é determinada pelas seguintes forças: pontes de
hidrogênio; ligação iônica; força de Van der Waals e ligação covalente. Existem diferentes
tipos de receptores (Figura 4) com os quais ligantes endógenos e drogas podem interagir,
incluindo: receptores hormonais, receptores ligados à enzima tirosina-quinase, receptores
acoplados à proteína G e receptores ligados a canais iônicos.
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AGONISTA TOTAL X PARCIAL
Os fármacos que interagem com os receptores podem atuam como agonistas ou antagonistas.
O agonista é o fármaco que ligado ao receptor fisiológico mimetiza os efeitos reguladores dos
compostos endógenos de sinalização. O agonista total é um composto capaz de proporcionar
uma resposta máxima após a ocupação e ativação do receptor e o agonista parcial aquele
composto que pode ativar o receptor, mas não gerar uma resposta máxima do sistema. Já um
agonista inverso é aquele capaz de estabiliza o receptor em sua conformação inativa.
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CURVA DOSE VERSUS RESPOSTA
A curva dose-resposta utilizada na farmacologia serve como método gráfico para avaliar de forma
descritiva a habilidade do fármaco de produzir ou alterar efeitos fisiológicos. O eixo da abscissa do
gráfico representa a dose do fármaco e o eixo das coordenadas a sua eficácia. Dessa forma, para uma
determinada dose extrapola-se no gráfico a eficácia do fármaco. O gráfico também pode ser expresso
na forma de curva sigmoide, em que o eixo da abscissa é convertido a log da dose do fármaco. Para
eficácia de 50 % de um determinado fármaco extrapola-se na curva a dose correspondente, essa dose
é denominada como concentração eficaz de 50 % (CE50)
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CURVA DOSE VERSUS RESPOSTA DE ANTAGONISMO.
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REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS
As reações adversas medicamentosas relacionadas a dose representam um exagero 
dos efeitos terapêuticos do medicamento. 
Ela pode ocorrer se uma dose do medicamento for demasiadamente alta (reação de 
superdosagem)
As reações relacionadas à dose geralmente não são graves, mas são relativamente 
comuns.
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REAÇÕES ALÉRGICAS MEDICAMENTOSAS
não são relacionadas à dose, mas necessitam de exposição prévia a um
medicamento. As reações alérgicas desenvolvem-se quando o sistema
imunológico do corpo desenvolve uma reação inadequada a um medicamento
(algumas vezes conhecida como sensibilização).
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REAÇÕES ADVERSAS MEDICAMENTOSA IDIOSSINCRÁTICAS
Resultam de mecanismos que não são atualmente compreendidos. Este tipo de reação
adversa medicamentosa é em grande parte imprevisível.
Essas reações tendem a ser mais graves, mas ocorrem tipicamente em um número muito
pequeno de pessoas. As pessoas afetadas podem apresentar diferenças genéticas na forma
como seu corpo metaboliza medicamentos ou responde a eles.

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